Documento da IP indica que estação de alta velocidade em Gaia está “em avaliação”

  • Lusa
  • 18 Março 2022

O presidente da câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, "reafirma que haverá estação em Gaia, estando em estudo a solução".

Uma apresentação do vice-presidente da Infraestruturas de Portugal Carlos Fernandes indica que a estação de comboio de alta velocidade em Vila Nova de Gaia está “em avaliação”, mas o presidente da câmara reafirmou “que haverá estação” no concelho.

Em causa está uma apresentação feita por Carlos Fernandes na última terça-feira numa sessão informativa no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, que abordou os investimentos ferroviários em Portugal. Na secção dedicada à futura linha de alta velocidade entre Porto e Lisboa, nas estações estavam identificadas “Oriente [em Lisboa], Leiria, Coimbra, Aveiro, Gaia (em avaliação) e Campanhã [no Porto]”.

Questionada pela Lusa acerca do conteúdo da apresentação, fonte oficial da IP disse que não havia mais informações a prestar e fonte oficial da Câmara de Gaia indicou que o presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, “reafirma que haverá estação em Gaia, estando em estudo a solução”.

No dia 4 de fevereiro, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia revelou que, ao contrário do projeto inicial, o comboio de alta velocidade vai ter uma estação no concelho, transformando Santo Ovídio “numa grande central distribuidora” de transporte público.

“Ninguém nos perdoaria se em Santo Ovídio não tivéssemos a grande Montparnasse da região Norte e de Vila Nova de Gaia”, assinalou o autarca numa sessão da Assembleia Municipal no dia anterior, numa alusão à estação ferroviária de Paris.

Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que o processo de conversação com a IP, dona da obra, ficou encerrado ainda no outono de 2021, tendo agora vindo a público, numa altura em que o Plano Diretor Municipal está em revisão e estão a ser discutidos as interfaces intermodais.

No dia 15, o presidente da Câmara de Gaia disse à Lusa que a estação ferroviária de Santo Ovídio ficará enterrada “na zona sul da atual rotunda” homónima, onde atualmente há um “bloqueio do trânsito para a construção da linha de metro” para Vila d’Este, e estará “completamente ligada” à atual linha Amarela e à segunda linha de Gaia (Santo Ovídio – Casa da Música), entretanto batizada de Rubi.

Na apresentação de Carlos Fernandes feita na terça-feira, é ainda visível que a ligação entre a estação de Campanhã e o aeroporto Francisco Sá Carneiro está “em estudo”.

Segundo uma outra apresentação feita no dia 21 de fevereiro por José Carlos Clemente, diretor de Empreendimentos da IP, o troço entre o aeroporto e a estação de Campanhã está integrado no projeto da nova linha Porto – Lisboa e está estimado em 450 milhões de euros.

A mesma apresentação indica que a fase 1 da ligação ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Vigo poderá vir a custar mais 350 milhões de euros que o previsto inicialmente, ou seja, 1.250 milhões de euros, quando a apresentação inicial do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, divulgada em outubro de 2020, apontava para 900 milhões de euros.

A segunda fase, prevista para depois de 2030, compreende a ligação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Maia) para o Minho e a Galiza, e está estimada em 350 milhões de euros pela IP.

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