Irmãos Martins desistem de indicar filhos para a administração da Martifer

A I'M, dos irmãos Martins, que desfez o acordo com a Mota na Martifer, deixou cair a proposta na qual pedia o alargamento do conselho de administração para incluir mais dois filhos dos irmãos.

A I’M, detida pelos irmãos Carlos e Jorge Martins, retirou uma proposta que tinha colocado na lista de assuntos a levar a assembleia geral de acionistas da Martifer, que se realizou esta quarta-feira.

A holding, que desfez no mês passado o acordo parassocial com a Mota-Engil, com uma participação de 37,5% do capital, num momento em que continua a aguardar a decisão da CMVM sobre obrigatoriedade de OPA para entrada de Visabeira, pretendia aprovar o alargamento do conselho de administração da Martifer para incluir dois filhos dos acionistas no board.

“No início da Assembleia Geral Anual, a acionista I’M SGPS, S.A. apresentou um requerimento à Mesa, no sentido de serem retirados da Ordem de Trabalhos os pontos 6, 7 e 8, cuja inclusão havia sido por si requerida e aceite, requerimento esse que a Presidente da Mesa da Assembleia Geral deferiu”, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A proposta número 7 pretendia o alargamento da administração. Os irmãos Martins, que controlam 48% da Martifer através da sua holding, tinham inicialmente proposto a entrada de dois novos membros: Carolina Nogueira Martins e Eduardo Guerra Martins, filhos dos irmãos Carlos e Jorge Martins, para o cargo de vogais da administração da empresa, reforçando a representatividade da família na administração.

A proposta indicava “que a acionista proponente [a I’M] considera fundamental que o Conselho de Administração seja alargado de molde a poder integrar membros de múltiplas gerações, com diferentes backgrounds e percursos profissionais, sendo sua convicção que esta diversidade intergeracional é, de per si, benéfica e potenciadora do alcance e desenvolvimento de uma visão estratégica adequada aos atuais e futuros desafios da Sociedade”.

Atualmente o conselho de administração conta com Carlos e Jorge Martins, que ocupam os cargos de chairman (presidente) e vice-chairman, respetivamente, e ainda Mariana Nogueira Martins, filha de Carlos Martins.

A retirada da proposta de alargamento do conselho de administração ocorre num momento em que a CMVM continua a analisar a obrigatoriedade do lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) para a entrada da Visabeira, que acordou comprar 24% do capital da empresa aos irmãos Martins.

“O dever de lançamento de Oferta Pública de Aquisição está regulado nos termos do artigo 187.º, n.º 2 e seguintes do Código dos Valores Mobiliários, encontrando-se a presente situação a ser analisada pela CMVM, prevendo-se a divulgação de comunicado aquando da decisão da CMVM, nos termos habituais”, adiantou fonte oficial do regulador ao ECO.

A mesma fonte explica que, “conforme comunicado ao mercado no passado dia 5 de outubro de 2024, a produção de efeitos do contrato promessa de compra e venda e do acordo parassocial celebrados entre a I’M S.G.P.S., S.A. e entidades com ela relacionadas e a Visabeira Indústria está condicionada, nomeadamente, a que, em virtude desses acordos, nenhuma das partes incorra no dever de lançar uma Oferta Pública de Aquisição obrigatória“.

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Tarifas podem levar a “escolhas difíceis” caso agravem inflação, avisa Fed

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

Vários membros destacaram que a Fed pode ter que esperar algum tempo antes de tomar qualquer medida adicional com as taxas de juros.

As autoridades da Reserva Federal (Fed) norte-americana decidiram não mexer nos juros, na reunião de maio, devido a receios de que as tarifas de Donald Trump pudessem agravar a inflação e criar um dilema com a política monetária.

Segundo as atas divulgadas esta quarta-feira, da reunião de 6 e 7 de maio, “os participantes observaram que o Comité poderá enfrentar escolhas difíceis se a inflação se mostrar mais persistente enquanto as perspetivas de crescimento e emprego enfraquecem”.

Os membros do comité de política monetária do banco central (FOMC, na sigla em Inglês) concordaram, na reunião de maio, adiar qualquer mudança nas taxas de juros enquanto avaliavam o impacto das tarifas do Presidente Donald Trump sobre a economia, numa altura de elevada incerteza.

De acordo com as minutas, “quase todas” as 19 autoridades que participam viam o risco de que “a inflação pudesse mostrar-se mais persistente do que o esperado”. Os participantes demonstraram maior preocupação com a inflação mais alta do que com o aumento do desemprego, de acordo com as minutas, um dos principais motivos pelos quais mantiveram as taxas inalteradas.

A decisão foi contra os repetidos apelos do Presidente dos EUA, Donald Trump, para reduzir as taxas. O banco central cortou as taxas diretoras três vezes no ano passado, para cerca de 4,3%, mas este ano ainda não mexeu nos juros.

