FMI confirma que Argentina pediu empréstimo de 20 mil milhões de dólares

  • Lusa
  • 28 Março 2025

O objetivo do governo argentino é reforçar as reservas em divisas, em contexto de forte pressão sobre a taxa de câmbio do peso.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou esta sexta-feira que o governo argentino tinha solicitado um empréstimo de 20 mil milhões de dólares, para um período de quatro anos.

Podemos confirmar que a diretora-geral teve um telefonema com o ministro (da Economia argentino, Luis) Caputo para discutir as próximas etapas de um novo programa de quatro anos e que as autoridades argentinas solicitaram um financiamento total de 20 mil milhões de dólares”, indicou um porta-voz da instituição financeira, baseada em Washington, adiantando que as negociações estavam “muito avançadas”, mas que qualquer acordo teria de ser aprovado pelo conselho do Fundo.

O objetivo do governo argentino é reforçar as reservas em divisas, em contexto de forte pressão sobre a taxa de câmbio do peso, que na semana passada causou uma perda reservas superior a 1,2 mil milhões de divisa argentina. Na quinta-feira, o ministro Caputo disse que o empréstimo não tinha o objetivo de “financiar despesas, mas recapitalizar os ativos do banco central”.

O FMI e a Argentina começaram as negociações para um novo financiamento, uma vez que o existente, negociado em 2022, acabou no final de 2024. O programa agora negociado visa refinanciar a dívida argentina, para ajudar a reembolsar um empréstimo datado de 2018. Em 19 de março, o parlamento aprovou a conclusão do acordo, considerado necessário pelo governo argentino para evitar a bancarrota do país.

Em 15 meses de presidência Javier Millei, as contas públicas foram reequilibradas à custa de uma política orçamental de austeridade drástica, com um forte custo social. A inflação anual passou de 211% no final de 2023 para 66% atualmente. A Argentina é o maior devedor do FMI.

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Trump reitera que os EUA precisam da Gronelândia para alcançar a “paz mundial”

  • Lusa
  • 28 Março 2025

De visita à Gronelândia, o vice-presidente dos EUA disse ainda por seu turno que a Dinamarca "não fez um bom trabalho" no território autónomo.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou esta sexta-feira que os Estados Unidos da América (EUA) necessitam da Gronelândia para alcançar a “paz mundial”, após a chegada do vice-presidente, JD Vance, ao território autónomo dinamarquês.

Precisamos da Gronelândia, e isto é muito importante para a segurança internacional. Temos de ter a Gronelândia. Não estamos a falar de paz para os Estados Unidos, estamos a falar de paz mundial”, reiterou Donald Trump.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, chegou esta sexta-feira à base militar que Washington mantém na Gronelândia, uma visita encarada como uma provocação pela ilha do Ártico e pela Dinamarca devido às ambições de Trump em anexar o território autónomo.

A delegação norte-americana, composta pela mulher do vice-presidente, Usha Vance, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, e o secretário da Energia, Chris Wright, reuniu-se com militares na base norte-americana de Pituffik, situada na costa noroeste do território, pelas 13:00 horas locais (15:00 de Lisboa).

“Está um gelo aqui. Ninguém me avisou”, gracejou Vance, citado pelas agências internacionais. O vice-presidente afirmou ainda que a Dinamarca “não fez um bom trabalho” na Gronelândia para a segurança internacional, por ocasião de uma visita à única base militar dos Estados Unidos no território. “A Dinamarca não garantiu bem a segurança da Gronelândia”, disse JD Vance, perante as tropas norte-americanas.

