João Massano toma posse como bastonário da Ordem dos Advogados

  • Lusa
  • 8 Maio 2025

Tomam também posse António Jaime Martins como presidente do Conselho Superior e Pedro Madeira de Brito como presidente do Conselho Fiscal. Ministra da Justiça presenta na cerimónia.

João Massano toma posse esta quinta-feira como novo bastonário da Ordem dos Advogados (OA), cargo em que sucede a Fernanda de Almeida Pinheiro, depois de uma segunda volta em que conquistou 54,58% dos votos.

A cerimónia tem início pelas 17h00 no Salão Nobre da sede da Ordem dos Advogados, em Lisboa, e contará com a presença da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e da secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo.

Para além de João Massano, que toma posse como bastonário e presidente do Conselho Geral da OA, tomam também posse António Jaime Martins como presidente do Conselho Superior e Pedro Madeira de Brito como presidente do Conselho Fiscal.

Os novos órgãos sociais da OA tomam posse para o triénio 2025-2027.

A 31 de março, na segunda volta das eleições, a Lista R, de João Massano, alcançou 54,58% dos votos (9.541 votos), enquanto a Lista U, de Fernanda da Almeida Pinheiro, ficou pelos 45,42% (7.941).

As eleições para bastonário da OA foram antecipadas pela atual incumbente, Fernanda de Almeida Pinheiro, depois da entrada em vigor dos novos Estatutos, que criaram novos órgãos na estrutura e a necessidade de nomear os seus representantes.

Esta situação levou a uma contestação interna que Fernanda de Almeida Pinheiro considerou ser divisiva para a classe, o que as eleições, defendeu, permitem sanar.

João Massano apresentou no seu programa de candidatura a ideia de que é necessário voltar a unir a classe, com o responsável regional da OA a apontar responsabilidades à atual bastonária no sentimento de desunião que critica.

Nomeadamente, aquando da apresentação da sua candidatura, criticou a criação de divisões entre quem aderiu ou não ao protesto das defesas oficiosas ou entre os que trabalham em grandes escritórios de advocacia e os que são profissionais liberais em nome próprio.

Em entrevista à Lusa, já depois da sua eleição, o novo bastonário disse ter entre as suas prioridades instituir previsibilidade no pagamento aos advogados oficiosos, propondo a definição de um calendário mensal, e uma nova revisão dos Estatutos da Ordem, nomeadamente no que diz respeito ao pagamento dos estágios.

Na altura deixou ainda críticas à direção cessante da OA por ter comunicado publicamente a abertura de um processo de averiguações por eventual procuradoria ilícita à empresa do primeiro-ministro Luís Montenegro, a Spinumviva, sem qualquer confirmação de suspeitas, acusando a bastonária cessante de aproveitamento eleitoral.

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Hoje nas notícias: Imigrantes, garantia pública e SNS

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Milhares de imigrantes terão recebido em Portugal autorização de residência ou beneficiado de uma facilitação no seu processo graças a uma rede dedicada a prestar serviços de acesso fraudulento a documentação que abria portas no SEF e na AIMA. Aos mil milhões de euros iniciais, o Governo juntou 200 milhões extras em garantias para ajudar os jovens a comprarem casa, sendo que 58 milhões deste valor já foi atribuído ao Montepio. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Fraude abriu portas no SEF e na AIMA a pelo menos dez mil imigrantes

Uma rede dedicada a prestar serviços de acesso fraudulento a documentação ajudou mais de dez mil imigrantes a receberem em Portugal a autorização de residência ou a beneficiarem de uma facilitação no seu processo, primeiro, no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), e, depois da sua extinção, na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). A rede foi descoberta através de uma investigação conduzida pela Diretoria da Polícia Judiciária do Centro, que na quarta-feira deteve 13 pessoas pela suspeita da prática de vários crimes – auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos, corrupção e branqueamento de capitais. Entre os detidos estão uma advogada e uma técnica superior do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Banca já está a usar dinheiro extra da garantia pública

Os bancos já estão a utilizar o dinheiro extra da garantia pública criada para ajudar os jovens na aquisição da primeira casa. Aos mil milhões de euros atribuídos inicialmente, o Governo juntou outros 200 milhões que ficaram de reserva, mas por pouco tempo. Um montante de 55 milhões de euros foi agora adjudicado ao Banco Montepio, enquanto três milhões foram entregues à UCI. Ou seja, 29% do montante adicional sai do extra, ficando a sobrar 142 milhões para eventuais novos pedidos que possam surgir.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Despesas do SNS disparam com salários e medicamentos

A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) continua a crescer, tendo aumentado 11,4% no primeiro trimestre do ano, o que corresponde a mais 394 milhões de euros face ao período homólogo. Os custos com pessoal, inflacionados pelas valorizações remuneratórias e pelos incentivos pagos aos profissionais de saúde, e os gastos com medicamentos são os principais responsáveis pelo acréscimo da despesa. O saldo do SNS situou-se em 199,6 milhões de euros negativos, uma deterioração de 212 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Sondagem: PS com pior resultado da semana e com mais indecisos do que a AD

Depois da queda registada na terça-feira, a Aliança Democrática recupera uma décima, para os 34,9%, beneficiando, por outro lado, do recuo de meio ponto nas intenções de voto do PS, que regista o pior resultado da semana: 26,1%. Na sondagem diária da Pitagórica, o Chega também desce ligeiramente para os 16,7%, enquanto a Iniciativa Liberal mantém os 6,8%. À esquerda, o Livre sobe para os 3,9%, mas a CDU desce para os 3,2% e o BE para os 2,1%. Também a descer, o PAN tem 0,5% de intenções de voto.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

