Petróleo volta a subir após afundar 17% de olhos na OPEP
Reina a incerteza no mercado do petróleo e isso reflete-se na oscilação acentuada dos preços: ontem o barril chegou a afundar 17%, hoje valoriza mais de 2%. Investidores confusos em relação à OPEP.
Os preços do petróleo voltam a subir esta quinta-feira, depois de terem afundado 17% na última sessão, num cenário de elevada incerteza num mercado a avaliar a possibilidade de os maiores produtores reforçarem a produção para ajudar a compensar a falha provocada pela sanções à Rússia.
Em Londres, o contrato de Brent que expira 30 de março está em alta de 2,2% para 113,69 dólares, depois de o barril ter afundado 13% na sessão desta quarta-feira, o pior desempenho desde abril de 2020 — chegou a tombar 17% antes de aliviar a queda.
Já o contrato WTI que expira 22 de março sobe 1,37% para 110,19 dólares por barril, recuperando também da queda de 12% de ontem — a maior desde novembro.
Petróleo recupera
A oscilação acentuada dos preços do ouro negro reflete a elevada incerteza que se gerou no mercado na sequência da invasão militar da Rússia na Ucrânia, e que levou os EUA a sancionar a energia russa esta semana, enquanto muitas companhias petrolíferas estão também a embargar o petróleo russo.
Entretanto, o embaixador dos Emirados Árabes Unidos (EAU) nos EUA admitiu que a OPEP poderá aumentar a produção para responder ao desequilíbrio provocado por esta guerra e, de alguma forma, substituir o segundo maior exportador, a Rússia. Contudo, poucas horas depois, o ministro da Energia dos EAU adiantou no Twitter que o seu país estava comprometido com o atual acordo no seio da OPEP+ (que junta a Rússia) para aumentar a produção em 400 mil barris diários a cada mês, enviando sinais contraditórios aos investidores.
É neste cenário de elevada incerteza que as previsões dos analistas vão dos 100 dólares aos 200 dólares por barril.
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