Para o responsável, o Governo dinamarquês não investiu na população da Gronelândia e na segurança de uma “incrível e magnífica massa continental povoada de gente incrível”. E salientou: “É preciso que isso mude”. Por outro lado, Vance considerou não ser necessário o uso da força para melhorar a segurança do território autónomo dinamarquês cobiçado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Não pensamos que a força militar seja alguma vez necessária. Pensamos que os habitantes da Gronelândia são racionais e (…) que vamos conseguir concluir um acordo do estilo de Donald Trump, para garantir a segurança deste território, mas também dos Estados Unidos”, declarou, depois de críticas à alegada inação de Copenhaga.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, denunciou na terça-feira a “pressão inaceitável” exercida pelos Estados Unidos à Dinamarca, no âmbito da visita da delegação norte-americana à Gronelândia. O novo primeiro-ministro gronelandês, Jens Frederik Nielsen, salientou hoje que “fazer uma visita quando não existe governo não é visto como um sinal de respeito por um aliado”.

Nielsen anunciou esta sexta a formação do novo governo de coligação alargada da Gronelândia, formado para “fazer face às fortes pressões externas”. Apesar de os principais partidos gronelandeses serem a favor da eventual independência do território, nenhum apoia o estabelecimento de uma ligação com os Estados Unidos.

O vice-presidente norte-americano deslocou-se até à base militar dos EUA na ilha autónoma “para ser informado sobre as questões de segurança no Ártico” e para se reunir com as tropas norte-americanas, informou o seu gabinete. No início de fevereiro, JD Vance acusou a Dinamarca de “não cumprir a sua missão na Gronelândia” e de não ser “um bom aliado”.

Frederiksen, por seu lado, sublinhou que a Dinamarca é, há muito tempo, um aliado fiel dos Estados Unidos, chegando a lutar ao lado dos norte-americanos “durante muitas e muitas décadas”, nomeadamente no Iraque e no Afeganistão. Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, apontou os “planos sérios” de Donald Trump para obter o controlo da Gronelândia e manifestou-se preocupado com a possibilidade de o Ártico se tornar um “trampolim para possíveis conflitos”.

A base norte-americana de Pituffik é um posto importante da defesa norte-americana contra mísseis, especialmente contra a Rússia, uma vez que a trajetória mais curta dos mísseis russos para os Estados Unidos passa pela Gronelândia.

A base dos EUA na Gronelândia, denominada como Base Aérea de Thule até 2023, serviu de posto de alerta contra possíveis ataques da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) durante a Guerra Fria e continua a ser um elo essencial do escudo de defesa antimíssil norte-americano.

A base, criada ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 com Copenhaga, é também um local estratégico para a vigilância do hemisfério norte e na defesa da ilha ártica, que, segundo a administração Trump, os dinamarqueses negligenciaram.

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Primeiro-ministro está internado no Hospital de Santa Maria

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Luís Montenegro foi encaminhado para a cardiologia, mas tem prognóstico favorável e deverá ter alta nas próximas horas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, está internado no hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde deu entrada pelas 13:00 e foi encaminhado para a cardiologia, mas tem prognóstico favorável e deverá ter alta nas próximas horas.

A informação foi avançada à Lusa pelo presidente do Conselho de Administração da ULS de Santa Maria, Carlos Martins.

“Sensivelmente às 13:00, o primeiro-ministro deu entrada no hospital e, em função da sintomatologia, foi dirigido à cardiologia onde está ainda internado. Mas o prognóstico é favorável e espera-se que tenha alta nas próximas horas”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à RTP, adiantou que já tinha falado com o primeiro-ministro por telefone, que estava bem mas a precisar de descanso.

Esta sexta, o primeiro-ministro teve agenda pública de manhã em Lisboa, mas cancelou a que tinha prevista à tarde em Alcobaça (Leiria), tendo sido substituído pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

De manhã, Luís Montenegro presidiu à reunião sobre o projeto Parque Cidades do Tejo, onde participou na reunião com a participação dos municípios envolvidos, tendo prestado declarações aos jornalistas quando saiu, cerca das 12:30.

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EDP assegura financiamento ‘verde’ de 500 milhões do BEI

  • ECO
  • 28 Março 2025

São dois financiamentos que a EDP assegurou junto do Banco Europeu de Investimento: um de 300 milhões para investimentos nas redes e outro de 200 milhões para projetos eólicos.

