Credit Suisse terá pedido a investidores que destruam documentos sobre oligarcas
Os investidores terão recebido cartas do banco para “destruírem e apagarem permanentemente” qualquer informação sobre empréstimos relacionados com “jatos, iates, imóveis e/ou ativos financeiros".
O Credit Suisse terá pedido a hedge funds e outros investidores para que destruam documentos relacionados com iates e jatos particulares dos seus clientes mais ricos, numa tentativa de prevenir fugas de informação sobre alegados empréstimos que o banco suíço fez a oligarcas e magnatas, avança o Finacial Times (acesso pago).
Três fontes revelaram ao Financial Times que os investidores receberam esta semana cartas do banco para “destruírem e apagarem permanentemente” qualquer informação confidencial que o Credit Suisse forneceu relativamente a empréstimos relacionados com “jatos, iates, imóveis e/ou ativos financeiros”.
“Creio que nunca recebemos aum pedido como este”, afirmou ao jornal um investidor que recebeu a carta. Contactado pelo jornal britânico, fonte oficial do Credit Suisse escusou-se a comentar.
Esta decisão do banco suíço acontece cerca de um mês depois de uma reportagem do Financial Times ter detalhado que o banco securitizou uma carteira de empréstimos relacionados com iates e jatos particulares dos seus clientes mais ricos, num montante de dois mil milhões de dólares. O Credit Suisse terá fechado discretamente o acordo de securitização no final de 2021, oferecendo uma taxa de juro anual superior a 11% para atrair um conjunto de hedge funds para a operação.
Além disso, a 20 de fevereiro, uma investigação de mais de 50 meios de comunicação internacionais revelou que o Credit Suisse terá mantido durante anos fortunas de pessoas de todo o mundo ligadas a casos de corrupção. O banco rejeita essas acusações.
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