Tarifas. BRICS avisam para “mundo fraturado” e “ressurgência do protecionismo”

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Grupo de economias emergentes concordaram que “não interessa viver num mundo fraturado” e ser necessário “fortalecer o multilateralismo”.

Os países-membros do BRICS mostraram esta terça-feira uma união inequívoca contra o “mundo fraturado” e a “ressurgência do protecionismo” provocada pelas tarifas impostas unilateralmente pelos Estados Unidos, disse a presidência brasileira.

Numa curta conferência de imprensa e única declaração pública, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, frisou que os membros deste grupo de economias emergentes concordaram que “não interessa viver num mundo fraturado” e ser necessário “fortalecer o multilateralismo”. Durante os dois dias de reunião dos 11 ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo, entre os quais o russo, Serguei Lavrov, e o chinês, Wang Yi, os responsáveis diplomáticos reforçaram “a firme recusa de todos à ressurgência do protecionismo comercial”.

Ainda sobre a reunião, e sem se referir uma única vez ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o ministro brasileiro frisou que o grupo tem a “disposição de promover uma agenda propositiva”, a favor do Acordo de Paris e que o “BRICS pode liderar” temas como alterações climáticas e Inteligência Artificial.

Desta vez não houve uma declaração final, apenas uma declaração da presidência brasileira, com o ministro a justificar que uma declaração conjunta final vai sair durante a reunião de chefes de Estado, agendada para 6 e 7 de julho, também no Rio de Janeiro.

Sobre a guerra e a invasão da Ucrânia pela Rússia, país-membro do grupo, o comunicado da presidência brasileira referiu apenas que os “ministros recordaram as posições nacionais relativas ao conflito na Ucrânia, conforme expressas nos foros apropriados, inclusive o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral das Nações Unidas”.

“Notaram com apreço propostas relevantes de mediação e de bons ofícios, inclusive a Iniciativa Africana de Paz e a criação do Grupo de Amigos para a Paz, voltadas para a solução pacífica do conflito por meio do diálogo e da diplomacia. Expressaram a expectativa de que os esforços atuais conduzam a um acordo de paz sustentável”, lê-se.

Já em relação a Gaza, a presidência brasileira indicou que os “ministros manifestaram grande preocupação com a situação no Território Palestino Ocupado, com a retomada dos ataques israelitas contra Gaza e com a obstrução da entrada de ajuda humanitária no território”. Terminou assim a reunião dos chefes da diplomacia dos países do BRICS que discutiram o papel do Sul Global na promoção do multilateralismo diante das políticas unilaterais dos Estados Unidos e de Trump.

Este foi o tema central das discussões no segundo dia desta reunião, além das manifestações de necessidade das reformas das instituições internacionais, alargando-as a mais países do chamado Sul Global. A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos BRICS começou horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado uma trégua de três dias na guerra, com início a 8 de maio, coincidindo com o 80.º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial.

Ausente da reunião do Rio de Janeiro esteve a Arábia Saudita, país que, embora ainda não tenha formalizado a adesão ao grupo, já é considerado membro de pleno direito do fórum de países emergentes. Dos outros nove membros, seis ministros dos Negócios Estrangeiros estiveram presentes: Brasil, China, Rússia, África do Sul, Etiópia e Indonésia, enquanto África do Sul, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos enviaram delegações de nível inferior.

A reunião contou também com a presença de representantes de nove países parceiros do BRICS: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

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Marcelo assina diploma sobre Tratado do Alto Mar

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Aprovado em março de 2023 e adotado na ONU em junho do mesmo ano, o tratado foi assinado mas ainda não foi ratificado por Portugal. A queda do executivo impediu a ratificação.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou o diploma que aprova o acordo conhecido como “Tratado do Alto Mar”, segundo informação divulgada esta terça-feira pela Presidência.

O Presidente assinou o diploma “que aprova o Acordo no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar relativo à conservação e utilização sustentável da diversidade biológica marinha das áreas além da jurisdição nacional”, refere a página oficial da Presidência da República. Aprovado em março de 2023 e adotado na ONU em junho do mesmo ano, o tratado foi assinado mas ainda não foi ratificado por Portugal.

