Orçamento do Benfica para 2025/26 chumbado com 73,80% de votos contra

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

A reprovação do orçamento faz subir de tom a contestação à atual direção de Rui Costa. As eleições do Benfica estão marcadas para o dia 25 de outubro.

O orçamento do Benfica para a temporada 2025/26 foi hoje chumbado em assembleia-geral (AG), com 73,80% dos associados presentes a votar contra o documento, informou hoje o clube da I Liga portuguesa de futebol.

No pavilhão n.º2 do Estádio da Luz, em Lisboa, 1.056 sócios das ‘águias’ estiveram na AG, com 73,80% de votos desfavoráveis e 26,20% de votos favoráveis, num documento que previa um resultado positivo na ordem dos 5,5 milhões de euros.

No último ano, o orçamento para 2024/25 tinha recebido 47,61% de votos a favor, contra 43,2% de votos contra, quando os estatutos dos ‘encarnados’ dizem que as deliberações “são tomadas por maioria absoluta dos votos dos sócios presentes”.

A reprovação do orçamento faz subir de tom a contestação à atual direção de Rui Costa, em ano de eleições, que já conta com três candidaturas oficializadas para esse escrutínio: João Noronha Lopes, Cristóvão Carvalho e João Diogo Manteigas.

O presidente do Benfica, Rui Costa, afirmou hoje que só vai comunicar a decisão de avançar ou não às eleições dos ‘encarnados’ depois do Mundial de clubes e antes do arranque da nova época.

As eleições do Benfica estão marcadas para o dia 25 de outubro.

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Lula garante que acordo UE-Mercosul não prejudicará produtores franceses

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

Acordo entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) "tem de ser coletivo", não é apenas "um acordo unilateral entre a França e o Brasil", diz Lula.

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu hoje que o acordo do Mercosul com a União Europeia (UE), que envolve 31 países e não apenas a França e o Brasil, não pretende “prejudicar os produtores franceses”.

“Não quero que um produtor brasileiro prejudique um produtor francês. Eu quero que a gente se encontre e veja onde é que está o problema. Não é ideológico, é simplesmente económico. E vamos discutir para ver o que a gente pode fazer. Estou convencido que até eu deixar a presidência do Mercosul (em dezembro), vamos ter esse acordo assinado“, afirmou Lula da Silva numa conferência de imprensa em Paris.

Segundo o líder brasileiro, o Parlamento Europeu deverá aprovar o acordo, porém o acordo entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) “tem de ser coletivo”, não é apenas “um acordo unilateral entre a França e o Brasil”, já que o Presidente francês, Emmanuel Macron, tem reiterado as suas críticas ao atual texto do acordo, por representar um risco para a agricultura dos países europeus.

“Há uma necessidade política na França de vender a ideia de que se houver um acordo entre a UE e o Mercosul, a agricultura francesa e a europeia vão ter prejuízo, porque eles não conseguem competir com o agronegócio brasileiro”, acrescentou, defendendo uma “complementaridade” entre as agriculturas dos dois países.

Lula voltou a rebater esta perspetiva afirmando que Macron “se queixa de um acordo que foi feito pelo Governo brasileiro anterior”, que nem o seu próprio Governo aceitou, por essa razão foram feitas mudanças.

“Não queremos prejudicar o produtor francês. Eu não quero prejudicar. Não está na minha cabeça que a gente faça um acordo para matar o pequeno e médio produtor francês. O que quero é os pequenos produtores franceses junto com os pequenos produtores brasileiros”, defendeu.

Os dois líderes estarão juntos em novembro na 30.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, no coração da Amazónia brasileira.

O acordo com o bloco que integra Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai deve permitir à UE exportar mais automóveis, máquinas e bebidas espirituosas, em troca da entrada de carne, açúcar, arroz, mel ou soja sul-americanos, sendo apoiado por países como a Alemanha e a Espanha, mas contestado por vários países europeus.

Na quinta-feira, no primeiro dia da visita de Estado de Lula da Silva em Paris, a primeira em 13 anos, durante a conferência de imprensa no Eliseu com o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente brasileiro instou o homólogo francês a aceitar o acordo comercial entre a UE e o Mercosul nos seis meses da presidência brasileira deste bloco.