A EDP fechou esta sexta-feira com o Banco Europeu de Investimento (BEI) dois contratos de financiamento ‘verde’ no valor de 500 milhões de euros com um prazo máximo de 15 anos, segundo anunciou a empresa ao mercado.

“Estes empréstimos correspondem às segundas tranches do potencial financiamento do BEI acordado em dezembro de 2024”, refere a EDP.

O primeiro empréstimo tem o valor de 300 milhões de euros, destinando-se a financiar os investimentos em redes em Portugal e Espanha até 2026. Nesta linha, o potencial de financiamento do BEI ascende a 800 milhões, de acordo com a EDP.

o segundo empréstimo, no montante de 200 milhões de euros, “é um contrato-quadro cujos fundos se destinam ao financiamento do desenvolvimento de projetos eólicos e solares da EDP Renováveis, em Espanha, durante o período 2024–2026”.

Neste caso, está previsto um potencial financiamento do BEI até 900 milhões, sendo que também estão incluídos projetos eólicos solares em Portugal e Espanha, explica a elétrica liderada por Miguel Stilwell.

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Ministro saúda medidas de Bruxelas para vinho mas arrancar vinhas é “último recurso”

  • Lusa
  • 28 Março 2025

As propostas de Bruxelas vão "no bom caminho" para o ministro da Agricultura, mas há medidas que Portugal quer evitar como o "arranque da vinha ou a colheita em verde".

O ministro da Agricultura saudou esta sexta-feira as medidas propostas por Bruxelas face ao excesso de produção de vinho, que classificou como “um bom passo”, mas garantiu que arrancar vinhas ou apanhar uvas “em verde” só como último recurso.

A Comissão Europeia quer que os Estados-membros decidam sobre as medidas para combater o excesso de produção de vinho, como em Portugal, e oferece flexibilidade na plantação, entre as medidas hoje propostas para ajudar o setor.

São medidas que vão no bom caminho e que nós temos pedido nas várias reuniões de Conselhos de Ministros da Agricultura na União Europeia. Muitas dessas medidas nós já antecipámos”, afirmou o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, em declarações à Lusa. Para o governante, a promoção dos vinhos portugueses é “absolutamente essencial”, sobretudo, em mercados fora da União Europeia.

O titular da pasta da Agricultura disse que, pela primeira vez, foram descativadas verbas do IVV – Instituto da Vinha e do Vinho e do IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, sublinhando ter sido “um disparate” cativar, quando o país mais precisava de promover. José Manuel Fernandes considerou ainda ser importante tornar a rotulagem mais clara, tal como Portugal já fez, para que o consumidor saiba a origem daquilo que está a beber.

Por outro lado, destacou que a flexibilidade das autorizações vai permitir aos que têm direito de plantação um prazo alargado para o investimento. Contudo, possibilidades como arrancar vinhas ou a colheita em verde só em último recurso. A colheita em verde implica que os produtores sejam pagos para apanhar as uvas antes de estas estarem prontas para serem transformadas em vinho, ou seja, o fruto é deitado fora.

“O arranque da vinha ou a colheita em verde são medidas que nós não queremos utilizar. Queremos que os nossos vinhos sejam dados a conhecer e saboreados”, insistiu, acrescentado que o próprio mercado da União Europeia, com 450 milhões de pessoas, deve ser aproveitado.

O antigo eurodeputado referiu que este pacote de medidas, a ser aprovado, não vai resolver o problema estrutural do setor do vinho, defendendo ser também necessário um reforço orçamental. Já relativamente às ações de fiscalização junto dos operadores do setor do vinho, José Manuel Fernandes destacou o caráter dissuasor desta medida. “Não queremos fazer grandes apreensões, mas evitar que elas tenham lugar. Essa prevenção claramente funcionou”, referiu.

