Preços na produção industrial disparam 20% com energia mais cara
Índice de preços na produção industrial registou um crescimento homólogo de 20,7% em fevereiro. Continua influenciado pela subida dos preços da energia e das matérias-primas.
O índice de preços na produção industrial registou um crescimento homólogo de 20,7% em fevereiro, mantendo-se influenciado pelo “aumento dos preços da energia e das matérias-primas”, sem os quais o índice cresceu 5,9%, segundo o INE.
“O IPPI [índice de preços na produção industrial] aumentou 20,7% em fevereiro, taxa 2,9 pontos percentuais superior à verificada em janeiro”, lê-se num comunicado divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Esta evolução foi particularmente influenciada pelo agrupamento de Energia que, com um crescimento de 60,9% (46,5% no mês precedente) e um contributo de 10,9 p.p. (8,5 p.p. em janeiro), refletiu o forte impacto dos preços da produção de eletricidade e do petróleo e seus derivados”, acrescenta o INE, apontando que, sem este agrupamento, a variação dos preços na produção industrial foi 11,9% (11,4% em janeiro).
Já o agrupamento dos Bens Intermédios foi o segundo maior contribuinte para o IPPI de fevereiro, após uma taxa de variação de 19,2% (18,8% em janeiro), que resultou num impacto de 7,2 p.p. no indicador (6,9 p.p. no mês anterior).
A secção das Indústrias Transformadoras apresentou uma variação homóloga de 16,3% (14,2% no mês precedente), contribuindo com 14,7 p.p. para a variação do índice total”, ao passo que “a secção de Eletricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio contribuiu com 5,7 p.p., em resultado do aumento de 75,8% (57,7% em janeiro)”.
O INE indicou também que os preços na produção industrial aumentaram 2,7% em fevereiro face ao mês anterior, tendo a aceleração no índice total sido “determinada pelo agrupamento de Energia”, após este ter passado de uma variação mensal de -4,5% em janeiro para 7,4% em fevereiro.
“Excluindo este agrupamento, o crescimento dos preços na produção industrial abrandou 0,5 p.p., para uma variação de 1,2%”, acrescenta o INE.
Já o segmento das Indústrias Transformadoras registou um aumento mensal de 3,1% e um contributo de 2,6 pontos percentuais.
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