Rui Rocha acusa Montenegro de “atacar liberdade jornalística” e compara-o a Ventura

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Rui Rocha lamentou caracterização das redes sociais como "inimigas da democracia" e da comunicação social. Ventura também acusa Montenegro de ter “conceção de liberdade de expressão muito reduzida".

O presidente da IL acusou esta terça-feira o primeiro-ministro de ter feito uma “intervenção perigosa” com o objetivo de “atacar a liberdade jornalística” e comparou-o com o líder do Chega, André Ventura.

Numa conferência de imprensa marcada para a sede do partido, em Lisboa, Rui Rocha criticou Luís Montenegro, considerando que “não cabe ao Governo dizer aos jornalistas como devem ou como não devem exercer as suas funções“.

“Digo-o com o à-vontade de quem, muitas vezes, vê peças jornalísticas, vê intervenções nas quais não se revê, mas isso é assim mesmo, é a liberdade jornalística e a liberdade de imprensa que se impõe”, acrescentou.

Rui Rocha lamentou também que Montenegro tenha caracterizado as redes sociais como “inimigas da democracia” e da comunicação social, considerando que esse tipo de declarações são uma forma de “ataque à liberdade de expressão”.

O líder dos liberais comparou ainda essas afirmações às de André Ventura, em 2020, quando garantiu que, se o Chega vencesse as eleições, a então rede social ‘Twitter’ deixaria de “ser a bandalheira que é”.

Rui Rocha considerou não haver “nenhum problema” com a utilização auriculares durante o exercício da profissão de jornalista, numa referência às palavras do primeiro-ministro, que lamentou ver jornalistas com “um auricular no qual lhe estão a soprar a pergunta que devem fazer”.

Estas declarações surgem depois de o primeiro-ministro afirmar esta terça-feira que pretende em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.

“Digo-vos isto preocupado com as garantias de qualidade naquilo que é o exercício de uma profissão efetivamente muito relevante”, declarou Luís Montenegro no final da intervenção com cerca de 30 minutos, feita de improviso, na abertura da conferência sobre “O futuro dos media”, em Lisboa.

Sobre as medidas dirigidas à RTP, Rui Rocha reiterou a proposta da IL para privatizar o canal de televisão e lamentou que o Governo faça o “caminho oposto” a essa privatização ao “retirar a RTP do mercado concorrencial”.

Para Rui Rocha, o conjunto de medidas anunciado mantém “uma RTP pública, mas enfraquecida”, ao ficar dependente das contribuições audiovisuais, e será prejudicial para todo o setor da comunicação social a médio e longo prazo.

O líder dos liberais esclareceu que o facto de as empresas privadas de comunicação social terem elogiado as medidas não demove o partido de “defender as condições concorrenciais” deste setor, afirmando que a IL “gosta muito de uma iniciativa privada forte, mas com concorrência”.

Com estas medidas, disse Rui Rocha, a RTP ficará mais “dependente do poder político” e da sua “boa vontade”.

O Governo apresentou esta segunda-feira o Plano de Ação para a Comunicação Social, no qual prevê a eliminação gradual da publicidade comercial na RTP até 2027, a compensar com “espaços de promoção de eventos e iniciativas culturais”, é a maior novidade do plano, onde se prevê igualmente a revisão do contrato de concessão do serviço público, a fim de “modernizar” e “diferenciar” a televisão do Estado dos outros canais.

Ventura acusa Montenegro de ter “conceção de liberdade de expressão muito reduzida”

Por seu lado, o líder do Chega, André Ventura, acusou o primeiro-ministro de ter uma “conceção de liberdade de expressão muito reduzida”, após este caracterizar as redes sociais como “inimigas da democracia”.

“Nós ouvimos hoje o primeiro-ministro de Portugal dizer que as redes sociais, e esta liberdade das redes sociais, são um sinal negativo da democracia, são o inimigo da democracia, e eu acho que é muito grave nós termos um primeiro-ministro europeu a dizer isto“, afirmou, condenando “com muita veemência as palavras de Luís Montenegro sobre as redes sociais”.

