Trump responde aos mercados: “Petróleo, juros e preços dos alimentos estão a cair. Não há inflação”

Donald Trump também comentou a previsão de que a "lenta" Fed deverá cortar os juros. “Os EUA estão a trazer milhares de milhões de dólares por semana dos países abusadores", garante.

O presidente dos Estados Unidos decretou esta segunda-feira que a inflação terminou, argumentando que os preços do cabaz alimentar, as taxas de juros e as cotações do petróleo estão a descer devido ao impacto das taxas aduaneiras no comércio mundial.

“Os preços do petróleo estão em baixa, as taxas de juro estão em baixa (a lenta Fed deve cortar as taxas), os preços dos alimentos estão em baixa, não há inflação”, escreveu Donald Trump na rede social Truth Social, enquanto o mercado começa a antecipar novos cortes da taxa de juro diretora pela Reserva Federal. Os analistas preveem uma hipótese de 48% de uma descida de 25 pontos base na próxima reunião do comité de política monetária.

Apesar da retaliação da China, que atirou as bolsas mundiais para perdas históricas, o chefe de Estado norte-americano reiterou os argumentos para a aplicação de tarifas aos bens importados pelos Estados Unidos de que a maior economia do mundo tem sofrido “abusos” por parte de outras nações.

“Os Estados Unidos, há muito tempo abusados, estão a trazer milhares de milhões de dólares por semana dos países abusadores das tarifas que já estão em vigor”, escreveu Donald Trump na rede social por si criada para fazer frente ao antigo Twitter.

Para Donald Trump, Pequim é “o maior abusador de todos” e vive um “crash dos mercados” após ter aumentado para 34% as tarifas para os produtos norte-americanos. “Ridiculamente elevadas (mais), não reconhecendo o meu aviso para os países abusadores para não retaliarem”, assinalou, na mesma publicação online.

Bolsas em queda “não são do interesse” nem da UE nem dos EUA

Entretanto, a Comissão Europeia assinalou esta manhã não ser “do interesse da economia em geral” nem da União Europeia ver as bolsas de valores, nomeadamente comunitárias, com quedas superiores a 5%, em pânico pela aplicação de tarifas dos Estados Unidos.

“Penso que todos concordam que não queremos ver os mercados e as bolsas a afundarem-se. Não é do interesse da economia em geral, nem da economia europeia, e é tudo o que podemos dizer por agora”, reagiu a porta-voz principal do executivo comunitário, Paula Pinho, na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, citada pela agência Lusa.

Questionada sobre a ambição europeia de tentar negociar com os Estados Unidos, Paula Pinho insistiu que esta “é a abordagem preferida da União Europeia [UE]”, apontando que, hoje, “as modalidades destas discussões estão a ser discutidas com precisão e debatidas em mais pormenor com todos os Estados-membros” no Conselho de Comércio, no Luxemburgo.

Os ministros do Comércio da UE debatem esta segunda-feira as atuais tensões comerciais, num dia em que as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo presidente norte-americano.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas por Donald Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da UE.

À chegada ao encontro no Luxemburgo, o comissário europeu do Comércio, Maroš Šefčovič, criticou a “mudança de paradigma” no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na UE para os próximos passos. Portugal está representado na reunião, no Luxemburgo, pelo secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira.

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O que Trump dá, Trump tira. Bitcoin apaga ganhos desde as eleições americanas

Resistiu à pressão das tarifas na semana passada, mas foi apanhada pela maré vermelha esta segunda-feira. A bitcoin esteve a valer menos de 74 mil dólares e já caiu 30% desde último máximo histórico.

O tsunami que inundou os mercados financeiros nos últimos dias alastrou-se esta segunda-feira aos criptoativos, e não está a poupar vítimas. A bitcoin já esteve a negociar abaixo dos 75 mil dólares, eliminando toda a valorização registada desde que Donald Trump foi eleito Presidente dos EUA em novembro.

Ao final da manhã desta segunda-feira, 7 de abril, a maior criptomoeda em valor de mercado já tinha recuperado de parte dessa queda, mas seguia com uma desvalorização de 6,66% relativamente ao dia anterior e a negociar por menos de 77.300 dólares, de acordo com dados da plataforma de preços CoinMarketCap.

