Governo rasga contrato de concessão das minas de ferro de Moncorvo. “Vamos exercer os nossos direitos”, responde Aethel Mining

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Ministério do Ambiente justifica decisão com incumprimento de “obrigações legais e contratuais” pela mineira britânica Aethel Mining. Interessados na exploração têm de apresentar pedido à DGEG.

O Governo rasgou o contrato de concessão de exploração das minas de ferro de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança. O aviso publicado em Diário da República e assinado pelo diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), Paulo Carmona, torna pública “a resolução do contrato por iniciativa do Estado com fundamento no incumprimento das obrigações legais e contratuais”.

“Ao longo de todo este processo, o Estado procurou sempre as soluções que permitissem viabilizar o projeto. No entanto, perante o não cumprimento, nos prazos previstos, das obrigações que estão previstas na lei e no contrato, datado de 2016, o Estado viu-se obrigado a terminar o vínculo“, justificou fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Energia, em declarações ao Jornal de Negócios (acesso pago). O contrato fora assinado com a MTI – Ferro de Moncorvo e tinha um prazo inicial de 30 anos, prorrogável, que poderia ir até 2076.

Questionada sobre o fim do contrato de concessão, por iniciativa do Estado, a Aethel Mining diz ter tomado “conhecimento” e prometeu “exercer os [seus] direitos”, declarou apenas fonte oficial da mineira de origem britânica, detida pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert. Agora, segundo o Governo, a área concessionada fica disponível e qualquer empresa que esteja interessada em explorar o ferro de Moncorvo pode apresentar o pedido junto da DGEG.

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A criar a marca da Portugal Duty Free de A a Z, Cláudia Carvalho, na primeira pessoa

Depois ganhar "bagagem" no estrangeiro, Cláudia Carvalho regressou a Portugal, encontrando-se agora a construir a marca da Portugal Duty Free. Tem uma paixão por África, por Lisboa e pela praia.

Depois de construir durante mais de uma década um percurso no estrangeiro, para cumprir a ambição de “perceber o que é o mundo lá fora” e adquirir “bagagem”, Cláudia Carvalho regressou a Portugal no final de 2021. Após liderar o marketing da marca de tintas Dyrup, aceitou a “oportunidade única” de “criar de A a Z” a marca da Portugal Duty Free.

Resultado de uma joint venture, a marca Portugal Duty Free está presente nos aeroportos em Portugal desde 2022. “Passaram-me a marca num rascunho de uma agência criativa e disseram ‘aqui está, esta é a Portugal Duty Free e agora faz tudo o que quiseres com ela’“, recorda a diretora de marketing em conversa com o +M.

Coube assim a Cláudia Carvalho posicionar e definir a comunicação da marca, tanto a nível externo como interno. Os cerca de 700 colaboradores da altura (hoje são 850) passaram, de um dia para o outro, para outra empresa através da joint venture, pelo que houve “muito a fazer na comunicação de valores da empresa“.

Mas Cláudia Carvalho pôde também desenvolver o posicionamento da marca, que “é uma coisa tão rara de se poder fazer hoje em dia”, aponta. “Foi darem-me um grande presente, de poder criar a marca de A a Z, num trabalho que teve o seu culminar este ano, após dois anos e meio de empresa. Existe uma identidade de marca, comunicação externa e acabamos de renovar as lojas todas“, refere a responsável de 41 anos.

A comunicação da Portugal Duty Free — empresa detida pela ARI e pela ANA|Vinci Airports e responsável pela gestão de mais de 30 lojas lojas nos aeroportos nacionais de Lisboa, Porto, Faro, Madeira, Ponta Delgada, Santa Maria e Horta — passa por uma “linha bastante apoiada no que é a portugalidade e a essência da marca portuguesa, que a distingue de uma forma bastante marcada e vincada das outras lojas Duty Free espalhadas pela Europa”.

“Uma coisa que nos define — até pelo nome Portugal Duty Free, que depois adota a designação Lisbon Duty Free, Açores Duty Free, Madeira Duty Free, etc. –, é a personalidade. Nós temos hoje uma zona muito maior de produtos portugueses e queremos muito que as pessoas, quando passem, não sintam que é igual às outras lojas de outros aeroportos”, refere Cláudia Carvalho.

A distinção passa assim também por um portfólio “muito pensado para o desenvolvimento de fornecedores locais”. “Há fornecedores que são exclusivos nossos e que cresceram connosco, e esta parte para nós é de extremo orgulho”, aponta a diretora de marketing.

“Temos um port seller, por exemplo, que tem cerca de 230 vinhos do Porto. Somos, provavelmente, uma das melhores caves de vinho do Porto que possam existir em Portugal. E é através deste tipo de coisas que damos acesso a muitas pessoas de tocarem no que existe mais de sense of place de Portugal, e estamos muito orgulhosos por isso”, acrescenta.

No que diz respeito à renovação das lojas, num total de dez mil metros quadrados, o objetivo passou também por conseguir captar a essência da portugalidade e criar uma experiência de retalho memorável para os passageiros.

Um aeroporto tem uma lógica completamente diferente e muito mais complexa, temos de expressar todos os valores da marca de uma forma muito clara na experiência do passageiro. As lojas têm de ter uma grande consistência, mas depois tivemos também de as adaptar à região de cada loja e ter isso muito claro no design de cada uma das lojas”, explica.