André Ventura afirmou que as redes sociais “são hoje a forma de liberdade e de expressão de muitos cidadãos”, e considerou que “esta desconsideração mostra que o primeiro-ministro, na verdade, tem uma conceção de liberdade de expressão muito reduzida e acha que as novas formas de expressão, que não estão controladas ou que muitas vezes são formas de expressão livres das pessoas nas suas redes sociais, são um sinal negativo”.

“Nós achamos que são um sinal positivo, e eu pensava que em todas as democracias europeias hoje era assim que era visto”, contrapôs.

Aos jornalistas, o presidente do Chega anunciou também que o partido vai propor a audição, com caráter de urgência, do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte. Ventura disse que o seu partido quer que o ministro dê explicações aos deputados “sobre o modelo de financiamento da RTP”, uma vez que foi o Governo prevê o fim da publicidade da RTP em 2027.

O líder do Chega questionou “como é que vai ser financiada a RTP” e se “isto significa que vai haver mais dinheiro colocado na Rádio e Televisão Portuguesa, ou seja, se os portugueses vão colocar mais dinheiro na televisão pública”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Amorim Tax & Legal. Nasce um novo player na advocacia

Ao longo dos anos foi estabelecendo e gerindo relações de colaboração com escritórios no Brasil, Espanha e Luxemburgo, mantendo algumas dessas parcerias.

Amorim Tax & Legal é o novo player na advocacia: novo escritório nasceu este ano e foi fundado por Luís Amorim Teixeira.

O advogado conta com 25 anos de carreira, é licenciado em Direito pela Universidade Lusíada e pós-graduado em Direito Empresarial e em Direito Fiscal, respetivamente, pela Universidade Católica Portuguesa e pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Possui, ainda formação executiva na Nova School of Business and Economics em Blockchain & Smart Contracts e no MIT Massachusetts Institute of Technology em Blockchain: Disruptive Technology.

Ao longo dos anos foi estabelecendo e gerindo relações de colaboração com escritórios no Brasil, Espanha e Luxemburgo, mantendo algumas dessas parcerias.

Sempre exerceu maioritariamente a assessoria jurídica a empresas, sendo a sua área de eleição, e pela qual é mais reconhecido, o Direito Fiscal, tanto no Planeamento, como no Contencioso.

A nova sociedade – que terá a sua atividade dividida entre Barcelos, um centro da indústria têxtil, e o Porto – “tem, pois, esse mesmo cunho, sendo as suas áreas de expertise a Fiscalidade, os Contratos, o Imobiliário e a Assessoria às Empresas e ao Investimento, sem descurar o aconselhamento e acompanhamento dos clientes Particulares”, segundo comunicado do escritório. Terá ainda um departamento dedicado aos Registos e Notariado, elaborando documentos particulares autenticados, procurações, contratos-promessa de compra e venda, reconhecimentos de assinaturas e certificação de documentos.

“A prevenção de litígios assume importância assessorando os clientes em questões Fiscais, Laborais, Societárias e Comerciais, no acompanhamento e desenvolvimento de investimentos imobiliários, bem como na assessoria à gestão de ativos, e também na elaboração, análise e acompanhamento de Contratos. A relação de proximidade com os clientes está, pois, no ADN do escritório, atuando numa lógica do verdadeiro departamento jurídico das Empresas. E, claro, o departamento de Contencioso representa os clientes em todas as Instâncias, tanto judiciais como arbitrais, neste caso em especial na Arbitragem Tributária. Especial atenção terão também as novas tecnologias, a economia digital, a tecnologia blockchain, os smart contracts e os criptoativos”, diz o mesmo comunicado.

No próximo mês a Amorim Tax & Legal anunciará mais novidades, tanto ao nível dos serviços, como no que respeita aos profissionais que se irão juntar, com dois reforços importantes, num primeiro momento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chega disponível para aprovar OE2025 em caso de chumbo do PS

Num cenário em que o PS vote contra a proposta, o Chega garante a sua aprovação para evitar eleições antecipadas. "Tudo faremos para evitar uma crise política", sublinha André Ventura.