As tarifas de Trump criaram um dilema para a Fed, já que as taxas poderiam tanto elevar a inflação — que a Fed normalmente combateria com juros mais altos — como desacelerar a economia e aumentar o desemprego, conjuntura que o banco central geralmente tenta combater com juros mais baixos.

As autoridades “avaliaram que os riscos de queda para o emprego e os riscos em alta para a inflação aumentaram, refletindo principalmente os potenciais efeitos dos aumentos de tarifas”, lê-se na ata.

Desde a reunião, vários membros destacaram que a Fed pode ter que esperar algum tempo antes de tomar qualquer medida adicional com as taxas de juros, devido à incerteza sobre as tarifas e os seus impactos.

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Paulo Fernandes investe mais de sete milhões para reforçar na Altri após queda de 17%

Actium Capital, detida pelo empresário Paulo Fernandes, aproveitou a recente correção das ações para comprar mais de 1,2 milhões de ações da papeleira, num investimento que superou os sete milhões.

A Actium Fernandes, detida por Paulo Fernandes, comprou mais de 1,2 milhões de ações da Altri, num investimento acima de sete milhões de euros. As compras foram realizadas num período em que os títulos da papeleira estiveram sob pressão, com as ações a tombarem mais de 17% em quatro sessões, depois de a empresa reportar uma quebra dos lucros de 65% no arranque do ano. Após estas aquisições, a Actium passou a controlar 14,78% do capital da Altri.

“A ACTIUM CAPITAL, S.A. vem, por este meio, comunicar, nos termos e para os efeitos do disposto
no artigo 29.º-R do Código dos Valores Mobiliários e no artigo 19.º do Regulamento (EU) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril, que adquiriu”, nos dias 23, 26, 27 e 28 de maio de 2025 ações da Altri, informa a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As compras foram realizadas com preços médios de compra a oscilarem entre 5,304815 e 5,690197 euros. O maior bloco (510 mil) foi adquirido no última sexta-feira, com o preço mais elevado, um dia depois de a empresa ter reportado contas que desapontaram os investidores, levando as ações a cair. Contas feitas, a Actium gastou 7.003.788,74 nestas aquisições.

As ações estiveram sob forte pressão nestas quatro sessões, tendo acumulado uma desvalorização de 17,4%, com os títulos a baixarem dos 6,21 euros no fecho de dia 22 de maio, para 5,29 euros, esta quarta-feira.

À semelhança com o que tem acontecido com o setor, os resultados da Altri foram penalizados pela incerteza causada pelas tarifas, com impacto na procura de pasta.

O grupo atingiu receitas de 203 milhões de euros, menos 8,6% face ao mesmo período do ano passado, uma variação que é “explicada por um nível de preços médios de pasta inferior, resultado das condições menos favoráveis que já se sentiram no mercado global na segunda metade de 2024”, justificou a empresa no comunicado de resultados.

A Promendo Investimentos, de Ana Mendonça, é atualmente o maior acionista da Altri, com uma participação de 17,54%, seguida pelo Caderno Azul (João Borges de Oliveira), com 16,67%, e pela Actium (14,78%).

(Notícia em atualização)

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Hiscox lança ferramenta online para mediadores emitirem apólices

  • ECO Seguros
  • 28 Maio 2025

A MyHiscox "permite cotar, emitir e personalizar apólices de forma totalmente digital". Começa por disponibilizar produtos na área de linhas financeiras, mas prevê nos próximos meses estender a oferta

A Hiscox lança em Portugal uma ferramenta para mediadores emitirem apólices de forma totalmente digital – MyHiscox. “Esta nova ferramenta permite cotar, emitir e personalizar apólices de forma totalmente digital, reduzindo a burocracia e centralizando tarefas para uma gestão mais eficaz”, indica a seguradora em comunicado.

Emérico Gonçalves, diretor comercial da Hiscox Portugal: A plataforma MyHiscox proporciona “uma experiência de utilização rápida, simples e conveniente, totalmente online”.

Nesta primeira fase, a plataforma MyHiscox disponibiliza produtos de linhas financeiras, como responsabilidade civil profissional, responsabilidade de diretores e administradores, riscos cibernéticos entre outros. A empresa prevê que “nos próximos meses, a oferta será alargada com novos produtos nas áreas das linhas financeiras e arte e habitação”.

Segundo a seguradora, a plataforma foi “concebida para tornar o trabalho dos mediadores mais ágil e simples”, possibilitando uma gestão “mais organizada e eficaz das apólices”.

“Na Hiscox, acreditamos que a simplicidade e a eficiência digital são cruciais para melhorar continuamente o serviço prestado aos nossos parceiros e clientes. A plataforma MyHiscox foi criada, precisamente, para responder a esta necessidade, proporcionando uma experiência de utilização rápida, simples e conveniente, totalmente online”, explicou Emérico Gonçalves, diretor comercial da Hiscox Portugal.