MNE poupa 32.906 euros em IMT na compra de apartamento de luxo

O ministro dos Negócios Estrangeiros poupou 32.906 euros no Imposto Municipal sobre Transações Onerosas (IMT) na compra a pronto de um apartamento T1 no empreendimento Beato Quarter, na zona oriental de Lisboa, por 580 mil euros. Paulo Rangel declarou a aquisição do imóvel numa declaração de alteração enviada à Entidade para a Transparência (EpT). A isenção no pagamento do imposto resulta, segundo explicou o governante, da aplicação de uma norma do Código do IMT segundo a qual está isenta do IMT a compra de imóveis classificados como património de interesse público, como é o caso do novo Conjunto Urbano do Convento do Beato, no qual está integrado o T1 adquirido por Rangel.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Abreu Advogados tem cinco novos sócios contratados e uma consultora

Firma anuncia entrada de Miguel Rodrigues Leal e Catarina Mascarenhas e promove 4 sócios contratados: André Modesto Pinheiro, Isabel Pinheiro Torres, Guilherme Mata da Silva e Paulo Amaral Basílio.

A Abreu Advogados reforça a sua equipa, com a integração de Miguel Rodrigues Leal, como sócio contratado na área do Direito Financeiro, e de Catarina Mascarenhas, como consultora da Área de Prática de Propriedade Intelectual e Tecnologias de Informação. A sociedade anuncia ainda a promoção de quatro novos sócios contratados: André Modesto Pinheiro, Isabel Pinheiro Torres, Guilherme Mata da Silva e Paulo Amaral Basílio. Áreas do Financeiro, Tecnologia e TMT, Público e Ambiente, Contencioso e Arbitragem são as apostas.

“A entrada do Miguel Rodrigues Leal e da Catarina Mascarenhas contribuem para o enriquecimento da equipa Abreu e de duas áreas fundamentais para o desenvolvimento do nosso negócio. São áreas de reconhecida importância no mercado e não tenho dúvidas de que estas duas entradas vêm abrir novas oportunidades, perspetivas de futuro e acompanhamento personalizado dos nossos clientes e das tendências do mercado. Consideramos que o Miguel e a Catarina partilham dos mesmos valores e cultura da sociedade e que vêm complementar o trabalho já desenvolvido pelas nossas equipas”, frisa Inês Sequeira Mendes, managing partner da Abreu Advogados.

Catarina Mascarenhas, nova consultora da Área de Prática de Propriedade Intelectual e Tecnologias de Informação

Sobre as progressões dentro da Abreu, Inês Sequeira Mendes, sublinha: “a valorização do talento jovem e a promoção com base no mérito e desempenho sempre fizeram parte da estratégia da Abreu Advogados. A promoção do André, da Isabel, do Guilherme e do Paulo assentam nessa estratégia de crescimento interno. São profissionais altamente qualificados, com conhecimento abrangente e multidisciplinar nas suas áreas de prática, mostrando rigor, dedicação e excelência em todas as etapas do processo jurídico, especialmente no contacto próximo com os clientes”.

Para Miguel Rodrigues Leal, novo sócio contratado da Abreu Advogados, “a integração na Abreu Advogados é reflexo de um perfeito alinhamento de objetivos e valores: a procura inegociável da qualidade de serviço e o estabelecimento de relações próximas com Clientes e com os agentes do mercado em geral. Junto-me a uma robustíssima equipa de Financeiro, dotada de profissionais de excelência e com invulgares qualidades humanas, a que procurarei dar o meu contributo para a contínua afirmação do escritório como uma referência em Portugal nesta área de prática.”

Miguel Rodrigues Leal, novo sócio contratado da Abreu Advogados

“Estou muito entusiasmada por me juntar a uma Sociedade que se tem afirmado pela sua disrupção a vários níveis, a começar na prestação de serviços jurídicos na área de propriedade intelectual e tecnologias, uma área que acompanho deste o início da minha carreira. É algo que tipicamente só encontramos em sítios que perceberam cedo que a inovação constante é a condição de sustentabilidade e prosperidade dos grandes escritórios e de prestação de serviço de qualidade aos clientes, mantendo aquilo que mais nos caracteriza como advogados, a proximidade e confiança. A Abreu junta o que sempre me moveu na profissão: talento, inovação e garra. E é isso que eu também espero trazer a esta casa”, refere Catarina Mascarenhas, nova consultora da Abreu Advogados.

“Tenho de agradecer o reconhecimento e a confiança que a Abreu depositou em mim. Estou ciente que esta nova etapa é um desafio muito interessante e estou motivada para continuar a traçar o caminho que tenho feito até hoje, norteada pelos valores da Abreu, contribuindo para o desenvolvimento integral da sociedade”, menciona Isabel Pinheiro Torres, nova sócia contratada da Abreu Advogados.

“É um orgulho muito grande ter o reconhecimento e a confiança da sociedade no meu trabalho, especialmente porque comecei como estagiário na Abreu Advogados e pude acompanhar e fazer parte do seu crescimento desde 2008, mantendo desde o início uma total sintonia com os seus valores, propósito e cultura da sociedade”, refere Paulo Amaral Basílio, novo sócio contratado da Abreu Advogados.