Lula da Silva segue agora para o Mónaco para um fórum sobre a economia marítima, antes da terceira conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice e depois a Lyon, onde visitará a sede da Interpol, cujo atual secretário-geral é pela primeira vez um brasileiro.

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O que faz um contabilista? Este livro explica às crianças

Dirigido a crianças dos oito a 12 anos, o livro "Sabes o que fazem os contabilistas?" vem dar a conhecer a profissão, além de ajudar a desmistificar conceitos que giram à volta do dinheiro.

A Mónica, que está no quinto ano e é muito boa a matemática, está sempre a dizer “contas é comigo”. Um gosto pelos números que leva a sua mãe a acreditar que um dia poderá fazer o mesmo que ela: ser contabilista. “Mas, afinal, o que fazem os contabilistas?”, perguntou Mónica à mãe. Uma conversa que serve de ponto de partida para o livro “Sabes o que o que fazem os contabilistas?” que é apoiado pela Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade (APOTEC).

Este livro, que vai ser apresentado na Feira do Livro de Lisboa, este sábado, dia 7 de junho, às 15h, na Praça Amarela, pretende dar a conhecer a profissão, mas também o universo do dinheiro e da economia. É, na prática, um manual didático dirigido a crianças dos oito aos 12 anos.

Publicado pela Ideias com História, o “Sabes o que o que fazem os contabilistas?” responde a várias questões. O que é um rendimento? Gastos e investimentos são a mesma coisa? O que são os impostos e para que servem? E o que significa IRS?

O objetivo é ajudar os mais novos a desmistificar conceitos associados às finanças e à contabilidade. “Com este livro, pretende-se começar a despertar a curiosidade aos mais novos e, consequentemente, às suas famílias”, afirma Isabel Cipriano, presidente da APOTEC, que tem defendido a necessidade de se apostar na literacia financeira.

“A disciplina da literacia financeira é fundamental nas novas gerações. Confrontamo-nos várias vezes com jovens adultos, licenciados ou com mestrados que não compreendem temáticas aparentemente simples como a melhor opção para comprar um carro, quais os impostos que tem de pagar se trabalhar nas férias de verão, qual a melhor opção para investir o ‘mealheiro de Natal’, ou até mesmo o que é o IRS Jovem”, explica a responsável.

Isabel Cipriano tem defendido publicamente a introdução da disciplina de Literacia Financeira no currículo escolar, em particular a partir do ensino secundário. É também co-autora do livro “79 Vozes para a Literacia Financeira”, lançado em 2024, na Feira do Livro de Lisboa.

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PS defende recondução de Mário Centeno e acusa Ventura de ignorância

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

O mandato de Mário Centeno à frente do BdP termina em 20 de julho e o governador já se mostrou disponível para continuar, mas a decisão está agora nas mãos do Governo da AD.

O PS considerou hoje que a competência do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, é reconhecida e seria necessária “muita justificação” para não ser reconduzido para um segundo mandato e acusou o líder do Chega de ignorância.

“O professor Mário Centeno é provavelmente das pessoas mais qualificadas em Portugal e seria necessária muita justificação, ou uma justificação muito plausível, para a sua não recondução”, afirmou o deputado do PS António Mendonça Mendes em declarações à agência Lusa.

Mendonça Mendes considerou que Mário Centeno — que, antes de ser nomeado governador do Banco de Portugal (BdP), em 2020, foi ministro das Finanças do PS — é “uma pessoa reconhecida pelos portugueses, e em particular pelo setor que supervisiona, como alguém muito competente, muito rigoroso e muito independente na sua função”.

“E, por isso, o professor Mário Centeno é alguém que não esconde aquilo que é o seu pensamento, mas nunca, em nenhuma circunstância, exerce o seu mandato para além daquilo que é a sua obrigação”, afirmou.

O deputado do PS, que foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais em três governos, dois dos quais integrados por Mário Centeno, reagiu ainda às declarações do líder do Chega, André Ventura, que, esta sexta-feira, pediu a audição na Assembleia da República do governador do BdP, acusando-o de ter guardado as previsões económicas para depois das eleições com o intuito de favorecer o Governo da AD, o que Mendonça Mendes considerou ignorância.

