Alargamento da ferrovia implica demolição de 87 edificações em Contumil, Rio Tinto e Ermesinde

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

O projeto de execução do alargamento da ferrovia entre Contumil e Ermesinde implica a demolição de 87 edificações, das quais cerca de 15 habitações em condições de habitabilidade.

O projeto de execução do alargamento da ferrovia entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), consultado pela Lusa, confirma que terão de ser demolidas 87 edificações, das quais cerca de 15 habitações junto a Contumil, Rio Tinto e Ermesinde. Ao todo, de acordo com a listagem das edificações a demolir, consultada pela Lusa, está prevista a demolição de 87 infraestruturas.

De acordo com o relatório detalhado do edificado a demolir, consultado pela Lusa, pelas fotografias e descrições apresentadas cerca de 15 casas estarão em condições de habitabilidade, mas nem todas atualmente habitadas.

Em causa está a duplicação de duas para quatro vias da Linha do Minho entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), no distrito do Porto, que vai permitir separar o tráfego das linhas do Douro e Minho a sul de Ermesinde, aumentando a capacidade ferroviária a norte do rio Douro e a fiabilidade dos serviços.

O projeto inclui ainda a beneficiação do apeadeiro de Águas Santas/Palmilheira e da estação de Rio Tinto, ligando-a através de uma alameda pedonal e parque de estacionamento até à estação de Campainha do Metro do Porto. O concurso público para executar a empreitada foi lançado na quarta-feira e tem o valor de 150 milhões de euros.

A zona próxima a Contumil é “constituída por um aglomerado de habitações, alguns anexos existentes nos logradouros e uns anexos de apoio a trabalhos agrícolas/abrigos para animais”.

As estruturas a demolir são sobretudo anexos (alguns habitáveis) e garagens de habitações da rua da Ranha, no Porto, junto à Circunvalação, apesar de se prever a demolição de pelo menos uma habitação completa, correspondente ao o número de porta 190. Na chegada a Rio Tinto (concelho de Gondomar), a zona é “constituída maioritariamente por um aglomerado de edificações com funções industriais e algumas habitações” a demolir.

Em causa estão sobretudo armazéns industriais, com destaque para um conjunto de sete armazéns geminados que serão demolidos para permitir a construção de uma via para o comboio, estando ainda prevista a demolição de uma habitação devoluta.

Já a norte da estação de Rio Tinto, que será também ampliada de duas para quatro linhas, encontra-se uma zona “constituída por um aglomerado de habitações e alguns anexos existentes nos logradouros”, dos quais cerca de uma dezena de casas em estado habitável serão demolidas.

Em causa estão edifícios na Rua e Travessa Padre Joaquim das Neves, bem como instalações já próximas da Rua do Caneiro e passagem de nível homónima, que será suprimida e substituída por uma passagem inferior rodoviária. Todas as passagens de nível serão suprimidas e substituídas por passagens inferiores ou superiores.

Será também demolida uma habitação junto ao Complexo Fernando Pedrosa, ainda em Rio Tinto.

Já perto de Águas Santas (Maia), em causa está “um pequeno número de habitações e uma oficina de automóveis e uma garagem na zona do apeadeiro”, envolvendo também anexos, construções em mau estado de conservação e as casas nos números 72 e 201 da Travessa João de Deus, já em Ermesinde (Valongo).

O Estudo de Impacto Ambiental da obra, noticiado em 2023 pela Lusa, referia que em causa estavam 88 edifícios e 21 casas habitadas.

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Trump garante que “dentro de uma semana não haverá mais guerra na Ucrânia”

Donald Trump afirma que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia tem que ser parada o quanto antes, caso contrário ainda provoca uma terceira guerra mundial.

O presidente dos EUA prometeu que “dentro de uma semana não haverá mais guerra na Ucrânia” e que um “acordo está a ser trabalhado”. Donald Trump coloca a hipótese de uma terceira guerra mundial se ninguém parar estes dois países.

“Se não pararmos estes dois países (Ucrânia e Rússia) isto pode levar a uma terceira guerra mundial. Não vou deixar isso acontecer“, afirmou Donald Trump, na reunião com Macron que está a decorrer esta segunda-feira na Casa Branca para discutir futuro da guerra na Ucrânia, que faz esta segunda-feira três anos.

“Nós estamos a ajudar a Ucrânia como ninguém a ajudou até agora“, afirma Trump. “Se não me tivesse tornado presidente, a Ucrânia estaria na mesma situação e ninguém teria feito nada“, lamenta o líder dos EUA, reforçando que se fosse “presidente as chances desta guerra ter acontecido eram zero”, acusando o antigo presidente Joe Biden de ter permitido este conflito que já provocou mais de um milhão de mortos e feridos.

Donald Trump garantiu aos jornalistas que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky vai deslocar-se “ainda esta semana ou na próxima aos EUA para assinar o acordo” de exploração de minerais. “Estamos muito próximos de um acordo final”, avança o presidente norte-americano.

“Queremos o nosso dinheiro de volta – cerca de 350 mil milhões de dólares”, afirma o presidente. “Não sei como chegámos a dar este dinheiro, é muito dinheiro investido”, lamentou, culpando mais uma vez a administração Biden.

 

Já o presidente francês, Emmanuel Macron, sublinhou que a Europa está pronta a reforçar a sua defesa. “O nosso objetivo comum é construir uma paz sólida e duradoura” na Ucrânia, afirmou Macron à imprensa na Sala Oval da Casa Branca, acrescentando que espera um “forte envolvimento” norte-americano para a alcançar.

