Brent recua e afasta-se dos 110 dólares por barril

Após ter estado a subir ao início da manhã, a cotação de petróleo nos mercados internacionais voltou a inverter a tendência. O brent está a afastar-se dos 110 dólares por barril, numa altura em que se verificam sinais contraditórios nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia.

O brent, que serve de referência para as importações europeias, está a cair 0,41% para 106,20 dólares, tendo chegado a cotar nos 105 dólares por baril, após se ter voltado a aproximar dos 110 dólares ao início da manhã. Em contrapartida, o WTI, a negociar em Nova Iorque, está a subir 0,28% para 103,10 dólares. Este desempenho acontece depois de na sessão anterior, as cotações do “ouro negro” terem dado um salto superior a 8%, revertendo parcialmente as descidas verificadas na segunda, terça e quarta-feira.

Petróleo em queda

Em termos de balanço semanal, tanto o brent como o WTI caminham para fechar a semana com uma queda superior a 5%, negociando agora abaixo dos máximos de 14 anos atingidos há duas semanas. Porém, a volatilidade deverá continuar devido à incerteza que se vive, antecipam os analistas ouvidos pela Reuters.

O progresso limitado nas negociações de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia, depois de alguns sinais promissores, está a condicionar a negociação do petróleo nos mercados financeiros. Os investidores voltam a antecipar que as sanções vão continuar ou até agravar-se e temem uma disrupção prolongada da oferta do “ouro negro” nos mercados.

De acordo com a Apetro, tendo em conta o funcionamento normal do mercado português, há ajustes nos preços todas as segundas-feiras com base nas cotações médias dos produtos refinados nesta semana, o que pode ser diferente das cotações do brent ou WTI, interferindo ainda a evolução da taxa de câmbio entre o euro e o dólar, por exemplo. Além disso, os preços ao consumidor final podem ser diferentes consoante o posto de abastecimento escolhido.

Para a semana, o litro de gasóleo em Portugal ficará 17 cêntimos mais barato, enquanto o litro de gasolina custará menos 13 cêntimos, avançou ao ECO fonte do setor. Esta decida de preços vai, no entanto, traduzir-se num aumento da receita do ISP de 2,6 e 2 cêntimos por litro, respetivamente, de acordo com a nova fórmula de cálculo que visa garantir a neutralidade fiscal entre a evolução das receitas de IVA (dependentes da evolução do preço dos combustíveis) e o ISP.