“A ignorância é muito atrevida”, considerou o deputado do PS, que salientou que o BdP é uma “entidade independente e muito respeitada”, que, em 2023, 2024 e 2025, publicou sempre o seu Boletim Económico em março, junho, outubro e dezembro.

“O Banco de Portugal divulga o seu Boletim Económico nas datas que estão previamente definidas. Portanto, quem desconhece isso, naturalmente que depois se atreve a dizer coisas que não correspondem à verdade”, criticou.

O mandato de Mário Centeno à frente do BdP termina em 20 de julho e o governador já se mostrou disponível para continuar, mas a decisão está agora nas mãos do Governo da AD.

Esta sexta-feira, na conferência de imprensa em que apresentou o Boletim Económico de junho, Mário Centeno disse estar “sempre disponível para o país”, quando questionado sobre o seu futuro após o final do mandato enquanto governador do BdP.

“Eu tenho um mandato para cumprir, diria cumprido, estarei sempre disponível para o país, seja no Governo, seja no BdP, seja numa universidade a fazer o que gosto mais que é falar”, disse o governador do BdP, quando questionado sobre o seu futuro, na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de junho.

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Programa de recompra de ações próprias da Ibersol arranca na 2.ª feira

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

Prevista está a aquisição de até 4.089.912 ações ordinárias da Ibersol, correspondente ao número máximo de ações que poderão ser extintas no contexto da redução de capital.

A Ibersol começa na segunda-feira a executar um programa de recompra de ações próprias no montante máximo de 41 milhões de euros com vista à redução do capital social da empresa, foi hoje anunciado ao mercado.

Segundo um comunicado publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o programa de recompra tem como objetivo a redução do capital social da Ibersol mediante a extinção de um máximo de 4.089.912 ações ordinárias da empresa e decorre até 29 de novembro de 2026, exceto se antes dessa data for atingido o limite de ações ou o montante pecuniário máximo definido.

Este programa de recompra de ações decorre de uma deliberação aprovada em assembleia-geral (AG) do passado dia 29 de maio, bem como de uma deliberação do Conselho de Administração da Ibersol.

Prevista está a aquisição de até 4.089.912 ações ordinárias da Ibersol, correspondente ao número máximo de ações que poderão ser extintas no contexto da redução de capital a que se destina, sendo o montante pecuniário máximo do programa de recompra de 41 milhões de euros.

O preço de compra efetivo deverá situar-se “num intervalo de 10% para menos e para mais relativamente à cotação das ações da empresa no Euronext Lisbon no fecho da sessão de negociação imediatamente anterior à data de aquisição ou à constituição do direito de aquisição ou atribuição de ações”, ou “corresponder ao preço de aquisição resultante da lei ou de outra vinculação relevante”.

Não pode ainda “ser superior ao mais elevado de entre o da última operação independente e o da oferta independente de maior montante ao tempo da aquisição no mercado regulamentado Euronext Lisbon”.

O número de ações a adquirir no âmbito do programa de recompra, num dado dia de negociação, será limitado a 25% do volume diário médio de ações da Ibersol negociado no mercado regulamentado da Euronext Lisbon nos 20 dias anteriores à data da aquisição.

O intermediário financeiro encarregue da execução do programa de recompra é a JB Capital Markets.

Ainda segundo o comunicado hoje divulgado, durante a vigência do programa de recompra mantém-se suspenso o contrato de liquidez celebrado entre a Ibersol e o Caixa — Banco de Investimento, que iniciou a respetiva produção de efeitos a 01 de outubro de 2006.

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ECO Quiz. Novo Governo, Revolut e imigração

  • Tiago Lopes
  • 7 Junho 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

A composição do XXV Governo Constitucional traz três caras novas. Gonçalo Saraiva Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, foi o escolhido por Luís Montenegro para liderar o novo Ministério da Reforma do Estado. A Provedora de Justiça, Maria Lucília Amaral, substitui Margarida Blasco na Administração Interna e Carlos Abreu Amorim sobe de secretário de Estado a ministro dos Assuntos Parlamentares.

A Revolut vai passar a ter caixas ATM, com as primeiras 50 a serem instaladas nas próximas semanas em Espanha, a que se seguirá outros países na Europa.