Entre as propostas hoje avançadas, a Comissão quer que os Estados-membros tenham poderes para tomar medidas, como o arranque (remoção de vinhas indesejadas ou em excesso) e a colheita em verde (remoção de uvas não maduras antes da vindima), para evitar excedentes de produção, ajudar a estabilizar o mercado e proteger os produtores de pressões financeiras.

Por outro lado, Bruxelas propõe a flexibilidade de plantação, especialmente no que respeita ao regime de autorizações de replantação, sendo necessária a aprovação dos colegisladores – Conselho da UE e Parlamento Europeu – antes de entrar em vigor. No que respeita à procura de novos mercados, a duração das campanhas promocionais financiadas pela UE para consolidação do mercado em países terceiros será alargada de três para cinco anos, a fim de assegurar uma melhor promoção dos vinhos europeus.

O setor do vinho irá ainda receber um maior apoio no âmbito das alterações climáticas, podendo os 27 aumentar a assistência financeira máxima da UE até 80% dos custos de investimento elegíveis para investimentos destinados à atenuação das alterações climáticas e à adaptação às mesmas.

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Mais de uma centena de famílias em risco de ser despejada de prédios em Loures

  • Lusa
  • 28 Março 2025

Os moradores de três torres em Santo António dos Cavaleiros, vendidas pela Fidelidade à imobiliária Zona Certa, estão a ser notificados do aumento de rendas, na ordem dos 200 euros.

Mais de uma centena de famílias que residem em prédios que pertenciam à companhia de seguros Fidelidade no concelho de Loures estão em risco de ser despejadas, devido ao aumento das rendas, e realizam este sábado uma manifestação. Em causa estão três torres, na localidade de Santo António dos Cavaleiros, que foram vendidas pela Fidelidade à imobiliária Zona Certa, e cujos moradores estão agora a ser notificados do aumento de rendas, em média em 200 euros.

Para chamar a atenção e contestar esta situação, que poderá implicar o despejo de mais de uma centena de famílias, a comissão de moradores das Torres Fidelidade realiza no sábado, a partir das 11:00, um protesto simbólico, disse à agência Lusa a porta-voz deste movimento, Ana Oliveira.

“Vamos fazer um pequeno-almoço, um convívio, digamos. Queremos mostrar que somos unidos e uma comunidade que está completamente inserida dentro do concelho (Loures) e que não queremos sair dali”, sublinhou a moradora. Ana Oliveira, residente há 22 anos numa das torres que pertencia à Fidelidade, referiu que o irmão foi um dos que recebeu também uma notificação de aumento da renda do T2 que poderá passar dos 400 para os 750 euros, “valores que passam a ser totalmente incomportáveis”.

Segundo a moradora, também se verificam noutras situações aumentos dos 715 para 975 euros. “Estão a chegar as oposições aos contratos com valores acima daquilo que nós podemos suportar. Podem ser valores de mercado, mas não são os valores que nós consigamos atualizar de uma só vez”, apontou.

Ana Oliveira explicou que existem moradores a viver há mais de 40 anos naqueles prédios e que tentaram exercer o direito de preferência quando a Fidelidade vendeu os imóveis, mas que isso lhes foi negado. “Nós tentámos aqui uma compra. Não percebemos em que é que a Fidelidade se agarrou para negar o direito de preferência. Agora tentamos perceber junto do município se ele exerceu ou não o direito de preferência, que está previsto na lei”, sublinhou.

A Lusa tentou contactar a imobiliária Zona Certa, mas sem sucesso. Em outubro de 2017 a Fidelidade anunciou que queria “reforçar a solidez” da empresa com a venda de 277 imóveis, localizados em várias partes do país, nomeadamente estes três prédios em Santo António dos Cavaleiros, no distrito de Lisboa.

Em 2018, os moradores das três torres de Santo António dos Cavaleiros tornaram público o risco de despejo e realizaram várias ações para contestar este processo. O mediatismo do caso, que chegou a motivar uma audição parlamentar, levou a que a Fidelidade tivesse aceitado renovar os contratos destes moradores.