O Chega já admite votar favoravelmente a proposta do Orçamento do Estado para 2025 caso o PS chumbe o documento, avança esta terça-feira o Correio da Manhã. O grupo parlamentar do partido de André Ventura reúne a partir das 17h para tomar uma posição. “Tudo faremos para evitar uma crise política”, afirmou o líder do Chega à entrada do encontro, no Parlamento. Duas horas depois, à saída da reunião, Ventura não quis fazer muitos mais comentários aos jornalistas.

Foi “dia de ouvir o grupo parlamentar”, disse, antes de atirar para quinta-feira, dia da entrega da proposta do OE2025, “a posição do Chega” sobre o documento. “Este não é o nosso orçamento. É um orçamento do PS e do PSD”, reiterou ainda.

A confirmar-se a disponibilidade do Chega, o voto contra ao OE que Ventura classificou de “irrevogável volta a cair por terra. Ventura tinha atirado a decisão para a bancada de 50 deputados, da qual o próprio faz parte, refirmando que a sua posição de “irrevogável” mantém-se. “É sabida a minha posição sobre o Orçamento e é claríssima. O presidente do Chega vai ouvir a bancada, não vai levar propostas. Hoje não é a minha posição, é a posição do grupo parlamentar”, esclareceu.

André Ventura volta a defender que o partido “tudo fará para evitar uma crise política, tudo fará para dar estabilidade”. Mas reitera também que tudo fará “para não ceder a chantagens e perder a identidade política”.

A direção do Chega convocou uma reunião de urgência do grupo parlamentar para esta terça-feira para decidir o sentido de voto do OE, depois de, na segunda-feira, o Conselho de Ministros ter pré-aprovado o Orçamento.

A dois dias da entrega do documento na Assembleia da República, o OE2025 tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização da proposta. Só com os votos a favor do Chega ou a abstenção do PS é que o Orçamento passa.

A bancada do PS reúne esta terça-feira à noite, no Parlamento, a partir das 21h30, para tomar uma posição. Antes, pelas 20h, o primeiro-ministro, Luís Montenegro dá uma entrevista, a primeira desde que tomou posse, na SIC.

Neste momento, a descida transversal do IRC é a linha vermelha que está a impedir um acordo entre o Governo da Aliança Democrática (AD) e o maior partido da oposição. O PS só aceita a redução de um ponto, de 21% para 20%, em 2025, desde que o Executivo não aprove futuras baixas da taxa nos orçamentos seguintes.

(Notícia atualizada às 19h34)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parceira da TAP no Brasil anuncia acordo com credores

A Azul chegou a acordo com os detentores de 82% da dívida, que será convertida em ações. Negociações prosseguem com os restantes 8%.

A Azul, parceira da TAP no Brasil, chegou a acordo com as empresas de leasing de aviões e fabricantes para a reestruturação da dívida da empresa. O acordo abrange 92% dos financiamentos, num valor global de 3.000 milhões de reais, o equivalente a 495 milhões de euros.

O entendimento foi anunciado na segunda-feira à noite e permite à Azul evitar, por ora, um pedido de proteção de credores. Segundo a Azul, o acordo “representa uma parte significativa de um plano abrangente projetado para fortalecer a geração de caixa e melhorar a estrutura de capital no futuro”. As ações da companhia chegaram a disparar 19% no início da sessão, mas continuam a acumular uma desvalorização de 59% desde o início do ano.

Os lessors e fabricantes de aeronaves e motores (OEM) aceitaram trocar 3.000 milhões em obrigações por até 100 milhões de novas ações preferenciais, numa emissão única. A operação está, no entanto, “condicionada a alterações em certas outras obrigações, incluindo a obtenção de financiamento adicional, e está sujeita à finalização da documentação vinculativa definitiva com os arrendadores e OEM”, indica a companhia aérea brasileira em comunicado.

A Azul continua a negociar com os detentores dos restantes 8% de obrigações que ficaram de fora do acordo e outras partes interessadas.

O Governo brasileiro já avançou com um plano para garantir assistência financeira à Azul e também à Gol. O Presidente Lula da Silva aprovou alterações à lei do Turismo que permitem que o Fundo Nacional de Aviação Civil possa ser usado como garantia para financiamentos às companhias aéreas.

