“Qualquer ajuda” do Governo para baixar preço dos combustíveis é positiva, diz Apetro

O secretário-geral da Apetro – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, António Comprido, não tem dúvidas que a ofensiva russa à Ucrânia terá, em breve, impacto em Portugal na hora de atestar o depósito do carro.

Isto numa altura em que o preço da gasolina e do gasóleo em Portugal sobe há várias semanas consecutivas, desde o início do ano, e atinge preços recorde, já bem perto dos dois euros por cada litro.

“Tudo o que é instabilidade vai ter impacto na cotação do petróleo e como consequência no preço dos combustíveis”, disse António Comprido em declarações ao ECO. O preço do barril de Brent para entrega em abril ultrapassou os 103 dólares, o valor mais alto desde 2014.

Questionada sobre se as medidas já avançadas pelo Governo para ajudar a mitigar a subida dos combustíveis devem ou ser prolongadas além das datas limites e vigorarem, por exemplo, até ao fim deste ano, fonte oficial da Apetro diz que “qualquer “ajuda” proveniente de medidas governamentais pontuais terá um impacto positivo no bolso dos consumidores”.

No entanto, “terá um impacto muito limitado no tempo e na sua amplitude”. “Temos que ter em consideração que esta situação é global, terá impacto em todas as economias e será cada vez mais gravosa à medida que se arraste no tempo”, explica a mesma fonte ao ECO.

Quanto à escalada bélica que se está a viver entre a Rússia e a Ucrânia, a Apetro considera que “vai inevitavelmente provocar a subida do preço do crude e do gás nos mercados, que por sua vez se irão refletir decerto nos refinados”.

Conclusão? “Deverá manter-se a tendência de subida dos combustíveis, diria até, da energia em geral”, remata a mesma fonte.