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Indaqua vende primeiros créditos de água através de blockchain

Blockchain começa a ser utilizada em Matosinhos para empresas que pretendam reduzir a pegada hídrica. Plano é alargar a mais ETAR.

A Indaqua vendeu a primeira centena de créditos de água através da tecnologia blockchain por aproximadamente 400 euros. A empresa portuguesa de abastecimento de água e tratamento de águas residuais emitiu 122 créditos em dois dias, correspondentes a 122 m3 de água reutilizada, que estão no mercado a valer cerca de 3,50 dólares (3,23 euros).

Em causa estão créditos para empresas que não estão a conseguir reduzir o consumo de água e pretendem adquiri-los para compensar e reduzir a pegada hídrica. Ou seja, semelhantes aos créditos de carbono, que são utilizados para compensar emissões de gases com efeito de estufa.

Onde é que entra aqui a tecnologia? É possível transacionar esses ativos online como se de uma moeda virtual se tratasse. Neste caso, o recurso à blockchain (tecnologia descentralizada) deveu-se a uma parceria entre a Indaqua e a empresa suíça Hypercube, especializada em finanças regenerativas (modelos de investimento e gestão financeira amigos do ambiente).

Através de um projeto conjunto pioneiro em Portugal, as águas residuais reutilizadas na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Matosinhos – que chega até aos 90 metros cúbicos (m3) por dia – estão a ser convertidas em créditos hídricos tokenizados (digitais).

Na prática, por cada m3 de água reutilizada na ETAR é evitado o respetivo consumo de água da rede pública. A partir daí, é gerado um crédito tokenizado pela tecnologia da Hypercube e depois é comercializado para que possam reinvestir em tecnologia, infraestruturas, equipamentos e melhoria de processos.

É um negócio que faz mais sentido para indústrias consumidoras intensivas de água, entre as quais se encontram a agropecuária ou a têxtil. “A nível global, existem, inclusivamente, empresas que ambicionam ser water positive, isto é, recuperar mais água do que aquela que consomem. Para eles, este mercado pode ser essencial”, refere a Indaqua.

“Este processo tem vantagens para ambas as partes. Para quem compra créditos de água, há uma forma efetiva de contribuir para a melhoria ambiental, com investimentos na infraestrutura hídrica de Portugal, ao utilizar os créditos hídricos como uma forma transparente de compensação ambiental”, afirma Matheus Ferreira, responsável da Hypercube para os países da CPLP.

“Para as empresas de saneamento, por outro lado, há o reconhecimento das suas boas práticas ambientais e um incentivo económico adicional para reutilizar a água e expandir as operações de águas residuais”, acrescenta Matheus Ferreira.

A Hypercube contabiliza vendas de créditos hídricos no valor de 65 milhões de euros para reutilização de águas residuais, dessalinização, armazenamento de água da chuva e/ou extração de água da humidade do ar. Para a fintech suíça, esta entrada em Portugal é uma rampa de lançamento para o Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e outros países de língua portuguesa que estão a trabalhar na adoção do crédito hídrico.

O CEO do grupo Indaqua considera que “este sistema responde àquele que tem sido um dos desafios centrais: fazer com que os serviços e água e saneamento deixem de ser apenas consumidores de recursos e passem a gerar valor”.

“Na nossa sociedade, o recurso água é muito desvalorizado”, alerta Pedro Perdigão. A empresa com sede em Matosinhos – que no mês passado comprou a concorrente espanhola Hidrogéstion a uma filial da Vinci – planeia expandir este modelo a outras ETAR na região norte.

 

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Santander oferece curso da LSE a 50 mulheres em cargos de liderança

Meia centena de mulheres em cargos de liderança vão ter acesso a curso lecionado pela London School of Economics, no âmbito do programa W50 do Santander.