O Presidente francês considerou ainda que a Ucrânia “deve ser envolvida” nas conversações para pôr fim à guerra, face às declarações de Donald Trump que, na semana passada, minimizou a importância da participação ucraniana nas conversações de paz. A União Europeia (UE) tem vindo a defender condições de paz definidas pela Ucrânia e um lugar na mesa de negociações, juntamente com a Ucrânia, face à tentativa de mediação norte-americana com a Rússia.

“Tivemos uma boa discussão esta manhã no G7, no terceiro ano desta guerra na Ucrânia. E penso que o nosso objetivo comum, claramente, é construir a paz, uma paz sólida e duradoura”, disse Macron aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca. Durante uma sessão de perguntas e respostas aos jornalistas, Donald Trump elogiou a sua “relação especial” com o seu homólogo francês.

Apesar das suas divergências, Donald Trump e Emmanuel Macron asseguraram que pretendem trabalhar em conjunto para pôr fim à guerra na Ucrânia.

Após a reunião, Macron, sublinhou a necessidade de “garantias” para a Ucrânia alcançar uma paz “estável e duradoura” com a Rússia. O presidente francês definiu como “objetivo comum, claramente, construir a paz, uma paz sólida e duradoura”, com “grande respeito pela coragem e resiliência do povo ucraniano”.

“Partilhamos o objetivo da paz, mas estamos muito conscientes da necessidade de garantias para alcançar uma paz estável que permita que a situação estabilize”, acrescentou.

Apesar do tom cordial do encontro, com sorrisos, apertos de mão e um Trump que disse “adorar” a língua francesa, ambos os líderes tiveram um pequeno desentendimento no final do encontro quando Trump disse que a Europa dá à Ucrânia a sua ajuda sob a forma de “empréstimos” que são depois recuperados.

Macron, depois de lhe tocar levemente no braço, ressalvou: “Na verdade, para ser franco, pagámos 60%. Pagámos 60% da dívida total”. Explicou ainda que parte dos fundos europeus destinados à Ucrânia provêm dos 30 mil milhões de euros de ativos russos congelados na Europa, ao que Trump respondeu: “Se acredita nisso, para mim está tudo bem”.

Embora Trump tenha afirmado que os Estados Unidos prestaram mais ajuda à Ucrânia do que a Europa, os dados mostram o contrário. Os países europeus, incluindo a União Europeia, atribuíram um total de 132 mil milhões de euros, enquanto Washington atribuiu 114 mil milhões de dólares em assistência total, abrangendo a ajuda humanitária e militar. No entanto, os Estados Unidos superaram a Europa no fornecimento de ajuda militar, de acordo com dados oficiais.

“Esperamos poder pôr fim a esta guerra ainda este ano”, disse, por sua vez, Zelensky na conferência com os líderes europeus que decorreu esta segunda-feira em Kiev, acrescentando que é “muito difícil para toda a nação suportar esta guerra”. O presidente ucraniano “espera ainda que os EUA continuem a apoiar o país”.

Na semana passada, Trump criticou o homólogo ucraniano, insinuando que é o responsável pela guerra. “Um ditador sem eleições, Zelensky é melhor agir rapidamente ou não restará nada do país”, escreveu o republicado na rede social X.

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Celta de Vigo quer comprar clube português. Chaves entre as opções

Depois das negociações com o Paços de Ferreira em 2024, o clube da Galiza está a acelerar a estratégia de investimento na zona norte de Portugal.

O clube espanhol Real Club Celta de Vigo SAD está a ponderar comprar uma equipa portuguesa, avança esta segunda-feira a agência Bloomberg. Uma das hipóteses na calha de aquisições é o Grupo Desportivo de Chaves, que se insere na estratégia de investir na zona norte.

O clube da Galiza, que é maioritariamente detido pela família Moririno, procura equipas ‘vizinhas’ do Estádio Municipal de Balaídos, localizado na cidade costeira de Vigo.

Fontes adiantaram à Bloomberg que, além do Chaves, há outras opções que estão a ser consideradas em Portugal. A que se deve o interesse nos clubes portugueses? Desde logo, o preço. “Geralmente mais barato do que equipas das principais ligas europeias, como Inglaterra ou Espanha”, onde também as receitas de transmissão dos jogos são superiores.

O Celta de Vigo confirmou à agência financeira o interesse no investimento e que ainda não há acordos assinados. Por sua vez, Francisco Carvalho, presidente do Chaves, referiu que o clube não está em negociações com o Celta de Vigo, que ocupa o 10º lugar da primeira divisão espanhola (La Liga).

No ano passado, o Celta de Vigo esteve prestes a entrar no capital do Paços de Ferreira. O presidente dos ‘castores’, Paulo Meneses, disse em setembro que havia conversações adiantadas para que um grupo de investidores, onde se incluía o Celta de Vigo e o Independiente del Valle, entrasse na SAD pagando cerca de 10 milhões de euros por uma participação maioritária de 80%.

“Estamos a ouvi-los, a ponderar os prós e os contras de ter acordos com outros clubes e quando avançarmos serão informados disso”, afirmou, à data, o líder do clube galego.

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Comitiva com 10 empresas do setor da construção participa em certame na Arábia Saudita

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

A comitiva liderada pela AEP conta com 10 empresas: cinco de fabricação de artigos de mármore, uma de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico, uma de produtos de cortiça, uma de produtos de betão.

