Endesa ganhou 372 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano

  • Lusa
  • 8 Maio 2018

A empresa espanhola revela que o lucro operacional bruto (EBITDA) aumentou 25% até aos 880 milhões de euros, mas a receita caiu 1% para 5.169 milhões de euros

A Endesa obteve um lucro líquido de 372 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, mais 47% do que em igual período do ano anterior, informou esta terça-feira a empresa.

Numa comunicação enviada à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), a empresa espanhola Endesa adianta que o lucro operacional bruto (EBITDA) aumentou 25% até aos 880 milhões de euros, enquanto a receita caiu 1% para 5.169 milhões de euros.

A produção total no primeiro trimestre deste ano foi de 18.512 gigawatts por hora, 2% a menos que em igual período de 2017, com um forte aumento das hidroelétricas e renováveis, em 35% e 22%, respetivamente.

A produção com gás natural e o de origem nuclear foi de 13% e 7%, respetivamente, em relação aos primeiros três meses do ano passado.

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Endesa acusa Governo de suspender garantia de potência por estar de “barriga cheia”

  • Lusa
  • 3 Abril 2018

O presidente da Endesa Portugal afirma que a decisão do Governo de suspender, pelo menos este ano, a garantia de potência paga às centrais elétricas "desincentiva a futuros investimentos".

A Endesa Portugal considerou esta terça-feira que a suspensão, durante este ano, da garantia de potência paga às centrais elétricas “desincentiva a futuros investimentos”, e acusou o Governo de estar de “barriga cheia, com água e vento”.

O Governo decidiu suspender, pelo menos em 2018, a garantia de potência paga às centrais elétricas (da Endesa e da EDP) para estarem sempre disponíveis para produzir, sustentando a medida na garantia da REN – Redes Energéticas Nacionais, de que não existem riscos para a segurança de abastecimento. Reagindo a esta decisão, o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, disse à Lusa que esta “é uma situação que desincentiva a futuros investimentos, nomeadamente quanto à não reconversão do parque de centrais”, o que pode pôr em causa “os objetivos da descarbonização”.

Além disso, “temos de ter em conta que se agora estamos de barriga cheia, com água e vento [para produzir eletricidade], tivemos a barriga vazia durante praticamente todo o ano de 2017”, destacou o responsável.

"Temos de ter em conta que se agora estamos de barriga cheia, com água e vento [para produzir eletricidade], tivemos a barriga vazia durante praticamente todo o ano de 2017.”

Nuno Ribeiro da Silva

Presidente da Endesa

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, explicou que “não faz sentido” no atual quadro da capacidade do sistema elétrico nacional manter “o subsídio” que era dado às centrais elétricas, o que resulta “num contributo positivo para a fatura dos portugueses”. Falando sobre estas afirmações, Nuno Ribeiro da Silva argumentou que “hoje o secretário de Estado pôde fazer estes comentários porque [o país] vive uma situação de desafogo”.

“No ano passado, se não existissem centrais elétricas, tínhamos ficado à luz das velas quando não havia água e vento”, apontou. Por isso, o responsável reforçou que, “se não existir uma valorização das centrais elétricas pelo serviço de segurança que é prestado – tendência que se verifica no sistema energético e elétrico europeu -, mais ninguém investe em nova potência”.

O presidente da Endesa recusou também que este seja um subsídio: “Este não é um subsídio. Eu estou obrigado a, durante 24 horas, ter lá uma equipa disponível e a ter lá combustível. Eu estou a ter um conjunto largo de encargos para atuar em qualquer momento, em caso de necessidade. Não é um subsídio”.

"Este não é um subsídio. Eu estou obrigado a, durante 24 horas, ter lá uma equipa disponível e a ter lá combustível. Eu estou a ter um conjunto largo de encargos para atuar em qualquer momento, em caso de necessidade. Não é um subsídio.”

Nuno Ribeiro da Silva

Presidente da Endesa

Como exemplo, questionou se “só se paga a um polícia quando ele prende uma pessoa”, frisando que isso não acontece “porque há um papel de prevenção e de segurança”, que comparou ao das centrais elétricas.

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Endesa compra atividade de sistemas à Enel Iberoamérica por 246 ME

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2016

Endesa compra atividade de sistemas e telecomunicações na América Latina da Enel Iberoamérica por 246 milhões de euros, integralmente com dívida e dinheiro de caixa disponível.

A espanhola Endesa informou hoje em Madrid a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) da compra da atividade de sistemas e telecomunicações na América Latina da Enel Iberoamérica SL, por 246 milhões de euros.

A operação, realizada através da Endesa Servicios SL, foi financiada “integralmente com dívida e dinheiro de caixa disponível e contribui para o objetivo de otimização da estrutura de capital da sociedade”.

O Conselho de Administração da Endesa SA informa ainda que a operação pressupõe um “reordenamento” de atividades de suporte de sistemas e telecomunicações da empresa e deverá estar concluída até 31 de dezembro próximo.

“Com a internacionalização destas atividades pretende-se dotar as mesmas de maior flexibilidade de adaptação às necessidades do perímetro corporativo da Endesa, simplificando procedimentos internos e de gestão corporativa”, segundo a nota enviada à CNMV.