O Santander Portugal anunciou, esta sexta-feira, as 50 mulheres em cargos de liderança vencedoras da edição deste ano do W50, programa de liderança feminino que dá acesso, nomeadamente, a um curso lecionado pela London School of Economics and Political Science. No evento de apresentação das mulheres premiadas, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, frisou a importância da capacitação e da diversidade nas equipas de topo.

Santander Portugal anunciou hoje vencedoras desta edição do programa W50.

Com quase década e meia de existência, o W50 é composto por cinco fases. Primeiro, as candidaturas, que decorreram até 7 de janeiro, segundo a nota enviada no final do ano às redações.

Depois, a seleção de 50 líderes mulheres nos 11 países onde o Santander está presente (além de Portugal, Espanha, Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, México, Polónia, Reino Unido, Uruguai e Estados Unidos). Os 50 nomes destacados em Portugal foram anunciados esta sexta-feira, num evento em Lisboa (foto acima).

Estas 50 mulheres terão agora acesso a um curso online certificado sobre liderança feminina, que será lecionado pela London School of Economics and Political Science (LSE). Além disso, terão a oportunidade de participar num evento com as vencedoras dos outros países.

Já na quarta fase, as 550 selecionadas dos 11 países vão competir na edição global do programa. Destas, 50 serão, por fim, escolhidas e terão a oportunidade de frequentar um curso presencial em Londres também lecionado pela LSE. Além das propinas, também o alojamento é financiado pelo banco.

“Este curso irá ajudar as participantes a aperfeiçoar o seu estilo de liderança e oferecerá uma visão exclusiva das técnicas de liderança global. Terão também acesso a conferências de grande impacto e a sessões de coaching individuais e em grupo, para partilharem experiências e reforçarem a sua rede internacional”, explicava o Santander no referido comunicado.

Já no evento desta sexta-feira, o CEO do Santander Portugal fez questão de notar que esta é a 15.ª edição do W50, mas esta foi a primeira vez que lhe coube fechar a sessão. Fê-lo a pedido de Ana Botín, presidenta executiva do grupo Santander, explicou, frisando que os temas da diversidade e inclusão lhe são particularmente caros.

Na sua intervenção, Pedro Castro e Almeida disse também ser favorável a quotas, no sentido de reforçar a participação feminina nos lugares de topo, apesar de este ser, reconheceu, um assunto polémico.

Sobre o W50, sublinhou que é um incentivo à formação contínua e a que elas, através da capacitação, cheguem mais rapidamente a lugares de liderança.

Nunca se comparem, e não deixem que vos comparem. A única comparação possível é ir comigo própria. A outra comparação não tem interesse nenhum.

Laurinda Alves

Professora

A propósito, num painel composto por Mariana Branquinho da Fonseca, da Korn Ferry Portugal, Laurinda Alves, professora e autora, e Paula Perfeito, presidente da PWN Portugal, a primeira assinalou que a formação permite às pessoas saírem “do casulo das funções do dia a dia e abrir a cabeça”.

“E isso é fundamental”, afirmou a Mariana Branquinho da Fonseca, que defendeu que a aposta nas ações formativas tem de ser parte do plano das mulheres para progredirem na carreira.

Já Laurinda Alves deixou a seguinte mensagem: “Nunca se comparem, e não deixem que vos comparem. A única comparação possível é ir comigo própria. A outra comparação não tem interesse nenhum. O verbo comparar é proibido. Comparem mesas, mas nunca pessoas“.

Por sua vez, Paula Perfeito argumentou que as empresas têm de ter um pipeline de talentos nas suas várias unidades, para quando surgirem oportunidades. E alertou que é preciso dar uma chance aos novos talentos, em vez de apostar sempre nos mesmos. “Temos de ir à luta de forma determinada”, apelou ainda a presidente da PWN Portugal, perante a plateia composta pelas 50 mulheres líderes selecionadas pelo Santander.