“Esta promoção representa a continuidade de uma relação longa e um caminho feito em conjunto com a Abreu, que teve início em 2003, quando comecei o meu estágio. Tem sido um privilégio ter a oportunidade de crescer profissionalmente numa sociedade tão importante no mercado nacional e será igualmente um privilégio contribuir com a Abreu nos muitos desafios a enfrentar no futuro”, explica Guilherme Mata da Silva, novo sócio contratado da Abreu Advogados

Guilherme Mata da Silva integra a Abreu Advogados desde 2022

“É um grande orgulho, cinco anos após ter decido juntar-me a este projeto, ser nomeado sócio contratado. É gratificante ver o quanto a Abreu Advogados tem crescido nos últimos anos e é entusiasmante ver as potencialidades que temos à nossa frente. Este voto de confiança e uma motivação extra para continuarmos a dar o nosso melhor, de forma a conseguirmos prestar um serviço de excelência junto dos nossos Clientes”, afirma André Modesto Pinheiro, novo sócio contratado da Abreu Advogados.

Quem são os novos sócios contratados e consultora?

André Modesto Pinheiro integra a Abreu Advogados desde 2019 e desenvolve predominantemente a sua atividade nas áreas de Direito Financeiro e de Venture Capital, com especial enfoque em operações de financiamento de aquisição (acquisition finance), financiamento imobiliário, investimento em start-ups e preparação de rondas de investimento, private equity e venture capital.

Guilherme Mata da Silva integra a Abreu Advogados desde 2022, trabalhando essencialmente nas áreas de Direito Público e Ambiente, com especial enfoque nas áreas de ambiente, energia e transportes. Intervém em assuntos relacionados com licenciamento de atividades, avaliação de impacto ambiental, sistemas públicos de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais, resíduos, cumprimento de legislação ambiental, due diligence em contexto de operações de aquisição de empresas, e outras áreas do Direito Público.

Isabel Pinheiro Torres integra a Abreu Advogados desde 2010, exercendo a sua atividade essencialmente nas áreas de direito financeiro e societário. Tem particular intervenção em operações de financiamento e em matéria regulatória, incluindo em processos de autorização de entidades reguladas junto das entidades de supervisão, bem como em assessoria em matérias relacionadas com serviços e produtos bancários, serviços de intermediação financeira, instrumentos derivados, serviços de pagamento e atividade seguradora.

Isabel Pinheiro Torres integra a Abreu Advogados desde 2010

Paulo Amaral Basílio integra a Abreu Advogados desde 2008, tendo iniciado a sua atividade na área de contencioso e arbitragem, onde geriu diversas equipas e assegurou o patrocínio de várias empresas, quer nacionais quer internacionais, tendo aprofundado os seus conhecimentos nas áreas de processo civil, processo executivo, imobiliário, insolvência e restruturação de empresas. Tem atuado em arbitragens e processos judiciais nos mais variados setores de atividade, incluindo banca, seguros, infraestruturas, media e publicidade, energia, consumo e telecomunicações.

Paulo Amaral Basílio integra a Abreu Advogados desde 2008

Miguel Rodrigues Leal trabalha essencialmente nas áreas de Direito Bancário e Financeiro. Tem experiência na assessoria a investidores, devedores e entidades financiadoras num amplo leque de atividades, nomeadamente em operações de financiamento imobiliário, corporate finance, project finance e infraestruturas, private debt, reestruturações, aquisições de créditos non-performing e emissões de dívida.

Intervém em operações de fusões e aquisições e na negociação de parcerias em setores regulados, acompanhando frequentemente instituições em temas regulatórios, especialmente nas áreas dos serviços financeiros, pagamentos, serviços de investimento, fundos e regulação do mercado de valores mobiliários.

Transita da Uría Menéndez, onde trabalhou nos escritórios de Lisboa e de Londres e foi um dos responsáveis pela área de Direito Bancário e Financeiro em Lisboa.

André Modesto Pinheiro integra a Abreu Advogados desde 2019

Catarina Mascarenhas é especialista em direito digital, tecnologia e propriedade intelectual, tendo desenvolvido a sua atividade em diversos setores e participado em múltiplos projetos em clientes-chave no domínio das comunicações eletrónicas, tecnologias, banca, energia, saúde, media e entretenimento e infraestruturas.

Tem particular intervenção em assuntos relacionados com tecnologia, consumo, mercados digitais, media & entretenimento, cibersegurança, privacidade, dados pessoais e publicidade, em Portugal e mercados internacionais, articulando a sua atuação com equipas multidisciplinares, seja no contexto de transações ou no acompanhamento recorrente ao cliente, que vão desde a assessoria jurídica recorrente, apoio em projetos ou realização de auditorias jurídicas.

Conta com experiência em assessoria em IP transacional, bem assim no apoio à elaboração e execução de programas de compliance relacionados com o DORA, NIS2, IA e DAS, em coordenação com as equipas internas de empresas em diversos setores e em articulação com as estratégias e procedimentos internos, de acordo com os requisitos legais e regulatórios aplicáveis e com as melhores práticas de governança. É também membro da Direção da Caixa de Previdência dos Advogados, Solicitadores e Agentes de Execução.

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Segundo dia de greve na CP volta a ter 100% de adesão

  • Lusa
  • 8 Maio 2025

"Tal como no primeiro dia de greve a adesão é de 100%. Não houve desenvolvimentos. Não houve cedências nem da parte do Governo, nem da parte da CP, portanto a greve mantém-se", diz sindicato.