Em Lisboa, por exemplo, a marca colocou uma representação do elétrico 28 dentro da loja, enquanto a loja em Faro dispõe de uma carrinha associada ao surf. “E, no fundo, a partir de agora, vai ser começar uma ode de viver a loja, a essência de Portugal e das suas diferentes regiões”, diz Cláudia Carvalho.

Mas a aposta passa também, cada vez mais, pelo digital. “Somos sempre um comércio de aeroporto mas sabemos que temos de ir para plataformas digitais, possibilitando até aos clientes fazerem um click antes da sua viagem e depois um collect, quando passarem na nossa loja”. Esse é portanto um desafio para um futuro próximo, assim como a extensão da imagem de marca no digital, nomeadamente nas redes sociais, explica a responsável de marketing.

No início da sua carreira, e após completar um curso de Economia, Cláudia Carvalho tinha a “ambição de tentar perceber o que é que era o mundo lá fora para depois poder voltar com uma bagagem diferente”. Nesse sentido, após trabalhar na Pepsi, em Portugal, rumou para Madrid, para reposicionar a marca LG no mercado espanhol.

Voltou entretanto a Portugal para trabalhar a Johnson & Johnson, indo depois para Milão, Itália, trabalhar enquanto group brand manager da Prénatal. Ingressou depois no retalho alimentar, dentro do Grupo Pam, antes de assumir a responsabilidade pelo marketing e comunicação da Italchimica, mantendo-se sempre em Itália.

A experiência do Covid fê-la equacionar se não teria já a bagagem que quis ganhar e se não estaria na hora de regressar às raízes. Foi então que veio para Portugal assumir o marketing da Dyrup, antes de ingressar na Portugal Duty Free.

Nascida em Cascais, Cláudia Carvalho vive atualmente com a filha de oito anos no centro de Lisboa. “Acho que também por causa do meu passado profissional, que me levou a viver em cidades bastante grandes, Lisboa assenta-me agora que nem uma luva”, refere.

“Gosto de sentir o coração da cidade. E quando regressei a Portugal, dez anos depois de vida em Itália, encontrei uma Lisboa muito diferente. Quando vinha de férias, era numa perspetiva muito rápida e de enquadramento familiar, pelo que hoje em dia, e mesmo após ter voltado em 2021, ainda estou a descobrir Lisboa“, acrescenta.

Nas cidades em que viveu no estrangeiro não havia praia, pelo que com o regresso a Portugal readquiriu aquilo que mais gosta de fazer e que está na sua essência: praia. “Pode haver vento, chuva ou sol, que não há fim de semana em que eu não passe pela praia. A minha essência é com o pé na areia pelo que a praia é para mim uma prioridade”, diz.

Uma vez que considera que vive num “mundo em que conhecer culturas diferentes faz extraordinariamente bem”, viajar é uma das suas paixões. Embora goste muito de conhecer países europeus, a cultura desses países não é assim tão diferente e o trabalho levou-a a conhecer diversas cidades europeias. Assim, a sua preferência recai por outras culturas mais diferentes, que lhe “ensinem outras perspetivas e que inclusive chamem mais ao que é essencial”, pelo que África é para si uma paixão.

Cláudia Carvalho, que considera que tem um estilo de vida “bastante saudável”, faz caminhadas e dois treinos por semana, às sete da manhã. “Quem tem filhos e uma vida relativamente ocupada tem que encontrar uma forma que funcione para si, e no fundo este tem sido um modelo”, refere.

Entende também que sempre foi uma pessoa de ambição profissional, impulsionada desde logo pela sua formação académica, feita na Universidade Nova de Lisboa, uma faculdade que “abre muito os olhos” e que também “puxou muito” por si. Além disso, teve uma educação que a “fez ver que há mais para lá das fronteiras, e que as fronteiras são algo que talvez devêssemos eliminar“.

O maior desafio foi equilibrar o ponto perfeito de ambição com o estilo de vida. Uma pessoa quando chega aos 40 — e hoje em dia tenho 41 — começa a pensar como vai conseguir equilibrar a ambição profissional com um estilo de vida saudável, onde a velocidade seja compensada. E Portugal conseguiu-me dar isto“, aponta.

Atualmente, está numa “posição muito interessante”, gostando do que faz e considerando que teve uma “sorte incrível” por estar a trabalhar numa empresa onde “tinha tudo para cozinhar, com muita liberdade e sem deixar de estar em Portugal”.

“O maior desafio foi este: ir tomando as decisões que não quebrassem a ambição mas que me dessem um equilíbrio entre o que é a vida pessoal e profissional”, conclui.

Cláudia Carvalho, em discurso direto

1. Que campanhas – 1 nacional e 1 internacional – gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível internacional, destaco as campanhas de Oliviero Toscani (que faleceu recentemente) e que romperam com tantos dogmas nos anos 90 através da marca Benetton, com temas que ainda hoje seriam muito atuais. Foi sem dúvida uma mente brilhante muito à frente do seu tempo com um marketing que o deixou criar.
Em termos de campanhas nacionais, destaco a This is Art, do Turismo de Portugal, é um exemplo claro de tradição e contemporaneidade do que Portugal tem para oferecer. Uma narrativa simples e emocional, com impacto internacional que exibe a ligação da nossa arte à forte cultura de forma muito clara e envolvente.

2. Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A missão de, em momentos mais difíceis de vendas, decidir eliminar projetos ou redimensionar projetos que idealizámos e sabemos que teriam impacto em vendas.

3. No (seu) top of mind está sempre?

A excelência.

4. O briefing ideal deve…

Ser apenas um ponto de partida, onde a agência que o ouve, interpreta e engrandece! Esse é a verdadeira parceria difícil de encontrar!

