Operações bancárias entre Portugal e Rússia afundam 65% com sanções

Exclusão da Rússia do sistema SWIFT, na sequência da invasão da Ucrânia, levou a uma redução das operações financeiras entre os bancos portugueses e russos. Caíram 65% em termos médios.

As operações financeiras entre os bancos portugueses e os bancos russos afundaram 65% com a invasão da Ucrânia e a aplicação das sanções, nomeadamente com a exclusão da Rússia do sistema internacional SWIFT, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

Entre 1 de janeiro e 24 de fevereiro, que marca o início da guerra, o valor das operações enviadas e recebidas na componente nacional do Target 2 para entidades russas foi de 79 milhões de euros, representando apenas 0,03% de todas as transações e uma média de dois milhões por dia.

Este valor caiu assim que os bancos russos foram “desligados” do SWIFT, que aconteceu apenas a 12 de março. Assim, entre 14 e 16 de março, o valor das operações entre os bancos dos dois países ascendeu a cerca de dois milhões de euros, o que dá uma média de 700 mil euros diários, ou seja, uma redução de 65% face ao período anterior à guerra.

O sistema SWIFT é uma plataforma de troca de mensagens financeiras eficaz e segura e que permite aos bancos enviar dinheiro de forma rápida e segura entre fronteiras. É uma infraestrutura vital às economias, dando suporte a biliões de dólares em fluxos de comércio e de negócios realizados por instituições em todo o mundo por dia.

Estão ligados a este sistema 11 mil instituições financeiras em mais de 200 países, incluindo bancos e infraestruturas de pagamentos, como a SIBS, por exemplo, cada uma dispondo de uma é identificada com um código BIC para comunicar no sistema. O SWIFT integra 291 membros russos.

Operacionalmente, é removendo estes códigos BIC do sistema que os bancos deixam de poder efetuar as mensagens e, nessa medida, ficam impedidos de realizar as transferências de fundos com outras instituições.

(Notícia atualizada às 14h19)

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