Austeridade em França. Bayrou corta feriados e congela pensões

  • ECO
  • 15 Julho 2025

Eliminação de dois feriados e o congelamento de pensões são algumas das medidas que o primeiro-ministro francês prevê implementar para reduzir o défice.

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, apresentou esta terça-feira um plano de austeridade que inclui cortes orçamentais de 43,8 mil milhões de euros ao longo de quatro anos para reduzir o défice e travar o aumento da dívida. A eliminação de dois dos 11 feriados e pensões congeladas são algumas das medidas.

A redução do emprego público, cortes nos gastos sociais e de saúde e uma contribuição solidária por parte dos “mais ricos” são outras das medidas delineadas por Bayrou. Mais especificamente, este plano prevê que um em cada três trabalhadores do setor público que se reforme não seja substituído.

Outra medida que o governo francês quer implementar é um travão aos gastos do Estado, exceto na defesa, serviço da dívida e contribuições para a União Europeia durante um ano.

O défice público francês aumentou no ano passado para 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior de toda a zona do euro e muito acima do limite de 3% estabelecido pelas regras europeias.

O governo estabeleceu uma meta para reduzir progressivamente o défice para 5,4% do PIB este ano e para 4,6% em 2026, ficando abaixo do limite de 3% até 2029.

No entanto, o Tribunal de Contas alertou no início deste mês que o ritmo atual não permitirá atingir essa meta até 2029 e recomendou medidas mais duras.

A urgência em reduzir o défice é agravada pela proposta do presidente Emmanuel Macron de aumentar os gastos com defesa em mais de 6,5 mil milhões de euros ao longo de dois anos. Macron pretende acomodar o esforço militar adicional sem recorrer a novas dívidas. “A nossa independência militar é inseparável de nossa independência financeira”, argumentou o presidente.

A líder de extrema-direita francesa, Marine Le Pen, disse esta terça-feira que derrubará o primeiro-ministro francês Bayrou, caso não reavalie o seu plano de austeridade.

Após sete anos de gestão catastrófica, Emmanuel Macron e François Bayrou são incapazes de economizar de verdade e apresentam mais uma conta aos franceses: quase vinte mil milhões de euros em impostos e privações”, disse Le Pen na terça-feira no X, enquanto o governo de Bayrou apresentava sua proposta.

“Este governo prefere atacar o povo francês, os trabalhadores e os aposentados, em vez de caçar o desperdício”, diz a líder da extrema-direita francesa.

(Notícia atualizada ás 18h01 com mais informação)

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Visapress aumenta monitorização e cobrança de licenças por uso abusivo de imagens online

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

A medida visa assegurar que a utilização de conteúdos jornalísticos e texto e imagem seja devidamente licenciada e remunerada, protegendo os interesses dos seus representados.

A Visapress, entidade responsável pela defesa dos direitos de editores e criadores de conteúdo jornalístico no mercado português, anunciou que vai intensificar a monitorização e cobrança de licenças por uso abusivo de imagens online.

Em comunicado, a Visapress salienta que vai avançar uma nova fase de atuação, que passa pela “intensificação da monitorização de conteúdos online e a cobrança ativa de licenças para o uso abusivo de imagens e outros conteúdos protegidos por direitos de autor”.

A medida visa assegurar que a utilização de conteúdos jornalísticos e texto e imagem seja devidamente licenciada e remunerada, protegendo os interesses dos seus representados.

A Visapress “tem vindo a comunicar com proprietários de ‘websites’ onde foram identificadas infrações, sublinhando a sua intenção de fiscalizar de forma mais proativa as publicações na Internet”, adianta a entidade.

O objetivo é claro: identificar e regularizar utilizações não autorizadas de material protegido por direito de autor, que até agora não estavam devidamente licenciadas“, remata a Visapress, que detalha a sua atuação.

A entidade irá “monitorizar regularmente a internet para detetar o uso de imagens e textos sem a devida licença” e “quando uma infração for identificada, será enviada uma comunicação detalhada ao responsável pelo ‘website’, incluindo as capturas de ecrã que comprovam a utilização em causa e no caso de imagens os detalhes das mesmas“.

A Visapress, “ciente de que muitas utilizações indevidas podem ocorrer de forma não intencional”, permite “uma solução para regularização: a aquisição de uma licença retroativa“, refere a entidade. A licença cobre a utilização já existente da imagem no site, na forma como se encontra atualmente, e estende-se para o futuro.