“Este é apenas o início da plataforma MyHiscox em Portugal. Contamos com uma equipa especializada e comprometida em implementar melhorias contínuas para otimizar a experiência dos utilizadores”, acrescentou Filipe Homem, Diretor de Operações da Hiscox para a Ibéria.

Lançado em Espanha em 2018, o MyHiscox processa anualmente “cerca de 30.000 cotações”, reúne “quase 1.000 mediadores ativos” e conta com “mais de 1.500 utilizadores”, registando um “nível de satisfação elevado, de 81%”.

Em Portugal, a Hiscox quer seguir o mesmo caminho, continuando a investir em tecnologia e ouvindo o feedback dos mediadores para adaptar a plataforma às necessidades do mercado. Com pouco mais de um mês de presença direta em Portugal, a Hiscox reforça assim o compromisso de “inovar e disponibilizar soluções digitais” que apoiem mediadores e clientes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor segurador nacional.

Hiscox Portugal voltou a operar diretamente em Portugal desde de 1 de abril. Nos últimos 13 anos até este reforço, foi representada no país pela mediadora Innovarisk.

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Crédito ao consumo usado para suportar estabilidade financeira das famílias

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

As novas operações de crédito ao consumo, em termos absolutos, ultrapassaram em 2024 os oito mil milhões de euros.

O crédito ao consumo em Portugal tem sido utilizado pelas famílias para ajudar à sua estabilidade financeira, segundo um estudo da Universidade Nova de Lisboa divulgado esta quarta-feira.

Segundo o estudo ‘Impacto do Crédito ao Consumo na Economia Portuguesa’, da Nova School of Business and Economics em colaboração com a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), o crédito ao consumo tem sido usado não só como mecanismo de antecipação de consumo, “mas também como instrumento de estabilidade financeira e económica” das famílias.

O estudo afirma que o crédito ao consumo, nos últimos anos, foi importante para sustentar a atividade económica e atuou como “mecanismo estabilizador para os consumidores e empresas em Portugal”. As novas operações de crédito ao consumo, em termos absolutos, ultrapassaram em 2024 os oito mil milhões de euros.

Da totalidade do crédito ao consumo, cerca de 80% continua a ser de duas modalidades principais: o crédito pessoal e o crédito automóvel.

O crédito ao consumo tem vindo a crescer nos últimos anos. No ano passado, economistas contactados pela Lusa consideraram que muitas famílias estão a recorrer ao crédito ao consumo como solução para despesas dos orçamentos familiares a que não conseguem responder com salários e poupança, devido ao agravar do custo de vida.

Consideraram ainda economistas a perspetiva de a economia crescer e estabilidade laboral também são fatores que levam os consumidores a sentirem confiança para pedir crédito para despesas consideradas menos necessárias, como viagens ou carro novo.

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Empresa espanhola investe 45 milhões em central de biogás em Celorico da Beira

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

A Five Bioenergy estima criar cerca de 20 postos de trabalho diretos e 45 indiretos com o projeto contempla a construção de uma central capaz de tratar até 240 mil toneladas anuais de resíduos.

A empresa espanhola Five Bioenergy vai investir cerca de 45 milhões de euros na instalação de uma central de biogás em Celorico da Beira que poderá criar 20 postos de trabalho diretos e 45 indiretos. O investimento numa unidade de produção de biogás foi divulgado esta quarta-feira pela câmara daquela vila do distrito da Guarda, que assinou no dia 23 de maio um protocolo de intenções com a Five Bioenergy.

O projeto contempla a construção de uma central capaz de tratar até 240 mil toneladas anuais de resíduos orgânicos não perigosos, permitindo a produção de cerca de 150 mil MWh [megawatts-hora] de biogás por ano”, refere a autarquia numa nota enviada à agência Lusa. Está ainda prevista a instalação de um central solar fotovoltaica para autoconsumo da central.

Para Carlos Ascensão, presidente da Câmara de Celorico da Beira, “este investimento vai impulsionar a economia local num setor estratégico e criar algumas dezenas de postos de trabalho, contribuindo para fixar jovens, o que é muito importante”. A Five Bioenergy estima criar cerca de 20 postos de trabalho diretos e 45 indiretos, num empreendimento que “em breve será uma realidade”, adiantou o autarca, sem indicar um prazo para a instalação do projeto.

“A nova central irá contribuir para a redução de emissões de gases com efeito de estufa, promover a valorização de resíduos orgânicos e incentivar a transição para uma economia mais circular e amiga do ambiente”, acrescenta o município.