As dificuldades da companhia aérea, detida em 4,49% por David Neeleman, emergiram no final de agosto, quando a Bloomberg noticiou que estava a avaliar opções para fazer face ao pagamento da dívida e evitar um processo de falência. Entre as hipóteses avançadas estava a conversão de dívida em capital, uma emissão garantida pela unidade de transporte de carga aérea ou uma fusão com a Gol, que já está ao abrigo de um pedido de proteção de credores.

A TAP tem uma parceria comercial com a Azul no Brasil, mas a relação entre as duas companhias foi abalada nos últimos meses devido à dívida contraída pela empresa portuguesa junto da brasileira em 2016, após a entrada de David Neeleman como acionista no âmbito da privatização realizada no ano anterior.

A Azul enviou o mês passado uma carta à TAP SGPS a pedir a confirmação das garantias para os 90 milhões de euros em obrigações, a que já acrescem 70 milhões em juros. Garantias que a TAP considera não serem válidas. A Azul avançou também com uma proposta para o reembolso antecipado dos títulos, que vencem em 2026, com negociação dos juros devidos. A TAP propôs pagar apenas 50 milhões de euros, como noticiou o ECO, montante abaixo da dívida inicial.

A tensão entre as duas companhias após uma entrevista do CEO da Azul, John Rodgerson, à CNN Portugal, em que o gestor ameaça romper o acordo comercial com a TAP no Brasil, que ajuda a angariar passageiros para os voos da companhia portuguesa (e vice-versa), caso as garantias não sejam confirmadas ou não exista um pagamento antecipado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE2025. Pedro Nuno Santos reunido com presidentes de federação do PS

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

A reunião está a decorrer na sede do partido, no Largo do Rato.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, está reunido com os presidentes eleitos das federações do partido para debater o Orçamento do Estado, confirmou à Lusa fonte socialista. Esta reunião está a decorrer na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

Segundo confirmou fonte do PS à Lusa, o tema desta reunião é o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Pedro Nuno Santos está reunido com os presidentes das federações que foram eleitos nas últimas eleições internas do partido, estando todos presentes à exceção do de Vila Real por estar fora do país.

Esta noite, no parlamento, o líder do PS terá uma reunião com o grupo parlamentar socialista.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo secretário-geral da NATO pede indústria “mais robusta” na Defesa

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Mark Rutte alertou para a necessidade de uma "indústria de defesa transatlântica mais robusta, com mais investimento e inovação".

O novo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, considerou esta terça-feira que a organização político-militar “tem de ir mais longe e com maior celeridade” e para isso necessita de uma “indústria de defesa transatlântica mais robusta”.

“A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) tem de ir mais longe e com maior celeridade”, disse o secretário-geral, que iniciou funções há precisamente uma semana, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas (Bélgica).

Depois de um encontro com o Presidente da Finlândia, que foi a primeira reunião com um representante de um Estado-membro desde que iniciou funções, Mark Rutte alertou para a necessidade de uma “indústria de defesa transatlântica mais robusta, com mais investimento e inovação”.

A Finlândia, que aderiu ao bloco político-militar há 18 meses, é um dos países da NATO que investe mais de 2% do Produtor Interno Bruto (PIB) em defesa. O país também é um dos Estados-membros que partilha uma fronteira com a Rússia, o principal adversário geoestratégico da NATO.

Mark Rutte deixou o apelo para a necessidade de cada país investir mais em defesa e o pedido foi partilhado pelo Presidente finlandês.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Futuros engenheiros “à caça” de 1.800 vagas na Feira de Emprego da FEUP

Mais de uma centena de empresas participam na edição desta ano da feira de emprego da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Há talks informais e competições.

Feira de emprego ocupa o principal corredor da FEUP.

Os futuros engenheiros da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) têm 1.800 vagas disponíveis na Career Fair, considerada a maior feira portuguesa de talento na área. A iniciativa conta, entre esta terça-feira e a próxima quinta-feira, com a presença de mais de 120 empresas nacionais e internacionais.