A adesão ao segundo dia de greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal era às 07:30 de 100%, com toda a circulação parada, disse à Lusa fonte sindical.

Tal como no primeiro dia de greve a adesão é de 100%. Não houve desenvolvimentos. Não houve cedências nem da parte do Governo, nem da parte da CP, portanto a greve mantém-se“, disse à agência Lusa Júlio Marques, da Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), que integra os 14 sindicatos que convocaram a greve.

A agência Lusa aguarda um balanço por parte da CP — Comboios de Portugal.

Esta paralisação foi convocada contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra”, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, segundo os sindicatos (14).

Na quarta-feira, a CP lamentou o impacto que a greve está a ter na vida dos passageiros e disse ter contestado, junto do Tribunal da Relação de Lisboa, a ausência de serviços mínimos.

“A CP — Comboios de Portugal lamenta os graves transtornos e impactos que as greves em curso estão a trazer ao dia a dia de todos os seus clientes”, afirmou, em comunicado, acrescentando estar consciente dos danos causados.

A circulação de comboios está hoje a sofrer perturbações, que se devem continuar a sentir até 14 de maio, devido a greves de trabalhadores da CP, convocadas por vários sindicatos.

O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social não decretou serviços mínimos para esta greve, uma decisão que a empresa adiantou na quarta-feira ter contestado junto do Tribunal da Relação de Lisboa, tendo em conta que a paralisação afeta o acesso ao trabalho, saúde e educação.

A greve de quarta-feira e quinta-feira foi convocada pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), a Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), o Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), o Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), o Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários das Infraestruturas e Afins (SINFA), o Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes e Indústria (SINTTI), o Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), o Sindical Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), o Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF) e o Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).

A esta paralisação junta-se a que foi convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e a convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

Serão assegurados os serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações, os serviços de emergência, os comboios de socorro e todas as composições que tenham iniciado a sua marcha deverão ser conduzidas ao seu destino.

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IGNITE Copilot lança uma ronda de financiamento de 500.000 euros para acelerar o seu plano de crescimento e expansão na América Latina

  • Servimedia
  • 8 Maio 2025

A startup Ignite propõe uma estratégia de crescimento a dois anos que tem também como objetivo consolidar a sua posição no mercado espanhol, onde opera há uma década.

IGNITE Copilot, a ‘EdTech’ criadora de IA para professores e centros educativos em Espanha, adaptada à regulamentação em vigor, a Lomloe e alinhada com os padrões internacionais de educação, lançou esta primavera uma ronda de financiamento de meio milhão de euros com o objetivo de acelerar o seu crescimento e expansão para os mercados internacionais.

A startup sediada em Sant Cugat del Vallès, coloca o foco da sua estratégia de expansão na América Latina: Colômbia, México, Chile e Peru são os seus mercados prioritários nesta fase. Com esta operação, o IGNITE Copilot pretende também consolidar a sua posição no nosso país onde, desde 2024, mais de 14.000 professores em Espanha e países da América Latina experimentaram o seu potencial, destacando especialmente a redução de horas gastas em tarefas administrativas e a oportunidade de orientar o ensino para uma aprendizagem verdadeiramente competente.

O IGNITE Copilot propõe uma estratégia com um horizonte de 2026 com uma primeira fase que, este ano, visa alcançar acordos com parceiros estratégicos em Espanha e a sua abertura no mercado latino-americano. Olhando para 2026, o objetivo é consolidar a sua posição no mercado espanhol, por um lado, e alcançar acordos estratégicos com parceiros na LATAM, além de adicionar novos mercados neste continente, para além dos quatro inicialmente previstos para este ano.

Para o fundador e CEO do IGNITE Copilot, Ignacio Aso, “até agora, a operação tem sido gerida com contribuições de capital dos sócios fundadores; mas para alcançar os desafios que nos propusemos e para o fazer de forma sólida, precisamos de reforçar o nosso músculo financeiro. Isto também nos permitirá uma implementação muito mais rápida, especialmente no que respeita à nossa entrada na América Latina. Estamos à procura de parceiros românticos em tecnologia e educação, para melhorarmos juntos a eficiência e a produtividade do ensino”.

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Lucros da EDP Renováveis caem 24% para 52 milhões no primeiro trimestre

A empresa divulgou que o primeiro trimestre foi pautado por uma queda de 24%.

A EDP Renováveis registou um lucro de 52 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, 24% abaixo do resultado líquido obtido no primeiro trimestre do ano passado, de 68 milhões de euros.

As contas foram apresentadas num documento publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira, antes da abertura da sessão na bolsa nacional.

O EBITDA da EDP Renováveis subiu 5% para os 476 milhões de euros no mesmo período. Esta rubrica foi impulsionada por um crescimento de 5% nas vendas de eletricidade, assente num aumento de 10% na produção, apesar de um preço médio de venda inferior em 5%.

O preço médio de venda de eletricidade foi de 57,1 euros por megawatt-hora, afetado negativamente pela quebra na Europa (6%) e na América do Sul (10%), mas compensado por um salto de 12% no preço de venda na América do Norte.

O EBITDA inclui também um aumento de 41 milhões de euros nas receitas obtidas com parcerias institucionais nos Estados Unidos, onde a produção subiu 20% em termos homólogos, aliada a um aumento de 1,5 gigawatts de capacidade neste território. Em paralelo, a elétrica sublinha os ganhos com uma maior eficiência operacional e outros custos operacionais líquidos mais baixos face ao período homólogo.