O cenário era ainda pior para o Ethereum (ver gráfico). À mesma hora, esta criptomoeda alternativa registava uma queda superior a 16%, cotando a menos de 1.500 dólares a unidade e negociando no valor mais baixo desde março de 2023, segundo a mesma fonte. São fortes sinais de que os investidores estão mesmo a fugir ao risco, e não apenas a vender ações.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Estas quedas resultam do pânico que se instalou nos investidores após o anúncio das “tarifas recíprocas” por Donald Trump, num discurso no roseiral da Casa Branca que ficará para a história. A decisão de taxar as importações oriundas de alguns dos seus principais parceiros comerciais, e a retaliação anunciada pela China, já fez evaporar vários biliões de dólares do mercado, no pior momento para as bolsas desde o início da pandemia em 2020.

No final da semana passada, enquanto os mercados de ações colapsavam, a bitcoin manteve-se relativamente estável, negociando entre os 82 mil e os 84 mil dólares e fechando a semana com ganhos acumulados. Também o Ethereum concluiu a semana com uma subida marginal face à semana anterior. No entanto, à medida que as bolsas continuam em trajetória descendente esta segunda-feira de manhã, os criptoativos juntam-se à maré vermelha.

“Por um momento, parecia que as criptomoedas poderiam manter-se estáveis, mas, com os mercados de criptoativos a funcionarem 24/7, os investidores acordaram no domingo em pleno ‘modo de vender'”, escreveu Charlie Sherry, analista de criptomoedas da BTC Markets, numa nota de research citada pela Bloomberg.

Para os entusiastas mais fervorosos das criptomoedas, estas quedas têm um sabor particularmente amargo. No final do ano passado, a eleição de Trump para a Casa Branca deu um novo elã aos mercados financeiros, incluindo aos criptoativos, levando a bitcoin a superar a fasquia psicológica dos 100 mil dólares.

Foram muitas as promessas do republicano para apelar ao voto da comunidade ‘cripto’ e, durante algumas semanas, parecia difícil perder dinheiro a investir em bitcoin. Mas a cotação da criptomoeda já caiu cerca de 30% desde o máximo histórico de 109.114,88 dólares alcançado a 20 de janeiro, dia em que o atual Presidente dos EUA tomou posse.

Enquanto isso, o valor de mercado do conjunto de todas as criptomoedas ronda agora os 2,43 biliões de dólares, praticamente em linha com o registado em novembro, na altura das Presidenciais americanas, e longe do máximo de 3,72 biliões. Com as bolsas em queda livre e os fundos alavancados a terem de liquidar posições, os investidores arriscam mais turbulência no horizonte.

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IL discorda de proposta do PS para o IVA por “desviar recursos” do crescimento económico

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Líder dos liberais considera que proposta socialista "é focada nos interesses de curto prazo” e "desvia recursos daquilo que devia ser a nossa aposta, que é o crescimento económico”.

Rui Rocha, presidente da Iniciativa LiberalLusa

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, discordou esta segunda-feira da abordagem fiscal do programa eleitoral do PS, garantindo que o partido não vai propor qualquer descida do IVA nesta altura e defendendo que essa proposta “desvia recursos” do crescimento económico.

Em declarações aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Lisboa, depois de ter entregado a lista da IL pelo círculo eleitoral da capital, encabeçada por Mariana Leitão, Rui Rocha ressalvou que discorda das críticas feitas pelo PSD ao programa dos socialistas, por considerar que não há “um drama” nas propostas, mas sim um “enquadramento errado da política económica”.

“Eu percebo que, no momento em que os portugueses enfrentam muitas dificuldades, isso [IVA zero permanente em alguns bens essenciais] pode parecer uma proposta que pode ter algum interesse. O que é que acontece? Por um lado, ela é focada nos interesses de curto prazo e, por outro lado, desvia recursos daquilo que devia ser a nossa aposta, que é o crescimento económico“, argumentou o líder da IL.

O PS propõe no programa eleitoral o IVA zero permanente num cabaz de bens alimentares, tal como foi aplicado temporariamente pelo Governo de António Costa devido à inflação, e reduzir esse imposto para 6% na eletricidade até 6,9 kVA.