O Tratado de Alto Mar, um acordo considerado histórico e vinculativo, visa promover a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha em áreas que não pertencem a uma jurisdição nacional.

Foi assinado por mais de uma centena de países mas ratificado por cerca de duas dezenas. O Governo português disse que ratificaria em breve mas a queda do executivo impediu que tal acontecesse. O texto entrará em vigor 120 dias após a ratificação por pelo menos 60 países.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 85 milhões de euros

  • ECO
  • 29 Abril 2025

O jackpot desta terça-feira é de 63 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 85 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 29 de abril:

Números: 2, 9, 24, 30 e 41

Estrelas: 1 e 11

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Governo decidiu prorrogar contrato da central da Tapada do Outeiro em fevereiro

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Contrato de Aquisição de Energia da central a gás natural da Tapada do Outeiro, em Gondomar, terminou a 29 de março de 2024 e foi prorrogado mais três vezes, até março de 2026.

O Governo decidiu, em fevereiro, prorrogar o contrato de funcionamento da central a gás natural da Tapada do Outeiro, em Gondomar (distrito do Porto), que participou no arranque autónomo da rede elétrica na sequência do apagão de segunda-feira.

“Por despacho da Ministra do Ambiente e Energia, de 12 de fevereiro de 2025, foi mandatada a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para instruir as partes do contrato (REN e Turbogás) para iniciarem o processo de negociação com vista a nova prorrogação do contrato que vigorava até 31 de março de 2025, passando a vigorar até 31 de março de 2026″, pode ler-se numa resposta de fonte oficial do Ministério do Ambiente e Energia hoje enviada após questões da Lusa.

Em causa está um Contrato de Aquisição de Energia (CAE) que terminou em 29 de março de 2024, tendo sido criado um período de transição para o novo contrato até 31 de dezembro e que foi estendido até 31 de março deste ano já pelo atual Governo, e agora prorrogado novamente.

Durante este período, a central funcionou sem atividade comercial em mercado, mas apenas como resguardo, podendo ser ativada caso se verificassem falhas, como sucedeu na segunda-feira, quando a Tapada do Outeiro, juntamente com a central de Castelo de Bode, (Abrantes, distrito de Santarém) fizeram o arranque autónomo (black start) da rede elétrica nacional após o apagão.

“A DGEG acompanhou o processo de negociação e, no cumprimento do mesmo despacho, submeteu à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a proposta de definição e a estimativa dos custos razoáveis, para que esta, na qualidade de regulador, se pronunciasse no âmbito das suas atribuições”, tendo a ERSE anuído. Segundo o Governo, “o contrato foi atempadamente prorrogado até 31 de março de 2026”.

Fonte do ministério refere que com a decisão da nova prorrogação “procurou-se garantir o tempo necessário para assegurar o regular decurso do procedimento concursal relativamente à capacidade de produção da Central após 31/03/2026”.

Questionado sobre o procedimento concursal que a antiga secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, disse querer lançar até março deste ano, fonte oficial do ministério remeteu para as declarações do primeiro-ministro, em que Luís Montenegro afirmou que o executivo irá agora “acionar os mecanismos para que essa prorrogação se opere até 2030”.

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que o Governo já tinha “tomado a decisão de prorrogar, relativamente à central da Tapada do Outeiro a sua função de black start do sistema até março de 2026”, pretendendo equipar ainda o Baixo Sabor e Alqueva com o mesmo mecanismo. Entretanto, segundo o Ministério do Ambiente e Energia, já ocorreu “nova visita do atual secretário de Estado da Energia [Jean Barroca] à Central, em 19 de março de 2025, já em período de gestão do Governo”.

“A Central mantém o regime em que estava a funcionar, não operando em mercado, mas funcionando como forma de garantir a segurança do abastecimento (e eventual black start em caso de necessidade, como previsto no contrato então em vigor e, entretanto, prorrogado; necessidade acionada no dia de ontem, 28/04/2025 [segunda-feira])”, refere ainda fonte do ministério.