Num resumo das operações mais relevantes, Nos últimos 12 meses, as adições brutas de capacidade totalizaram 3,4 GW, com a Europa e a América do Norte a contribuírem com 83% do crescimento, sendo que a tecnologia solar é responsável por 72% do mesmo.

A EDPR também vendeu, através de acordos de rotação de ativos, 0,2 GW em Itália (em junho) e 0,2 GW na Polónia (em setembro) de capacidade eólica e solar. Por agora, a cotada tem pendentes duas transações de rotação de ativos já assinadas, em Espanha e nos EUA, cuja conclusão é esperada antes do verão.

A produção da EDPR aumentou 10% em termos homólogos para 10,9 TWh, com a Europa e a América do Norte a representarem mais de 80% da produção total. A energia eólica continua a ser a maior fonte de energia na empresa, contribuindo com 82% da produção.

O investimento bruto, tal como a EDP Renováveis veiculou que iria fazer, reduziu. Totalizou os 600 milhões de euros, 17% menos que o registado no período homólogo, com mais de 80% da quantia a dirigir-se ao conjunto da América do Norte e Europa, os seus “principais mercados de baixo risco”.

A dívida líquida aumentou 600 milhões de euros ou de 645% para os 8,9 mil milhões de euros. A empresa justifica com os “investimentos em caixa feitos no período”.

A empresa começa desta forma o ano de 2025, depois de ter registado um prejuízo de 556 milhões no conjunto de 2024, que compara com o lucro de 309 milhões de euros obtidos no ano anterior.

(Notícia em atualização)

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Grupo Griñó reforça a sua posição na economia circular com a aquisição da Azor, especializada na recuperação de baterias para automóveis

  • Servimedia
  • 8 Maio 2025

O Grupo Griñó, empresa com mais de 90 anos de experiência especializada na gestão e tratamento de resíduos e serviços ambientais, formalizou a aquisição da Azor Ambiental.

A operação, que reforça a posição da Griñó como um dos grupos de referência na gestão integrada de resíduos e na geração de recursos a partir deles, faz parte da estratégia de crescimento do Grupo, focada na diversificação, inovação tecnológica e contribuição ativa para os objetivos de descarbonização.

“A aquisição da Azor responde à nossa visão e compromisso de promover a mudança para uma economia circular, graças à gestão adequada dos resíduos para os transformar em novos recursos e recuperá-los em energia verde”, afirmou a direção do Grupo Griñó. “Num contexto de transição ecológica e transformação industrial, continuamos empenhados em soluções sustentáveis que minimizem o impacto ambiental e gerem valor a longo prazo para a sociedade”.

A Azor Ambiental, sediada na Região de Múrcia, conta com uma sólida experiência e um amplo reconhecimento nacional pelo seu trabalho na recuperação e tratamento de baterias de chumbo-ácido, um resíduo chave pelo seu impacto ambiental e valor estratégico. A integração desta empresa no ecossistema do Grupo Griñó permitir-lhe-á promover sinergias operacionais, tecnológicas e ambientais, bem como avançar para um modelo de valorização de resíduos mais eficiente e responsável.

SENTENÇA

A aquisição foi formalizada após a aprovação, pelo Tribunal de Comércio de Múrcia número 2, do Plano de Reestruturação do Grupo Rator – ao qual pertence a Azor – promovido pelo Grupo Griñó, como investidor, e pelo Banco Santander e CaixaBank como principais credores. Esta decisão pioneira rejeitou a oposição dos devedores e dos seus sócios e permitiu reduzir o endividamento do grupo em mais de 80 milhões de euros, garantindo assim a sua viabilidade e continuidade operacional. A operação foi assessorada pela Gómez-Acebo & Pombo, em nome do investidor, e pela Cuatrecasas, em nome das instituições financeiras.

A empresa afirmou que a resolução “abre um precedente muito relevante” para futuras reestruturações empresariais em Espanha. “O papel proativo dos bancos em conjunto com um grupo industrial espanhol foi decisivo para salvar a atividade de um grupo estratégico no setor da reciclagem e da economia circular, confirmando o compromisso com novos mecanismos de reestruturação como um instrumento eficaz contra a liquidação de empresas espanholas.

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Maleo expande para o Porto em parceria com Lionesa. Antecipa faturar 600 mil euros em 2026

O "Lionesa Flex by Maleo" permite ao centro empresarial de Matosinhos complementar a oferta existente com ‘flexible offices‘ e contratos de curta duração. Deverá faturar mais de 600 mil euros em 2026.

Maleo na Lionesa Business Hub, em Leça do Balio (Matosinhos)7 maio, 2025

O Lionesa Business Hub (LBH) e a Maleo Offices inauguram, nesta quinta-feira, o espaço “Lionesa FlexbyMaleo”, o primeiro centro de escritórios da empresa lisboeta no Porto e o oitavo no país, num investimento superior a um milhão de euros. Otimista com esta “parceria estratégica”, o CEO da Maleo, Nishel Rajani, antecipa faturar 200 mil euros este ano e ultrapassar os 600 mil euros em 2026 neste espaço com capacidade para 200 postos de trabalho e onde já estão a operar empresas como a plataforma 3cket.

Até ao final deste ano, Nishel Rajani espera ter uma ocupação de 80% nos 1.100 metros quadrados do “Lionesa FlexbyMaleo”, em Leça do Balio (Matosinhos), que no futuro deverá expandir em função da procura de novas empresas, principalmente multinacionais que captam talentos no Norte do país e procuram uma solução no modelo de ‘flexible offices‘.