Uma comitiva com 10 empresas portuguesas do setor da construção, liderada pela AEP – Associação Empresarial de Portugal, vai estar até quinta-feira em Riade, na Arábia Saudita, para participar numa feira de referência na região.

A participação na Big 5 Construct Saudi insere-se na estratégia de abordagem ao mercado saudita levada a cabo pela AEP nos últimos 14 anos, que consiste em participações regulares em eventos especializados para as fileiras da construção e materiais de construção”, afirmou o presidente do conselho de administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, citado em comunicado.

O responsável apontou que face à incerteza internacional, as empresas portuguesas “devem diversificar mercados de forma a mitigar riscos, particularmente para mercados mais dinâmicos”.

A comitiva liderada pela AEP conta com 10 empresas: cinco de fabricação de artigos de mármore e de rochas similares, uma de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico, uma de outros produtos de cortiça, uma de produtos de betão para a construção.

Além destas, estão também presentes uma empresa de atividades de acabamento de edifícios e outra de atividades de engenharia e técnicas afins.

A Big 5 Construct Saudi prevê receber 75 mil visitantes de mais de 60 países, contando hoje com a presença do embaixador de Portugal em Riade no Pavilhão de Portugal.

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EUA votam contra resolução pela unidade territorial ucraniana na ONU

  • Lusa e ECO
  • 24 Fevereiro 2025

A resolução em causa, apresentada pela Ucrânia e pela União Europeia, obteve 93 votos a favor, 18 contra – incluindo dos Estados Unidos – e 65 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou esta segunda-feira, com apoio de 93 países, uma resolução não vinculativa que exige o fim das hostilidades na Ucrânia e reafirma a soberania, independência, unidade e integridade territorial ucraniana.

A resolução em causa, apresentada pela Ucrânia e pela União Europeia, obteve 93 votos a favor, 18 contra – incluindo dos Estados Unidos – e 65 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.

O texto europeu reitera a exigência para que a Rússia retire imediata, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares da Ucrânia.

Na sequência, os Estados Unidos colocaram a votos também a sua própria resolução na Assembleia-Geral da ONU sobre a guerra na Ucrânia, pedindo uma paz duradoura entre Moscovo e Kiev e implorando um fim rápido para o conflito.

Em reação, Marcelo Rebelo de Sousa felicitou “a Ucrânia e o Povo Ucraniano pela grande vitória nas votações” na Assembleia Geral das Nações Unidas”. Na nota, publicada no site de Belém, o Presidente sublinhou que “mais do que nunca, importa que a Paz naquele país martirizado seja justa, sustentada e compreensiva, e que o seu processo inclua a Ucrânia e também a Europa”.

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Maior seguradora do Qatar aposta em insurtech para expansão global

  • ECO Seguros
  • 24 Fevereiro 2025

A Qatar Insurance Company quer com as parcerias oferecer soluções de seguro centradas nos setores de produção de petróleo com vista em estar presente em mercados em desenvolvimento e desenvolvidos. 

A Qatar Insurance Company (QIC) anunciou que está a investir em três insurtech sedeadas em diferentes países como parte do seu plano de expansão global. A seguradora aposta na MIC Global, dos Estados Unidos da América, na Digital Petroleum da Arábia Saudita e na Jaguar Transit, de Singapura.

Lars Gehrmann, co-fundador e diretor da QIC Digital Venture Partners; Fakhruddin Murabet, diretor da área de tecnologia na Digital Petroleum, Salem Al Mannai, CEO do grupo QIC, Mike Eksteen, vice-presidente sénior de parcerias globais e inovação na MIC Global, Japhire Gopi Kannan, fundador e CEO da Transit formalizaram o memorando de entendimento.Qatar Insurance Company

Estes investimentos surgem com planos ambiciosos de expansão não só no Médio Oriente, mas também nos novos mercados globais relevantes para cada companhia“, indica a seguradora em comunicado.

Através destas parcerias, a companhia pretende oferecer soluções de seguro “inovadoras” nos mercados chave do Concelho de Cooperação do Golfo (GCC na sigla inglesa), incluindo o Qatar, Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, assim como nos mercados emergentes na Ásia, como Singapura e China, e em mercados africanos em desenvolvimento.

Essas soluções de seguro centrar-se-ão nos setores de produção de petróleo com vista em estar presente em mercados em desenvolvimento e desenvolvidos.

O memorando de entendimento foi assinado na sede da QIC. “Os nossos investimentos nestas empresas refletem o nosso empenho em adotar a tecnologia para oferecer soluções de seguros mais inteligentes, mais fáceis e mais inovadoras”, afirmou o CEO do grupo segurador, Salem Al Mannai.

As três insurtech fazem parte de um programa acelerador de empresas de seguros tecnológicas promovido pelo grupo. A QIC anunciou que vai fornecer “recursos e orientação estratégica e uma oportunidade de apoio financeiro. O que permitirá a estas empresas expandir-se para mercados no CCG, Norte de África, Sul da Ásia e a Europa, refere.

De acordo com a Atlas Magazine, a QIC é a maior companhia de seguros no Qatar. Em 2024, o grupo registou 193 milhões de euros em lucros líquidos, mais 19% em termos homólogos. Os prémios brutos emitidos nacionais e regionais aumentaram para 1,2 mil milhões de euros no ano passado, mais 39% em termos anuais – e representam agora mais de metade (52%) dos prémios totais do grupo.

