Multas aos grandes bancos disparam

Desde a manipulação de mercados à falha no controlo da lavagem de dinheiro, os reguladores têm castigado a indústria financeira. A fatura está a crescer. E vai continuar, diz a BCG.

Os grandes bancos internacionais continuam a ser alvo de coimas pesadas. Desde a manipulação de mercados à falha no controlo da lavagem de dinheiro, os reguladores têm castigado a indústria financeira com multas que só no ano passado custaram mais de 40 mil milhões de dólares. A fatura desde a crise financeira supera a barreira dos 300 mil milhões.

Dados compilados pela Boston Consulting Group (BCG) revelam que no ano passado os bancos internacionais foram alvo de multas que ascenderam a 42 mil milhões de dólares. Foi um aumento de 68% face ao ano anterior, mantendo-se a tendência de crescimento registada desde a crise financeira.

As multas aplicadas aos bancos internacionais desde 2008, altura em que caiu o Lehman Brothers, ascendem, já com o total de 2016, a 321 mil milhões de dólares, de acordo com os cálculos realizados pela BCG que antecipa que a fatura continue a agravar-se nos próximos anos.

“À medida que a regulação à conduta dos bancos evolui, as multas, bem como as despesas legais associadas, continuarão a ser um custo pesado” para o setor, diz Gerold Grasshoff, analista da BCG, citado pela Bloomberg. “Gerir estes custos continuará a ser uma das principais tarefas para os bancos”, remata.

Muitas das multas aplicadas aos grandes bancos a nível internacional estão relacionadas com manipulação de mercados, especialmente de taxas como a Libor. Mas há também coimas resultantes de falhas na prevenção de operações de lavagem de dinheiro e financiamento a terrorismo.

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