5. E a agência ideal é aquela que…

É 100% empática com o cliente. E traz novidades e propostas que nunca pensámos.

6. Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar. O word of mouth é o verdadeiro valor da comunicação.

7. O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

O orçamento ilimitado não basta! A equipa que o pensa e implementa é o verdadeiro valor do mesmo!

8. A publicidade em Portugal, numa frase?

Portugal é hoje muito similar ao que de melhor se faz lá fora! Portanto seria “muito orgulho”.

9. Construção de marca é?

Criar e posicionar a marca Portugal Duty Free desde o zero. Era, em 2022, um rascunho… hoje é uma marca com experiência de consumidor marcante que eleva a marca “Portugal”.

10. Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria arquiteta! Um sonho de criança que ficou por aí, porque o mundo dos negócios e das marcas nunca deixou de me surpreender e ensinar!

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Oeiras recebe conferência sobre mobilidade inteligente com líderes políticos e empresariais

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide, acolhe a 23 de abril a conferência Smart Mobility Oeiras, dedicada aos desafios e soluções para a mobilidade urbana sustentável.

Num momento em que as cidades enfrentam transformações profundas nos seus modelos de mobilidade, a conferência Smart Mobility Oeiras reúne, no próximo dia 23 de abril, líderes políticos, gestores públicos e representantes de empresas para um debate alargado sobre o futuro da mobilidade urbana.

Organizada pelo ECO em parceria com a Parques Tejo, a conferência realiza-se no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide, e propõe-se refletir sobre as soluções que podem tornar os territórios mais conectados, sustentáveis e inteligentes — e sobre o papel das autarquias, do setor empresarial e da inovação tecnológica nesse processo.

A entrada é livre, mas limitada à lotação da sala e mediante inscrição aqui.

A sessão de abertura, marcada para as 09h30, contará com as intervenções de António Costa, diretor do ECO, e Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação.

Autarcas da Grande Lisboa debatem visão metropolitana

O primeiro painel, às 10h30, será dedicado à mobilidade em contexto metropolitano, reunindo os presidentes das câmaras municipais de três dos principais concelhos da região: Isaltino Morais (Oeiras), Carlos Carreiras (Cascais) e Carlos Moedas (Lisboa), ainda por confirmar. Será uma oportunidade para ouvir as diferentes visões sobre como articular políticas de mobilidade à escala intermunicipal, num contexto marcado pela crescente necessidade de integração de serviços, tecnologias e estratégias.

Da transição energética à mobilidade como serviço

Após um coffee-break, o segundo painel — “Transição para a Mobilidade Sustentável”, com início às 11h30 — trará para o palco representantes de entidades públicas e privadas que estão na linha da frente da transformação do setor.

Participam Pedro Faria, presidente da UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, Joana Baptista, vereadora da mobilidade da Câmara Municipal de Oeiras, e Faustino Gomes, presidente da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML). Os temas em foco vão desde a eletrificação dos transportes e a descarbonização da mobilidade, até à importância da cooperação entre autarquias e operadores para a criação de soluções eficazes e acessíveis.

Encerramento com Ministro das Infraestruturas e Habitação

A sessão de encerramento, às 12h15, contará com a intervenção de Rui Rei, presidente da Parques Tejo, empresa municipal responsável pela gestão da mobilidade e do estacionamento no concelho de Oeiras, acompanhado de Isaltino Morais.

A conferência Smart Mobility Oeiras afirma-se assim como um espaço de reflexão e partilha de boas práticas, essencial para construir as soluções de mobilidade do futuro — hoje.

PROGRAMA

09h30 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação

10h30 Mobilidade em linha
Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras
Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Moderação: Alexandre Batista, Editor do Local Online

11h15 Coffee-break

11h30 Transição para a Mobilidade Sustentável
Manuel Melo Ramos
, Administrador Executivo do Grupo Brisa e CEO da BCR
Pedro Faria, Presidente da UVE
Joana Baptista, Vereadora da Câmara Municipal de Oeiras
Faustino Gomes, Presidente da TML
Moderação: Tiago Freire, Subdiretor do ECO

12h15 Encerramento
Rui Rei, Presidente da Parques Tejo
Isaltino Morais
, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras

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Maré vermelha. Bolsas prolongam quedas com escalada da guerra comercial

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Abril 2025

Tarifas anunciadas por Donald Trump continuam a penalizar os mercados bolsistas e o preço do petróleo. Índice de volatilidade dispara quase 90%.

Os mercados financeiros dão sinais de que vão estender o colapso que teve início na semana passada face aos receios de uma guerra comercial global, após a China a retaliar contra os EUA com a aplicação de tarifas de 34% aos produtos norte-americanos e a União Europeia (UE) a prometer impor as suas próprias contramedidas se as negociações com Washington falharem.

Na manhã desta segunda-feira, o índice pan-europeu Stoxx 600 está a cair mais de 6%, depois de ter registado perdas de 8,4% na semana passada, a pior em cinco anos.

Mas é o DAX, na Alemanha, que regista o pior desempenho entre as principais bolsas da Europa, com uma queda acima de 7% (depois de, na abertura, ter estado a recuar quase 10%). O espanhol IBEX 35 e o francês CAC 40 cedem cerca de 5,9% cada um, enquanto o londrino FTSE 100 desliza 4,8%.