Há 60 anos a atuar no negócio segurador, a QIC está entre as 20 maiores seguradoras da região do médio oriente e norte de áfrica.

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Sagres lança passatempo “Re:Lata” para levar adeptos a assistir a um jogo na Luz

  • + M
  • 24 Fevereiro 2025

Com a iniciativa, que conta também com uma parceria com António Raminhos, a Sagres quer reforçar a sua ligação ao futebol e consolidar o seu compromisso com a criação de experiências diferenciadas.

A Sagres lançou o passatempo “Re:Lata”, onde desafia os adeptos a relatar um lance do SL Benfica. Os vencedores ganham um bilhete duplo para assistir a um jogo dentro de uma “lata” no Estádio da Luz.

Os interessados devem submeter o melhor relato de um lance do SL Benfica à sua escolha na landing page do passatempo. Para cada jogo serão selecionados os três autores dos relatos “mais originais, criativos e apaixonados”. Além disso, os vencedores do passatempo terão ainda a possibilidade de realizar uma visita ao Museu Cosme Damião e receber um kit composto por um cachecol, uma sweatshirt e uma manta da marca.

No final do campeonato, será ainda revelado o vencedor do Relato da Temporada, que receberá uma camisola assinada por todo o plantel encarnado.

Até 22 de março, poderão ser submetidas as participações para marcar presença no Re:Lata nos jogos com o Farense (30/03) e o Arouca (13/04). Já entre 23 de março e 19 de abril estão abertas as inscrições para os desafios frente ao AVS (27/04) e Sporting Clube de Portugal (11/05).

Através de uma parceria com António Raminhos, a ação também “entra em campo” nas redes sociais da marca e do embaixador da marca de cerveja, com o humorista a convidar diferentes adeptos a relatar um lance do SL Benfica antes dos jogos, nas imediações dos estádios.

Com esta iniciativa, a Sagres visa “reforçar a sua forte ligação ao futebol, um dos territórios desde sempre da marca, e consolidar o seu compromisso com a criação de experiências diferenciadas e inesquecíveis para os seus consumidores“, refere-se em nota de imprensa.

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Banco de Portugal instaurou 379 processos e aplicou coimas de 2,76 milhões no último trimestre

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

Entre outubro e dezembro do ano passado, dos 221 processos concluídos, 151 respeitaram infrações de natureza comportamental, 25 de recirculação de numerário e 22 de natureza prudencial.

O Banco de Portugal (BdP) instaurou 379 processos de contraordenação e concluiu 221 nos últimos três meses de 2024, tendo aplicado coimas de 2,76 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o regulador.

Segundo a síntese de atividade sancionatória do BdP relativa ao período entre outubro e dezembro do ano passado, dos 221 processos concluídos, 151 respeitaram infrações de natureza comportamental, 25 de recirculação de numerário e 22 de natureza prudencial.

Foram ainda concluídos 14 processos devido a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita e nove por infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. No total destes processos, o regulador aplicou coimas num total de 2.757.000 euros, 80.500 dos quais em forma suspensa.

Quanto aos processos instaurados, a maioria (277) foi relativa a infrações de natureza comportamental, à frente dos 52 processos por infrações relacionadas com atividade financeira ilícita ou dos 30 referentes à recirculação de numerário.

Com menor representatividade, o BdP instaurou 16 processos por infrações de natureza prudencial, três por infrações relacionadas com sistemas de pagamento e um por infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

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BE quer ouvir ministro da Economia sobre fábrica de baterias de lítio

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2025

"É importante discutir esta estratégia do lítio, que passa não só por este apoio a esta empresa chinesa como também pelo apoio à Savannah", disse Mariana Mortágua.

O BE quer ouvir na Assembleia da República o ministro da Economia, Pedro Reis, sobre a estratégia industrial do Governo, nomeadamente investimentos como o da nova fábrica de baterias de lítio em Sines, distrito de Setúbal.

É importante que o ministro da Economia seja chamado à Assembleia da República e que possa, perante o parlamento e o país, justificar os investimentos que estão a ser feitos. O mínimo que se pode exigir ao Governo é que diga ao país qual é a sua estratégia económica e industrial em vez de negar a existência de uma estratégia, enquanto oferece centenas de milhões de euros a uma empresa para produzir baterias de lítio”, justificou Mariana Mortágua, em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.

A coordenadora bloquista referia-se ao projeto de construção da fábrica de baterias de lítio para automóveis da chinesa CALB, em Sines, distrito de Setúbal, num investimento aproximado de dois mil milhões de euros e que, segundo a empresa, deverá gerar 1.800 empregos diretos.

Referindo que o executivo português “está disponível a investir nesta fábrica de baterias até 350 milhões de euros”, a deputada defendeu que “ou o Governo tem uma política industrial para o país e toma decisões em nome dessa política industrial e compromete dinheiro público em nome dessa política industrial, ou não tem uma política industrial para o país e deixa o mercado tomar as suas decisões como vai anunciando”.

O que não é possível é termos um Governo que ao mesmo tempo diz que não tem política industrial, diz que não toma grandes decisões económicas, que não se mete em negócios alheios e dá 350 milhões a uma empresa chinesa para produzir baterias de lítio que é uma tecnologia controversa, no mínimo, quanto à sua sustentabilidade futura, o papel que vai ter no futuro e a sua utilidade futura, a disputa que há entre EUA, China e a Europa relativamente a esta tecnologia”, salientou.

Na ótica do BE, todas estas questões são “da maior relevância para o debate nacional”.