A nova abordagem “representa um passo significativo na defesa dos direitos de autor em Portugal, reforçando a importância do licenciamento e da remuneração justa pelo trabalho de quem cria e investe em informação de qualidade“, concluem.

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Zurich ativa campanha de verão para se aproximar dos consumidores

A ação decorre até ao final de agosto e conta com a embaixadora Patrícia Sampaio como rosto da campanha em Lisboa e Porto. Quer reforçar o posicionamento da marca junto dos clientes. 

A Zurich Portugal quer reforçar a sua presença junto dos portugueses durante o verão levando a campanha “Cuidamos” a cidades e praias de norte a sul do país. Segundo avançou em comunicado, a seguradora aposta numa abordagem integrada com a ativação da marca nas praias e com a presença da judoca Patrícia Sampaio, embaixadora da marca, em zonas urbanas do Porto e Lisboa.

Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal: “Neste verão, queremos ir para além da nossa missão de cobrir riscos. Queremos estar presentes na vida das pessoas, oferecendo-lhes não só proteção, mas também cuidado e bem-estar”.

Sob o mote “Mais do que cobrir riscos, cuidamos do seu verão”, ativação da campanha abrange a costa portuguesa de norte a sul, com iniciativas que incluem distribuição de brindes para a época balnear, bem como mensagens de prevenção e segurança. A iniciativa é divulgada diariamente através da rádio, nomeadamente no “Programa Café da Manhã”, da RFM, onde a Zurich patrocina dicas diárias para um verão mais seguro.

A campanha decorre até 31 de agosto e pretende, segundo a seguradora, reforçar o posicionamento da marca junto dos clientes.

“Neste verão, queremos ir para além da nossa missão de cobrir riscos. Queremos estar presentes na vida das pessoas, oferecendo-lhes não só proteção, mas também cuidado e bem-estar”, afirma Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal. “Com estas ações de verão materializamos, uma vez mais, o nosso compromisso em acompanhar os nossos clientes e a comunidade, promovendo um verão mais seguro e protegido através de ações focadas na prevenção e com ofertas úteis”.

Paralelamente, a Zurich leva também esta mensagem para o ambiente urbano. A judoca Patrícia Sampaio, embaixadora da campanha, é o rosto visível da ação “Cuidamos” nas cidades de Lisboa e Porto, surgindo em suportes out of home de grande formato, como o elétrico rápido da capital e o Metro do Porto, bem como em vias movimentadas como a A5/CRIL e nas Amoreiras.

“Estamos entusiasmados por levar a nossa mensagem de cuidado e prevenção para as ruas das duas maiores cidades de Portugal, de uma forma tão visível e simbólica com a nossa embaixadora”, assegura Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal. “Com a sua disciplina e dedicação, a Patrícia Sampaio representa na perfeição os valores de excelência e mentalidade vencedora que a Zurich defende e que queremos transmitir.”

Os elétricos e o Metro do Porto, decorados com a imagem da judoca e a mensagem da campanha, vão circular pelas rotas mais movimentadas e turísticas de Lisboa e do Porto, para garantir uma elevada visibilidade e impacto junto de residentes e visitantes.

Com mais de um século de presença em Portugal, a Zurich Portugal, parte do Zurich Insurance Group, conta em Portugal com uma equipa de mais de 550 colaboradores e uma rede de distribuição que ultrapassa os 1.800 parceiros, entre agentes, corretores, bancos e entidades associadas, servindo atualmente cerca de 830 mil clientes.

 

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Operação Lex. Luís Filipe Vieira e ex-juiz Rui Rangel vão a julgamento em outubro

Já há data para o início do julgamento da Operação Lex. O Supremo Tribunal de Justiça apontou o arranque para outubro.

O julgamento da Operação Lex vai arrancar já em outubro. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo Supremo Tribunal de Justiça. As datas definitivas das sessões de julgamento serão reveladas após as férias judiciais, que começam esta terça-feira e terminam no final de agosto.

“O Supremo Tribunal de Justiça vai iniciar o Julgamento do “Processo Lex” em outubro. Tendo em vista a conjugação das agendas dos intervenientes processuais, por despacho do Conselheiro Relator, foram indicadas como datas possíveis para o início da audiência os dias 15, 22 ou 29 de outubro“, lê-se no comunicado.

A primeira sessão e as sessões finais do julgamento vão realizar-se na sala de audiências do Supremo Tribunal de Justiça, estando previsto que as restantes sessões tenham lugar na sala de audiências do Tribunal Militar de Lisboa, às terças e quartas-feiras de cada semana.