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, defendeu esta sexta-feira a importância dos trabalhadores imigrantes para a economia portuguesa.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Indústria alemã alerta para possível crise devido à escassez de terras raras chinesas

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

Para a fabricação de motores elétricos, dispositivos robóticos ou drones, a dependência das importações que a China restringiu é "crítica", alerta a Associação Federal da Indústria Alemã.

A indústria alemã alerta que as restrições aplicadas pela China à exportação de minerais conhecidos como terras raras poderão levar a uma situação semelhante à crise energética de 2022, desencadeada pela interrupção do fornecimento de gás natural russo.

Em declarações ao semanário Der Spiegel, o diretor da Associação Federal da Indústria Alemã (BDI), Wolfgang Niedermark, declarou que o setor está “alarmado” com a situação e que, se esta continuar, todo o setor poderá enfrentar em breve problemas que poderão até levar a paralisações na produção.

“Estamos a enfrentar uma crise dos metais semelhante à crise energética de 2022, quando a Rússia deixou de fornecer gás”, afirmou, destacando entre os setores mais afetados os da indústria automóvel, da maquinaria e tecnologias energéticas e da defesa.

Segundo Niedermark, para a fabricação de motores elétricos, dispositivos robóticos ou drones, a dependência das importações que a China restringiu é “crítica”.

Hoje, um porta-voz do Ministério do Comércio em Pequim afirmou que a China atribui “grande importância” às “preocupações europeias” nesta matéria e está disposta a estabelecer um “canal verde” para os pedidos de exportação de terras raras que cumpram os requisitos, de forma a acelerar a sua aprovação.

Desde 02 de abril, no âmbito da escalada tarifária com os EUA, Pequim impôs um novo regime de licenças que obriga as empresas estrangeiras a solicitar autorizações para exportar as referidas matérias-primas (minerais como o samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio e ímanes derivados), alegando motivos de segurança nacional.

A China — que domina mais de 60% da mineração e 92% da produção refinada destes materiais estratégicos à escala mundial, de acordo com a Agência Internacional de Energia — propõe agora a criação de um “canal verde” para facilitar as exportações destas terras raras para a União Europeia (UE).

Estas discussões ocorrem na véspera da próxima cimeira entre a UE e a China, que se realizará em julho na China, por ocasião dos 50 anos de relações entre Bruxelas e Pequim.

Esta cimeira poderá dar origem a um reequilíbrio das relações entre o bloco europeu e a China, numa altura em que as divergências políticas e comerciais persistem.

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“Preservar o oceano é um bom investimento”, diz Lagarde

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

"Salvar o oceano é salvar a economia" pois o oceano também é "uma oportunidade para criar empregos", diz a presidente do BCE no Fórum Financeiro da Economia Azul, no Mónaco.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, pediu hoje, no Mónaco, que se proteja o oceano porque preservá-lo é um bom investimento.

Falando no Fórum Financeiro da Economia Azul, que se iniciou hoje e que reúne representantes de Governos, de empresas e cientistas, a presidente do BCE começou por questionar a plateia: “Porque a presidente do banco central se importa com os oceanos”, respondendo que a questão “é de todos e não de alguns”.

“Preservar o oceano é um bom investimento”, desafiou após ter feito um ponto de situação da degradação a que chegou o sistema do oceano.

Christine Lagarde exemplificou o aumento da temperatura e a acidificação (baixa do pH -indicador de acidez, neutralidade ou alcalinidade – da água do mar devido ao aumento da concentração de dióxido de carbono dissolvido, potenciado pelas atividades humanas), mas também do facto de três biliões de pessoas dependerem do oceano.

“Há uma crise de um sistema de que a humanidade depende e é preciso encontrar respostas”, disse, referindo que “salvar o oceano é salvar a economia” pois o oceano também é “uma oportunidade para criar empregos”, possui recursos para a medicina ou para energia eólica offshore.

Para Lagarde são precisos três passos: proteger, preparar e antecipar para não “reagir quando já é tarde”. Nessa altura, disse, “o custo do financiamento será muito alto”.