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Altri aumenta preço da pasta de papel em abril

  • ECO
  • 28 Março 2025

Decisão surge depois da Suzano anunciar que vai aumentar o preço da pasta de papel para as encomendas de abril em 60 e 20 dólares por tonelada na Europa e Ásia, respetivamente. Altri acompanha subida.

A Altri, produtora de pasta de papel portuguesa, anunciou que vai aumentar o preço da pasta de papel para as encomendas de abril em 60 dólares por tonelada na Europa e em 20 dólares por tonelada na Ásia, avançou o Negócios e confirmou o ECO.

A decisão da portuguesa surge depois da Suzano, a maior produtora mundial de pasta branqueada de eucalipto, ter anunciado o mesmo aumento de preços para as encomendas de abril, tanto na Europa como na Ásia. Com este reajuste, o preço de referência para a pasta de papel na Europa passará para 1.280 por tonelada, avança a Reuters.

O grupo Altri, que detém as empresas Biotek, Caima e Celbi, mais que duplicou os lucros para os 107,2 milhões de euros em 2024. O resultado líquido da papeleira aumentou 150,6% em relação aos 42,8 milhões de euros registados em 2023.

As receitas totais da empresa de pasta e papel cresceram 8,5%, em termos homólogos, para 855,3 milhões de euros, devido à “evolução positiva” dos preços da pasta hardwood (produzida através de eucalipto) causada por “uma procura global mais favorável no conjunto do ano”, informa o relatório financeiro publicado esta quinta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O ano de 2024 ficou marcado por alguma volatilidade nos mercados internacionais, com ciclos cada vez mais rápidos, aos quais a Altri se procura ajustar, salvaguardando a sua rentabilidade, quer através de uma gestão ativa de produção e de stocks, quer através da implementação de planos de geração de eficiência operativa em todas as nossas unidades industriais”, comentou o CEO da Altri, José Soares de Pina.

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Blackrock volta a reforçar participação na EDP Renováveis

  • Lusa
  • 28 Março 2025

A maior gestora de ativos do mundo voltou a deter uma participação superior a 3% a EDP Renováveis, dias depois de ter reduzido a posição.

A Blackrock levou a cabo duas operações, em dias consecutivos, reduzindo e depois reforçando no capital da EDP Renováveis (EDPR) para 3,55%, segundo um comunicado, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na nota, a empresa, que tem sede em Madrid, disse que no dia 25 de março de 2025, a Blackrock Inc. notificou a EDPR de que “em resultado de uma operação executada a 24 de março de 2025, reduziu a respetiva participação para 36.799.638 direitos de voto, correspondendo a 3,54% do total de direitos de voto na EDPR, reduzindo o patamar de 3% dos direitos de voto atribuídos às ações (2,99%)”.

No dia seguinte, 26 de março de 2025, a Blackrock notificou a EDPR de que, “em resultado de uma operação executada a 25 de março de 2025, aumentou a respetiva participação para 36.931.637 direitos de voto, correspondendo a 3,55% do total de direitos de voto na EDPR, ultrapassando o patamar de 3% dos direitos de voto atribuídos às ações (3,03%)”.

A EDPR fechou a sessão, esta sexta-feira, da bolsa de Lisboa com as ações a valer 7,97 euros, uma subida de 0,76%.

 

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Tribunal confirma prescrição de mais dois crimes de Ricardo Salgado

  • Lusa
  • 28 Março 2025

O tribunal confirmou a prescrição de mais dois crimes de Ricardo Salgado no processo BES, ficando agora o antigo presidente do banco a responder por 54 crimes, menos 11 do que no início do julgamento.

O tribunal confirmou a prescrição de mais dois crimes de Ricardo Salgado no processo BES, ficando agora o antigo presidente do Banco Espírito Santo a responder por 54 crimes, menos 11 do que no início do julgamento.

De acordo com os despachos assinados este mês, e a que a Lusa teve acesso, prescreveram dois crimes de infidelidade – um a 28 de fevereiro e outro a 8 de março.