Em dezembro de 2022, a justiça decidiu que o ex-juiz Rui Rangel, o ex-presidente da Relação Luís Vaz das Neves, a ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM, Fátima Galopante, e Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, bem como os restantes arguidos, iam a julgamento.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

O que desencadeou todo este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Apagão foi desigual nas telecoms. Maioria dos clientes Digi sem cobertura durante 24 horas

Performance dos operadores foi mais assimétrica do que em Espanha. Mais de um em cada três utilizadores de redes móveis em Portugal estiveram sem serviço no final da tarde de 28 de abril.

Quando Portugal e Espanha ficaram às escuras, no final de abril, também as comunicações móveis ficaram comprometidas e puseram as operadoras de telecomunicações e as suas infraestruturas num verdadeiro teste de resistência e desafio de resiliência. Todas as empresas tiveram impactos negativos do apagão elétrico, mas a capacidade de mitigarem a interrupção variou significativamente entre concorrentes.

A diferença de performances das redes móveis foi tão “profunda” entre Digi, Meo, Nos e Vodafone que superou a assimetria registada em Espanha, onde foi o epicentro do colapso da energia na Península Ibérica, concluiu a Ookla, especializada em análises e serviços de medição de conectividade.

Por um lado, a Meo mostrou maior resiliência e, no fundo da tabela, surgiu a Digi, que é a telecom mais recente no mercado português, de acordo com a investigação da consultora internacional. Por exemplo, entre as 17h33 e as 19h33, os assinantes da Meo verificaram, em média, metade da probabilidade de perder o serviço comparativamente aos da Nos, quatro vezes menos do que os da Vodafone e seis vezes menos do que os da Digi.

Segundo a Ookla, quem tinha rede móvel da Digi foi “significativamente” mais propenso a ter uma perda total de serviço, porque até 90% dos assinantes não tiveram qualquer cobertura durante mais de 24 horas.

Os analistas consideram que a falha “expôs lacunas críticas” ao nível da redundância (sistema ou componentes em duplicado para continuidade do serviço em caso de falha) da infraestrutura, desde as antenas na periferia ao núcleo da rede, e sinaliza “limitações” e um “desenvolvimento menos amadurecido” da rede do grupo romeno em Portugal.

A percentagem de assinantes da Vodafone sem serviço por volta das 19h30, seis horas após o apagão, foi de 70%, portanto 20 pontos percentuais abaixo da Digi. Na Nos, a proporção de utilizadores sem serviço atingiu “um pico precoce” de quase 30%, um valor semelhante ao do operador mais afetado no país vizinho.

Certo é que o problema afetou os clientes das quatro empresas. No auge das perturbações da rede, no final da tarde de 28 de abril de 2025, mais de um em cada três utilizadores de redes móveis em Portugal ficaram sem serviço. À medida que as baterias e os geradores de reserva se iam esgotando, a maioria (60%) das pessoas nas zonas mais afetadas do país ficaram impossibilitadas de fazer chamadas, enviar mensagens ou utilizar dados móveis para internet.

E todos jogaram a mesma cartada para tentar solucionar o problema: desligar, faseadamente, a rede de quinta geração (5G), uma vez que gasta mais energia – aliás, os rádios MIMO (várias antenas) de 3,5 gigahertz (GHz) normalmente consomem duas a três vezes a potência de um 4G de baixa frequência – e dar prioridade às chamadas e mensagens.

“Embora todos os operadores móveis em Portugal tenham implementado medidas semelhantes de poupança de energia durante o apagão, o grau e a distribuição da autonomia energética da infraestrutura de rede de cada operador, incluindo a infraestrutura parcialmente partilhada entre a Nos e a Vodafone, acabaram por moldar a resiliência das suas redes”, reitera a Ookla.

 


A empresa norte-americana, que cruzou dados crowdsourced de “sem serviço” com imagens de satélite, defende que ter uma redundância energética “eficaz”, baterias e geradores de reserva e medidas de poupança de energia foram uma “ferramenta crucial” para limitar o efeito do apagão, além do ajuste estratégico das configurações da rede para preservar a disponibilidade dos sites (antenas ou estações de rede).

A percentagem de utilizadores de rede móvel, de qualquer operador em Portugal, sem serviço disparou de menos de 0,1% antes do apagão para mais de 10% em menos de duas horas a seguir.

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Skills Based Approach para potenciar o Talento

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  • 15 Julho 2025

O modelo tradicional de gestão de talento, centrado em funções estáticas, já não acompanha as necessidades das organizações. Beatriz Silva Marques, Senior Manager EY, People Consulting, explica porquê

As transformações que vivemos no mercado de trabalho são profundas e contínuas. Novas tecnologias, novas formas de trabalhar, expectativas crescentes dos colaboradores, alterações económicas e sociais constantes, entre outros aspetos, exigem às organizações uma capacidade de adaptação sem precedentes.

