UE chega a acordo para excluir bancos russos do sistema SWIFT

Medida afeta sete grandes bancos russos e entra em vigor dentro de dez dias. É "mais um sinal muito claro a Putin e ao Kremlin", diz a presidente da Comissão Europeia.

União Europeia (UE) concordou esta quarta-feira em excluir os principais bancos russos do sistema SWIFT, o sistema de mensagens financeiras dominante no mundo. Esta medida impedirá que esses bancos realizem transações financeiras em todo o mundo de forma rápida e eficiente.

“À velocidade da luz, a UE adotou três pacotes de pesadas sanções contra o sistema financeiro da Rússia, as suas indústrias de alta tecnologia e a sua elite corrupta. Este é o maior pacote de sanções da história da nossa União. A decisão de hoje de desligar os principais bancos russos da rede SWIFT enviará mais um sinal muito claro a Putin e ao Kremlin“, diz a presidente da Comissão Europeia, citada em comunicado.

A medida afeta os seguintes bancos russos: Otkritie, Novikombank, Promsvyazbank, Banco Rossiya, Sovcombank, Vneshconombank e VTB Bank.

Estes bancos “foram escolhidos porque já estão sujeitos a sanções pela UE e outros países do G7”, refere o comunicado de Bruxelas, que frisando que estas sanções entrarão em vigor dentro de dez dias. “Isso dará à SWIFT e a outros operadores um breve período de transição para implementarem a medida, mitigando assim quaisquer possíveis impactos negativos para as empresas e os mercados financeiros da UE”, lê-se.

A Comissão Europeia diz que, “dependendo do comportamento da Rússia”, poderão ser acrescentados mais bancos a esta lista.

Bruxelas bloqueia Russia Today e Sputnik em toda a UE

A Comissão Europeia decidiu também adotar sanções contra dois meios de comunicação financiados pela Rússia — Russia Today (RT) e Sputnik. Em comunicado, Bruxelas explica que “o Conselho da União Europeia decidiu suspender a distribuição dos meios de desinformação estatais Russia Today e Sputnik em toda a UE, a partir de hoje“. Isto significa que os sites ficarão inacessíveis.

“Neste tempo de guerra, as palavras importam. Estamos a testemunhar propaganda massiva e desinformação sobre este ataque ultrajante a um país livre e independente. Não deixaremos os apologistas do Kremlin derramarem as suas mentiras tóxicas justificando a guerra de Putin ou semearem as sementes da divisão na nossa União [Europeia]”, diz Ursula Von der Leyen, em comunicado.

Por sua vez, o Alto Representante e vice-presidente Josep Borrell afirma que “a manipulação sistemática de informações e a desinformação pelo Kremlin são aplicadas como uma ferramenta operacional no ataque à Ucrânia”, sendo ainda uma “ameaça significativa e direta à ordem e segurança públicas” da UE.

Bruxelas explica que estas sanções abrangem todos os meios de transmissão e distribuição, como cabo, satélite, IPTV, plataformas, sites e aplicações. “Todas as licenças, autorizações e acordos de distribuição relevantes estão suspensos” em todos os Estados-membros da UE.

(Notícia atualizada às 12h31 com mais informação)

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