Empresas portuguesas já abriram mais de 2.000 vagas de emprego para ucranianos

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, o mundo mobilizou-se para ajudar de todas as formas possíveis os ucranianos que querem sair do país. E Portugal não é exceção. O Governo criou uma plataforma para ajudar na publicação de ofertas de trabalho e já se contam mais de 2.000 vagas, adiantou a ministra do Trabalho. O Executivo desenvolveu ainda um mecanismo que prevê a entrada automática destes cidadãos em Portugal.

Em Conselho de Ministros esta terça-feira, o Governo decidiu “criar uma autorização especial para que essas pessoas [ucranianos e familiares] entrem [em Portugal] e sejam acolhidas através de um procedimento simplificado”, disse a ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, em conferência de imprensa. “Não é preciso que a pessoa faça ela própria prova de correr perigo”, disse.

“A prova da identificação pode ser feita por qualquer via”, afirmou a ministra, adiantando que será feito um “controlo de segurança” para verificar “questões de segurança interna e de perigo para a segurança interna e nacional”. Essa verificação será feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) “a partir de consulta às bases pertinentes, nomeadamente do sistema Schengen”.

E como os cidadãos ucranianos que venham para Portugal “não estão inibidos de trabalhar”, o Governo criou também um “programa que garantisse o acolhimento e a integração dos cidadãos ucranianos que estão a chegar a Portugal”, disse a ministra do Trabalho, também presente na conferência de imprensa. Com isso, detalhou Ana Mendes Godinho, será garantido que, “desde o momento em que entram, têm garantia de ficar regulares”, recebendo, “de forma automática” um número de identificação fiscal, de Segurança Social e de utente.

O IEFP criou uma task-force para trabalhar neste campo. Foi, assim, criada uma plataforma onde as empresas portuguesas podem publicar ofertas de emprego para cidadãos ucranianos. A plataforma foi lançada esta segunda-feira e conta já com mais de 2.000 ofertas de trabalho, adiantou Ana Mendes Godinho, “o que mostra bem a dinâmica das empresas que estão a aderir”.

“Estamos a trabalhar com a sociedade civil, procurando canalizar e comunicar estas ofertas junto das comunidades de ucranianos em Portugal e através da comunicação em websites internacionais”, disse a ministra do Trabalho.

(Notícia atualizada às 11h58 com mais informação)