O protocolo para a instalação da central de biogás em Celorico da Beira foi assinado pelo presidente da edilidade, Carlos Ascensão, e o presidente da Five Bioenergy, Iñigo Asensio. Este não é o primeiro investimento da Five Bioenergy no distrito da Guarda. A empresa espanhola contratualizou, em março de 2024, com a Câmara de Pinhel, a instalação de uma central de biogás.

O investimento ronda os 25 milhões de euros e poderá criar 60 postos de trabalhos, 15 dos quais diretos. Esta unidade terá capacidade para tratar 240 mil toneladas de resíduos orgânicos por ano, estimando-se uma produção anual de 110 mil MWh de biogás.

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Corretora Verspieren está em nova onda de aquisições

Reforço de posição no Alentejo e em Loures foram os mais recentes passos da estratégia de aquisições da corretora familiar francesa liderada em Portugal por Rogério Dias.

A corretora de seguros Verspieren (VCS) acaba de estender a sua presença no Alentejo com a aquisição da Vira Seguros, mediadora exclusiva Generali Tranquilidade baseada em Elvas, reforçando a rede local depois de ter concluído este mês a escritura de aquisição de 100% da Giraldo Seguros, em Évora. Ainda esta semana, concretizou a aquisição da totalidade do capital da Aseguru, uma mediadora multimarca sedeada em Odivelas.

Ana Matos, diretora Comercial Sul da VCS – Verspieren, com os novos parceiros da Aseguru, Glória Augusto e Carlos Augusto.

Com estas integrações da Vira e Giraldo, a Vespieren passa a contar com cinco escritórios na região, em Mértola, Beja, Elvas e dois escritórios em Évora, ultrapassando no Alentejo os 5.000 clientes e 5 milhões de euros de carteira de seguros. Esta operação “é suportada por uma equipa comercial dedicada de 10 profissionais, com profundo conhecimento do território e das suas especificidades” refere a corretora.

No caso da Aseguru, reforça significativamente a sua presença no concelho de Loures, onde passa a contar com cerca de 1.500 clientes e uma carteira de aproximadamente 2 milhões de euros, refere a corretora.

União em Elvas: Elvira Belmiro com Anabela Azevedo e Rogério Dias, CFO e CEO da Verspieren.

“Acreditamos que crescer é chegar mais perto – das pessoas, das comunidades e das suas necessidades reais”, afirma Ana Matos, Diretora Comercial Sul da VCS, “a expansão, mais do que uma operação estratégica, é uma demonstração clara do nosso compromisso com um serviço de excelência, humano e próximo”, conclui a gestora.

Carteira deve atingir 80 milhões em 2025

A Verspieren tem percorrido um caminho de aquisição de empresas desde há dois anos, devendo, segundo o seu CEO Rogério Dias, atingir uma carteira de 80 milhões de euros no final deste ano, entre crescimento orgânico e integração de mediadores e carteiras adquiridas a agentes.

Recentemente a Verspieren adquiriu a mediadora de seguros Brokinsurance, sediada em Cantanhede após iniciar o ano com a integração das carteiras de João Bernardino e António Domingos, num movimento que representou um crescimento expressivo de 6,5 milhões de euros em volume de prémios e mais de 750 mil euros em comissões anuais.

Em 2024 a VCS – Verspieren tinha adquirido a Postura Distinta, de Vila Nova de Famalicão, a Giraldo, em Évora – que agora concretizou – 100% do capital da mediadora Topclasse, com escritório em Algueirão-Mem Martins e realizou também a operação de integração da Alvo Seguro, uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade com base na Maia, bem como da Zita Silva, localizada em Paredes.

Anteriormente a VCS já tinha juntado ao grupo a Macedo’s, a Link, a João Maria Silva, a Serseguro, a Rubisar e a Opinatus.

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Tarifas. Porto de Sines regista alguma “imprevisibilidade”

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

A administração o Porto de Sines tem “sentido imprevisibilidade” na gestão de alguns dos seus concessionários com a politica tarifária nos EUA ainda que não tenha impacto ao "nível da receita”.

O presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), Pedro do Ó Ramos, disse esta quarta-feira que a ameaça das tarifas dos Estados Unidos à Europa não teve impacto na receita, mas tem causado alguma “imprevisibilidade”.

De acordo com o novo administrador do Porto de Sines, no distrito de Setúbal, a possibilidade de imposição de tarifas dos Estados Unidos da América (EUA) à Europa “não tem tido implicação ao nível da receita”. No entanto, acrescentou, face às perturbações no comércio global, a administração tem “sentido imprevisibilidade” na gestão de alguns dos seus concessionários.

“A tal previsibilidade que achamos essencial para o porto não tem acontecido”, explicou o administrador, dando o exemplo de alguns dos concessionários, como o Terminal de Contentores, que, atualmente, “têm semanas cheias” e “outras semanas [em] que existe alguma indefinição”.