Por enquanto, “o novo centro Lionesa Flex by Maleo já está em pleno funcionamento, recebendo tanto novos clientes – por exemplo, a 3cket, uma promissora startup tecnológica portuguesa responsável pelo ticketing do Millennium Estoril Open –, como também clientes da Maleo em Lisboa, incluindo empresas de renome, como a Visa, Salesforce, Amgen, BCG, Bain & Company e Fortis Games“, começa por assinalar Nishel Rajani ao ECO/Local Online antes da inauguração.

O novo centro Lionesa Flex by Maleo já está em pleno funcionamento, recebendo tanto novos clientes — por exemplo, a 3cket, uma promissora startup tecnológica portuguesa responsável pelo ticketing do Millennium Estoril Open –, como também clientes da Maleo em Lisboa (…)

Nishel Rajani

CEO da Maleo Offices

Este modelo de negócio dos escritórios ‘flexíveis’ também já chamou a atenção de algumas empresas a operar neste centro empresarial de Matosinhos. Segundo o CEO da Maleo, “há uma crescente procura por parte das empresas já instaladas no Lionesa Business Hub que recorrem a soluções flexíveis para complementar os seus espaços atuais”.

Nishel Rajani, CEO da Maleo Offices em Portugal, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

Uma situação que Eduarda Pinto, diretora executiva do LBH, confirma ao ECO/Local Online, referindo que este projeto vem responder à “estratégia de negócio” deste centro empresarial em crescimento, uma vez que vem complementar a oferta já existente com um novo modelo mais flexível, que pode disponibilizar apenas uma workstation, por exemplo, além de proporcionar contratos de curta duração ao contrário do que vigora atualmente.

É fundamental para a nossa estratégia de negócio, porque nos permite complementar a nossa oferta que agora passa a ter desde um posto de trabalho – por exemplo uma pessoa que pretende ter um espaço de trabalho já com uma comunidade integrada – até aos escritórios que já temos com mais de 10.000 metros quadrados”, frisa a diretora executiva do LBH.

As empresas passam, assim, a beneficiar de flexibilidade em termos de duração do contrato e número de trabalhadores, além da gestão de serviços e eventos. “No Lionesa Flex by Maleo oferecemos um modelo único, flexível e descomplicado, com contratos que podem variar entre um e 36 meses, proporcionando aos nossos clientes a liberdade necessária para crescer rapidamente, com o mínimo de burocracia e máximo conforto”, detalha Nishel Rajani.

Além de ser o primeiro da gestora de centros de escritórios na região do Porto, o “Lionesa Flex by Maleo” é também “o centro mais pequeno que a Maleo que tem neste momento”, nota o responsável.

Eduarda Pinto, diretora executiva do LBH7 maio, 2025

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Portugal é dos países onde mais se trabalha ao fim de semana. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

Cerca de um quinto dos trabalhadores portugueses trabalha regularmente aos fins de semana, e esse é um dos registos mais elevados da União Europeia. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos.

Esta semana, falamos também sobre o salário líquido dos portugueses, com base num novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), e sobre a estabilidade do mercado de trabalho português e europeu.

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Governo conta com ‘crédito’ acumulado para cumprir meta de Bruxelas para o médio prazo

No ponto de situação anual sobre o plano estrutural de médio prazo, o Ministério das Finanças reitera que irá cumprir a trajetória de despesa líquida e prevê um aumento do crédito acumulado.

O Ministério das Finanças reafirmou perante Bruxelas que irá cumprir a meta acordada para o aumento da despesa no médio prazo, estimando que a execução de 2025 ajude à média a quatro anos, com uma contribuição para o aumento do crédito acumulado de cerca de 07,% do Produto Interno Bruto (PIB).

A informação consta do relatório anual de progressos do Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo, remetido a Bruxelas no dia 30 de março, e ao qual o ECO teve acesso. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) já tinha divulgado um parecer sobre o cenário subjacente ao documento, mas cujo detalhe é agora conhecido.

Os dados de execução orçamental de 2024 e as perspetivas orçamentais para 2025 encontram-se em conformidade com a trajetória das despesas líquidas“, garante o Governo no relatório.

Apesar de 2024 não fazer parte do período de referência do plano (2025-2028), o Ministério das Finanças assinala que registou um crescimento da despesa líquida de 11,6%, abaixo dos 11,8% previstos, “o que leva ao registo de um crédito anual de 0,1% do PIB”. Para 2025, mantém o otimismo e garante que “as atuais previsões apontam igualmente para um crescimento da despesa líquida que cumpre a trajetória recomendada, o que poderá resultar num incremento do crédito acumulado (nomeadamente na ordem dos 0,7% do PIB)”.

Isto porque, no plano enviado à Comissão Europeia em outubro, o Governo comprometeu-se com uma taxa de crescimento média anual da despesa líquida de 3,6% durante quatro anos. Para 2025 inscreveu um aumento de 5%, para 2026 de 5,1%, para 2027 de 1,2% e para 2028 de 3,3%. No entanto, agora prevê que a despesa líquida financiada a nível nacional este ano avance 3,4%.

Fonte: Relatório de Progresso Anual do Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo

O Governo indica ainda a Bruxelas que das 63 medidas de política (reformas e investimentos) apresentadas no plano de outubro foram introduzidas nove novas medidas de política. Do novo total de 72 medidas de política, nove formalmente concluídas, quatro ainda não foram iniciadas e as restantes 59 estão em curso.