Quanto ao futuro dos trabalhadores da central, o executivo afirma que a questão “está a ser sempre avaliada de perto pelo Governo, sendo que a sua manutenção está ligada ao período de manutenção em funcionamento da Central”.

“Não obstante, sempre que por motivos de transição ambiental haja trabalhadores afetados neste tipo de centrais, têm sido asseguradas formas de proteção dos trabalhadores. A título de exemplo, no caso dos antigos trabalhadores da Central Termoelétrica do Pego foi acionado o Fundo de Transição Justa”, refere o Ministério do Ambiente e Energia.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

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Governo anuncia no Canadá “revolução” nos serviços consulares

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

A "segunda grande revolução" nos serviços consulares passa pela introdução de novos passaportes e equipamentos tecnológicos para reforçar a proximidade às comunidades.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, anunciou esta terça-feira, em Toronto, uma “segunda grande revolução” nos serviços consulares, com a introdução de novos passaportes e equipamentos tecnológicos para reforçar a proximidade às comunidades.

“Estamos a trabalhar para que, dentro de um ano a um ano e meio, possamos ter novos passaportes com validade de dez anos e novos equipamentos portáteis para os funcionários consulares”, afirmou José Cesário, que é cabeça de lista da Aliança Democrática – PSD/CDS pelo círculo Fora da Europa às próximas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Segundo Cesário, esta modernização permitirá “aproximar ainda mais os consulados das comunidades, com condições de proximidade quase total”. A medida segue o modelo iniciado em 2011 com as primeiras permanências consulares, que permitiram levar os serviços do Estado português a regiões como Winnipeg, Thunder Bay, Kitchener, Cambridge, Leamington e London, no Canadá.

As declarações de José Cesário surgiram durante a entrega, no Consulado-Geral de Portugal em Toronto, da Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas a Fernando Couto, primeiro padre português ordenado no Canadá, e a António do Forno, histórico dirigente associativo de Chatham, Ontário.

Fernando Couto, que recebeu o título de Monsenhor em 2019 por decisão do Papa Francisco, destacou o papel da comunidade no seu percurso: “Na vida, tiramos aquilo que colocamos dentro. Esta medalha é também deles”.

Já António do Forno, de 90 anos, cofundador do Portuguese Canadian Social Club of Chatham e promotor do ensino da língua portuguesa na região, apelou ao reforço da ligação entre os luso-descendentes e a cultura de origem: “É importante que os mais jovens continuem a fortalecer a nossa comunidade.”

José Cesário reiterou a necessidade de incentivar a participação dos jovens luso-descendentes no movimento associativo para garantir a continuidade e vitalidade das comunidades no estrangeiro. “Precisamos de novas referências, jovens que assumam papéis ativos na vida comunitária. Só assim poderemos assegurar o futuro destas magníficas comunidades”, concluiu.

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📹 Rendas e juros de crédito à habitação dão alívio no IRS. Saiba como

Famílias podem deduzir até 600 euros das despesas com rendas e até 296 euros dos juros de empréstimos, anteriores a 2011. Já os senhorios têm de pagar imposto, explica o fiscalista Ricardo Reis.

Inquilinos ou famílias com empréstimo bancários, contraídos até 31 de dezembro de 2011, podem deduzir as despesas com a casa no IRS até um determinado limite, desde que se trata de habitação própria e permanente, como explica o fiscalista Ricardo Reis, da Deloitte, ao ECO.

No caso das rendas, é possível abater ao imposto a pagar 15% das despesas até a um máximo 600 euros, valor que é majorado para 900 euros, se a família tiver rendimentos anuais inferiores ao primeiro escalão de IRS, que corresponde a 7.703 euros de matéria coletável. Se tiver um empréstimo bancário, anterior a 31 de dezembro de 2011, pode deduzir 15% dos juros até 296 euros. Este teto sobe para 450 euros, caso os ganhos anuais não atinjam o primeiro escalão do IRS.

