Aumentar a competitividade. Os japoneses ensinam

As PME industriais e do setor dos serviços de todas as regiões do país que adiram ao "+Produtividade" têm garantido um financiamento médio de 50%, através do Compete 2020.

“A mais longa viagem começa com um simples passo.” O mantra é do filósofo Lao Tzu e é adotado pelo Kaizen Institute. Uma empresa multinacional, fundada em 1985, na Suíça, por Masaaki Imai, que tem nas suas origens do Sistema de Gestão do Grupo Toyota.

O objetivo é conferir vantagens competitivas às empresas e instituições públicas, através, por exemplo, do aumento de produtividade, rentabilização e motivação de recursos, eliminação de desperdícios, redução de tempos de produção ou otimização de equipamentos.

E é isso mesmo que se propõe para as empresas portuguesas através do programa “Mais indústria + Produtividade”. A iniciativa da AIP já vai na segunda edição e a pré-adesão deve ser feita até 21 de dezembro. As empresas aderentes — PME industriais e do setor dos serviços de todas as regiões do país — têm garantido um financiamento médio de 50%, através do Compete 2020, o programa operacional das empresas.

“O “+Produtividade” recorre ao modelo japonês “Kaizen Lean” para identificar as principais oportunidades de melhoria da empresa, as quais se traduzem sobretudo em aumentos de produtividade, bom desempenho ao nível de serviço e da qualidade e consequente aumento de vendas”, explica o comunicado da AIP. “Está prevista a utilização de um software de apoio à gestão da melhoria contínua durante o período do projeto”, acrescenta ainda a instituição agora presidida por José Eduardo Carvalho.

As empresas participantes têm vários programas à sua disposição. A primeira opção é apenas um diagnóstico de seis dias. A segunda é um programa mais longo de diagnóstico e implementação das medidas identificadas ao longo de 28 dias. Ou ainda, durante 46 dias, sendo esta a terceira opção à escolha.

opcoesprodutividade
Fonte: AIP

O programa vigora entre maio de 2017 e abril 2019, e envolve os colaboradores durante todo o processo, promovendo a criação de uma cultura de melhoria contínua na empresa e alteração de hábitos de trabalho.

“Trata-se de uma solução que pretende atuar ao nível dos designados ‘investimentos inteligentes’ que promovem a produtividade pela melhoria da capacidade de gestão dos recursos já detidos pelas organizações”, explicou fonte oficial da AIP ao ECO.

Uma segunda oportunidade

Esta é a segunda edição deste programa. Um bisar que a AIP justifica com os resultados obtidos na primeira ronda. “Tendo em conta estes resultados, a AIP irá lançar uma nova edição do projeto “Mais indústria + Produtividade”. Recorrendo às atividades de consultoria no “chão de fábrica” com a criação de equipas de melhoria e constituição de células de ”kaizen diário” foram alcançados elevados ganhos de eficiência nos fluxos produtivos e informativos das empresas participantes”, sublinha a mesma fonte oficial.

Para as 50 empresas que participaram na primeira edição do programa assente no modelo japonês de melhoria contínua as empresas obtiveram os seguintes resultados segundos os dados que a AIP cedeu ao ECO:

  • Aumento da produtividade: 59,1%;
  • Aumento das vendas: 40%;
  • Aumento da eficiência dos equipamentos: 45,5%;
  • Redução de stocks: 40,9%;
  • Redução dos tempos de trabalho: 50%;
  • Aumento do nível de serviço: 59,1%;
  • Redução das não conformidades: 54,5%.

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