A feira tem o propósito de ajudar os estudantes na procura e introdução no mercado de trabalho. A Unidade de Talento da FEUP, organizadora do evento, “pretende potenciar, ainda mais, as taxas de empregabilidade dos estudantes formados na Faculdade de Engenharia”, refere a instituição num comunicado.

“Os dados de 2023 mostram que 45% dos estudantes têm emprego à data da conclusão do curso, 78% têm emprego três meses após a conclusão do curso, e 92% dos estudantes com emprego 10 meses após a conclusão do curso”, contabiliza a FEUP.

O evento “acontece na ressaca do recorde alcançado pela recém-criada licenciatura em Engenharia Aeroespacial, que fixou a maior média de entrada de sempre no concurso nacional de acesso ao ensino superior, com 19,45 valores“, assinala esta universidade na mesma nota. A FEUP conta ainda com três cursos no “top 10” dos mais procurados pelos alunos que ingressaram no Ensino Superior.

Os dados de 2023 mostram que 45% dos estudantes têm emprego à data da conclusão do curso, 78% têm emprego três meses após a conclusão do curso, e 92% dos estudantes com emprego 10 meses após a conclusão do curso.

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP)

Da programação desta feira constam as talks informais “Career (OUT)Sights” com conversas sobre as experiências profissionais e desafios de carreira dos antigos estudantes da FEUP e empresas presentes. Outra iniciativa consiste na competição “FEUP Escape Challenge”, uma competição na qual todos os envolvidos participam em enigmas em grupo, promovendo o trabalho em equipa e o espírito de “problem solving”.

A edição deste ano conta com o Main Sponsorship da FAPRICELA – Indústria de Trefilari, uma das maiores empresas da Europa na área do fabrico de fios metálicos, além dos patrocínios da BNP Paribas, Vestas, Garcia Garcia, Costeira e Continental. A JuniFEUP, a BEST Porto, a Teach For Portugal, a Unlimited Future, a Fundação da Juventude e a Talent Portugal são parceiros na organização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de Ministros volta a reunir-se na quarta-feira centrado na Cultura

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Esta é a quarta reunião do Governo no espaço de uma semana. Na última, segunda-feira, o Governo pré-aprovou o Orçamento do Estado para 2025.

O Governo vai voltar a reunir-se na quarta-feira em Conselho de Ministros, num encontro centrado na área da Cultura, confirmou à Lusa fonte do executivo PSD/CDS-PP. A reunião será no Palácio Nacional da Ajuda – e não, como habitualmente, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento –, arrancará pelas 09:30, com conferência de imprensa no final.

Esta é a quarta reunião do Governo no espaço de uma semana: na passada quarta-feira realizou-se um Conselho de Ministros, dedicado ao tema dos idosos, na sexta uma reunião extraordinária sobre mobilidade e energia no Entroncamento (distrito de Santarém) e na segunda-feira novo encontro centrado na questão do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que será entregue no parlamento na quinta-feira.

Nessa reunião, sem conferência de imprensa no final, o comunicado informava apenas que “O OE2025 foi pré-aprovado dentro do Governo e a proposta final aguarda apenas o desenrolar das negociações em curso com o Partido Socialista”.

Na semana passada, nas jornadas parlamentares PSD/CDS-PP a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, tinha prometido que “muito brevemente” o Governo aprovaria uma nova lei do mecenato, que considerou ir ser reconhecida pela “sua ambição, profundidade” e natureza “muito ampla” de entidades que pode apoiar.

Dalila Rodrigues deixou ainda outro compromisso: “A partir de janeiro, vamos avançar com políticas de desconto muito significativas e outras medidas de gratuidade, sobretudo para a área do teatro, permitindo às comunidades escolares (…) visitarem gratuitamente os equipamentos do Ministério da Cultura e assistirem gratuitamente aos seus espetáculos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vendas da Ikea caem 1,4% em Portugal. Redução de preços custou 36 milhões de euros

Cadeia sueca reporta vendas de 602,7 milhões em Portugal, onde emprega 2.800 pessoas e vai abrir estúdios em Aveiro e Beja. Armazém logístico de Loures já abastece todo o e-commerce nacional.