Em Lisboa, o PSI também acordou pintado de vermelho, ao desvalorizar 5,53%, para 6.267,70 pontos. As cotadas da família EDP registam as maiores quedas, na casa dos 6%, tal como a Galp e a Jerónimo Martins.

Este desempenho das bolsas europeias reflete o cenário das ações na Ásia durante a noite. Em Tóquio, o principal índice, o Nikkei, fechou a sessão a cair 7,83%, para 31.136,58 pontos, enquanto o segundo indicador, o Topix, também perdeu 7,79%, para 2.288,66 pontos. Em Seul, o índice Kospi encerrou igualmente em baixa (-5,57%). Mesmo Sydney fechou com uma queda de 4,2%.

Já em Wall Street, depois de as “Sete Magníficas” terem desvalorizado mais de um bilião de dólares num só dia na sexta-feira, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq estão a negociar com quedas de 4,5% e 5%, respetivamente, antes da abertura desta segunda-feira.

A escalada da guerra comercial está a atingir também as cotações do petróleo. O barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações europeias, está a desvalorizar 3,77%, para os 63,12 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recua 3,98%, para 59,49 dólares.

Com a queda nas ações, o índice de volatilidade VIX está a disparar quase 90%, chegando aos 57 pontos.

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Imigrantes que “Estado português não quer aceitar” protestam contra falta de resposta da AIMA

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Associação de imigrantes organizou "manifestação de descontentamento" junto à sede da Agência para a Integração, Migrações e Asilo. Com via verde, imigrantes ficam "escravizados e na mão dos patrões".

Mais de uma centena de imigrantes de origem asiática concentraram-se esta manhã em frente à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em Lisboa, para contestar a discriminação e falta de respostas da estrutura.

“Direitos iguais para todos”, “somos todos legais”, “não mais espera” e “residência para todos” são algumas das frases gritadas pelos imigrantes nesta manifestação promovida pela Associação Solidariedade Imigrante.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da associação, Timóteo Macedo, criticou o acordo assinado recentemente entre o Estado português e as entidades patronais para a contratação nos países de origem, conhecido como via verde, dizendo que desta forma os trabalhadores vão ficar “escravizados e nas mãos dos patrões”.

A iniciativa contou com o apoio da maior associação de imigrantes do país, a Solidariedade Imigrante, que tem recolhido muitas queixas de imigrantes do Bangladesh, Nepal, Paquistão e Índia, aqueles “que o Estado português não quer aceitar”, referiu à Lusa o presidente da associação.

“Nada nos cai dos céus, nada nos é dado, se nós não lutarmos para que as coisas se alterem”, afirmou à Lusa Timóteo Macedo, antes da concentração agendada para as 10:00. O dirigente explicou que um grupo de imigrantes pediu à associação para realizar uma “manifestação de descontentamento”, sendo esta concentração a primeira de várias previstas contra a política migratória portuguesa.

“Reunimos há pouco tempo com representantes das várias comunidades que estão a ser muito perseguidas, até por algumas organizações da extrema-direita em Portugal. Falamos das comunidades asiáticas e também das comunidades islâmicas”, disse Timóteo Macedo, denunciando o “aumento da islamofobia” no país.

O dirigente acusou a AIMA de estar a mostrar uma “grande inoperância”, o que deixa a vida de milhares de imigrantes suspensa, e acusou esta estrutura de estatal de “não responder e indeferir mais de 50% das anteriores manifestações de interesse”.

Além disso, os imigrantes identificados como irregulares noutros países europeus são colocados numa “lista de não admissão do espaço Schengen” e, por causa disso, não têm resposta da AIMA.

Essas pessoas optaram por vir para Portugal para pedir manifestações de interesse e caberia à AIMA identificar os casos e retirá-los da lista em causa, caso cumpram os requisitos legais em Portugal.

Estão cá a trabalhar, fazem os seus descontos, passaram por um outro país e não fizeram nada de mal. Mas agora têm a vida parada.

Timóteo Macedo

Presidente da associação Solidariedade Imigrante

Mas “a AIMA não está a fazer absolutamente nada, queixa-se de não ter recursos humanos e diz que não tem muitas vezes competências para fazer isso”, acusou Timóteo Macedo, que quer, com esta concentração, “alertar a sociedade civil e a comunicação social para a situação destes milhares e milhares de pessoas que têm a vida suspensa”.

“Estão cá a trabalhar, fazem os seus descontos, passaram por um outro país e não fizeram nada de mal. Mas agora têm a vida parada”, afirmou, salientando que só no Porto existem 800 casos deste tipo.

A abertura de canais prioritários aos cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ao contrário do que sucede com outras origens corresponde a uma estratégia de “dividir para reinar” os imigrantes e o movimento associativo.

Recentemente, foi assinado o acordo entre o estado e as entidades patronais para a contratação nos países de origem, denominada “Via Verde”, mas Timóteo Macedo é muito crítico da medida, porque transformam “os trabalhadores em contratados, escravizados e acorrentados aos patrões”.

“Os patrões não ficam responsáveis por nada, porque retiram dos salários tudo, o seguro de saúde, os custos da educação [da língua portuguesa] ou a habitação que disseram ao Governo ser responsáveis”, acusou, frisando que vão “meter em contentores as pessoas, presas às empresas, sem direito a uma vida autónoma”.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Startup World Cup chega a Portugal. Startups podem ganhar um milhão de dólares

50 startups nacionais serão pré-selecionadas e 15 irão competir por um lugar na Grand Finale em São Francisco. Poderão ganhar um milhão de dólares na competição que chega agora a Portugal.