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“O contribuinte deve ir ao quadro 6 C do anexo H, relativo às deduções à coleta, e verificar, em primeiro lugar, se, no pré-preenchimento da declaração, as despesas com rendas, no caso de inquilinos, e de juros, no caso de créditos à habitação, já se encontram inseridas. Se estiver tudo bem, basta assinalar que aceita o pré-preenchimento”, indica Ricardo Reis.

“Se detetar algum erro pode, em alternativa, inserir manualmente os custos com rendas, no código 654, e com juros, no código 655”, sugere o fiscalista. No entanto, alerta que, “se optar por esta via, terá também de inserir manualmente todas as outras despesas e não apenas as relacionadas com habitação”. Ou seja, “terá de colocar igualmente os gastos com educação, saúde ou as despesas gerais e familiares”, sublinha.

Do lado dos senhorios, há imposto a pagar relativo à categoria de rendimentos prediais, que podem ser sujeitos a uma taxa autónoma ou englobados com os restantes ganhos, o que depois irá influenciar na taxa efetiva de IRS. É preciso simular uma e outra situação para saber qual a mais vantajosa.

Se escolher a taxa especial, tem de preencher o quadro 4 do anexo F. O imposto começa nos 28%, para contratos anteriores a 1 de janeiro 2019 e que nunca foram renovados. Depois dessa data, há uma redução da tributação para 25%, caso se trata de habitação própria e permanente, e que pode baixar para 5% para contratos de muito longa duração, com mais de 20 anos. Segundas habitações são sempre tributadas à taxa de 28%.

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Lucros da Farminveste crescem cerca de 8% em 2024

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Em 2024, a área cuja evolução foi mais significativa foi a da distribuição farmacêutica que cresceu 1,9% face a 2023, “seguida da área de sistemas de informação, que cresceu 2,2 milhões de euros".

A Farminveste SGPS registou, no ano passado, lucros de 11,2 milhões de euros, uma subida de perto de 8% em relação ao valor obtido no período homólogo, adiantou, num relatório e contas divulgado esta terça-feira.

Esta melhoria do resultado líquido consolidado da Farminveste SGPS (+0,8 milhões de euros) resultou da evolução dos indicadores operacionais correntes, verificáveis ao nível do EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações], onde a evolução face a 2023 foi superior à evolução dos gastos de financiamento”, lê-se no documento.

No ano passado, o volume de negócios da empresa foi de 844,7 milhões de euros, “o que representa um crescimento de 2,1% face ao ano anterior”, destacou. Em 2024, referiu o grupo, a área cuja evolução foi mais significativa foi a da distribuição farmacêutica que cresceu 1,9% face a 2023, “seguida da área de sistemas de informação (Glintt Global), que cresceu 2,2 milhões de euros (+1,8% do que em 2023)”.

Já a área de desenvolvimento da atividade da farmácia “contribuiu positivamente, com um crescimento de 700 milhões de euros (+3,5% do em quem 2023)”. Por sua vez, o segmento de inteligência sobre o mercado farmacêutico “apresentou uma diminuição do seu volume de negócios em Portugal de 600 mil euros”.

“O setor imobiliário manteve a sua atividade enquanto a área corporativa, cujas receitas são maioritariamente internas, teve um decréscimo de atividade devido à internalização de serviços por parte das empresas, que até então eram assegurados na modalidade de serviços partilhados”, refere a empresa.

Em termos consolidados, o EBITDA da Farminveste SGPS foi de 46,9 milhões de euros, um aumento de 4,2% face ao período homólogo. A dívida líquida reduziu-se em 2,5 milhões de euros em 2024, para 212,5 milhões de euros, no final de 2024.

 

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Perdas seguradas podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha, menores em Portugal

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Os pagamentos das seguradoras devem ser mitigados porque a energia voltou em menos de 12 horas - apenas após esse período estão cobertas a maioria das perdas por interrupções de negócios.

