Brent sobe para 99 dólares e está em máximos de 2014 com escalada da tensão a leste

Putin reconheceu a independência de Donetsk e Lugansk, agravando as tensões. Mercados reagiram em queda. Brent em máximos de 2014. Lisboa caía mais de 2%, nos primeiros minutos de negociação.

O agravamento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia está a pintar de vermelho as praças do Velho Continente. As bolsas da Alemanha e de França, por exemplo, abriram a cair em torno 4%. E nem Lisboa escapou à tendência negativa, tendo arrancado a segunda sessão da semana a desvalorizar mais de 2%, em reação à decisão de Vladimir Putin de reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk. Nos primeiros minutos da negociação, nenhuma das cotadas nacionais estava a conseguir negociar acima da linha de água. Em contraste, em Londres, o Brent (a referência europeia), dispara mais de 3%.

O índice de referência na bolsa lisboeta, o PSI-20, arrancou a cair 2,1% para 5.378,130 pontos, mas, entretanto, as perdas tornaram-se menos expressivas, pelo que está agora a recuar 0,63% para 5.458,68 pontos.

O mesmo sucede nas demais praças europeias. Nos primeiros minutos da negociação, o pan-europeu STOXX 600 chegou a desvalorizar quase 2%, mas está agora a cair 1,11% para 449,78 pontos. Já o alemão DAX perde 1,72% para 14.478,40 pontos, mas já esteve a descer mais de 4%; o francês CAC 40 desvaloriza 1,19% para 6.707,47 pontos, mas esta manhã já registou perdas em torno de 3,6%. E quanto a Espanha, o IBEX recua 1,31% para 8.377,60 pontos, mas já esteve a cair mais de 3%.

Os mercados estão, assim, a reagir à decisão de Vladimir Putin anunciada esta segunda-feira de reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk da Ucrânia. A Rússia já ordenou, além disso, o envio de tropas para a duas regiões separatistas para “manutenção da paz”, tendo as tensões entre a leste registado, deste modo, um agravamento significativo nas últimas horas.

Em Portugal, no arranque da sessão desta terça-feira, nenhuma cotada negociava acima da linha de água e o BCP protagonizava as maiores perdas, ao recuar mais de 4%. Entretanto, o cenário mudou.

Das cotadas nacionais, três estão agora em “terreno positivo”, com destaque para a Galp Energia, cujos títulos avançam 1,42% para 9,844 euros, num dia em que, em Londres, o Brent (a referência europeia) valoriza 3,79% para cerca de 99 dólares, um máximo de 2014.

Também no “verde”, está a EDP Renováveis, cujas ações sobem 0,5% para 18,0 euros, e a Corticeira Amorim, cujos títulos somam 0,2% para 10,1 euros.

Do outro lado da linha de água, as ações do BCP perdem agora 0,9% para 0,1863 euros e as da EDP caem 0,83% para 3,8240 euros. A liderar as perdas está a Novabase, cujos títulos desvalorizam 3,14% para 4,9400 euros.

No “vermelho”, destaque ainda para as papeleiras: as ações da Altri recuam 1,23% para 5,625 euros, as da Semapa descem 1% para 11,9 euros e as da Navigator recuam 1,62% para 3,4 euros.

No retalho, os títulos da Jerónimo Martins caem 0,33% para 19,535 euros e os da Sonae perdem 0,72% para 0,9615 euros.

(Notícia atualizada às 08h58)

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