Segundo um comunicado da organização do fórum, “os objetivos de financiamento estão longe de ser atingidos. Estima-se que dos 175 mil milhões de dólares (155,3 mil milhões de euros ao câmbio atual), necessários por ano, apenas 25 mil milhões de dólares (21,8 mil milhões de euros) estão atualmente a ser mobilizados”.

Na abertura do Fórum, o príncipe Alberto II disse que o diagnóstico da degradação do oceano está feito e que agora é preciso agir.

Integrado na Conferência do Oceano da ONU, que começa na segunda-feira em França, o Fórum pretende garantir financiamento para “restaurar a saúde” do oceano.

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Discussões com UE sobre preços de veículos elétricos estão na fase final

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

Em outubro passado entraram em vigor as tarifas de até 35,3% sobre a importação para a UE de veículos elétricos provenientes da China, aprovadas pela Comissão Europeia.

As negociações entre a China e a União Europeia (UE) sobre preços mínimos para veículos elétricos “entraram na fase final, embora ainda exijam esforços de ambas as partes”, afirmou hoje um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

Segundo o porta-voz, numa reunião na passada terça-feira em Paris, o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, e o comissário europeu do Comércio, Maros Sefkovic, mantiveram uma “discussão profissional e aprofundada” sobre os veículos elétricos, o que representou um grande passo em direção a uma “resolução adequada da questão”.

“A parte europeia propôs explorar paralelamente novas vias tecnológicas e a China avaliará a viabilidade dessas propostas do ponto de vista jurídico e técnico”, afirmou o porta-voz, citado num comunicado do Ministério do Comércio.

Ambas as partes instruíram as suas equipas a redobrar esforços para encontrar uma solução mutuamente aceitável, em conformidade com as respetivas regulamentações legais e as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio), a fim de resolver adequadamente as suas diferenças comerciais”, acrescentou.

Em outubro passado entraram em vigor as tarifas de até 35,3% sobre a importação para a UE de veículos elétricos provenientes da China, aprovadas pela Comissão Europeia.

O executivo comunitário aplica tarifas de 35,3% ao fabricante chinês SAIC (MG e Maxus, entre outras marcas), de 18,8% à Geely e de 17% à BYD, durante um período máximo de cinco anos.

O país asiático respondeu com impostos provisórios sobre o ‘brandy’, após ameaças de uma investigação sobre as importações de laticínios e sobre a carne suína proveniente da UE.

No que diz respeito ao caso do ‘brandy’, o porta-voz do Comércio assegurou que empresas e associações francesas apresentaram de forma voluntária “pedidos de compromisso de preços” à parte chinesa, “e as autoridades investigadoras chinesas chegaram a um consenso sobre os termos-chave desse compromisso”.

“A China está a rever o texto completo do compromisso de preços e, se for aprovado, prevê-se emitir um anúncio final com esse texto antes de 05 de julho”, disse.

Durante a sua estadia em Paris, o ministro do Comércio chinês também defendeu controlos à exportação de terras raras por parte de Pequim, argumentando que se trata de uma “prática comum a nível internacional”.

No entanto, segundo o porta-voz do Comércio, a China atribui “grande importância” às “preocupações europeias” nesta matéria e está disposta a estabelecer um “canal verde” para os pedidos de exportação que cumpram os requisitos, a fim de acelerar a sua aprovação.

“O ministro Wang expressou a sua esperança de que a parte europeia também aja com reciprocidade, adotando medidas eficazes para facilitar, proteger e promover o comércio legal de produtos de alta tecnologia com a China”, afirmou o porta-voz.

Desde 02 de abril, no âmbito da escalada tarifária com os EUA, Pequim impôs um novo regime de licenças que obriga as empresas estrangeiras a solicitar autorizações para exportar os minerais mencionados (samário, gadolínio, térbio, disprósio, lutécio, escândio e ítrio), alegando motivos de segurança nacional.

Os controlos são especialmente prejudiciais para os setores que mais precisam desses materiais, porque a China concentra cerca de 49% das reservas mundiais e processou 99% das terras raras pesadas utilizadas em 2024.

No final de maio, a China deu a entender — publicando e, depois, retirando um artigo na imprensa oficial — a possibilidade de suavizar esses controlos para as empresas europeias, algo que os especialistas interpretaram como uma possível aproximação com Bruxelas diante da crescente tensão com Washington.

