Trabalhadores em lay-off tradicional aumentam 31% em fevereiro face a janeiro
As prestações de lay-off abrangeram 10.583 pessoas em fevereiro, mais 2.511 trabalhadores face ao mês anterior e um acréscimo em 1.716 em relação ao mesmo mês de 2021.
Os trabalhadores em lay-off tradicional, ao abrigo do Código do Trabalho, aumentaram em 31,1% em fevereiro face a janeiro e em 19,4% em termos homólogos, para 10.583 pessoas, segundo estatísticas divulgadas esta segunda pela Segurança Social.
“Em fevereiro de 2022, as prestações de lay-off (concessão normal, de acordo com o previsto no Código de Trabalho) abrangeram 10.583 pessoas, lê-se na síntese estatística elaborada pelo Gabinete de Planeamento e Estratégia (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
De acordo com os dados, verifica-se um aumento em 2.511 trabalhadores (+31,1%) relativamente ao mês anterior e um acréscimo em 1.716 (+19,4%) em relação ao mesmo mês de 2021. As prestações que resultam de redução de horário e de suspensão temporária tiveram acréscimos face ao mês anterior, em mais 1.873 (+25,5%) e 638 (+87,2%), respetivamente. Estas prestações foram processadas para 152 entidades empregadoras, mais 14 do que no mês anterior.
Quanto ao lay-off simplificado, criado para responder à pandemia de covid-19, dados publicados no início de março mostram que esta medida, em fevereiro, abrangeu apenas duas entidades empregadoras e 11 trabalhadores. Números que contrastam com o mês anterior, quando o lay-off simplificado abrangeu ainda mais de 2.300 entidades empregadoras e 23.691 trabalhadores.
Devido ao agravamento da pandemia, o Governo decretou no final de dezembro e início de janeiro o reforço das medidas para combater a covid-19, entre elas o encerramento de discotecas e bares, bem como a suspensão das creches e atividades de tempos livres, que puderam aceder ao lay-off simplificado.
Desde o início da pandemia, mais de 121 mil empresas aderiram ao lay-off simplificado, abrangendo 945 mil trabalhadores. Por sua vez, 1.139 empresas aderiam ao lay-off do Código do Trabalho nos últimos dois anos, envolvendo cerca de 44 mil trabalhadores.
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