Admitindo que a imposição de tarifas “não seria bom para a economia portuguesa”, Pedro do Ó Ramos explicou que no atual cenário, em que as tarifas ainda não estão em vigor, as empresas antecipam-se e continuam “a meter carga” no Porto de Sines.

“O que era absolutamente certinho e regular, neste momento, numa semana aparece uma coisa e noutra semana aparece outra, mas, no final do dia, não temos tido problemas, nem diminuição [da receita] por causa das tarifas”, afiançou.

Desde que regressou à Casa Branca (presidência), em janeiro, Trump anunciou medidas tarifárias contra a grande maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, algumas das quais foram suspensas temporariamente até 09 de julho, devido à reação negativa dos mercados.

As medidas em vigor incluem tarifas de 25% sobre o aço, o alumínio e os seus derivados, 25% sobre os automóveis importados e certas peças automóveis, juntamente com uma tarifa de base de 10% aplicável a todos os seus parceiros comerciais. Para a UE, esta tarifa de 10% poderá aumentar para 20% após o termo da atual pausa dos Estados Unidos em julho.

Na sequência da imposição dos direitos aduaneiros, os Estados Unidos já celebraram acordos comerciais com o Reino Unido e a China para reduzir as taxas e aumentar o acesso a esses mercados.

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Grupo letão Joom vai investir mais 160 milhões em Portugal

Holding de e-commerce inaugurou esta quarta-feira a sede em Lisboa, depois de ter deixado a base de Riga. No edifício da WeWork, no centro da capital, ocupam dois pisos com cerca de 2.000 m2.

O grupo Joom, que nasceu na Letónia, vai investir mais 160 milhões de euros em Portugal, depois de, nos últimos dois anos, ter realizado um investimento de cerca de 41 milhões de euros, quando decidiu mudar a sede de Riga para Lisboa. A holding de empresas de comércio eletrónico (e-commerce) mudou-se esta semana para uma nova localização na capital portuguesa para se posicionar para a próxima estratégia de expansão nacional e além-fronteiras.

A Joom inaugurou esta quarta-feira o escritório em plena Rua Alexandre Herculano, uma das principais artérias da cidade, tornando-se vizinha da WeWork com um espaço de 2.023 m2 dividido em dois pisos com zonas de trabalho, reuniões, copa com barista privado durante a manhã e auditório.

Depois de mais de um ano à procura de um espaço que reunisse as condições para ser chamado de sede, a Joom – que tem uma loja online onde contratualiza com comerciantes e vende para consumidores finais – vai focar-se no desenvolvimento tecnológico a partir de Portugal, para onde decidiu mudar a sede em 2023. “Precisávamos de um sítio para onde as pessoas quisessem ir”, fundador e CEO, em conferência de imprensa.

O comércio global é a maior indústria do mundo. Queremos torná-la mais tecnológica. Acredito que a história portuguesa, de mais de 500 anos, no comércio mundial, com os Descobrimentos, ainda está presente. Depois das caravelas, navegadores, mapas e astrolábios… Agora os navegadores qualificados são o talento. Escolhemos Portugal pelo talento. Estes fatores ainda têm um papel”, afirmou Ilya Shirokov aos jornalistas.

A Joom emprega 400 pessoas, das quais 160 em Portugal, e está preparada para contratar mais 50 trabalhadores no país até ao final deste ano. Fundado há nove anos em Riga, na Letónia, o grupo tem também escritórios na China, Brasil, Estados Unidos e Alemanha.

A consultora imobiliária Savills esteve por detrás da transição da Joom para o novo espaço de escritórios, supervisionando a seleção e a adaptação do edifício às necessidades da empresa. Sofia Costa, consultora sénior da Savills, destacou a tecnológica como “um exemplo notável de como uma empresa pode crescer rapidamente e consolidar a sua presença em Portugal”.

“É um privilégio trabalhar com uma marca que abraça uma visão tão clara de crescimento e inovação”, referiu a especialista em imobiliário, acrescentando que “Lisboa continua no mapa e a afirmar-se como um polo de inovação”.

Atualmente, o grupo internacional inclui os seguintes negócios: Joom (plataforma de compras internacional), JoomPro (mercado B2B transfronteiriço a partir do Brasil e em expansão para outros mercados), JoomPulse (programa digital dados para análises e recomendações para vendedores do mercado) e Onfy (mercado farmacêutico com sede na Alemanha). No entanto, não divulga resultados financeiros.

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Apagão. Parlamento espanhol aprova constituição de duas comissões de inqúerito

  • Lusa
  • 28 Maio 2025

Por falta de entendimento entre os dois maiores partidos haverá duas comissões parlamentares de inquérito ao apagão de há um mês.

O parlamento de Espanha aprovou esta quarta-feira a constituição de duas comissões de inquérito ao apagão elétrico de 28 de abril na Península Ibérica, por falta de entendimento entre os dois maiores partidos para que avançasse uma única proposta.