Para a empresa, que afirma ser uma das líderes do mercado elétrico em Espanha, esta maior eficiência irá desenvolver-se pela “racionalização funcional” e pela otimização dos custos.

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Endesa: preços da energia refletem carga fiscal

  • Lusa
  • 14 Novembro 2016

Para o presidente da Endesa Portugal será “muito difícil” ter preços de energia “mais comportáveis” enquanto o setor for visto como “de eleição para a receita fiscal".

“Muitas vezes a crítica às empresas do setor energético, refletida nas lamentações sobre o custo dos produtos e dos serviços energéticos, esquece que a componente fundamental da fatura energética (seja da eletricidade, combustíveis ou gás) decorre de custos que não têm a ver com esta indústria, são custos impostos por decisões políticas, entre os quais pontificam taxas e impostos”, afirmou Nuno Ribeiro da Silva em declarações à agência Lusa.

Falando à margem de uma conferência, no Porto, sobre ‘Inovação de base Tecnológica e Competitividade’, o presidente da Endesa disse estarem em causa “desde impostos decididos pelo Governo central, como é o caso da CESE [Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético, que tem custado à Endesa cerca de 11 milhões de euros/ano], até taxas e impostos que decorrem de decisões a nível autárquico”.

“Não podemos ter algumas pessoas que têm responsabilidade sobre a sobrecarga de custos – seja pela via de impostos, seja por via de taxas ou de transferência de custos políticos – a lamentarem-se e a apontarem um dedo desconfiado para a indústria energética, quando a penalidade em termos de custos advém essencialmente de decisões de caráter político”, reiterou.

Relativamente à CESE – em vigor desde 2014 e que se vai manter inalterada no próximo ano, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2017 – o presidente da Endesa Portugal considerou que “um imposto, ainda por cima extraordinário, é sempre negativo”.

A CESE é um encargo para as empresas que acaba por se refletir nos preços que o consumidor final paga.

Nuno Ribeiro da Silva

Presidente da Endesa Portugal

“Mais um imposto sobre o setor energético – que acresce a outros, entre os quais um IVA de 23% e muitas e variadas taxas e chamados custos políticos – é negativo porque estamos, essencialmente, a refletir no consumo das famílias e das empresas uma carga fiscal tremenda sobre os diferentes produtos energéticos, que naturalmente afeta o orçamento das famílias e a competitividade das empresas”, sustentou.

Questionado sobre a eventualidade de a CESE vir a assumir um caráter definitivo, Nuno Ribeiro da Silva disse serem, “infelizmente, várias as experiências na história” do país “em que o provisório se torna definitivo”, mas alertou: “É evidente que é um encargo para as empresas, agora não tenhamos ilusões: a manter-se em definitivo, mais tarde ou mais cedo, acaba por se refletir nos preços que o consumidor final paga”.

Em vigor desde 2014, a CESE está fixada em 0,85% sobre os ativos das empresas de energia, incidindo sobre a produção, transporte ou distribuição de eletricidade e de gás natural, bem como a refinação, tratamento, armazenamento, transporte, distribuição ou comercialização grossista de petróleo e produtos de petróleo.

Em 2014, a CESE representou uma receita de 65,1 milhões de euros e, em 2015, o valor totalizou 115,5 milhões de euros, sendo uma parte desta verba destinada a abater ao défice tarifário.

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Endesa: Compra da ENEL Green Power España anima lucros

A energética espanhola apresentou um aumento do lucro nos primeiros nove meses do ano. Esta subida inclui a compra de uma participação de 60% na ENEL Green Power España.

A Endesa, presente em Espanha e Portugal, conseguiu aumentar os lucros nos primeiros nove meses do ano. E isto graças a uma mais-valia proporcionada pela compra de uma participação maioritária na ENEL Green Power España.

A energética espanhola apresentou um lucro líquido de 1,31 mil milhões de euros entre janeiro e setembro de 2016. Isto traduz-se num aumento de 8,2% em relação aos 1,21 mil milhões de euros registados no mesmo período do ano passado. Excluindo eventos extraordinários, o lucro cresceu 22,3%.

O aumento do lucro inclui uma mais-valia de 12 milhões de euros com a compra de uma participação maioritária na ENEL Green Power España. A Endesa também alcançou até setembro uma margem bruta de 4,34 mil milhões de euros, uma subida de 3%, graças à resiliência da margem da Endesa no mercado liberalizado. “A redução dos custos nas compras de matérias-primas e de energia compensou os preços baixos e o impacto negativo de um encargo não recorrente de 184 milhões de euros gerado em 2015”, explica a empresa num comunicado.

Esta evolução positiva da margem no mercado liberalizado e o bom desempenho no mercado regulado “têm sido elementos cruciais na evolução do EBITDA até setembro”, explica a Endesa. Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações cresceram 4,3% no período em análise para 2,87 mil milhões de euros.

Em relação à procura por eletricidade em Portugal e Espanha, os resultados mostram que houve um decréscimo. Até setembro de 2016, a procura cresceu apenas 0,1% face aos 2,5% registados no período homólogo.

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