Goldman Sachs abandona Rússia. É a primeira saída de um banco de Wall Street
Goldman Sachs vai fechar as operações na Rússia no seguimento da invasão da Ucrânia pelo país. Grupo é o primeiro de Wall Street a deixar Rússia, embora continue a negociar dívida empresarial no país.
O grupo Goldman Sachs anunciou a sua intenção de fechar as suas operações na Rússia, tornando-se assim no primeiro banco de Wall Street a abandonar o país no seguimento da invasão da Ucrânia, avançou esta quinta-feira a agência Reuters (acesso condicionado).
“A Goldman Sachs vai encerrar os seus negócios na Rússia em conformidade com os requisitos regulatórios e de licenciamento”, avançou o grupo em comunicado. “Estamos empenhados em apoiar os nossos clientes por todo o mundo na gestão, ou fecho, de obrigações pré-existentes no mercado e garantir o bem-estar do nosso pessoal”, pode ler-se.
Embora o grupo esteja de saída da Rússia, o banco ainda está a negociar dívida empresarial vinculada ao país. “No nosso papel enquanto criadores de mercados entre compradores e vendedores, estamos a ajudar os nossos clientes a reduzir o seu risco em títulos russos, negociados no mercado secundário, sem tentar especular”, pode ler-se em comunicado do grupo sediado em Nova Iorque, avançou a Bloomberg (acesso condicionado).
Nos últimos dados divulgados pelo grupo, o banco divulgou uma exposição de crédito à Rússia no valor de 650 milhões de dólares. Segundo dados do Banco Internacional de Pagamentos (BIS na sigla em inglês), os Estados Unidos da América têm 14,7 mil milhões de dólares em exposição bancária à Rússia.
Em movimento semelhante, também o banco de investimentos Citigroup anunciou estar a avaliar as suas operações na Rússia. Segundo Edward Skyler, vice-presidente executivo de assuntos públicos globais, o banco está a operar “numa base mais limitada, dadas as circunstâncias e obrigações atuais”, pode ler-se em comunicado.
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