Exportações fortemente revistas em baixa

O Ministério das Finanças aproveita o relatório para atualizar a projeção de crescimento da economia para este ano. No Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) apontou para uma taxa de 2,1%, revista agora em alta para 2,4%, tal como anunciado no programa eleitoral da AD – Coligação PSD/CDS-PP. Estes dados foram, contudo, remetidos a Bruxelas antes do Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado dos dados preliminares referentes ao arranque do ano, no qual se registou um crescimento homólogo de 1,6% e uma contração em cadeia de 0,5%.

Na informação enviada a Bruxelas, a equipa de Joaquim Miranda Sarmento explica a revisão em alta pelo crescimento mais elevado do que o esperado do PIB no final de 2024, que criou um maior efeito de carry-over. Porém, revê em baixa as previsões para a procura externa.

“Considerando a conjuntura internacional e as previsões para a procura externa, as exportações e importações foram revistas em baixa”, em menos 1,3 pontos percentuais e menos 0,7 pontos, respetivamente, para 2,2% e 2,8%. Ou seja, face a outubro, espera um abrandamento nas exportações, “o que irá implicar um contributo negativo das exportações líquidas para o crescimento da economia”.

Fonte: Relatório de Progresso Anual do Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo

Os dados submetidos a Bruxelas apresentam ligeiras variações em dois indicadores face ao cenário macroeconómico da AD: no consumo público, prevendo agora um crescimento de 1,7%, enquanto no cenário da coligação aponta para 2%, e no contributo da procura interna, que passa de 2,6% para 2,7%.

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Desemprego jovem em “níveis inadmissíveis”. Estas são as soluções defendidas pelos partidos

Da reformulação dos programas de estágio à flexibilização dos contratos de trabalho, partidos explicam ao ECO o que sugerem para resolver o desemprego jovem em Portugal.

Inadmissível. O adjetivo foi usado pela ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, para descrever os níveis de desemprego jovem, que correspondem, neste momento, ao triplo da taxa de desemprego apurada para a generalidade do mercado de trabalho. Com eleições à porta, o ECO perguntou aos vários partidos com assento no Parlamento o que fariam para o resolver e as “soluções” propostas são bem diversas, da reformulação dos programas de estágio à flexibilização dos contratos de trabalho.

Comecemos pelo diagnóstico. De acordo com os dados de março, a taxa de desemprego jovem em Portugal está situada em 20,7%, valor inferior ao registado no mês anterior (21%) e ao verificado há um ano (23,2%), mas superior à média da Zona Euro (14,2%) e da União Europeia (14,5%).

Aliás, Portugal é mesmo um dos piores países da Europa, neste indicador. Pior do que a taxa portuguesa só mesmo a de Espanha (26,5%), a da Suécia (23,8%), a da Grécia (22,5%), e a do Luxemburgo (21,4%).

Como resolver este cenário? No caso da coligação que junta o PSD ao CDS-PP, fonte oficial da coligação destaca que, no programa eleitoral, está fixado o objetivo de reduzir a taxa de desemprego jovem, “de modo a aproximar-se da média da União Europeia”.

“Reconhecendo que a economia portuguesa continua a não dar suficientes oportunidades aos jovens, mesmo os que têm formação superior, a AD considera que só através do aumento da produtividade da economia e do investimento nacional e estrangeiro será possível inverter esta tendência de desaproveitamento do talento disponível”, salienta a mesma fonte.

AD identifica desemprego jovem como um dos problemas a resolver no mercado de trabalho.Pedro Pina - RTP

Na próxima legislatura, o PSD e CDS-PP prometem que o sistema nacional de orientação vocacional articulará todas as ofertas de educação e formação, de modo a permitir “alinhar os interesses individuais dos jovens com as necessidades de qualificação do país”.

Este sistema deve apoiar os jovens na identificação da melhor escolha em função do seu perfil e do contexto que os envolve. O sistema deve envolver todas as modalidades de educação e formação para jovens, independentemente do operador de educação e formação”

Por outro lado, a AD defende que é preciso recuperar o programa “Jovens técnicos para a indústria”, que desenvolva incentivo à integração dos nossos jovens licenciados, nas áreas científicas, tecnológicas e de gestão, nas empresas portuguesas.

Assume também o compromisso de “criar um programa ‘Jovens doutorados para a indústria’, desenvolvendo, com o apoio das associações empresariais nacionais, programas de incentivo à integração dos nossos jovens doutorados, nas áreas científicas, tecnológicas e de gestão, nas empresas portuguesas, substituindo, com vantagens para a economia portuguesa, o atual sistema de bolsas de investigação”.

PS promete aposta em políticas ativas de emprego

PS realça papel das políticas públicas na resolução do desemprego jovem.Lusa

Também o PS reconhece a importância de baixar o desemprego jovem, sublinhando que “as políticas ativas de emprego, não só os estágios, mas os apoios à contratação, têm um papel relevante” na promoção destes trabalhadores. “Mas não devem servir para promover empregos precários e com baixos salários”, ressalva fonte oficial.

Além disso, os socialistas defendem que é preciso “alinhar as políticas ativas de emprego com a estratégia económica e industrial do país, reforçando a aposta em programas dirigidos aos setores emergentes e com potencial de crescimento e qualificação do nosso tecido produtivo”.