A cadeia de mobiliário e decoração Ikea faturou 602,7 milhões de euros em Portugal no último exercício fiscal, terminado a 31 de agosto, 1,4% abaixo dos 611 milhões registados no período homólogo. A empresa de origem sueca, que emprega cerca de 2.800 pessoas no país, estima em 36 milhões de euros aquele que diz ter sido “o maior investimento em redução de preços da sua história”.

“Este ano fiscal foi um período de forte investimento em reduzir preços e em nos tornarmos cada vez mais omni [canal], para que, independentemente dos canais que o cliente escolha para aceder aos produtos e serviços, possa ter a melhor experiência. Os resultados mostram que estamos no caminho certo e que ainda temos muito para melhorar”, afirma Laia Andreu, country retail manager da Ikea Portugal.

A empresa detida pelo Grupo Ingka destaca a abertura de quatro Estúdios de Planificação e Encomenda durante este ano – em Lisboa, Funchal, Viseu e Évora –, passando a ter 13 espaços neste formato. Até ao final deste ano, acrescenta em comunicado, vai inaugurar outros dois estúdios, em Aveiro e em Beja.

Laia Andreu, country retail manager da Ikea Portugal

Presente em Portugal desde 2004, a Ikea soma cinco lojas no país – Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga –, que recebem cerca de 13,8 milhões de visitas por ano. Além dos atuais 13 estúdios de planificação – Almada, Cascais, Coimbra, Évora, Funchal, Lagos, Leiria, Lisboa, Seixal, Setúbal, Sintra, Vila Nova de Gaia e Viseu –, tem vários pontos de recolha de encomendas e uma plataforma de venda online.

Outra das novidades é que, desde o verão, todas as encomendas online são preparadas diretamente nas lojas da marca em Portugal, sem qualquer ligação ao armazém logístico de Espanha. A empresa relata que a infraestrutura logística em Loures, em que investiu 37 milhões de euros nos últimos três anos, já abastece atualmente todo o e-commerce para o mercado nacional e apoia o disparo registado nas vendas remotas: pesam agora 22% do total, o que compara com 4% há cinco anos.

“Sabíamos que o ano fiscal de 2024 seria um grande desafio para nós e que o esforço para poder passar a assegurar as encomendas online todas a partir de Portugal iria requerer uma enorme capacidade de adaptação e resiliência das nossas equipas. Conseguir chegar a mais pessoas em Portugal é a prova de que a nossa estratégia e investimento estavam certos e de que nos estamos a preparar para o crescimento futuro”, aponta, citado na mesma nota, Stefan Hofer, country customer fulfilment manager da Ikea Portugal.

Aumento nos salários e entregas “elétricas”

No plano laboral, a Ikea Portugal calcula ter investido perto de 5 milhões de euros em atualizações de salários e benefícios aos colaboradores durante o ano fiscal de 2024, no qual 270 colaboradores integraram os programas de desenvolvimento da empresa. Mais de metade (53%) dos líderes da empresa são mulheres, com a empresa a atingir no país a meta de 2% de colaboradores com deficiência, dos quais 91% com contratos permanentes.

Finalmente, na componente da sustentabilidade, a multinacional sueca assegura que desde 2016 conseguiu reduzir em 85% a pegada carbónica dos seus edifícios no país, em valor absoluto, apesar do crescimento do negócio. Em Portugal, 65,3% das entregas dos produtos Ikea são realizadas por veículos elétricos, o que equivale a um aumento superior a 8% em comparação com o ano fiscal anterior e de mais de 47% face ao período homólogo de 2022.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Joe Biden adia visita a Angola devido a furacões que atingem os EUA

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

"Dada a trajetória projetada e a força do furacão Milton, o Presidente Biden adia a viagem à Alemanha e Angola para supervisionar os preparativos e a resposta ao furacão", anunciou a Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adiou a visita a Angola, prevista para a próxima semana, anunciou esta terça-feira a Casa Branca, justificando com os impactos de furacões que afetam várias regiões norte-americanas.