As perdas relacionadas com interrupções de negócios após o apagão desta segunda-feira podem levar a grandes indemnizações das seguradoras, que podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal, calcula a DBRS.

Numa nota enviada esta terça-feira, a DBRS sinaliza que a falha de energia que afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha pode gerar um aumento nas reivindicações relacionadas com seguros residenciais, comerciais, de viagem e de interrupção de negócios.

“Embora seja difícil fornecer uma estimativa das perdas seguradas na situação atual, a nossa expectativa inicial é que as perdas seguradas variem entre 100 e 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal“, aponta a agência de notação financeira, destacando que “as perdas económicas totais serão várias vezes maiores que essas estimativas”.

Apesar de admitir que as seguradoras provavelmente vão considerar as perdas financeiras derivadas deste evento geríveis, “as seguradoras espanholas e portuguesas provavelmente receberão um volume excecional de sinistros após o apagão, o que poderá colocar as suas capacidades operacionais sob pressão”.

Mario de Cicco, vice-presidente de Seguros Globais e Classificações de Pensões da Morningstar DBRS, sinaliza, citado em comunicado, que apesar das perdas relacionadas com interrupções de negócios poderem “ser graves e possivelmente levar a grandes indemnizações”, a “maioria das apólices de seguro normalmente começa a cobrir danos decorrentes de interrupções de negócios apenas após 12, 24 ou até 48 horas”.

“Como resultado, os pagamentos das seguradoras devem ser amplamente mitigados pelo facto de o fornecimento de energia ter sido quase totalmente restabelecido em menos de 12 horas”, concluiu.

No que diz respeito aos detentores de seguro de viagem, estes deverão ter “direito a alguma indemnização devido às grandes interrupções no transporte ferroviário e aos cancelamentos de voos, contudo, isso poderá ser amplamente atenuado devido ao lento retorno aos serviços normais no dia seguinte”.

Já a incidência de acidentes de carro “parece ser pequena”, nota a DBRS.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu esta terça-feira de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

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Pagamentos na rede Multibanco caíram 40% com o apagão. Foi “em linha com o domingo de Páscoa”

O apagão reduziu para quase metade o número de transações na rede da SIBS. Números recuperaram entretanto para níveis normais.

Apesar da rede da SIBS não ter sido afetada pelo apagão, o encerramento de estabelecimentos comerciais e de acesso às máquinas de multibanco levou a uma queda de 40% nas transações na segunda-feira.

“O número de transações processadas na Rede Multibanco foi aproximadamente de 8 milhões de operações, em linha com o domingo de Pascoa, e 40% inferior ao expectável num dia normal“, afirma a SIBS em resposta ao ECO.

O gráfico partilhado pela empresa de sistemas de pagamentos mostra uma quebra significativa após o apagão, que ocorreu às 11h33. Seguiu-se uma ligeira recuperação, voltando depois o número de transações a cair progressivamente até ao final do dia.

“Com os constrangimentos provocados pela falha geral de energia, verificou-se um decréscimo gradual da atividade económica e de utilização dos serviços, a par do encerramento da atividade comercial e dos locais de instalação/ serviço dos equipamentos”, informa a SIBS.

A atividade regressou, entretanto, aos níveis habituais. “Hoje às 14:40, já tinha sido atingido o mesmo número de operações, em linha com o expectável num dia normal comparável“, afirma a empresa liderada por Madalena Cascais Tomé.

A SIBS salienta ainda que “os serviços prestados estiveram sempre operacionais e a funcionar durante todo o dia” de segunda-feira, tal como acontece esta terça-feira: “O dia de hoje recomeçou com os serviços da SIBS integralmente disponíveis e, com a retoma da falha de energia e da atividade comercial, também com os terminais da Rede Multibanco com atividade na quase totalidade das localizações”.

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Mais de 60 mil crianças inscritas no Portal das Matrículas para o pré-escolar e 1.º ciclo

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

As matrículas das crianças que em setembro vão para o pré-escolar ou para o 1.º ano de escolaridade começaram há exatamente uma semana e terminam no final de maio.