“É importante discutir esta estratégia do lítio, que passa não só por este apoio a esta empresa chinesa como também pelo apoio à Savannah, que é uma empresa que está a fazer a exploração de lítio em território português contra a vontade das populações”, lembrou, numa referência à prospeção do lítio em Boticas, distrito de Vila Real.

Interrogada sobre a ameaça do Chega, que no domingo admitiu propor uma comissão de inquérito à empresa Spinumviva, detida pela mulher e filhos do primeiro-ministro, Luís Montenegro – e que esteve no centro do debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo mesmo partido –, Mariana Mortágua voltou a acusar o partido liderado por André Ventura de “contaminar o debate público”.

Os bloquistas consideram que o Chega bloqueia a atividade da Assembleia da República, impedindo que se debatam temas “importantes para a vida das pessoas”, como a crise na habitação, e a coordenadora do BE realçou que tal não é por acaso, mas sim a estratégia daquele partido.

Mariana Mortágua afirmou que prefere recentrar o debate político na lei dos solos, que apelidou como “a mãe de todos os conflitos de interesse” e lembrou que o BE já chamou ao parlamento o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. A deputada salientou que a recente investigação da RTP apontou que, quando era autarca, Castro Almeida “fez ajustes diretos com uma empresa de quem era sócio”, o mesmo, “agora, a quem vende a empresa imobiliária”.

“Quanto ao primeiro-ministro, penso que subsistem algumas perguntas, depois da explicação que deu, e para o bem do país, era importante que a esclarecesse e que pudesse responder a elas, para nós podermos discutir política, se faz favor”, apelou.

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Henry Cavill é o novo rosto da Longines

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 24 Fevereiro 2025

A Longines anunciou o ator como seu mais recente Embaixador da Elegância, reforçando a ligação da marca à excelência e ao requinte discreto.

Há personalidades que combinam carisma, sofisticação e uma presença marcante. Henry Cavill, ator britânico conhecido por papéis em filmes como “Super-Homem” e “Missão: Impossível – Fallout”, junta-se agora ao universo da alta relojoaria. A escolha não é um acaso. Desde 1832, a Longines tem procurado personalidades que ilustrem a sua filosofia: “A elegância é uma atitude”. Cavill, com a sua postura impecável e um equilíbrio entre tradição e modernidade, encaixa-se perfeitamente nesse ideal. A parceria coloca-o ao lado de outros nomes de peso como Kate Winslet, Jennifer Lawrence e a modelo Barbara Palvin, todos rostos da distinção da marca.

O CEO da Longines, Matthias Breschan, sublinha a afinidade natural entre Cavill e a marca: “A sua sofisticação, genuinidade e personalidade multifacetada refletem o verdadeiro significado da elegância nos dias de hoje. Seja no grande ecrã ou ao partilhar as suas paixões pela aviação e equitação, mantém sempre uma autenticidade e graciosidade que fazem dele a personificação do espírito Longines”.

Cavill, por sua vez, reconhece essa ligação. “O que me atrai na Longines é a sua elegância discreta. A verdadeira qualidade não precisa de ostentação – está presente em cada detalhe e em cada ação. Esta filosofia, sustentada por gerações de mestria artesanal e inovação, ressoa profundamente com os meus próprios valores”.

Não é difícil perceber a afinidade. Para além da carreira no cinema e televisão, Cavill é um gentleman moderno: apaixonado por videojogos, dedicado à produção de conteúdos originais através da sua produtora Promethean Productions e comprometido em desafiar os limites do entretenimento. Atualmente, prepara-se para protagonizar e produzir a adaptação de Warhammer 40.000 para a Amazon Prime Video e está envolvido no aguardado filme live-action Voltron.

A parceria com a Longines traz mais do que apenas um novo rosto à marca. Representa um alinhamento entre o passado e o presente, entre a mestria artesanal e a visão de futuro. Cavill visitará a sede da Longines em Saint-Imier, na Suíça, onde poderá conhecer de perto a história da marca, que há quase dois séculos define padrões na relojoaria de luxo.

Com um legado que inclui a cronometragem de campeonatos mundiais e uma presença marcante em federações desportivas internacionais, a Longines consolidou-se como um dos ícones da precisão. Integrada no Swatch Group, mantém-se fiel ao seu compromisso com a tradição, inovando sem nunca perder de vista a essência da elegância.

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Com as marcas a “navegar pela incerteza”, as tendências da publicidade digital para 2025

A IA, a preocupação dos consumidores com o bem-estar e a sua fadiga perante os algoritmos são alguns dos desafios na publicidade digital a que as marcas devem procurar responder este ano.

Pensando que as tendências de consumo deste ano refletem um mundo onde “a estabilidade parece passageira”, as marcas “devem navegar por essas contradições, oferecendo certeza sem rigidez e personalização sem saturação excessiva”, entende Sérgio Oliveira, head of business transformation do Publicis Groupe Portugal.

A ideia foi defendida no evento “Upfronts 2025”, realizado pelo IAB Portugal com o objetivo de analisar e discutir algumas das principais tendências da publicidade digital, tendo Sérgio Oliveira avançado cinco tendências do setor para o presente ano.

A inteligência artificial e o seu papel na ligação das marcas aos consumidores, a preocupação dos consumidores com o bem-estar ou a sua fadiga perante algoritmos que levam a um “loop infinito de treta” e que requerem uma análise por parte das marcas, foram outras das tendências elencadas pelo head of business transformation do Publicis Groupe Portugal.