Beatriz Silva Marques, Senior Manager EY, People Consulting

Neste contexto, a forma como temos gerido o talento — assente em estruturas rígidas, cargos fixos e modelos hierárquicos — revela-se cada vez menos eficaz. As funções estáticas e as descrições de cargo tradicionais mostram-se limitadas, e as carreiras lineares dão lugar a percursos dinâmicos, multifuncionais e em constante reinvenção.

A amplitude e a agilidade de competências tornaram-se assim verdadeiros diferenciais competitivos. As organizações que mais rápido conseguem identificar, mobilizar e desenvolver competências-chave têm maior capacidade de resposta, inovação e retenção.

Assim, algumas das organizações têm procurado acompanhar as tendências e evoluir para modelos distintos como o Skills based Approach, onde em vez de o talento ser gerido com base em funções ou hierarquias, as organizações passam a operar – desde o recrutamento até à progressão de carreira, passando pela formação, avaliação de performance e remuneração – com base nas competências efetivamente necessárias para assegurar a execução da estratégia.

Este modelo, valoriza aquilo que cada pessoa sabe fazer e como pode aportar valor à organização – e não apenas o âmbito da sua função. Desta forma, o talento é mobilizado para projetos, desafios ou necessidades reais, permitindo alinhar melhor o talento e as necessidades estratégicas, com impacto direto na agilidade e competitividade organizacional.

Quais são principais vantagens de ter as competências no centro da estratégia?

  • Desagregar cargos em tarefas e competências. Ao invés de se pensar em funções, o foco passa para atividades e tarefas concretas que são necessárias assegurar, bem como nas competências envolvidas.
  • Flexibilidade e mobilidade interna, pois permite alargar as experiências de desenvolvimento e crescimento ao colocar os colaboradores em projetos ou tarefas com base nas suas competências e não apenas considerando o seu cargo formal, dando por vezes, origem a marketplaces internos de talento.
  • Upskilling e Reskilling direcionado dado que o desenvolvimento dos colaboradores é assegurado através de programas de formação e desenvolvimento mais eficazes, assentes em lacunas reais de competências que são mapeadas de acordo com as necessidades do negócio.
  • A performance torna-se precisamente avaliada com base em evidence-based outputs associados a competências críticas para cada tarefa ou projeto.

Apesar de parecer uma mudança complexa, o Skills Based Approach pode ser implementado de forma estruturada e progressiva, tendo em consideração 3 fases principais:

  1. Definir o valor estratégico das competências para as necessidades do negócio. Isto é, identificar as áreas-chave do negócio, desconstruir funções tradicionais, mapear tarefas críticas e as competências (hard & soft) associadas.
  2. Assegurar que o modelo definido irá contribuir para uma gestão de talento holística, através da criação de um inventário de competências e atualização constante com os processos de RH, bem como analisar gaps da força de trabalho.
  3. Gerir a implementação do modelo com foco na perceção de valor e na melhoria contínua, assente num plano de gestão da mudança claro que permita envolver a organização, medir o impacto da Skills Based Approach e ainda fomentar uma cultura de aprendizagem contínua.

Adotar uma abordagem baseada em competências não traduz apenas uma mudança de processo — é uma mudança de mindset que poderá desbloquear o potencial das pessoas e tornar as organizações mais ágeis e preparadas para o futuro.

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Matosinhos adjudica conceção-construção do metrobus

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

O valor do contrato, com o consórcio das empresas Painhas, Tecnifeira e M. Couto Alves é de 22,7 milhões de euros – 390 mil euros para a elaboração do projeto e 22,4 milhões para a empreitada.

A Câmara de Matosinhos adjudicou a conceção-construção do metrobus entre o Mercado e os Verdes (Maia), passando por Leça da Palmeira, Mar Shopping e o aeroporto, por 22,8 milhões de euros.

O contrato com o consórcio das empresas Painhas, Tecnifeira e M. Couto Alves foi assinado no dia 3 de julho e publicado no portal de contratação pública Base no dia 7, e estabelece que o prazo de execução é de “14 meses, incluindo o prazo de dois meses para a elaboração do projeto de execução”.