Uma das comissões foi proposta pelo Partido Popular (PP, direita) e teve 180 votos a favor, enquanto a outra iniciativa, aprovada por 175 deputados, foi dos dois partidos de esquerda que estão na coligação do Governo, Socialista (PSOE) e Somar. Partidos como o Juntos pela Catalunha (independentistas de direita) e Podemos (extrema-esquerda) votaram a favor das duas propostas.

Após a aprovação das iniciativas, segue-se o processo de constituição das comissões, com a imprensa espanhola a recuperar casos semelhantes anteriores em que, nessa fase posterior, acabou por formar-se apenas uma comissão, por algum tipo de entendimento entre os partidos. No entanto, no debate parlamentar, que precedeu a votação das duas propostas, PP e PSOE trocaram várias acusações e assumiram que haverá duas comissões.

A deputada do PSOE Cristina Narbona, presidente do partido e ex-ministra do Ambiente, sublinhou que o parlamento espanhol viveu hoje um episódio “bastante inédito” com a discussão de duas propostas para serem criadas duas comissões sobre o mesmo tema e com a alta probabilidade de serem chamadas as mesmas pessoas e entidades a ambas.

A deputada socialista questionou o sentido de haver duas comissões e acusou o PP de não querer “efetivamente conhecer a verdade, saber que responsabilidades poderão existir ou ouvir peritos”.

“Pelo que ouvi no debate de hoje, não precisam de uma comissão de inquérito, têm claro desde o primeiro minuto que a culpa foi da política energética irresponsável, suicida, fundamentalista do Governo de Pedro Sánchez. Se já sabem por que aconteceu, para que querem uma comissão de inquérito?”, questionou Cristina Narbona.

Na intervenção anterior, o deputado do PP Mariscal Anaya considerou que uma “política suicida” do atual governo liderado pelo socialista Pedro Sánchez “gerou as condições que levaram ao apagão” e, agora, o PSOE e o Somar “querem controlar” a comissão de inquérito no parlamento.

“Os espanhóis querem e devem saber a verdade. O que se fez mal, o que não se fez para evitar [o apagão], qual a cadeia de decisões durante a crise, se houve informação fidedigna à população”, disse o deputado do PP, que reiterou acusações de “fundamentalismo ideológico” ao Governo, por querer apresentar sucessivos “recordes de geração de energia renovável”, sem ouvir alegados alertas sobre a instabilidade que provoca no sistema elétrico, ao mesmo tempo que “demonizou as centrais nucleares”, estabelecendo um calendário de encerramento de todos os reatores.

As nucleares, como outras fontes de geração de energia não renovável, “são indispensáveis para absorver as flutuações na rede de transporte”, disse o deputado. Mariscal Anaya acusou a atual vice-presidente da Comissão Europeia Teresa Ribera, ex-ministra com a tutela da Energia no Governo de Espanha, de ser “a autora intelectual” do que considerou ser “o desastre” do sistema elétrico espanhol e disse que o PP a chamará à comissão de inquérito.

O objeto das duas comissões é muito semelhante e ambas pretendem averiguar o que ocorreu em 28 de abril, assim como retirar conclusões que permitam apurar eventuais responsabilidade e adotar medidas para que não se repita um apagão como o que afetou a Península Ibérica naquele dia.

O apagão ocorreu às 11:33 (hora de Lisboa) de 28 de abril e teve origem em território espanhol. Um mês depois, Espanha continua a investigar o apagão e revelou que houve três falhas no sistema elétrico segundos antes do corte de energia, mas não há explicação para o ocorrido.

O debate político em Espanha em torno do apagão tem-se centrado no cada vez maior peso das renováveis na produção de energia, com a oposição de direita a criticar o Governo de esquerda pela intenção de fechar as centrais nucleares. A oposição tem também acusado o Governo de ignorar alertas de operadores para a instabilidade que causam grandes quantidades de renováveis no sistema.

O executivo tem dito que o consumo de eletricidade era relativamente baixo no momento do apagão, que o peso das renováveis era semelhante ao de dias anteriores e que a rede elétrica está preparada para responder às oscilações.

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BCP paga dividendo de três cêntimos a 20 de junho

É um dos mais de 120 mil acionistas do BCP? Aponte esta data: 20 de junho. Dividendo de três cêntimos por ação começa a ser pago a partir daquela data.

É um dos mais de 120 mil acionistas do BCP BCP 0,00% ? Então aponte o dia 20 de junho no seu calendário. É a data a partir da qual estará a pagamento o dividendo de três cêntimos por ação, anunciou o banco esta quarta-feira.

Ao todo, o banco liderado por Miguel Maya vai distribuir mais de 450 milhões de euros pelos seus acionistas, correspondendo a 50% do resultado obtido no ano transato.