Progresso AI.mbíguo

A primeira tendência referida por Sérgio Oliveira está relacionada com a inteligência artificial (IA), cujo papel está já, em 2025, “totalmente estabelecido”, influenciando o setor desde as recomendações personalizadas até às interações automatizadas com o cliente.

No entanto, esta tecnologia traz também preocupações relacionadas com a confiança, autenticidade e a diminuição da importância da conexão humana. Nesta lógica, ao mesmo tempo que a IA está a tornar as compras mais inteligentes, os consumidores continuam a procurar por apoio humano no suporte ao cliente, pelo que “as marcas devem fazer este equilíbrio de forma eficiente“.

A pesquisa baseada em IA está também a mudar a forma de procurar os conteúdos, bem como a forma como as marcas se vão posicionar neste campo, sendo que 60% das pesquisas já estão a ser tratadas pela IA, verificando-se uma redução da dependência dos motores de busca tradicionais.

Por outro lado, a IA veio complicar a distinção entre o que é verdadeiro e falso, o que implica para as marcas um desafio relacionado com a confiança, numa altura em que os consumidores são cada vez mais céticos. “As marcas têm de perceber como podem trabalhar esta questão da confiança num mundo onde os consumidores são cada vez mais desconfiados“, referiu o responsável da Publicis.

Trazendo uma perspetiva britânica para o evento, Jonathan Mew, CEO do IAB UK, defendeu também na sua apresentação que a IA vai mudar a forma como os consumidores descobrem produtos e marcas, sendo que 82% dos consumidores quer que esta tecnologia os ajude na redução de tempo que gastam à procura de algo para comprar.

Financial Prudence

Sérgio Oliveira chamou também a atenção para o repensar dos consumidores em relação à forma como gastam o seu dinheiro, acrescentando que as marcas devem perceber como navegar num ecossistema onde as pessoas estão ansiosas por gastar, mas em que a incerteza as leva também a ser muito cautelosas.

Ou seja, o desafio para as marcas passa por estas compreenderem “como é que podem fazer com que determinados tipos de despesas sejam encarados como um investimento inteligente, seja ao nível da educação financeira ou de recompensas gamificadas, e como é que podem criar um envolvimento a longo prazo” com o consumidor.

As estratégias a adotar podem ser bastante diferentes, mas o head of business transformation da Publicis deu como exemplo algumas marcas que estão a colocar o preço diretamente nas embalagens.

Proactive Wellness

Outra das tendências avançadas prende-se com as questões de bem-estar e com o facto de os consumidores estarem a deixar de ter “cuidados reativos” e passarem a uma “autogestão proativa”, preocupando-se cada vez mais com alimentação e hábitos de vida saudáveis, utilizando tecnologia, nutrição e soluções focadas na longevidade.

As marcas devem, portanto, refletir sobre que tipo de contributo podem dar neste sentido e como podem criar soluções que apoiem a longevidade, ao mesmo tempo que promovem opções de estilo de vida saudáveis.

Devem também pensar como podem “colmatar a disparidade no acesso à informação, tornando a nutrição personalizada mais acessível e acionável para todos“.

Nesta vertente, Sérgio Oliveira alertou também que os targets das campanhas vão também tender a multiplicar-se, em paralelo com a esperança de vida. Os consumidores estão também a assumir cada vez mais o controlo do envelhecimento, pelo que as marcas devem equacionar como vão responder aos desafios de terem compradores com cada vez mais idade.

O CEO do IAB UK, Jonathan Mew, defendeu precisamente o mesmo, referindo que as gerações mais velhas estão-se a tornar “dominantes” mas também “mais novas”, pelo que procuram por experiências e produtos que estas gerações não tendiam a procurar.

Além disso, o targeting vai também modificar-se ao longo dos próximos anos, desde logo devido ao crescimento da partilha de casa e outras consequências relacionadas com as dificuldades no acesso à habitação

Anti-algorithm

Para Sérgio Oliveira, atualmente vive-se numa “armadilha gigante”, onde existe um “loop infinito de treta“. Isto uma vez que “a fase de lua de mel da personalização digital acabou“, com os algoritmos “outrora celebrados pela personalização a deixarem agora os utilizadores esgotados”.

Neste sentido, “o desafio para as marcas prende-se com a capacidade de se manterem reais e distinguirem-se de conteúdos que muitas vezes não são geradas de forma profissional e cujo consumo excessivo está a conduzir a uma fadiga digital por parte dos consumidores”.

Mas como é que as marcas podem navegar neste ecossistema? A aposta na simplicidade ou o regresso ao analógico poderiam ser algumas das soluções, mas “não parece ser expectável que muitas pessoas voltem a usar telemóveis de teclas”, disse Sérgio Oliveiras.

As marcas devem assim refletir sobre como podem ultrapassar o ruído digital, encorajar as experiências humanas em primeiro lugar e utilizar curadores para “trazer a autenticidade a confiança de volta às experiências digitais”.

Resilient contradictions

O head of business transformation do Publicis Groupe Portugal defendeu ainda que os consumidores vivem atualmente num paradoxo entre a cautela e a ação, a desconfiança e a expectativa e entre o realismo e o escapismo, com as pessoas a “repensarem o seu relacionamento com as marcas” e a forçá-las a “navegar nestas contradições com adaptabilidade e reações rápidas“.