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Musk pode perder biliões de dólares conforme o desfecho do braço de ferro com Trump

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

Trump pode 'atrapalhar' a Tesla ao incentivar os órgãos reguladores federais de segurança a intervir perante qualquer sinal de problema com os robotáxis.

O homem mais rico do mundo, Elon Musk, pode perder milhares de milhões de dólares na sua luta com o político mais poderoso do mundo, Donald Trump, em projetos da Tesla, SpaceX ou Starlink.

A disputa entre Musk com o chefe de Estado norte-americano pode significar que os planos da Tesla para carros autónomos encontrem um obstáculo, a SpaceX realize menos missões para a NASA, a Starlink obtenha menos contratos de satélite no estrangeiro e a plataforma de redes sociais X perca anunciantes, realçou hoje a agência Associated Press (AP).

A quebra de confiança ocorre apenas uma semana antes de um teste planeado dos táxis autónomos da Tesla em Austin, Texas, um acontecimento importante para a empresa, uma vez que as vendas dos seus veículos elétricos são fracas em muitos mercados, e Musk precisa de uma vitória.

Trump pode ‘atrapalhar’ a Tesla ao incentivar os órgãos reguladores federais de segurança a intervir perante qualquer sinal de problema com os robotáxis.

Uma parte importante, mas frequentemente negligenciada, do negócio da Tesla que pode ser afetada são as vendas de créditos de carbono, um negócio paralelo próspero vendendo “créditos regulamentares” a outros fabricantes de automóveis para compensar as suas deficiências.

Enquanto Musk e Trump trocavam argumentos nas redes sociais na quinta-feira, os senadores republicanos inseriram uma nova redação no projeto de lei orçamental de Trump que eliminaria as multas para carros movidos a gasolina que não cumprissem as normas de economia de combustível.

A incursão de Musk na política dos republicanos custou as vendas da Tesla entre os consumidores preocupados com o ambiente que adotaram os carros elétricos e levou a boicotes aos concessionários da Tesla. Estes compradores podem voltar, mas isso está longe de ser certo.

“Há mais perguntas do que respostas após os acontecimentos de quinta-feira”, frisou Itay Michaeli, analista da TD Cowen, no seu último relatório.

O alvo de Michaeli para as ações da Tesla no início deste ano era de 388 dólares. Desde então, reduziu-o para 330 dólares. A Tesla estava a ser hoje negociada a 300 dólares.

Trump disse na quinta-feira que poderia cortar contratos governamentais com a empresa de foguetões de Musk, a SpaceX, uma enorme ameaça para uma empresa que recebeu milhares de milhões de dólares federais.

A empresa privada, que vale alegadamente 350 mil milhões de dólares, realiza lançamentos, envia astronautas para o espaço para a NASA e tem um contrato para enviar uma equipa da agência espacial à Lua no próximo ano.

Mas se Musk tem muito a perder, os EUA também têm.

A SpaceX é a única empresa americana capaz de transportar tripulações de e para a estação espacial, utilizando as suas cápsulas Dragon, com capacidade para quatro pessoas. A outra alternativa é politicamente arriscada: depender totalmente das cápsulas Soyuz da Rússia.

Uma subsidiária da SpaceX, a empresa de Internet por satélite Starlink, parece também ter beneficiado da relação outrora próxima de Musk com o Presidente.

Musk anunciou que a Arábia Saudita aprovou a Starlink para alguns serviços durante uma viagem com Trump ao Médio Oriente no mês passado. A empresa também fechou uma série de outros acordos recentes no Bangladesh, Paquistão, Índia e noutros locais, enquanto Trump ameaçava impor tarifas.

Outra dúvida recai sobre os grandes anunciantes que abandonaram a rede social X depois de Musk ter acolhido todo o tipo de teorias da conspiração na plataforma.

Musk classificou a decisão de abandonar o X como um “boicote ilegal” e processou-os, e a administração Trump interveio recentemente com uma investigação da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) sobre uma possível coordenação entre estes.

Agora, os anunciantes podem ter de se preocupar com um perigo diferente.

Se Trump não gostar do X, “há o risco de que volte a ser politicamente radioativo para as grandes marcas”, alertou Sarah Kreps, politóloga da Universidade de Cornell.