O BCP adianta ainda que as ações deixam de conferir direito ao dividendo a partir de 18 de junho (inclusive).

A Fosun é o maior acionista do banco português, com 20,03% do capital, segundo da Sonangol, que detém 19,49%.

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Chega ganha emigração e passa a líder da oposição

O PS passa, pela primeira vez na história, a terceira força política com o partido de André Ventura a alcançar o segundo lugar, ao eleger dois deputados no estrangeiro e a AD os restantes dois.

É oficial. O PS passa, pela primeira vez na história, a terceira força política com o partido de André Ventura a subir para segundo lugar e líder da oposição, graças aos votos dos emigrantes. O Chega ganhou dois dos quatro mandatos de estrangeiro, tal como há um ano, e a AD – coligação PSD/CDS elegeu os restantes dois, mais um do que em 2024.

Já os socialistas não conseguiram, de forma inédita, mandato algum, segundo a contagem dos votos que esteve e decorrer esta terça e quarta-feira na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. No ano passado, o partido de Pedro Nuno Santos ainda tinha segurado um lugar pela emigração, no círculo pela Europa, com Paulo Pisco.

Feitas as contas, a bancada da AD de Luís Montenegro passa a ocupar 91 cadeiras no Parlamento, duas quais pela emigração e as restantes 89 pelos círculos nacionais, incluindo os três dos Açores. E o grupo parlamentar do partido de extrema-direita cresce para 60 deputados, 58 escolhidos por eleitores residentes em Portugal e dois no estrangeiro.

Até aos votos dos emigrantes, Chega e PS estavam empatados no número de cadeiras no hemiciclo (58). Agora, o partido de André Ventura descola ao ganhar mais dois assentos e os socialistas mantêm-se reduzidos aos 58.

Desta vez, a AD conseguiu José Manuel Fernandes pela Europa, lugar que tinha falhado no ano passado, e o Chega vai ter novamente José Dias pelo mesmo círculo. No resto do mundo, a AD garante a reeleição de José Cesário e o Chega a de Manuel Magno Alves.

O Chega ganhou os votos da emigração, tanto no círculo pela Europa como por Fora da Europa. Ficou à frente com 26,15% dos votos, seguido pela AD com 16,02% e PS com 13,53%, segundo os dados finais do site da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Círculo da Europa: Chega dá cinco a três à AD e PS consegue um golo

No círculo da Europa, o Chega venceu em cinco consulados (Bélgica, França, Luxemburgo, Reino Unido e Suíça), enquanto a AD obteve a vitória em quatro (Alemanha, Espanha, e Países Baixos). O PS só conseguiu manter a liderança na mesa dos “restantes países da Europa”.

Na secção do Luxemburgo, pelo círculo da Europa, que foi a primeira a encerrar, o Chega ficou à frente com 31,27% dos votos, seguido da AD com 17,8% e do PS com 11,71%. A IL teve 2,23% dos votos e o PAN 1,17%. Tanto o Chega como a AD – coligação PSD/CDS cresceram em votos face às legislativas de há um ano, quando alcançaram 19,61% e 14,27%, respetivamente. Já o PS viu o seu eleitorado minguar, uma vez que o resultado anterior tinha sido melhor: 12,97%.

A Bélgica, que o PS tinha ganho há um ano perdeu agora, com a vitória do partido de extrema-direita que alcançou com 23,74% de votos, ficando à frente da AD, que teve 16,07% e dos socialistas, que se ficaram pelos 15,11%. O Livre conseguiu o quarto lugar nesta secção consular com 6,4%, seguido da IL com 4,94%. Nas legislativas de 2024, o PS tinha ficado em primeiro com 17,93 dos boletins, seguindo do Chega com 17,36% e da AD com 16,65%.

A AD de Luís Montenegro ganhou a Alemanha, com 19,60% dos votos. O PS perde assim o primeiro lugar de há um ano, ficando agora em segundo, com 18,90% dos votos. E o Chega mantém-se na terceira posição, com 18,80%, mas com uma diferença muito ténue em relação aos socialistas. O Livre sobe para o quarto degrau, que era do BE, com 3,78% dos votos, seguido pela IL com 3,22%. No ano passado, os socialistas tinham vencido com 20,07% dos votos. Em segundo, ficou a AD com 18,08%, seguido pelo Chega com 13% e o BE com 4,01%.

Em França, o PS soma mais uma derrota, ao perder o primeiro lugar, desta vez, para o Chega. O partido de André Ventura ganha este consulado com 28,85% dos votos e os socialistas são derrubados para a segunda posição com 14,41%. Em terceiro, mantém-se a AD, com 12,81%. Nas legislativas de 2024, os socialistas tinham vencido com 18,59%. O partido de extrema-direita estava em segundo, com 16,75%, e a AD em terceiro, com 12,63%.