O valor do contrato é exatamente de 22.790.002,58 euros, correspondendo 390 mil euros à elaboração do projeto e os restantes 22,4 milhões de euros à empreitada, valores aos quais se somam o IVA. Em causa está o metrobus de Matosinhos, um projeto integrado no Fundo para a Transição Justa (FTJ) criado na sequência do encerramento da Refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira, em 2021.

O concurso público para a conceção e construção do metrobus de Matosinhos foi lançado em dezembro de 2024, e em março foram recebidas várias propostas que, de acordo com o portal Base, envolveram as empresas Alberto Couto Alves (ACA), Alexandre Barbosa e Borges (ABB) e Masterstylo.

Em março, fonte oficial da Câmara de Matosinhos confirmou que os serviços do município estavam em fase de análise de propostas, e estabeleceu o prazo para o fim da empreitada em dezembro de 2026. O metrobus de Matosinhos vai ligar o mercado municipal à estação dos Verdes, na Maia, num total de 10 quilómetros e 11 estações, adiantou a câmara municipal.

Numa informação remetida à Lusa em julho, a autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro, adiantou que o metrobus demorará 25 minutos a percorrer os 10 quilómetros. Nas horas de ponta, o metrobus, com capacidade para 160 lugares por veículo, sairá de 15 em 15 minutos, revelou.

Arrancando do mercado municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, o metrobus passará pelo Senhor de Matosinhos, Exponor, Rua Veloso Salgado, MarShopping, Jomar, OPO City, Avenida Mário Brito, aeroporto, Botica e terminará na estação dos Verdes, na Maia, igualmente no distrito do Porto.

Destas 11 estações, sete têm conexão com metro ou autocarro. O metrobus não só atenderá às necessidades de deslocação dentro de Matosinhos, mas facilitará a deslocação entre os dois municípios, promovendo uma maior interconexão e acessibilidade a toda a rede do Metro do Porto, sublinhou.

“Representa um passo significativo na direção de uma infraestrutura de transporte mais sustentável e eficiente”, considerou.

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Antiga fábrica de cerveja em Coimbra dá lugar a sede de empresa tecnológica

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

A Present Technologies espera que as obras possam estar concluídas no final de 2026, com uma reabilitação que pretende preservar a história do edifício “emblemático" ligado à cerveja.

A empresa tecnológica Present Technologies vai investir “vários milhões” para reabilitar o edifício que albergou a primeira fábrica de cervejas de Coimbra, na avenida Emídio Navarro, que passará a ser a sua nova sede.

A empresa tecnológica espera que as obras possam estar concluídas no final de 2026, com uma reabilitação que pretende preservar a história daquele edifício “emblemático e que sempre teve uma história ligada à cerveja”, disse à agência Lusa o cofundador da Present Technologies, Vítor Batista, referindo que o projeto reserva um espaço comercial e de restauração no rés-do-chão.

A empresa, que celebra 25 anos de existência, comprou o edifício há cerca de três anos, onde foi inicialmente instalada a primeira fábrica da Companhia de Cervejas de Coimbra, que mais tarde viria a mudar a sua produção para a zona da Pedrulha. O investimento, cujo valor concreto os responsáveis da empresa optaram por não divulgar neste momento, procura “dar resposta ao crescimento que a empresa tem tido nos últimos anos”, numa cidade onde “faltam espaços com esta finalidade”, disse Vítor Baptista.

“Gostávamos que fosse diferente, mas decidimos investir porque não tínhamos muitas alternativas”, afirmou. A operação de reabilitação urbana proposta para o edifício pela Present Technologias foi alvo de parecer favorável da Câmara de Coimbra na reunião do executivo de segunda-feira, para instrução de pedido de financiamento no âmbito de um instrumento que apoia este tipo de intervenções.

Segundo Paulo Martins, também cofundador da empresa, a Present Technologias está atualmente sediada no Instituto Pedro Nunes e precisava de mais espaço para crescer, considerando a zona da avenida Emídio Navarro, por onde passará futuramente o Sistema de Mobilidade do Mondego, “um local ideal”.

Para Vítor Batista, o facto de ficar com o SMM à porta e a facilidade de acesso assegura “melhores condições” de atratividade por parte da empresa, que tem tido um “ciclo de dez anos de grande crescimento”, com uma aposta na internacionalização.

“Nos últimos cinco a seis anos, tivemos um crescimento de 25% a 30% ao ano”, notou, referindo que o imóvel que irão reabilitar conta com um edifício na parte de trás que não será para já intervencionado, mas que o poderá vir a ser no futuro, caso a empresa, com cerca de 100 trabalhadores, continue a crescer.