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Constitucional rejeita apreciar recursos no caso do cartel da banca

  • Lusa
  • 7 Junho 2025

A decisão "ainda não é definitiva", podendo ser "alvo de reclamação para a conferência" do TC, pelo que não transitou em julgado.

O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou os recursos apresentados pela Concorrência e Ministério Público para tentar travar as prescrições no caso do cartel da banca, que previa coimas de 225 milhões de euros a 11 bancos, noticia hoje o Público.

De acordo com o jornal, o TC decidiu que não vai sequer apreciar os recursos apresentados pela Autoridade da Concorrência (AdC) e pelo Ministério Público (MP), havendo já só “uma réstia de esperança para o lado da acusação”.

A AdC e o MP pretendiam que o TC se pronunciasse sobre se era ou não inconstitucional a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de contar para o prazo de prescrição o período de dois anos em que o caso esteve à espera de decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, bem como a interpretação de qual a lei aplicável ao processo.

Contudo, o juiz-conselheiro do Tribunal Constitucional “critica as questões colocadas, dizendo que lhe cabe apenas ‘o escrutínio da constitucionalidade das normas jurídicas’ e não “sindicar o mérito ou a bondade das decisões recorridas”.

Adicionalmente, considera que o MP carece de legitimidade por levantar questões de inconstitucionalidade que até agora não tinha suscitado e por questionar aspetos que, mesmo que fossem considerados inconstitucionais, não alterariam o acórdão da Relação de que recorre.

Apesar de mais esta derrota para a Concorrência e para o MP, o jornal nota que a decisão “ainda não é definitiva”, podendo ser “alvo de reclamação para a conferência” do TC, pelo que não transitou em julgado.

A AdC avançou ao Público estar a analisar a possibilidade de reclamação.

A Concorrência e o MP queriam ver condenados a uma coima no total de 225 milhões de euros 11 bancos nacionais por infrações à lei da concorrência relacionadas com a troca de informações sensíveis sobre créditos entre 2002 e 2013: A CGD (82 milhões de euros), BCP (60 milhões), Santander (35,65 milhões), BPI (30 milhões) Banco Montepio (13 milhões de euros), BBVA (2,5 milhões), BES (700 mil), BIC (500 mil), Crédito Agrícola (350 mil), UCI (150 mil), tendo o Barclays também sido condenado, mas sem ter de pagar coima por ter sido o denunciante.

O Banif não recorreu da decisão inicial, já que tinha sido condenado apenas a uma coima de 1.000 euros.

O regulador iniciou a investigação em 2012, mas a aplicação das coimas só foi decidida em 2019, tendo os bancos impugnado a decisão para o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém.

Este confirmou o processo da AdC em 2024, após uma paragem de dois anos à espera de um esclarecimento do Tribunal de Justiça da União Europeia, período que o tribunal decretou não contar para os prazos de prescrição, num entendimento que depois foi contrariado pela Relação.

O Constitucional considerou agora que não fazia sentido pronunciar-se sobre o assunto, com base nos recursos apresentados.

De acordo com o Público, o caso “está a correr com o carimbo de urgente”, mas “mesmo a leitura mais benévola” da contagem das prescrições aponta para que tal aconteça em maio de 2026.

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Os desafios de Carneiro à frente do PS: Vencer autárquicas, abrir o partido e firmar acordos com o Governo

O ex-ministro lança este sábado a candidatura à liderança socialista. Para além de procurar consensos com o Executivo em áreas de soberania, dará prioridade ao SNS e ao sistema público de pensões.

O único que, para já, se chegou à frente para disputar a liderança do PS, José Luís Carneiro, apresenta a candidatura este sábado com o foco nas próximas autárquicas, que quer vencer, na abertura do partido à sociedade civil, para fortalecer a base de apoio eleitoral, e em possíveis pontes de entendimento com o Governo de Luís Montenegro em áreas de soberania.