O Chega repete a vitória na Suíça, mas, desta vez, ganha quase metade dos votos (45,72%), uma subida estrondosa face ao resultado de há um ano, de 32,62%. A AD mantém-se em segundo, com uma ligeira subida dos votos para 13,67%. E o PS, ainda que continue na terceira posição, perde, passando de 11,98% para 8,69%, em comparação com as legislativas de 2024.

O Reino Unido, país onde os socialistas tinham a liderança, passou para as mãos do Chega, que conquistou com 16% dos votos, quando há um ano estava apenas em terceiro lugar, com 10,12%. O PS segue agora na segunda posição com 13,21% e a AD em terceiro com 13,07%.

Nos Países Baixos, a AD vence com 18,65% dos votos a uma curta distância do Chega, em segundo, com 17,24%. O PS, em terceiro, captar 13,77 dos eleitores emigrantes residentes na Holanda.

Em Espanha, a coligação PSD/CDS garante e liderança, com 22,19% dos votos, mas numa disputa renhida com PS (17,55%) e Chega (13,11%). Há um ano, com 24,65%, tinha conseguido uma distância maior face aos socialistas (16,91%) e ao partido de André Ventura (9,38%).

Nos restantes postos consulares da Europa, o PS é a força política vencedora, com 18,05%, atirando a AD para segundo lugar, com 17,92%. O Chega surge logo colado em terceiro, com 16,52%. A distância entre os três encurta-se mais face há um ano e os socialistas, embora tenham passado para a posição cimeira, perderem votos, passando de 2.270, nas legislativas de 2024, para 1.805, nas eleições de 18 de maio deste ano.

Círculo Fora da Europa: AD vence em seis e Chega em apenas um

O grande vencedor no resto do mundo foi a coligação PSD/CDS, que conseguiu ganhar em seis mesas (África, Canadá, EUA, China, e restantes países da América, da Ásia e Oceânia), enquanto o partido de André Ventura só ficou em primeiro lugar no Brasil, repetindo o feito de há um ano.

Nos EUA, pelo círculo Fora da Europa, a AD voltou a ganhar, com 21,62% dos votos, ligeiramente acima do resultado anterior (20,11%). E o Chega mantém-se em segundo, mas ganhou vantagem, ao subir de 11,17% para 17,08%, em comparação com a ida às urnas de há um ano. O PS cresceu residualmente, de 10,89% para 10,96%, permanece confinado na terceira posição.

AD segura ainda a liderança em África, no Canadá e na China. No consulado dos países africanos, Montenegro alcançou 31,90% dos votos, mas o Chega conseguiu subir para o segundo lugar, com 20,35%, atirando assim o PS para a terceira posição, com 16,24%.

No Canadá, o cenário repete-se. A coligação, liderada por Luís Montenegro, consegue garantir o primeiro lugar, com 19,80% dos votos e o partido de André Ventura alcança a segunda posição, com 17,23%, destronando os socialistas que se vêm reduzidos à terceira força política naquele consulado, com 11,78%.

Na China, a AD volta a ganhar, com 33,36% dos votos, mas perdeu pontos para o PS, que alcançou 21,21%, e se mantém na segunda posição. Nesta região, o Chega continua a ter pouca expressão, embora tenha ganho alguma vantagem. Permanece em terceiro lugar, com 6,85% dos boletins, ligeiramente acima dos 5,36% obtidos há um ano.

Já no Brasil, o Chega reforça a primeira posição, com 25,35% dos votos mas sem uma subida significativa face aos 24,61% alcançados na ida às urnas do ano passado. A AD, que permanece em segundo, perde vantagem, ao cair de 20,45% para 15,51%. O PS, em terceiro, também recua de 15,30% para 13,67%.

Nos restantes países da América, a AD consegue segurar a maioria do eleitorado, obtendo 28,28% dos votos. Ainda assim, trata-se de um resultado inferior face às eleições de 2024, quando conquistou 34,46%. O Chega alcançou agora o segundo lugar, com 14,64%, atirando o PS para a terceira posição, com 11,86%.

A última mesa a fechar a contagem dos votos foi a dos “restantes países da Ásia e Oceânia”, com a vitória pela segunda vez consecutiva da AD, com 24,27%, ainda que com perda de votos. Há ano, a coligação de Montenegro tinha tido mais votos, 31,5%. Nestas regiões, o Chega ultrapassou o PS, com 15,71%, contra os 13,37% alcançados pelo PS.

Os votos nulos voltaram a ter uma grande expressão este ano – 32,18% dos votos que chegaram via carta foram anulados, com o sistema de vários envelopes, com o voto e a identificação do eleitor, a ser mais uma vez criticado. Nas legislativas do ano passado, 36,68% tinham sido anulados.

(Notícia atualizada às 22h41)

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