Ouro a caminho dos 2.000 dólares, de olhos postos na Ucrânia

A invasão da Rússia à Ucrânia está a impulsionar o preço do ouro, talvez o mais clássico dos ativos de refúgio para os investidores. A valorização do metal precioso é notória, com a onça de ouro prestes a cruzar a fasquia dos 2.000 dólares, o que não acontecia desde agosto de 2020, nos primórdios da pandemia.

O preço spot do ouro face ao dólar estava esta sexta-feira à tarde ligeiramente acima dos 1.960 dólares. Caminhava para fechar a semana com uma valorização acumulada de quase 4%, ganho semanal que não se registava desde a semana de 1 de novembro do ano da chegada pandemia.

O ouro tem reluzido cada vez mais desde o princípio do ano, ao ponto de estar perto de atingir um novo máximo histórico. O recorde atual está fixado nos 2.073,41 dólares a que a onça transacionou no mercado em 7 de agosto de 2020.

Apesar de ter recuado 1,75% em janeiro, em linha com a generalidade dos ativos financeiros, o preço deste metal disparou 6,2% em fevereiro, a que se juntam os atuais 2,77% nestes primeiros quatro dias de março.

O ouro é um dos ativos de refúgio preferidos dos investidores e tende a valorizar em períodos de crise económica ou de maior incerteza. É o caso, dado que a operação militar russa em solo ucraniano continua sem desfecho à vista e, em apenas três semanas, Vladimir Putin, Presidente da Rússia, fez três ameaças com referência ao seu arsenal nuclear.

Ouro cada vez mais reluzente