Mas não só. Serviço Nacional de Saúde (SNS), sistema público de pensões, escola pública, crescimento sustentável da economia e dos rendimentos e habitação são outras das áreas prioritárias daquele que se perfila como o sucessor de Pedro Nuno Santos aos comandos do partido, pelo menos durante os próximos dois anos. A cerimónia que oficializa a candidatura decorre às 17h30, na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

“Deputados, eurodeputados, autarcas, candidatos às câmaras e juntas de freguesias, dirigentes federativos e de concelhias vão estar presentes, assim como o presidente honorário do PS, Manuel Alegre”, adiantou fonte oficial da candidatura do ex-ministro ao ECO. Carneiro “vai fazer uma campanha que irá abranger todo o país”, sinalizou.

Depois de ter reunido com os fundadores do PS e com a UGT, “vai estar, ao longo das próximas semanas, com militantes de todas as federações, vai reunir e visitar universidades, escolas, IPSS, empresas e representantes do setor empresarial”, refere a mesma fonte. O objetivo é “repensar o PS e a sua relação com o país, lançar uma reflexão, ouvir e dar voz às pessoas”, isto é, abrir o partido à sociedade civil e ampliar a base de apoio eleitoral.

A par deste caminho de união e fortalecimento do partido, José Luís Carneiro estará empenhado em enfrentar aquele que será o primeiro desafio nas urnas: eleições locais, que devem ocorrer em finais de setembro e inícios de outubro. “As próximas semanas vão ser também ao lado dos candidatos autárquicos” e o futuro secretário-geral socialista vai aproveitar o trabalho de casa já feito “pelas estruturas locais e nacionais”.

A grande ambição é ganhar as autárquicas ou pelo menos manter o bom resultado de há cinco anos. Em 2021, o PS ficou à frente com 34,22% dos votos, conquistando 888 mandatos nas câmaras municipais, o PSD, em segundo, com 13,20% dos votos e 437 mandatos, e, em terceiro, a coligação PSD/CDS com 10,81% dos votos e 239 eleitos.

Na moção que vai apresentar este sábado, o antigo ministro da Administração Interna e ex-autarca de Baião vai lançar um repto ao Governo de Luís Montenegro: firmar pactos de regime em cinco áreas de soberania, designadamente na política externa e europeia, defesa, segurança, justiça e organização do Estado, confirmou fonte oficial da candidatura ao ECO, depois de o Expresso ter avançado com a notícia.

De recordar que quando se candidatou à liderança do PS em 2023, perdendo para Pedro Nuno Santos, com 37% dos votos, Carneiro já tinha como bandeira a necessidade de acordos de regime com o PSD. Nesta nova candidatura trilha o mesmo caminho.

Numa altura em que o Governo aposta forte na reforma do Estado, elevando-a à categoria de Ministério autónomo, o candidato a líder do PS quer lançar pontes de entendimento para uma maior descentralização da Administração Central, reforçando a legitimidade direta, ainda que não fale em regionalização.

Se há setores de soberania, que Carneiro conhece bem, até porque já foi secretário de Estado das Comunidades e depois ministro da Administração Interna, e em que há necessidade de consensos democráticos, noutras áreas, o socialista quer ser “oposição firme e responsável” e apresentar uma alternativa.

Neste sentido, “o SNS, o sistema público de pensões, a escola pública, o crescimento sustentável da economia e dos rendimentos, o acesso à habitação e o combate à pobreza e às desigualdades” serão as prioridades de José Luís Carneiro, na oposição.

Sem esquecer “os jovens, a qualificação do emprego e a dignidade do trabalho, a aposta no reforço dos meios das forças e serviços de segurança e proteção civil”, completa fonte oficial da candidatura do socialista.

Pedro Nuno Santos demitiu-se de secretário-geral do PS na sequência da pesada derrota nas eleições legislativas de 18 de maio. Pela primeira vez na história, os socialistas caíram para terceira força política no Parlamento e cederam o lugar de líder da oposição ao Chega. Na Comissão Política de 24 de maio, Pedro Nuno abandonou de imediato a liderança do partido, tendo ficado o presidente Carlos César como secretário-geral interino até às diretas que se vão realizar no Congresso de 27 e 28 de junho.

Para já, apenas José Luís Carneiro avançou com uma candidatura. Mariana Vieira da Silva ainda ponderou entrar na corrida, mas preferiu recuar em nome da união do partido, tendo em conta a proximidade com o novo embate eleitoral no outono, com as autárquicas.

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