Da esquerda para a direita, Manuel Teixeira Magalhães (diretor comercial & parcerias); Nuno Cepêda (diretor de marketing & comunicação); Sónia Magalhães (diretora de inovação & ecossistema) e Rui Sales Rodrigues (diretor executivo).

As startups nacionais vão ter a oportunidade de ganhar um milhão de dólares em investimento se ganharem o pitch que se vai realizar em Silicon Valley, nos Estados Unidos, com a entrada do Startup World Cup em Portugal. A competição presente em 70 países, chega ao país pelas mãos da Pegasus Tech Ventures e “reflete a crescente relevância do país como centro europeu de inovação e empreendedorismo”. A primeira edição realiza-se em setembro, na Unicorn Factory, em Lisboa.

“A chegada da Startup World Cup a Portugal reflete a crescente relevância do país como centro europeu de inovação e empreendedorismo, apoiado por um ecossistema de inovação dinâmico e em crescimento”, afirma Rui Sales Rodrigues. “Esta iniciativa, que combina uma competição de pitch com uma conferência, e está presente em mais de 70 países, reforça a posição estratégica de Portugal como hub de negócios, inovação e networking internacional, evidenciando o talento e o potencial das startups portuguesas no cenário global”, reforça o diretor executivo da Startup World Cup em Portugal, ao ECO.

Com mais de 100 etapas regionais, a Startup World Cup é uma competição global em que startups, investidores, business angels, analistas de mercado e empresas juntam-se para discutir negócios e soluções em setores como a saúde, energia, educação, finanças, entretenimento e tecnologia, com o objetivo de ligar ecossistemas regionais de inovação com Silicon Valley. Anualmente, recebe cerca de dez mil candidaturas de startups em eventos nos seis continentes, envolvendo mais de 50 mil participantes.

“Estamos muito entusiasmados por finalmente chegar a Portugal, um país com um ecossistema de inovação vibrante e uma cultura crescente de empreendedorismo e investimento”, diz Anis Uzzaman, fundador e CEO da Pegasus Tech Ventures.

Esta iniciativa [Startup World Cup], que combina uma competição de pitch com uma conferência, e está presente em mais de 70 países, reforça a posição estratégica de Portugal como hub de negócios, inovação e networking internacional, evidenciando o talento e o potencial das startups portuguesas no cenário global.

Rui Sales Rodrigues

Diretor executivo da Startup World Cup em Portugal

Em Portugal, a primeira edição realiza-se a 10 e 11 de setembro, na Unicorn Factory Lisboa. Durante os dois dias de evento, um grupo de jurados, organizações líderes e parceiros institucionais, vão avaliar o potencial de 50 startups pré-selecionadas e eleger 15 semifinalistas que irão competir por um lugar na Grand Finale, a 17 de outubro, em São Francisco.

“É uma oportunidade única para as startups portuguesas aumentarem a sua visibilidade a nível nacional e internacional”, argumenta Rui Sales Rodrigues. O diretor executivo da competição em Portugal explica como. “O evento proporciona acesso direto a investidores e empresas de referência, bem como mentoria especializada e ampla exposição mediática. As startups poderão ainda competir por um lugar na final em Silicon Valley, em outubro, com a possibilidade de conquistar um prémio de um milhão de dólares em investimento direto — um impulso decisivo para o seu crescimento”, diz.

Mais, as startups ficarão integradas “na base de dados de deal flow da Pegasus Tech Ventures, uma venture capital americana de referência [tem dois mil milhões de dólares de ativos sob gestão] tornando-as visíveis para toda a sua rede global de investidores, independentemente do resultado do concurso”, diz.

Desde o seu arranque, em 2010, a Startup World Cup já avaliou “dezenas de milhares de startups nas suas edições globais e regionais, proporcionando visibilidade e oportunidades de investimento através da rede da Pegasus Tech Ventures”, destaca Rui Sales Rodrigues.

Alguns dos mais de 35 parceiros corporativos da Pegasus incluem ASUS, Aisin, SEGA, Sojitz e NGK Spark Plugs. Essas empresas podem ter acesso a mais de 200 empresas do portefólio Pegasus, como a SpaceX, Airbnb, SoFi, Doordash, 23andMe, Bird, Color, Carbon, entre outras.

Rui Sales Rodrigues destaca alguns “casos de sucesso” de startups que participaram na competição. É o caso da vencedora no ano passado, a EarthGrid, que desenvolveu uma “tecnologia de escavação por plasma que permite perfurar túneis até 100 vezes mais rápido e com custos 90% inferiores”. No inicio do ano, “o financiamento total da EarthGrid atingiu 31 milhões de dólares, distribuídos por sete rondas, sendo a mais recente uma competição de planos de negócios realizada a 8 de janeiro de 2025”, descreve.

Um ano antes, o prémio foi para a Aillis, startup especializada em tecnologia de saúde com inteligência artificial para diagnóstico de doenças respiratórias, “já captou mais de 50 milhões de dólares”; e, em 2022, para a SRTX, empresa “focada em têxteis ultraduráveis, com mais de 120 milhões de dólares angariados, reconhecida pela sua inovação tecnológica e compromisso com a sustentabilidade no setor da moda”.

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Secretário do Tesouro dos EUA recusa “recessão” por causa das tarifas

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Contrariando a opinião de economistas e instituições financeiras, Scott Bessent rejeita cenário de recessão provocado pela guerra comercial e garante que a política tarifária não irá ser revertida.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, negou que as tarifas anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, conduzam a uma recessão, garantindo que a política tarifária não irá ser revertida.

