Novo Banco: “Valor simbólico” atrai vários fundos internacionais
O Lone Star vai pagar "um valor simbólico" pelo Novo Banco. E este cheque que o fundo vai passar ao Governo está a atrair vários fundos internacionais.
O Lone Star está disponível para pôr mil milhões de euros no capital do Novo Banco. Mas vai pagar apenas “um valor simbólico”. E este valor está a atrair vários fundos internacionais, que se podem juntar a um dos finalistas neste processo de venda do Novo Banco. Um processo que já entrou em negociações exclusivas entre o Governo e o fundo norte-americano.
O Lone Star vai pagar um “valor simbólico” pelo Novo Banco, como avançou o ECO. E esta fatura que o fundo norte-americano vai pagar ao Governo está a atrair a atenção de vários fundos internacionais, diz o Jornal Económico (acesso pago). Entre estes fundos, estão o Cerberus e o Kildare, de acordo com fontes citadas pelo jornal.
“Alguns destes potenciais investidores, que tinham olhado para o Novo Banco no início, mas que depois desistiram, voltaram a interessar-se quando souberam que o Lone Star poderá comprar por um valor próximo de zero“, diz uma das fontes. Mas a única forma de estes fundos participarem neste processo é juntar-se a um dos finalistas. “A única forma destes investidores fazerem isso neste momento seria entrando em consórcio com um dos cinco grupos que foram selecionados pelo Banco de Portugal, o Lone Star, a Apollo/Center Bridge, o BPI, o Santander e o Minsheng”, acrescenta a fonte.
Contactado pelo Jornal Económico, o Cerberus Capital diz: “Não fazemos comentários sobre este tema”. O Kildare não respondeu até ao fecho da edição.
Depois de meses de negociações entre a equipa do Banco de Portugal liderada por Sérgio Monteiro e o Lone Star, as condições de compra do Novo Banco mudaram no momento em que o ministro das Finanças traçou uma linha vermelha: não pode haver garantia de Estado no negócio. Sem a garantia bancária, o Lone Star exigiu uma partilha de risco com o Estado com outro modelo.
Nestas condições, o Lone Star estava disposto a pagar ao Fundo de Resolução até 750 milhões de euros por 100% do Novo Banco – muito longe, claro, dos 4,9 mil milhões de capital injetado no momento de criação do banco, dos quais 3,9 mil milhões emprestados pelo Estado. Agora, o cheque vai ter “um valor simbólico”.
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