Escalada de tensão na Ucrânia abala Wall Street

Os principais índices norte-mericanos abriram a sessão em terreno negativo, com os investidores a digerirem o aumento de tensões geopolíticas entre a Ucrânia e a Rússia e depois de Vladimir Putin ter reconhecido a independência de Donetsk e Lugansk.

O S&P 500 recua 0,53% para 4.325,95 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,56% para 33.886,73 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,98% para 13.415,70 pontos, depois de ontem os mercados terem estado encerrado devido ao feriado que assinala o Dia dos Presidentes.

Os mercados acionistas norte-americanos seguem, deste modo, a tendência verificada no arranque da sessão das praças europeias (apesar de a pressão já ter aliviado) e depois de a Rússia ter reconhecido a independência das duas regiões separatistas. Esta decisão já levou o Reino Unido e os EUA a avançarem com fortes sanções económicas contra a Rússia. Na Alemanha, o chanceler alemão, Olaf Scholz, decidiu que vai interromper a certificação do gasoduto Nord Stream2. Também os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia se vão reunir esta tarde para analisar o pacote de sanções a adotar.

Os receios de que a situação no leste da Europa possa provocar disrupções na oferta de petróleo estão a fazer disparar os preços do “ouro negro” nos mercados internacionais, para máximos de 2014. O Brent está a subir 2,77% para 98,01 dólares, enquanto o WTI soma 3,25% para 94,03 dólares, em Nova Iorque. Neste contexto, as cotadas ligadas ao setor petrolífero estão entre as mais beneficiadas no arranque da sessão. A título de exemplo, a Exxon Mobil avança 1,12%, para 78,28 dólares, enquanto a Chevron soma 1,04%, para 134,80 dólares.

Ainda no plano empresarial, nota positiva para a Dillard’s, cujos títulos somam 3,87% para 253 dólares, bem como para a Macy’s, cujas ações avançam 5,10% para 27 dólares, após terem divulgado ao mercado os resultados trimestrais.