Numa entrevista ao programa “Meet the Press” da NBC News, Bessent disse não ver razão para se “ter em conta uma recessão”, acrescentando que a administração Trump está a “construir bases económicas a longo prazo” que visam “a prosperidade”.

A opinião de Bessent contrasta com a de vários economistas e instituições financeiras, como o maior banco de investimento dos Estados Unidos, JP Morgan Chase, que elevou a probabilidade de uma recessão global de 40% para 60%, perante o impacto económico das tarifas anunciadas por Trump na passada quarta-feira.

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, alertou igualmente na sexta-feira que as tarifas se traduzirão numa maior inflação e num menor crescimento económico.

Apesar dos alertas dos especialistas, Bessent descreveu a política tarifária de Trump como “um processo de ajustamento” e afirmou que vai ser mantida com o objetivo de criar riqueza e reduzir a inflação.

A tarifa global de 10% anunciada por Trump entrou em vigor no sábado, depois de dois dias de queda das bolsas mundiais, desde o anúncio da medida. “O Presidente Trump decidiu que não podemos correr o risco de depender de outros países para os nossos medicamentos, semicondutores e remessas essenciais, e vamos avançar para que o povo norte-americano saiba que terá um futuro mais seguro”, disse Bessent ao programa “Meet the Press”.

Esta segunda-feira, através do jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC), a China diz estar “preparado” para travar guerra comercial com Estados Unidos. Pequim assegura que “já tinha previsto esta nova ronda repressão económica e comercial” por parte dos EUA e que “preparou planos de resposta com tempo de antecipação e reservas suficientes”.

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China “preparada” para guerra comercial. EUA garante tarifas em vigor “durante semanas”

  • ECO e Lusa
  • 7 Abril 2025

Pequim assegura que “já tinha previsto esta nova ronda repressão económica e comercial” por parte dos EUA e que “preparou planos de resposta com tempo de antecipação e reservas suficientes".

O jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) admitiu esta segunda-feira que as taxas impostas por Washington terão impacto na economia chinesa, mas ressalvou que a liderança em Pequim já vinha a preparar-se para este momento.

“Embora os mercados internacionais considerem, de modo geral, que os abusos tarifários dos Estados Unidos excederam as expectativas, o Comité Central do Partido [Comunista] já tinha previsto esta nova ronda de contenção e repressão económica e comercial contra a China, estimou plenamente o seu potencial impacto e preparou planos de resposta com tempo de antecipação e reservas suficientes”, afirmou o Diário do Povo.

Reconhecendo que a aplicação de taxas alfandegárias adicionais de 34% sobre as importações oriundas da China, além das taxas de 20% impostas anteriormente, resultará numa “redução do comércio bilateral com os EUA” e num “impacto negativo a curto prazo para as exportações”, o jornal lembrou que “muitos produtos dos EUA têm elevada dependência da China”.

“Os EUA dependem da China não só para muitos bens de consumo, mas também para investimento e produtos intermédios, com uma dependência superior a 50% em várias categorias, o que torna difícil encontrar alternativas no mercado internacional a curto prazo”, lê-se no editorial.

A percentagem das exportações da China para os Estados Unidos, em relação ao total das suas vendas externas, caiu de 19,2%, em 2018, para 14,7%, em 2024. Parte desta queda deve-se ao ‘comércio triangular’, no qual os produtos são exportados quase concluídos da China para outros países, incluindo Vietname, Tailândia ou Camboja, onde é acrescentado um componente ou acabamento, visando alterar o local de fabrico, visando contornar as taxas. O jornal não refere este fenómeno.

O Diário do Povo lembrou que, nos últimos anos, “apesar das pressões internas e externas”, Pequim “tem persistido em fazer coisas difíceis, mas corretas”, incluindo desalavancar o setor imobiliário e reduzir o endividamento das administrações locais e das pequenas e médias instituições financeiras. “Estes três grandes riscos foram eficazmente controlados e contidos e estão a diminuir”, assegurou.

Apontando a “grande dimensão” da economia chinesa, o jornal lembrou que a China dispõe de instrumentos de política monetária, como a redução do rácio de reservas obrigatórias e das taxas de juro, para estimular o consumo interno com uma “força extraordinária”, o que permitiria ao país asiático reduzir a sua dependência das exportações.

“O mercado interno tem uma ampla margem de manobra”, afirmou o jornal oficial do Partido Comunista Chinês. E sublinhou ainda a capacidade do país para transformar o efeito adverso das medidas dos EUA num “impulso” para acelerar a transformação económica e a “inovação industrial”. “Estrangular, reprimir e restringir apenas forçará a China a acelerar os avanços tecnológicos fundamentais em áreas-chave”, avisou.

Pequim lançou na passada sexta-feira várias contramedidas às taxas anunciadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump. As medidas de Pequim incluem taxas de 34% sobre produtos oriundos dos EUA, sanções contra empresas norte-americanas, restrições à exportação de certas terras raras ou a abertura de investigações antimonopólio e ‘antidumping’ contra empresas e produtos norte-americanos.

“Perante a inconstância e a pressão extrema dos Estados Unidos, não fechámos a porta às negociações”, apontou o Diário do Povo. “Mas também não alimentamos esperanças, tendo feito vários preparativos para responder aos impactos”, esclareceu.

EUA avisam que tarifas vão manter-se em vigor “semanas”, apesar das negociações

O secretário do Comércio dos Estados Unidos afirmou, por outro lado, que as tarifas anunciadas por Donald Trump não serão adiadas, mas manter-se-ão em vigor “durante dias e semanas”, apesar das possíveis negociações com os países afetados pelas taxas.

