Regiões em Portugal são pouco competitivas
A generalidade das regiões de Portugal apresenta índices de competitividade muito fracos. Lisboa é a única com um lugar na primeira metade da tabela da UE (139º). Londres ocupa o primeiro lugar.
A generalidade das regiões de Portugal apresenta índices de competitividade muito fracos, sendo a região de Lisboa a única com um lugar na primeira metade da tabela da União Europeia (139º), revela um relatório hoje publicado pela Comissão Europeia.
A terceira edição do “Índice de competitividade regional”, publicado de três em três anos, abrange as 263 regiões da União Europeia e coloca a região de Lisboa na 139ª posição (com 54,5 pontos numa escala até 100), o Centro em 191º lugar (35,1 pontos), o Algarve em 201º (31,9), o Norte em 203º (31,3), o Alentejo em 211º (29,7), a Madeira em 223º (25,2) e os Açores na 234ª posição (16,7).
Lisboa é a região mais competitiva
Entende-se por “competitividade regional” a capacidade de uma região para oferecer um ambiente atraente e sustentável às empresas e aos residentes para aí viverem e trabalharem, e a Comissão aponta que, “mais uma vez, se constata a existência de um modelo policêntrico, em que as capitais e as zonas metropolitanas são os principais motores da competitividade”, como sucede em Portugal.
A classificação das regiões é feita a partir de três dimensões: Básica, Eficiência e Inovação, que por sua vez são compostas por diversos indicadores.
Em termos globais o relatório revela que Londres é a região mais competitiva de toda a Europa, um desempenho justificado pelo primeiro lugar ao nível da Eficiência (um indicador construído a partir da análise de três variáveis: ensino superior e aprendizagem ao longo da vida; eficiência do mercado de trabalho e dimensão do mercado).
A segunda posição é ocupada em ex-aequo por outra região britânica, Berkshire, e a holandesa Utrecht. Esta última regista a primeira posição ao nível da dimensão básica, construída a partir da análise das Instituições, estabilidade macroeconómica, infraestruturas, saúde e educação básica). Já Berkshire cai para a 42ª posição na dimensão básica mas sobre para a segunda nas dimensões Eficiência e Inovação.
Entre as regiões mais competitivas estão: Estocolmo (4º), na Suécia; Surrey, East and West Sussex (5º), no Reino Unido, Hovedstaden (6º), na Dinamarca; Luxemburgo (7º); ou Île de France (8º); Oberbayern (9º), na Alemanha ou Hampshire and Isle of Wight (10º), também no Reino Unido.
Londres é a região mais competitiva da Europa
Na edição de 2016 deste índice, a Comissão disponibiliza uma ferramenta de Internet interativa que permite efetuar uma análise mais detalhada das regiões e uma comparação pormenorizada, podendo os utilizadores ver agora mais facilmente a situação da sua região em termos de inovação, governança, transportes, infraestruturas digitais, saúde ou capital humano.
De acordo com a Comissão, esta ferramenta foi também concebida “para ajudar as regiões a identificar os seus pontos fortes, os seus pontos fracos e as prioridades de investimento, aquando do processo de definição das suas estratégias de desenvolvimento”.
“Este índice é um instrumento precioso, que permitirá melhorar a definição das políticas. Reforça os esforços da Comissão para apoiar as reformas estruturais e estimula as capacidades de inovação das regiões da EU [União Europeia], através dos investimentos ao abrigo da política de coesão”, comentou a comissária da Política Regional, Corina Cretu.
A responsável sublinhou que, uma vez que cada região é um caso único, é prestado “um apoio individualizado, dotando as regiões da capacidade e da ajuda necessárias para tirarem partido dos seus pontos fortes e recursos”.
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