Negociação russo-ucraniana anima Wall Street
As esperanças de um cessar-fogo na Ucrânia estimularam a subida de Wall Street, ainda que de forma mais conservadora que as congéneres europeias.
A bolsa nova-iorquina terminou esta terça-feira em alta, com os investidores a acolherem favoravelmente os avanços nas negociações entre russos e ucranianos, mas de forma mais contida do que as praças europeias.
Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,97%, na que foi a sua décima alta em 12 sessões, ao passo que o tecnológico Nasdaq progrediu 1,84% e o avançado S&P500 valorizou 1,23%.
Para os analistas da Briefing.com, foram “as esperanças de cessar-fogo (na Ucrânia) que estimularam a subida”. Há um “ambiente positivo”, escreveram em texto analítico. Depois de várias horas de discussões em Istambul, negociadores ucranianos e russos indicaram que os avanços diplomáticos eram suficientes para organizar um encontro entre os presidentes ucraniano, Volodymyr Zelensky, e russo, Vladimir Putin.
Neste contexto, a Federação Russa prometeu reduzir “radicalmente” a intensidade da sua ofensiva sobre a capital, Kiev, e a cidade ucraniana de Tcherniguiv. “Nos EUA, os investidores não responderam ao mesmo nível” que as praças europeias, “mas foi um bom catalisador para levar os seus cursores mais para cima”, comentou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.
O S&P500 superou o limiar técnico dos 4.600 pontos sem pestanejar, o que, para Tom Cahill, sinaliza que ainda existe margem de progressão. Além da Ucrânia, “os investidores habituaram-se à ideia de que a Reserva Federal pode conseguir uma aterragem suave da economia”, na sua opinião, ao subir a taxa de juro sem asfixiar o crescimento da economia dos EUA.
O índice VIX, que mede a volatilidade do mercado, descendeu para o seu nível mais baixo desde meados de janeiro, sinal de uma redução do nervosismo dos investidores.
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