“O Presidente precisa de reequilibrar o comércio global. Todos têm um excedente comercial, e nós temos um défice comercial (…). Os países de todo o mundo estão a roubar-nos, e isso tem de parar”, disse Howard Lutnick, citado pela CBS News.

A declaração surge momentos depois de o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, terem dito que mais de 50 países afetados pela política tarifária de Trump falaram com o Presidente para discutir as negociações sobre as tarifas. Segundo Lutnick, isto só mostra que “todos estes países sabem que nos estão a enganar”.

O secretário do Comércio afirmou que os EUA dependem de medicamentos e semicondutores fabricados no estrangeiro e realçou que o país deve começar a defender-se e deixar de ser “enganado por todos os países do mundo”.

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Nuno Fernandes Thomaz: “Portugal precisa de uma sociedade que não tenha ódio aos ricos”

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Nuno Fernandes Thomaz, senior partner da Core Capital, partilha no podcast E Se Corre Bem? a sua visão sobre liderança, empreendedorismo e a urgência de uma mudança cultural em Portugal.

No 24.º episódio do podcast E Se Corre Bem?, Nuno Fernandes Thomaz, atual senior partner da Core Capital, revisita um percurso de vida marcado pela ousadia, pelas mudanças e por uma crença inabalável no potencial de Portugal. Começou como corretor, ainda jovem, na Pedro Caldeira Corretora – “uma grande escola” onde viveu “o primeiro embate com a vida profissional” e onde alimentou a adrenalina e o sonho dos mercados financeiros. “Diverti-me muito. Nunca mais parei de trabalhar”, relembra.

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Ex-secretário de Estado dos Assuntos do Mar, assume que o “bichinho da política” ainda está presente, mas recusa a ideia de uma carreira nesse meio. “Gosto demasiado de empresas… da minha liberdade”, afirma. E mesmo que a passagem pelo governo tenha sido breve, foi suficientemente marcante para o levar a uma reflexão profunda e ao primeiro passo como empreendedor. Do zero, montou uma das primeiras boutiques financeiras em Portugal, um projeto que considera “extraordinário”.

"Portugal é um país extraordinário, isto não é um cliché. Tem pessoas fantásticas. Mas precisa de uma sociedade que não tenha ódio aos ricos e às pessoas que têm sucesso”

Nuno Fernandes Thomaz, senior partner da Core Capital

Ao longo da conversa, defende a necessidade de uma mudança de mentalidade no país. “Portugal é um país extraordinário, isto não é um cliché. Tem pessoas fantásticas. Mas precisa de uma sociedade que não tenha ódio aos ricos e às pessoas que têm sucesso.” Aponta o dedo à burocracia e à cultura do “vai correr mal” e acredita que existe uma nova geração que está a tentar mudar esse pensamento. “Acho que o país necessita de um choque cultural. Precisamos de mudar, de sermos mais ousados, de criar ruturas e de avançar”, diz.

Fala com orgulho da sua experiência diversificada – banca, política, empreendedorismo – e vê nela uma riqueza imensa: “Não me arrependo de ter mudado muitas vezes, de ter conhecido muitas realidades diferentes… isso deu-me uma bagagem muito grande.” E é com a mesma energia que olha para o futuro: “Não me vejo reformado. Vejo-me a continuar a fazer muitas coisas diferentes. A continuar a errar, mas continuar a gostar de fazer coisas.”

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Hoje nas notícias: minas, Novobanco e saúde

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo diz que o incumprimento das “obrigações legais e contratuais” forçaram a terminar o contrato de concessão das minas de ferro de Torre de Moncorvo. O Novobanco está a ser alvo de queixa em tribunal por “negócio simulado” de 8,7 milhões de euros com quintas em Sesimbra. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Governo rasga contrato de concessão das minas de ferro de Moncorvo

O Governo rasgou o contrato de concessão de exploração das minas de ferro de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança. Um aviso assinado pelo diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), Paulo Carmona, e publicado na passada sexta-feira em Diário da República, torna pública “a resolução do contrato por iniciativa do Estado com fundamento no incumprimento das obrigações legais e contratuais”. A mineira britânica Aethel Mining, detida pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert, diz que vai “exercer os seus direitos”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Novobanco alvo de queixa em tribunal por “negócio simulado” de 8,7 milhões em Sesimbra

No Tribunal da Comarca de Setúbal deu entrada, na semana passada, uma ação declarativa civil visando “a nulidade de negócio simulado” de 8,7 milhões de euros, assim como o “exercício de preferência” de duas quintas, na zona de Sesimbra, vendidas em 2024 pelo Novobanco a investidores liderados pelo Grupo Arié. O autor da queixa é um membro da família Espírito Santo, que alega que foi enganado pelo gestor espanhol Volkert Schmidt, que gere o portefólio imobiliário do Novobanco.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Doentes fazem centenas de quilómetros para levantar medicamentos

Em testes desde o final de 2024, o regime Dispensa em Proximidade, que permite aos doentes levantar a medicação hospitalar na farmácia comunitária ou num centro de saúde perto de casa, já devia estar a funcionar em todo o país desde janeiro, mas está atrasado. De novembro até agora, houve 59 dispensas para 46 doentes quando se estima que o regime possa beneficiar 150 mil pessoas. O Ministério da Saúde justifica o atraso com problemas de compatibilidade dos sistemas informáticos e prevê que, em maio, haja dois hospitais a concluir a fase piloto.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Canábis medicinal: o negócio milionário da Terra Verde de Ângelo Correia