Dada a trajetória projetada e a força do furacão Milton, o Presidente Biden adia a viagem à Alemanha e Angola para supervisionar os preparativos e a resposta ao furacão Milton, além da resposta contínua aos impactos do furacão Helene”, refere uma nota da presidência norte-americana.

A declaração, assinada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, não refere cancelamento mas sim “adiamento” mas sem dar mais indicações. A visita de Biden a Angola estava prevista para se realizar na próxima semana, de 13 a 15 de outubro, enquanto a visita à Alemanha estava prevista entre 10 e 12 de outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Tavares preside a comissão de avaliação da previdência dos advogados

O Governo publicou em agosto em Diário da República o despacho que determinou uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património.

Carlos Tavares – ex- presidente da CMVM (de 2005 a 2016), ex-Ministro da Economia (de 2002/2004) e ex-presidente do Montepio – acaba de ser nomeado pelo Governo para presidir à comissão que irá analisar a situação da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS). O início dos trabalhos encontra-se agendado para o dia 14 de outubro.

O Governo publicou em agosto em Diário da República o despacho que determinou uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras, a qual deverá estar concluída e homologada no prazo de cinco meses. Ou seja: em Janeiro. Posteriormente, esta nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído. Feitas as contas, daqui a nove meses haverá uma conclusão final.

A nova comissão é composta por sete membros: um representante da área governativa da justiça, que preside e que diligencia pela constituição e pelo regular funcionamento da comissão; um da área das finanças; outro da área do trabalho, solidariedade e segurança social; um representante da CPAS e outro da Ordem dos Advogados; um representante da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução; e, por fim, uma pessoa de “reconhecido mérito”, que será indicada por alguns dos membros anteriores.

Segundo o site da Ordem dos Advogados, esta é a lista da comissão:

A Ordem dos Advogados recebeu informação, por parte do Ministério da Justiça, de que se encontra formalmente constituída a Comissão de Avaliação da CPAS, a qual será composta pelos seguintes membros:

  • Representante indicado pela área da Justiça e Presidente – Carlos Tavares
  • Representante indicado pela área das Finanças – Jaime Alves
  • Representante indicado pela área governativa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social – Ana Simões Correia
  • Representante da CPAS – Pedro Mota Soares
  • Representante da Ordem dos Advogados – Lara Roque Figueiredo
  • Representante da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução – Paulo Teixeira

Foram ainda indicados, na qualidade de individualidades de reconhecido mérito:

  • Miguel Teixeira Coelho, indicado pela Ordem dos Advogados;
  • Manuel Baganha, indicado pela Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução;
  • Rogério Alves, indicado pela CPAS.

“A complexidade da matéria em apreço, bem como o pretendido apuramento dos impactos da eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, impõem não só a realização de uma auditoria ao património, encargos e responsabilidades futuras daquela entidade, tal como recomendado pela Assembleia da República, mas também uma análise técnica rigorosa aos resultados dessa mesma auditoria em função dos modelos em que tal integração poderá ocorrer“, lê-se em Diário da República.

Este despacho vem extinguir a comissão de avaliação criada em novembro de 2023, que tinha como objetivo analisar uma auditoria, que não foi realizada, e estudar a eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, ou, em alternativa, de ponderar um novo modelo de proteção social, tendo tal comissão sido incumbida de apresentar um relatório no prazo de 12 meses.

“Sob a égide da comissão de avaliação, é constituído um grupo técnico, composto por técnicos do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças (GPEARI) e da Direção-Geral de Segurança Social, designados pelo Secretários de Estado Adjunto e do Orçamento e pelo Secretário de Estado da Segurança Social, com a missão de elaborar, com base nos resultados da auditoria e em cálculos atuariais pertinentes, um relatório“, explicam.

Esse relatório, que deverá ser entregue no prazo de quatro meses após a criação do grupo, contemplará o estudo de três possibilidades: a plena integração dos beneficiários da CPAS na Segurança Social, com impacto financeiro neutral no sistema previdencial; a criação de um regime optativo em que os beneficiários possam escolher entre a integração na Segurança Social ou na CPAS; e a manutenção da CPAS, com melhoramentos decorrentes das possibilidades reveladas no relatório do grupo técnico.