Os encarregados de educação realizaram mais de 60 mil inscrições de crianças para o pré-escolar e 1.º ano de escolaridade na primeira semana de funcionamento do Portal de Matrículas, segundo dados do Ministério da Educação.

Até ao momento, já foram submetidas 62.048 matrículas/renovações relativas à Educação Pré-Escolar e ao 1.ºano do Ensino Básico, cujo prazo se prolonga até 31 de maio”, avançou o gabinete de comunicação do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), esta terça-feira.

Alguns encarregados de educação revelaram estar com dificuldades no acesso ao portal, mas segundo a tutela o problema existe apenas quando se tenta a autenticação via Autoridade Tributária, que “está indisponível temporariamente, uma vez que o Portal das Finanças se encontra em baixo”. No entanto, “o acesso ao Portal das Matrículas continua operacional via Gov.Pt”, acrescentou o ministério.

As matrículas das crianças que em setembro vão para o pré-escolar ou para o 1.º ano de escolaridade começaram há exatamente uma semana e terminam no final de maio, sendo as colocações conhecidas a 1 de julho. As famílias que não consigam um lugar na rede pública poderão candidatar-se às vagas que venham a surgir na sequência dos concursos que estão a decorrer para a abertura de mais vagas em estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos e instituições de solidariedade social.

As famílias mais carenciadas terão prioridade e a ideia é reforçar a oferta nos concelhos com mais procura, que se situam maioritariamente na zona de Lisboa, como é o caso de Sintra, Seixal, Amadora, Odivelas, Lisboa e Barreiro. O plano do ministério prevê a abertura de novas salas com o mínimo de 20 crianças e um máximo de 25 ou então adaptar as existentes para receber mais crianças.

Entretanto, a associação representativa do ensino privado alertou para o facto de o valor apresentado pelo Governo para suportar o custo de cada aluno (pouco mais de 200 euros) não ser suficiente para cobrir os custos. Segundo a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), as escolas de pré-escolar privado deverão optar por abrir apenas vagas para lotar as turmas já existentes, sendo financeiramente difícil abrir novas salas.

A matrícula deve ser feita online no Portal das Matrículas, mas continua a ser possível fazê-lo presencialmente nas escolas. Antes do pré-escolar, as crianças podem beneficiar de creche gratuita, que abrange todas as crianças nascidas a partir de setembro de 2021.

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Capital de risco cria cinco vezes mais emprego que a média europeia

Mais de 300 mil empregos foram criados por empresas financiadas por capital de risco em 2023. Mais de 28 mil empresas, em vários setores e regiões, foram apoiadas, aponta a Invest Europe.

Em 2023 a indústria de private equity e de venture capital criou 339.149 novos postos de trabalho, mais 5% em relação ao ano anterior e acima do 1% de crescimento registado em toda a economia europeia no mesmo ano, aponta o relatório anual “Private Equity at Work”, da Invest Europe. Energia e ambiente, seguido das tecnologias de informação e comunicação (TIC) foram os setores que mais cresceram.

“Este desempenho prova que o setor é decisivo para a reindustrialização da Europa e para garantir a sua independência e autonomia económica”, afirma Stephan de Moraes, presidente da Associação Portuguesa De Capital De Risco (APCRI), citado em comunicado.

Mais de 500 mil milhões de euros (576 mil milhões) foram investidos, entre 2019 e 2023, por private equity localizadas na Europa. Tendo 213 mil milhões sido injetados diretamente por fundos de pensões e seguradoras nas private equity no mesmo período.

Capital que foi injetado na economia europeia. Mais de 28 mil empresas (28.610), em vários setores e regiões, foram apoiadas, das quais 21.536, estima o estudo da Invest Europe, são PME que empregam 1.042.013 pessoas.