Esta sexta-feira prescrevem mais dois crimes de infidelidade, mas ainda não foi proferido pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa o despacho que confirmará estas prescrições e que fará com que a lista de crimes do antigo banqueiro fique pelos 52.

Os dois crimes cuja prescrição foi confirmada pelo tribunal, e cuja pena pode ir até aos três anos de prisão ou multa, estão relacionados com a Espírito Santo International (ESI): um deles referente à venda de dívida da ESI aos clientes do BES e o outro com o pagamento, por parte do BES, da dívida colocada nos seus clientes, mesmo sabendo das potenciais perdas, já em 2014.

O Ministério Público acusou Ricardo Salgado de 65 crimes em julho de 2020, mas o ex-banqueiro chegou a julgamento, que começou em outubro de 2024, com 62 crimes, uma vez que já tinham prescrito dois crimes de falsificação e um de infidelidade.

Desde que começou o julgamento do processo BES/GES, a juntar às duas prescrições mais recentes, já caíram seis crimes de falsificação de documento, cuja pena pode ir também até aos três anos ou multa.

Ricardo Salgado continua a ser julgado pelos crimes de associação criminosa, burla qualificada, corrupção ativa, manipulação de mercado, branqueamento de capitais, falsificação de documento e infidelidade.

O antigo presidente do BES é um dos 18 arguidos deste processo, em que o Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros ao banco e ao grupo.

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McDonald’s mostra os efeitos da “Big Fome de Mac” em campanha

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  • 28 Março 2025

Portugal é o primeiro país a lançar a nova campanha global do Big Arch, que assenta no conceito "Big Fome de Mac". A criatividade é da TBWA\BBDO e o planeamento de meios da OMD.

A McDonald’s lançou uma nova campanha com o objetivo de “reforçar o posicionamento do Big Arch como a escolha ideal para os fãs da marca que procuram o sabor inconfundível da McDonald’s numa opção ainda mais saciante”.

Lançada a nível global, a campanha é adaptada pela TBWA\BBDO para Portugal, o primeiro país a transmitir a nova comunicação que irá também, posteriormente, decorrer noutros países. Marca presença em televisão, exterior, digital e suportes de comunicação nos restaurantes da marca, contando com o planeamento de meios da OMD.

O spot mostra uma reunião de trabalho prolongada, onde um dos colaboradores vê um colega com um saco da McDonald’s e um hambúrguer na mão. Esse momento desperta a sua “fome de Mac”, o que leva o seu estômago a roncar cada vez mais, captando a atenção de todos os que se encontram na sala.

O som ganha tanta intensidade que começa até a afetar o espaço, que começa a vibrar. “O desconforto acaba assim que o colaborador decide sair da reunião e dirigir-se ao restaurante McDonald’s mais próximo para satisfazer a sua ‘Big Fome de Mac’ com o Big Arch”, descreve-se em nota de imprensa.

“A ‘Fome de Mac’ é um conceito muito conhecido entre os nossos consumidores, uma expressão que nasce aliás dos próprios consumidores, que traduz aquele desejo único de comer McDonald’s que não nos sai da cabeça até que realmente consigamos satisfazer esta ‘fome’. Resulta da combinação do sabor inconfundível da nossa marca com os bons momentos que proporciona. É com base neste conceito, relevante a nível mundial, que nasce o mote ‘Big Fome de Mac’, que reforça o posicionamento de Big Arch — uma opção mais saciante, com todo o sabor a Mac de sempre”, diz Ana Freitas, gestora do departamento de marketing da McDonald’s Portugal, citada em comunicado.

“Este conceito faz parte da campanha global de Big Arch, que será lançada pela primeira vez em alguns dos mercados a partir do mês de março. Em Portugal, tivemos o privilégio de ser os primeiros a lançar este produto, e voltamos agora a ser pioneiros ao ser o primeiro país a lançar a nova campanha global associada a Big Arch. Não podíamos estar mais orgulhosos”, acrescenta.

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