Cofinanciamento para Business Angels levará 60 milhões a startups
A linha de financiamento para Business Angels poderá levar no total mais de 60 milhões de euros a startups.
A linha de financiamento para Business Angels, cuja segunda fase de candidaturas terminou na quinta-feira, poderá levar no total mais de 60 milhões de euros a ‘startups’ ainda este ano, entre fundos públicos e privados.
Em análise, está já a possibilidade de lançamento de um novo concurso para os chamados Business Angels, investidores de valores relativamente reduzidos nas fases iniciais de ‘startups’ (novas empresas com rápido potencial de crescimento), antecipou o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, à agência Lusa.
Isto porque só na primeira fase do concurso, lançado em maio do ano passado, foram dezenas de candidaturas recebidas pela Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), também conhecida por Banco de Fomento, das quais resultou a assinatura de acordos de financiamento com 35 entidades veículo de Business Angels.
O total de fundos constituídos nesta primeira fase atingiu os 33 milhões de euros: 18 milhões de euros de fundos públicos e 15 milhões de euros em componente privada, segundo o relatório final do júri do concurso.
No final do ano passado foram assinados os dois primeiros contratos com a Semeia Ventures e a Busy Angel, que, por sua vez, investiram diretamente nas empresas. A primeira investiu na UOY – Uncover the Original YOU e a segunda na Medical Port.
Face à grande procura, o Governo avançou para uma segunda fase, que terminou na quinta-feira. Desta vez, foram submetidas 74 candidaturas de entidades veículo de Business Angels a analisar pela IFD, devendo o valor global dos fundos a constituir superar os 30 milhões de euros, dos quais 18,5 milhões de euros de fundos públicos.
A abertura deste concurso já permitiu que perto de 300 Business Angels se tivessem credenciado. A credenciação é um procedimento obrigatório para a corrida, implicando o cumprimento de vários requisitos, como o compromisso de investir com capital próprio e apoiar, enquanto entidade veículo, as entidades beneficiárias, ao nível de ‘mentoring’ (tutoria), ‘networking’ (rede de contactos) e do acompanhamento constante no desenvolvimento dos projetos.
Na primeira fase, 272 Business Angels credenciaram-se no IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e na segunda estão registados 74 pedidos.
Mas o dinheiro do Banco de Fomento chegará também a fundos de capital de risco, no âmbito do concurso que foi lançado em maio do ano passado e que acabou por se atrasar, já que alguns concorrentes contestaram os resultados.
De acordo com o segundo relatório preliminar do júri do concurso, datado de 13 deste mês, houve algumas alterações à lista ordenada de concorrentes e, decorrido o novo período de audiência prévia (até dia 17), o júri encontra-se a analisar as pronúncias de alguns concorrentes. O processo deverá estar finalizado até final do mês de fevereiro.
A este concurso, foram apresentadas 25 candidaturas e no final deverão ser constituídos Fundos de Capital de Risco com um valor global de cerca de 200 milhões de euros, dos quais 100 milhões são fundos privados e os outros 100 são fundos do Portugal 2020.
“O que nos move não é a execução dos fundos, mas o seu impacto. O segredo é escolher bem a quem damos. Se 10 milhões de euros forem entregues aos melhores é melhor do que serem entregues 50 milhões de euros aos piores. Às vezes só estamos preocupados com a execução, mas o nosso grande esforço é que vão para os parceiros certos”, sublinhou João Vasconcelos.
O Ministério da Economia reforçou ainda que “a grande procura registada, mais uma vez, confirma que existe confiança para investir em Portugal”, pelo que “será avaliada a possibilidade de abertura de novo concurso de cofinanciamento de fundos de capital de risco”.
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