Investimento com impacto na criação de emprego. Um total de 11,2 milhões de pessoas trabalhavam em empresas financiadas por private equity, o que representa 5% da força de trabalho na Europa, aponta o relatório. “Outros três milhões de pessoas estão empregadas nos setores dos produtos e serviços às empresas e dos produtos e serviços ao consumidor. Mais de 1,6 milhões de profissionais trabalham nas TIC e quase 1,4 milhões na biotecnologia e nos cuidados de saúde, elenca.

O setor da Energia e do Ambiente foi o que cresceu mais, 9,5% (mais 21.397 trabalhadores, para um total de 402.039 trabalhadores), seguido das TIC (+5,8%). O setor da biotecnologia e dos cuidados de saúde registou um crescimento de 5,5%, o equivalente a quase 49 mil novos trabalhadores.

Desde 2017, as TIC têm sido o setor mais dinâmico em termos de emprego, crescendo a uma taxa média anual de 11,2%, aponta o relatório.

Fonte: “Private Equity at Work”, da Invest Europe.

 

“O desempenho da indústria de capital de risco vem provar, mais uma vez, que este é um setor decisivo para promover a reindustrialização da Europa e garantir a sua independência e autonomia económica face à China e aos Estados Unidos da América”, diz Stephan de Moraes, presidente da APCRI. “As empresas investidas por fundos de private equity e de venture capital têm desempenhos muito acima dos respetivos setores e criam mais e melhor emprego, contribuindo para a competitividade europeia no mercado global”, defende.

“Tendo em conta os desafios que a economia europeia enfrenta e a necessidade imperiosa do aprofundamento do Mercado Único, é importante que as associações de capital de risco dos vários países europeus se coordenem de forma a possibilitar o crescimento da indústria na Europa”, defendeu Stephan de Moraes na abertura da conferência que a Luxembourg Private Equity & Venture Capital Association – LPEA, que se realizou esta terça-feira em Lisboa.

“Só assim o continente europeu será independente, tanto em termos financeiros e industriais, como em termos de inovação, realizando o potencial da força da economia deste continente”, argumenta o presidente da APCRI.

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Seguradora Aspen lança IPO vendendo ações da Apollo

A resseguradora e seguradora com sede nas Bermudas vai cotar ações na NYSE e começa a operação vendendo ações da Apollo esperando arrecadar 392 milhões de dólares.

A seguradora e resseguradora Aspen Insurance Holdings anunciou esta terça-feira o lançamento de uma oferta pública inicial (IPO) de 11 milhões de ações a serem vendidas por entidades geridas por filiadas da Apollo Global Management. Esta gestora de fundos tinha comprado a totalidade da Aspen em 2019 num negócio em dinheiro, avaliando a empresa em 2,6 mil milhões de dólares e retirando-a das bolsas de Nova Yorque (NYSE) e das Bermudas.

Agora a Aspen vai voltar à NYSE com venda de um bloco de ações representativas de 13,5% do capital, que poderão render 392 milhões de dólares à Apollo, avaliando o conjunto da empresa em 2,9 mil milhões de dólares. Os acionistas vendedores concederam ainda aos subscritores do IPO uma opção de 30 dias para adquirir até 1.650.000 ações adicionais, o que dará, a concretizar-se, um total de 15% das ações da Aspen nas mãos dos novos proprietários.

A Aspen Insurance é uma holding sediada nas Bermudas, com atividades de comercialização e subscrição de seguros e resseguros especializados. Tem subsidiárias integrais na Austrália, Bermudas, Canadá, Singapura, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

A holding opera através de dois segmentos, tem a Aspen Re que fornece resseguro a companhias cedentes, incluindo resseguro de catástrofes patrimoniais, responsabilidade civil e resseguros especializados. No outro segmento, a Aspen Insurance, oferece produtos de seguros de primeira linha e especializados, seguros de responsabilidade civil e seguros financeiros e profissionais.

Enquanto grupo, a Aspen obteve um volume de prémios emitidos de 4,6 mil milhões de dólares em 2024, mais 16% que um antes, com 381 milhões de resultados técnicos, correspondente a um rácio combinado de 86% (acima de 100% é considerado prejuízo no negócio segurador).

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