Outra proposta do PS é focar na especialização da economia portuguesa, de modo a aproveitar as qualificações dos jovens e mitigar o cenário atual, em que cerca de 21% destes profissionais estão em empregos que exigem qualificações abaixo das que possuem.

Precisamos de alinhar as políticas ativas de emprego com a estratégia económica e industrial do país, reforçando a aposta em programas dirigidos aos setores emergentes e com potencial de crescimento e qualificação do nosso tecido produtivo.

Fonte oficial do PS

Já a Iniciativa Liberal “propõe que se aproxime o modelo de emprego em Portugal com os modelos de flexissegurança dos países nórdicos, em que exista uma maior facilidade da parte da empresa e do trabalhador em cessar e iniciar relações laborais, permitindo ao trabalhador ter acesso a um subsídio de desemprego robusto por um período adequado entre empregos ao mesmo tempo que se cria uma maior facilidade de criar emprego e oportunidades por parte das empresas”.

Além desta flexibilização do mercado de trabalho, os liberais defendem uma política de promoção do empreendedorismo, e uma política de atração de capital, por via fiscal e administrativa. “Tal permitirá aumentar a procura por trabalhadores e criar oportunidades para os nossos jovens se fixarem em Portugal”, entende a Iniciativa Liberal.

O ECO questionou também o Chega, mas não obteve resposta.

Propostas da esquerda para baixar desemprego jovem

BE apela a redução da semana de trabalho.Pedro Pina - RTP

Para o Bloco de Esquerda, um combate eficaz ao desemprego jovem “depende da transformação do regime social”, pelo que propõe múltiplas alterações à lei do trabalho.

Os bloquistas defendem, por exemplo, a redução progressiva do horário de trabalho (para 35 horas), a possibilidade de opção (por iniciativa do trabalhador) pela semana de quatro dias, sem perda de rendimento, a reposição do valor das horas extra, a restrição da contratação a prazo apenas às situações de substituição temporária e de pico ou sazonalidade de atividade, e a regularização dos falsos “recibos verdes”, “com metas anuais ambiciosas para a Autoridade para as Condições do Trabalho, de modo a atingir dezenas de milhares de situações regularizadas até ao final da legislatura“.

O Bloco de Esquerda propõe também a exclusão de empresas com situações precárias irregulares em qualquer contrato com o Estado, limitar os fundamentos e a duração do trabalho temporário a um máximo de seis meses, combater o abuso no outsourcing, eliminar o intermediário na presunção de laboralidade nas plataformas digitais, a criação de plataformas digitais públicas e cooperativas, designadamente na área dos transportes e das entregas, e limitar a utilização abusiva de estágios apoiados pelo IEFP, “com reforço da fiscalização relativa aos falsos estágios e a estágios sucessivos para ocupar funções permanentes nas empresas”.

Também o PCP realça que é preciso mudar a lei do trabalho. O objetivo seria combater “as normas que promovem a precariedade e criam não só situações de precariedade com permanente instabilidade e sucessão de períodos de atividade e de desemprego. São disposições gerais da legislação e aspetos específicos, como o período experimental“, aponta fonte oficial dos comunistas.

Por outro lado, o PCP nota que é preciso aplicar “uma estratégia de desenvolvimento soberano que, respondendo às necessidades do povo e do País, aposte em setores básicos, com a introdução de avanços científicos e tecnológicos, e em novos setores correspondentes às exigências da sociedade atual e do futuro e que promova assim a criação de emprego e um emprego que aproveite a formação das gerações mais jovens”.

As propostas do Livre e do PAN

Quanto ao Livre, a proposta para baixar o desemprego jovem passa por “medidas que removam os obstáculos ou desincentivos ao emprego jovem“.

Em concreto, acabar e rever os critérios de suspensão ou cessação de benefícios e apoios de que os jovens possam estar a beneficiar enquanto parte do agregado familiar, nomeadamente quando se trata de um trabalho complementar à escolaridade ou frequência do ensino superior, fora do período de férias.

Substituir a subsidiação de ocupações precárias, como estágios profissionais e contratos de emprego-inserção, pelo financiamento de oportunidades reais de formação e inserção produtiva com contratos de trabalho.

Fonte oficial do Livre

O Livre propõe também alterar o regime de exclusividade a que estão sujeitos os bolseiros e alargar a aplicabilidade do regime fiscal e contributivo do ato isolado.

Substituir a subsidiação de ocupações precárias, como estágios profissionais e contratos de emprego-inserção, pelo financiamento de oportunidades reais de formação e inserção produtiva com contratos de trabalho e apoiar a criação associativa e colaborativa de postos de trabalho, através de aconselhamento, financiamento inicial e instrumentos para a auto-organização laboral”, acrescenta fonte oficial.

Já fonte oficial do PAN sugere, por exemplo, reforçar os incentivos para conversão de estágios em contratos sem termo e aumentar significativamente o número das bolsas atribuídas através dos estágios profissionais do IEFP para jovens altamente qualificados. Quer também incentivos à contratação destes profissionais.

“Tendo em conta que a transição para a economia verde exigirá um reforço das competências verdes dos nossos trabalhadores e que essa falta de qualificações é uma das lacunas apontadas por diversos empregadores nacionais, o PAN propõe-se ainda a reativar o programa ‘Trabalhos & competências verdes’, para a requalificação, inserção e desenvolvimento de competências verdes, em termos que permitam a frequência por jovens à procura do primeiro emprego“, remata o partido liderado por Inês Sousa Real.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de maio

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Ao longo desta quinta-feira, 8 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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