“Tendo por base os resultados da auditoria e o relatório do grupo técnico, a comissão de avaliação deverá cumprir a missão para a qual foi constituída, apresentando o seu relatório no prazo máximo de dois meses a contar da data da entrega do relatório produzido pelo grupo técnico”, lê-se.

As iniciativas legislativas apresentadas no Parlamento para alterar as regras de proteção social dos advogados e solicitadores foram votadas na generalidade a 28 de abril e rejeitadas. Apenas passou o projeto de resolução do PS visa a realização de uma auditoria e a criação de uma referida comissão. Foram rejeitados os cinco projetos de lei – do BE, do PAN, do Livre e do Chega – que pretendiam que os advogados, solicitadores e agentes de execução passassem a poder optar pelo regime contributivo: Segurança Social ou CPAS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lítio. PSD de Montalegre reafirma oposição à exploração mineira

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

Os dois deputados do PSD eleitos pelo distrito de Vila Real, Amílcar Almeida e Alberto Machado, apresentaram uma declaração de voto na qual dizem que repudiam e não aceitam a exploração mineira.

O PSD de Montalegre reafirmou esta terça-feira a oposição à exploração mineira, depois da reprovação no parlamento, com a votação contra dos deputados sociais-democratas, de quatro projetos de resolução que pediam a suspensão da mina do Romano. O parlamento rejeitou na sexta-feira os projetos de resolução do BE, PCP, Livre e PAN que recomendavam ao Governo a suspensão ou o cancelamento das concessões de exploração mineira de lítio em Boticas e Montalegre.

Os projetos de resolução contaram com os votos contra do PSD, PS, CDS-PP e Iniciativa Liberal (IL) e a abstenção do Chega e dos dois deputados do PS eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real, Fátima Correia Pinto e Carlos Silva.

Os dois deputados do PSD eleitos pelo distrito de Vila Real, Amílcar Almeida e Alberto Machado, invocaram a disciplina de voto e apresentaram uma declaração de voto na qual dizem que repudiam e não aceitam a exploração mineira nos moldes em que ela se perspetiva, porque os benefícios não superam os problemas. Após a votação na Assembleia da República, a Comissão Política do PSD Montalegre refirmou, em comunicado, a oposição à exploração mineira no concelho.

A nossa posição continua a ser a mesma: somos contra a exploração mineira no concelho e estamos ao lado da população. Somos e seremos contra, porque o futuro assenta na preservação do ambiente e na valorização dos nossos produtos e serviços de excelência – água, fumeiro, carne, paisagem, etnografia – reforçados pela classificação como Património Agrícola Mundial, os quais são incompatíveis com as minas”, salientou a estrutura concelhia.

Acrescentou que recusa também que o município seja “uma espécie de coutada” do Estado, que serve apenas para vender concessões aos privados. “Primeiro foram as barragens, nos anos 50 e 60. Depois vieram os parques eólicos e as minas. Agora estamos na fase da energia solar: central solar-eólica dos Pisões e parques flutuantes dos Pisões, Paradela e Salamonde, sendo que os dois últimos são contíguos ao Parque Nacional da Peneda-Gerês”, salientou.

Relativamente às contrapartidas pela exploração mineira, o PSD lembrou que o “concelho tem as mesmas acessibilidades de antes do 25 de Abril e recebe pouco mais de um milhão de euros das barragens, apesar de ter 15% da capacidade hídrica instalada no país para produzir eletricidade”.

“E a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ainda não iniciou a elaboração do Plano de Ordenamento da Barragem dos Pisões, mas já aprovou o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da mina do Romano, apesar das “falhas graves do mesmo”. O projeto de exploração de lítio da Lusorecursos Portugal Lithium, a mina do Romano (Montalegre) obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em setembro de 2023 e a empresa já disse que tenciona iniciar a exploração mineira em 2027.

Os sociais-democratas criticaram aquilo que dizem ser uma “postura subserviência e de avanços e recuos” do PS local em relação à mina do Romano e, por fim, um apelo à resistência contra a exploração mineira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.