“Queremos manter este ritmo de crescimento”, vincou, referindo que cerca de 70% a 75% da faturação é relacionada com mercado externo de uma empresa dedicada ao desenvolvimento de software, trabalhando para áreas tão distintas como o espaço, o setor financeiro, o setor automóvel ou a segurança. A empresa tem a maioria dos seus funcionários em Coimbra, mas também tem escritórios no Porto e na Sertã.

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Vitaminas confia estratégia de marketing de influência e assessoria à Keep it Real

  • + M
  • 15 Julho 2025

A cargo da Keep it Real fica a identificação dos perfis digitais mais adequados para comunicar a iniciativa do Vitaminas “Boas Escolhas”, bem como a relação com a imprensa para amplificar o projeto.

A Keep it Real é agora a responsável pela estratégia de marketing de influência e assessoria de imprensa do Vitaminas, marca de restauração saudável do grupo Plateform, que permite a personalização de refeições pelo cliente.

Esta parceria surge na sequência da expansão da oferta do Vitaminas e da comunicação do projeto “Boas Escolhas”, assinado pela nutricionista Mariana Abecasis e que incentiva à prática de uma alimentação equilibrada e à adoção de um estilo de vida mais consciente. No âmbito desta colaboração com a nutricionista, o Vitaminas tem lançado novos produtos, saladas exclusivas, conteúdos informativos, assim como desafios mensais e vantagens na app Vitaminas.

A cargo da Keep it Real fica assim a identificação dos perfis digitais mais adequados — e com relação natural com a marca — para comunicar a iniciativa “Boas Escolhas”, bem como a relação com a imprensa para amplificar o projeto.

“O Vitaminas faz parte do imaginário de todos nós. Foi o primeiro conceito de restauração saudável com possibilidade de personalização em Portugal e tornou-se, desde cedo, top of mind dos consumidores. Uma verdadeira love brand no que toca a opções de alimentação prática, conveniente, rápida e saudável. É por isso que estamos entusiasmados por poder contar as histórias da marca tanto com influenciadores como jornalistas”, diz João Pedro Ferreira, CEO da Keep it Real, citado em comunicado.

Já Tiago Veiga, marketing and communication director do grupo Plateform refere que o Vitaminas está “sempre à procura de novas abordagens para fazer chegar ao maior número de pessoas” as suas propostas com valor nutricional, que vão ao encontro das necessidades dos clientes, “atualmente cada vez mais conscientes e preocupados com um estilo de vida mais saudável”.

Desta mesma vontade nasceu a parceria com a Keep it Real, que rapidamente nos entendeu e se alinhou numa estratégia comum, em que fazemos chegar Boas Escolhas a uma audiência maior, que está hoje sobretudo orientada para o conteúdo e para receber informação relevante em ambiente digital“, acrescenta.

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Autárquicas. PSD apoia Isaltino em Oeiras e ex-comunista Maria das Dores Meira em Setúbal

O PSD anunciou que vai apoiar Maria das Dores Meira, que se candidata à autarquia de Setúbal, e de Isaltino Morais em Oeiras.

A Comissão Política Nacional do PSD anunciou, esta terça-feira, que vai apoiar “as candidaturas independentes” de Maria das Dores Meira e Isaltino Morais, que se posicionam de novo para as câmaras de Setúbal e Oeiras, respetivamente, nas autárquicas marcadas para 12 de outubro.

Na lista de candidatos a presidentes de câmara em 17 distritos e duas regiões autónomas, os nomes mais sonantes são os dos dois independentes. Mas se Isaltino Morais já foi durante mais de duas décadas autarca social-democrata, Maria das Dores Meira é uma ex-autarca do PCP em Setúbal e candidata pelos comunistas em Almada.

Presidente da câmara de Setúbal durante 12 anos, até que em 2021 atingiu o limite de mandatos, concorreu a Almada, onde, apesar da derrota (39,9% para o PS de Inês de Medeiros e 29,7% para o PCP), foi eleita vereadora. Dores Meira viria, contudo, a renunciar ao mandato em abril de 2024, altura em que se desfiliou do seu partido, pelo qual esteve na câmara de Setúbal durante 19 anos anos, 15 dos quais como presidente eleita com três maiorias absolutas (em 2006 assumiu o cargo após a demissão de Carlos de Sousa).

Já este ano, a jurista anunciou a candidatura à capital do Sado num movimento independente sugestivo nome “Dores Meira – Setúbal de Volta”.