Neste sentido, “é importante que as marcas continuem a criar confiança neste mundo em contradição“, defendeu Sérgio Oliveira, que entende que o setor tem também um papel maior a desempenhar — nomeadamente na sociedade portuguesa –, tendo em conta a influência que exerce, pelo que as marcas devem refletir sobre como se podem tornar “a constante em que os consumidores confiam”.

Outras tendências

Retail media, connected TV ou marketing de influência são outras tendências que também devem marcar este ano e que foram abordadas por Fernando Parreira (presidente do IAB Portugal), Jonathan Mew (CEO do IAB UK), Joana Santos (head of agencies & partnerships da Google Portugal), Inês Cruz Silva (head of sales da Endless) e Reyes Justribó (diretora geral do IAB Espanha), que também marcaram presença no evento.

No evento, Fernando Parreira começou por avançar que 2025 vai ser um “ano de grande incerteza”, devido ao atual contexto macroeconómico e geopolítico, mas que vai também ser um “ano de grande inovação”, dando-se continuidade a uma “onda de inovação” que tem sido “muito protagonizada pela IA”, mas que conta com “ramificações” noutras áreas da tecnologia e na “forma como se fazem os negócios”.

O responsável adiantou também que, no campo da publicidade digital, os próprios consumidores esperam que a publicidade lhe seja cada vez mais dirigida, o que levanta desafios na forma como se faz o contacto com o consumidor. Segundo Fernando Parreira, 71% dos consumidores espera mesmo que as marcas entreguem experiências personalizadas através da publicidade digital.

O presidente do IAB Portugal alertou também para a importância da publicidade, que “ajuda a manter o acesso livre à informação e aos conteúdos de entretenimento”. Além disso, a publicidade digital representa, em média, 70% das receitas dos media na Europa, mostrou, sendo que, no entanto, o digital cresceu apenas 1% em Portugal no último ano.

Enquanto tendências para este ano, Fernando Parreira referiu desde logo a data — deixando no ar a pergunta se será em 2025 que as estratégias de first party data se vão efetivamente concretizar — assim como a afirmação do vídeo e connected TV.

No caso da connected TV, Reyes Justribó, diretora geral do IAB Espanha, defendeu que atualmente os preços para anunciar neste meio “estão um pouco altos para as marcas”, mas que uma maior oferta e inventário trará mais competição, o que fará com que os preços baixem. Justribó preconiza ainda o crescimento da compra programática neste segmento, já em 2025.

Já Joana Santos, da Google Portugal, referiu que a connected TV está a mudar a forma como as pessoas consomem media e que a sua adoção tem registado um “crescimento significativo” em Portugal ao longo dos últimos anos, sendo que 50% dos lares portugueses já dispõem de, pelo menos, uma connected TV.

Segundo dados apresentados por Joana Santos, entre as plataformas de streaming, a Netflix é que conta com mais utilizadores através de connected TV, na ordem dos 800 mil utilizadores, seguindo-se a Amazon Prime (500 mil), Disney+ (400 mil) e HBOMax (200 mil). Já o YouTube regista 2,5 milhões de utilizadores em Portugal através de connected TV.

No caso desta plataforma de vídeo pertencente à Google, Joana Santos adiantou que nos EUA já há mais pessoas a aceder à mesma através de connected TV do que através de dispositivos móveis.

Olhando para um horizonte temporal mais longínquo, Jonathan Mew argumentou que em 2030 a audiência da televisão linear será uma “minoria”, e que grandes audiências neste meio acontecerão apenas em “grandes momentos culturais ou desportivos”.

O retail media é também “claramente um movimento que está a acelerar, embora em Portugal se esteja um pouco atrás”, o áudio digital figura como “o formato que mais cresce na Europa” e o digital out of home “é também uma das novidades mais recentes em Portugal e sabemos que vai ter o seu crescimento”. Além disso, “as marcas estão a ser cada vez mais desafiadas para voltarem às suas raízes e reforçarem o branding no digital“, apontou Fernando Parreira.

No caso do investimento em retail media, este terá origem tanto em novos budgets criados para o efeito como na realocação de outros budgets já existentes e alocados a outros canais, tanto online como offline, defendeu Jonathan Mew. Segundo o CEO do IAB UK, 33% dos anunciantes a nível europeu indicam que estão a redirecionar investimento em search para retail media, e 31% avançaram que os seus investimentos em retail media advêm de novos budgets que não interferem com outros canais onde já investem.

Uma das grandes vantagens deste tipo de publicidade prende-se com o facto de os retalhistas oferecem uma cobertura complementar aos outros canais, permitindo que as marcas “alcancem audiências mais vastas e incrementem o retorno sobre o investimento feito em publicidade”, avançou Reyes Justribó. Segundo a diretora geral do IAB Espanha, a estandardização dos formatos aliada a uma melhor capacidade de medição “será a chave para o desenvolvimento” do retail media.

Inês Cruz Silva, head of sales da Endless, disse também que o retail media tem, “sem dúvida, vindo a ganhar um lugar de relevo no investimento das marcas”, defendendo ainda que se devia “começar a encarar o retail media não apenas numa perspetiva de eccommerce mas de uma forma omnicanal“.

Embora o “conteúdo sempre tenha sido rei”, as “fronteiras” entre os diferentes tipos de meios vão-se esbater cada vez mais ao longo dos próximos cinco anos, com os media a diversificarem-se para envolver o público de novas formas, defendeu Jonathan Mew. Isto também porque os consumidores não querem estar “confinados” a canais específicos, procurando antes conteúdos alinhados com os seus interesses e disponíveis para serem consumidos da maneira que estes mais gostam.