Portugal é o segundo maior exportador mundial de canábis medicinal, apenas atrás do Canadá, e o número de empresas licenciadas tem vindo a aumentar, existindo atualmente 41 dedicadas ao cultivo, 24 para fabrico, 51 para importação e exportação e 15 para o comércio e distribuição desta planta. A primeira empresa autorizada a plantar foi a Terra Verde, em 2014, um negócio milionário para o empresário e ex-governante do PSD Ângelo Correia. A sociedade, sediada no Montijo, é agora detida pela gigante mundial do setor, a Curaleaf, uma multinacional acusada de ter ligações à Rússia e que foi financiada secretamente por Roman Abramovich.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Autobaixas disparam com vírus respiratórios

As autodeclarações de doença dispararam 33% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2024. Entre 1 de janeiro e 31 de março foram emitidas 157.788 autobaixas, mais 39.816 do que nos mesmos três meses do ano passado, de acordo com os dados do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde. Este aumento é justificado pela elevada transmissão dos vírus respiratórios, como o da gripe.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Barcelona acolhe o maior evento de tecnologia para o setor industrial, que gerará um impacto de mais de 79 milhões de euros

  • Servimedia
  • 7 Abril 2025

De 8 a 10 de abril, mais de 680 empresas expositoras apresentarão os últimos desenvolvimentos em automação, robótica e tecnologias 4.0 para a indústria.

A grande semana tecnológica do setor industrial arranca amanhã em Barcelona com a realização simultânea da Advanced Factories, o evento líder em automação, robótica e Indústria 4.0 no sul da Europa, e da AMT 2025, a feira bienal de máquinas-ferramenta para a indústria metalomecânica.

De 8 a 10 de abril, ambas as feiras reunirão mais de 37.000 profissionais da indústria, gerando um impacto económico de mais de 79 milhões de euros para a cidade de Barcelona. Numa altura em que a reindustrialização surge como a chave para recuperar a autonomia industrial da Europa, o setor industrial deve apostar na automatização e robotização dos seus processos de produção para aumentar a sua competitividade a nível mundial.

É por isso que, durante três dias, milhares de profissionais da indústria estarão presentes nas Fábricas Avançadas e na AMT 2025- Advance Machine Tools para descobrir os últimos desenvolvimentos em automação, robótica, tecnologias 4.0 e máquinas de última geração para transformar as suas instalações de produção em fábricas automatizadas, eficientes e sustentáveis.

Para tal, mais de 680 empresas expositoras mostrarão nas Fábricas Avançadas as últimas novidades em robótica, automação industrial, Inteligência Artificial, visão artificial, Impressão 3D, gémeos digitais, IoT… bem como soluções para a integração de sistemas de produção, cibersegurança, manutenção preditiva, controlo de qualidade e melhoria da eficiência energética. O pavilhão da AMT contará também com mais de 180 expositores que apresentarão os últimos desenvolvimentos em máquinas-ferramentas (maquinagem, usinagem, corte, deformação, etc.), instrumentação, componentes, materiais e outras soluções para o setor metalomecânico e sua indústria auxiliar.

EXPERIÊNCIAS INDUSTRIAIS

Com o objetivo não só de apresentar as mais recentes inovações e tecnologias 4.0 para o setor industrial, mas também de descobrir casos de sucesso da aplicação destas soluções em instalações de produção, o Congresso da Indústria 4.0 irá mostrar mais de 200 experiências industriais de empresas líderes no setor.

Mais de 430 especialistas de setores que vão desde a indústria automóvel à indústria farmacêutica e alimentar partilharão as tendências e os casos de sucesso na aplicação de tecnologias avançadas nas unidades de produção. É o caso de executivos de empresas do setor automóvel como a Stellantis, Michelin, Seat Cupra, Horse (Grupo Renault), Nissan, Gestamp, Mercedes-Benz e Fersa; do setor químico e farmacêutico como a Almirall, Novaltia, Basf, Towa Pharma, Hipra ou B. Braun Surgical; do setor alimentar e de bebidas, como a Coca-Cola, Damm, Grupo Agora, Noel, Pastas Gallo e Kellogg’s; do setor aeronáutico, como a Airbus; do setor da moda e têxtil, como a Selmark e a Pikolin; do setor metalúrgico, como a Dicomol, Inoxforma e Anudal; e de outros setores, como o setor energético, como a Moeve e a Naturgy, entre outros.

O Congresso da Indústria 4.0 incluirá ainda fóruns específicos como o CIO’s Summit, o Industrial Cybersecurity Forum, o Plant Managers Summit, o Artificial Intelligence Forum, o 3D Printing Forum, o National Congress of Industrial Estate Managers, e o Metal Industry 4.0 Summit, focado na indústria metalúrgica.

TALENTO

A nova edição das Fábricas Avançadas e da AMT prestará especial atenção ao desafio de atrair jovens talentos para a indústria e, em especial, para o setor metalúrgico. Para tal, acolherão o Talent Marketplace, um encontro destinado a estudantes de formação profissional, universitários e jovens talentos com o objetivo de mostrar as oportunidades de emprego na indústria, quebrar mitos e mostrar que se trata de um setor com uma elevada procura de trabalhadores e bem remunerado.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 7 de abril

  • ECO
  • 7 Abril 2025

Ao longo desta segunda-feira, 7 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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