A 7 de julho, a secção de Setúbal do PSD já tinha deixado nota de que a decisão estaria tomada, publicando na sua conta no Facebook uma declaração em que afirmava que “o processo de decisão sobre a candidatura ou o apoio a candidaturas autárquicas no concelho de Setúbal foi, há muito, avocado pela direção nacional do PSD, em concertação com o Presidente da Comissão Política Distrital.

De igual forma, fomos informados de que a decisão está tomada quanto ao apoio à candidatura de Maria das Dores Meira. Os militantes de Setúbal do PSD já se pronunciaram, de forma atempada e unânime, quanto a este apoio, “que rejeitam”.

Quanto a Isaltino Morais, o apoio prestado pelo PSD surge num momento com simbolismo. Ao mesmo tempo que se manifestam ao lado do seu ex-autarca na corrida ao município onde Isaltino ganhou todas as eleições a que se apresentou nos últimos 40 anos, os social-democratas apoiam para Presidente da República o político que, enquanto presidente “laranja”, empurrou o atual autarca oeirense para fora do partido.

A animosidade entre Isaltino e Marques Mendes é pública e ficou bem patente quando o autarca e apoiante de Gouveia e Melo acusou o antigo líder do seu ex-partido de ser “um político com toda a manhosidade”.

A ligação social-democrata à candidatura de Isaltino Morais segue-se à apresentação de um candidato próprio em 2021, Alexandre Poço, que protagonizou uma campanha incomum em 2021, sob o lema de “a dar tudo por Oeiras”, e que é atualmente vice-presidente da bancada parlamentar do PSD na Assembleia da República.

Para a atual corrida eleitoral, Isaltino iniciou a 21 de junho a recolha de assinaturas, sob o movimento “Isaltino Inovar Oeiras 2025”

Além de se pôr ao lado do presidente da Câmara de Oeiras, o PSD anuncia outros nomes de atuais autarcas, designadamente Fernando Ruas, em Viseu, Mário Constantino, em Barcelos, ou José Carlos Rolo, em Albufeira. Outros edis recandidatos são José Rocha, a terminar o seu primeiro mandato em Castelo de Paiva, ou Jorge Almeida, em Águeda, por exemplo. O partido junta-se ainda a independentes, como Vítor Carvalho, em Arouca, numa candidatura anunciada pelo próprio a 5 de julho.

Os social-democratas ultimam assim a lista de candidatos, que incluem ainda, na nova vaga anunciada nesta terça-feira, Carlos Moedas (Lisboa), Luís Filipe Menezes (Vila Nova de Gaia), Fernando Ruas (Viseu), Hélder Sousa e Silva (Almada), Suzana Garcia (Amadora) e Cristóvão Norte (Faro), entre outros, segundo comunicado enviado às redações.

A câmara algarvia está entre aquelas onde o PSD governa atualmente (no caso, com Rogério Bacalhau), mas tem o atual presidente em limite de mandatos.

Tal como no caso de Dores Meira, em Setúbal, as escolhas do PSD nacional colidiram com estruturas locais também em Espinho, terra natal de Luís Montenegro.

Ali, José Ratola, adjunto do primeiro-ministro e ex-vereador e ex-vice-presidente de Ribau Esteves em Aveiro, é o nome anunciado nesta terça-feira, mas, como a Lusa dava nota no início deste mês, o PSD local pretendia contar com o ex-deputado da Assembleia da República Ricardo Sousa, o que ficou expresso em novembro, numa votação por unanimidade, na secção local, à qual Sousa preside.

Segundo a Lusa, o afastamento de Sousa da corrida em Espinho ficou a dever-se a baixas expectativas na sua eleição vincadas em sondagens.

Nota: atualizada às 17h00 com a lista de candidatos

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Politécnico da Guarda reforça para 4,9 milhões de euros apoio do PRR para residência estudantil

Politécnico da Guarda vê duplicado financiamento do PRR (de 2,5 milhões de euros para mais de 4,9 milhões) para a construção de residência de estudantes com capacidade para 153 camas.

Instituto Politécnico da Guarda

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) anunciou, esta terça-feira, que vai receber mais de 4,9 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma nova residência de estudantes, mais do dobro do que estava inicialmente previsto. Este reforço surge depois de a instituição ter alertado para “a injustiça que estava a ser feita” e “a tremenda desigualdade face a outras instituições”.

Agora, com a notícia do reforço do financiamento, Joaquim Brigas considerou que foi “feita justiça ao IPG e à necessidade que esta instituição tem de disponibilizar mais camas [152] a um número crescente de alunos”. Na prática, detalhou, “os 2.512.140 euros atribuídos em 2024 tornaram-se agora 4.905.096,62 euros, quase duplicando o montante inicialmente concedido”.