Reyes Justribó indicou ainda o marketing de influência enquanto outra tendência que se irá afirmar ao longo de 2025, onde lançamentos limitados (“drops”) serão capazes de criar uma “sensação de exclusividade” e, dessa forma, gerar uma grande procura e lealdade junto dos consumidores. Além disso, os influenciadores virtuais vão também criar novas possibilidades criativas para as marcas, desde logo por permitirem um controlo total do storytelling.

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PT2030 com taxa de execução de 5,8% até janeiro. Compete ainda em último

Compete está entre os primeiros ao nível das aprovações, mas cai para último na execução, com apenas 12 milhões de euros (0,3%). É dos que mais executaram entre dezembro e janeiro.

A taxa de execução do Portugal 2030 no final janeiro de 2025 era de 5,8%. Mais 0,4 pontos percentuais face ao mês anterior e um desempenho muito inferior ao registado no Portugal 2020, no período homólogo. O Pessoas 2030 lidera com uma execução de 16,9%. O pior desempenho é do Compete: apenas 0,3%.

O novo quadro comunitário de apoio tem 5.702 milhões de euros de fundo aprovado e 1.329 milhões de euros de fundo executado, sendo que a maior parte deste desempenho é da responsabilidade do programa Pessoas 2030, com uma taxa de execução 16,9% (962,16 milhões de euros). O segundo e terceiro lugares do pódio são ocupados, respetivamente pelo Programa de Assistência Técnica (14,7% que corresponde a 24,69 milhões de euros), e o Mar 2030 com uma taxa de execução de 8,04% (31,56 milhões de euros a 31 de dezembro). Mas estes dois programas são relativamente pequenos em termos de dimensão.

Já o Compete, também conhecido como o programa das empresas, está entre os primeiros ao nível das aprovações, mas cai para último na execução, com apenas 12 milhões de euros (0,3%). Ainda assim, está entre os que mais executaram entre dezembro e janeiro (+6,62 milhões de euros). Melhor só o Centro 2030 (com mais 8,68 milhões) e a Madeira (8,36 milhões), mas que são programas de menor dimensão.

Estas taxas de execução deixam os fundos em perigo de devolução de verbas a Bruxelas, porque em 2025 já se aplica a chamada regra da guilhotina. O ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, já disse no Parlamento que o atual quadro comunitário de apoio está sob “uma pressão anormal” este ano porque todos os programas – temáticos ou regionais – têm de cumprir esta regra da guilhotina.

Isto é, os programas têm de gastar o correspondente ao orçamento de cada ano nos três anos seguintes. Se não o fizerem, o montante remanescente tem de ser devolvido a Bruxelas. Ou seja, em cada programa operacional é necessário dividir a dotação por sete (correspondente ao número de anos do quadro) e é esse o valor que é necessário executar três anos depois (é a regra do N+3).

Castro Almeida revelou que o risco máximo é do Sustentável 2030, o programa que sucedeu ao POSEUR, por isso, a opção de retirar alguns investimentos do PRR e assegurar a sua continuidade com financiamento do PT2030 pode ajudar a superar este problema.

O Sustentável 2030 apresentava no final de janeiro uma taxa de execução de 3,7%. No espaço de um mês executou 6,2 milhões de euros, o que o coloca no TOP 5 da execução em valores, mas não em taxa.

A taxa de execução de 5,8% do PT2030 compara com os 21% do Portugal 2020, em dezembro de 2017. No anterior quadro comunitário de apoio não havia uma monitorização mensal do desempenho dos fundos e este e o valor homólogo mais próximo.

É preciso ter em conta que no PT2020, a agricultura estava incluída e, nessa altura, já contava com uma taxa de execução de 39%, influenciando muito positivamente os dados globais. Sem isso, a taxa de desceria para 17,6%, ainda assim muito acima do executado no PT2030.

A influenciar negativamente o desempenho do PT2030 está a sua entrada em vigor ainda mais tarde do que é habitual e a simultaneidade no tempo com o encerramento do PT2020 e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que acabou por ter uma dotação idêntica a um quadro comunitário (22,2 mil milhões de euros), mas que tem de estar integralmente executado até 2026.

Em termos de taxas de aprovação a liderança vai também para o Pessoas 2030 que tem 2,64 mil milhões aprovados, num total de 3.660 operações. Segue-se o Norte 2030 (728) e o Compete 2030 (665). No extremo oposto está o Programa de Assistência Técnica com apenas 25. Em termos globais, 24,8% do PT2030 já foi aprovado, num total de 5,7 mil milhões de euros.

A monitorização mensal do PT2030 revela ainda que, no final de janeiro, dos 12,51 milhões de euros colocados a concurso (54%), o Lisboa 2030 tem a maior percentagem do programa já a concurso (74%) seguido do Sustentável 2030 e do Mar 2030 (69%).

Por outro lado, a Comissão já transferiu, a título de pagamentos intermédios, 10,24 mil milhões para os 27 Estados-membros, “resultado da execução das operações financiadas pelos fundos da coesão no âmbito do período de programação 2021-2027”.

“No conjunto dos 14 Estados-membros com envelopes financeiros acima dos seis mil milhões, Portugal está em 11º lugar em termos dos pagamentos intermédios recebidos, com 205 milhões de euros (0,9% da respetiva dotação), seguindo-se a Itália, a Croácia e a Espanha, o último ainda sem pagamentos”, lê-se na monitorização mensal.

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