A boa notícia chegou através da Agência Nacional Erasmus+ que “informou oficialmente o Instituto Politécnico da Guarda que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação enviou para publicação no Diário da República o reforço do financiamento do PRR para a sua nova residência estudantil”, refere a instituição num comunicado.

Foi feita justiça ao IPG e à necessidade que esta instituição tem de disponibilizar mais camas a um número crescente de alunos em muitos cursos.

Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Joaquim Brigas

Inicialmente, o politécnico foi “excluído do financiamento a novas residências de estudantes publicado no despacho n.º 10955/2024, de 17 de setembro”. Nessa altura, o IPG contestou a decisão “devido à metodologia utilizada na distribuição do financiamento, tendo conseguido semanas depois, em outubro do ano passado que a residência prevista para o seu campus na Guarda passasse a constar da homologação do ministro Fernando Alexandre”.

A 9 de outubro de 2024 chegou a boa notícia: “A residência de 152 camas era, afinal, elegível para o PRR e que poderia ser financiada até 85% com verbas europeias; o montante de financiamento atribuído foi 2,5 milhões de euros”.

Ainda assim, o “IPG não se resignou com o montante atribuído” e reclamou junto da agência e da tutela. Agora, o IPG foi informado de que “a sua residência vai ser financiada com os valores máximos previstos por lei” e regozija-se com esta medida.

“Esta decisão honra a Agência Erasmus+ e o ministro Fernando Alexandre, os quais, chamados a atenção para a injustiça que estava a ser feita ao Politécnico da Guarda, tiveram a grandeza de corrigir o erro: são atitudes de louvar e de reconhecer”, assinalou Joaquim Brigas, citado na mesma nota. Deixou, contudo, uma chamada de atenção: “Importa agora que o processo continue a avançar rapidamente no terreno”.

Entretanto, a instituição de ensino já viu aprovada uma outra residência estudantil para Seia com 101 novas camas que será construída numa antiga fábrica. Segundo Joaquim Brigas, “a futura residência vai ser fundamental para captar mais estudantes para Seia num futuro próximo”.

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Deputada Cristina Rodrigues absolvida no caso do “apagão informático” do PAN

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

A deputada do Chega Cristina Rodrigues foi absolvida no processo em que foi acusada de um "apagão informático" de 'emails' do PAN quando era deputada deste partido.

A deputada do Chega Cristina Rodrigues foi absolvida esta terça-feira no processo em que foi acusada de um “apagão informático” de e-mails do PAN quando era deputada deste partido.

O tribunal entendeu que não ficaram provados os dois crimes de dano e acesso ilegítimo de que Cristina Rodrigues estava acusada pelo Ministério Público.

Para além de Cristina Rodrigues, este julgamento contou com outra arguida, Sara Fernandes, ex-funcionária do PAN, acusada pelo Ministério Público do crime de dano relativo a programas ou outros dados informáticos, em coautoria com a atual deputada do Chega. Sara Fernandes foi também absolvida.

O tribunal “entende que a prova produzida não foi suficiente para mostrar que tenham atuado do modo descrito na acusação”, referiu a juíza responsável pelo processo.

Em causa neste processo está um “apagão informático” nos e-mails de dirigentes do PAN em 2020, quando Cristina Rodrigues era ainda deputada do partido. O MP considerou que “as arguidas agiram de forma deliberada, livre e consciente, de acordo com um plano previamente traçado, com o objetivo de vedar o acesso do PAN e seus militantes ao conteúdo das mensagens de correio eletrónico” do partido, lê-se na acusação.

“As arguidas removeram da referida caixa de mensagens milhares de mensagens de correio eletrónico ali constantes, o que sabiam não ter autorização para fazer. Visavam as arguidas – e conseguiram – impedir o partido PAN de prosseguir a sua atividade política”, lê-se no despacho.

Nas alegações finais, o Ministério Público não pediu uma pena concreta, tendo considerado que “não é credível que alguém se faça desfiliar às 10h00 da manhã de um dia e esteja a fazer alterações a um ficheiro às 16h00 do dia anterior”.

O MP argumentou que bastava utilizar “algum senso comum” para “concluir, sem grandes saltos de raciocínio, que houve uma mudança massiva de diretórios e a seguir uma operação de delete”.

Na primeira sessão deste julgamento, Cristina Rodrigues negou os factos que constam na acusação do MP: “Para já, apenas digo que rejeito os factos que me são imputados”.

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