Rui Rocha garantiu que o partido “não optará por propor qualquer descida do IVA nesta altura”, focando o alívio fiscal nas descidas do IRS e do IRC por entender que “o problema fundamental do país, neste momento, é criar riqueza” e que essa riqueza não se cria com descidas no IVA.

A IL quer abrir o país a investimento estrangeiro para “trazer riqueza para o país” e defende uma descida do IRS “porque dá liberdade às pessoas de depois escolherem em que é que investem esse dinheiro a mais que ficará no seu bolso no final do mês”.

“E não afunilar isso num conjunto de produtos alimentares, que para uns terá muito interesse, para outros terá menos. As pessoas devem ser livres de fazer aquilo que entendem com o dinheiro que têm. E nós queremos que haja mais dinheiro no bolso dos portugueses”, acrescentou Rui Rocha.

Sobre as expectativas do partido para estas legislativas, Rui Rocha mostrou-se confiante mas não quis colocar metas concretas, assegurando apenas que “todo o crescimento que puder vir é bom e será bem-vindo”.

“Não limitamos essa possibilidade nesta altura. Todo o crescimento que for possível é aquele que nós desejamos. E não é uma questão de crescer por crescer (…), porque consideramos que as transformações necessárias no país, está demonstrado, só acontecem com um partido que tenha, ao mesmo tempo, sentido de responsabilidade, capacidade e impulso reformista”, acrescentou.

Segundo o líder da IL, o partido tem feito uma “trajetória de responsabilidade” e encontra-se “sempre do lado dos interesses dos portugueses” e conta que os eleitores reconheçam “a capacidade da Iniciativa Liberal” de trazer a “mudança necessária ao país”.

Questionado sobre a sua presença na entrega das listas em Lisboa, uma vez que é cabeça de lista por Braga, Rui Rocha explicou que esta é uma altura em que o partido tem de “estar concentrado nas mensagens e na capacidade de as comunicar” e que a sua “responsabilidade nacional” no partido justifica a sua presença na capital.

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Montenegro volta a afastar entendimentos com o Chega e só governa se ganhar as eleições

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

"Nós queremos a legitimação do voto popular para podermos executar o nosso programa, nós queremos ter a maioria dos votos dos eleitores, não queremos nenhum acerto", assegura Montenegro.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afastou esta segunda-feira qualquer solução de Governo com o PS ou com o Chega, adiantou que irá lutar por conseguir uma maioria e reiterou que só será primeiro-ministro se vencer.

Montenegro, juntamente com outros candidatos, entregou esta segunda-feira no Tribunal de Aveiro, a lista da AD – Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral deste distrito às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

O cabeça de lista da AD por Aveiro reiterou as balizas que tinha estabelecido em 2024, afirmando que só reassumirá as funções de primeiro-ministro se vencer as eleições, e adiantando que vai lutar para ter a maioria dos votos dos portugueses, mas sem falar numa maioria absoluta.

“É um ponto de honra desta candidatura. Nós queremos a legitimação do voto popular para podermos executar o nosso programa, nós queremos ter a maioria dos votos dos eleitores, não queremos nenhum acerto, nenhum esquema de, nas costas dos portugueses, encontrar soluções de governo, nós queremos governar tendo mais votos que os outros”, afirmou.

O líder dos sociais-democratas afastou qualquer cenário de solução de Governo com o PS, considerando que isso não seria bom para o país, admitindo no entanto, a possibilidade de entendimentos setoriais.

“A nossa proposta passa por, com essa legitimação, não ter nenhuma solução de governo com o PS – acho que isso se percebe, até porque as nossas propostas são, de facto, alternativas, não há aqui nenhuma ideia de bloco central, de aproximação, nem o país precisa, nem é bom para o país, nem nós temos, de facto, propostas que sejam convergentes, independentemente de depois podermos, setorialmente, ter um ou outro entendimento que é bom para o país”, afirmou.

Montenegro afastou de igual modo um possível entendimento com o Chega para formar Governo, afirmando que se trata de um partido que “não tem nem postura, nem maturidade para assumir essa responsabilidade”.

“Eu quero que os portugueses saibam as balizas nas quais nós nos fundamos para nos apresentarmos para governar o país nos próximos quatro anos e meio, são estas. As propostas são, no essencial, aquelas que nós vimos concretizando, que agora serão naturalmente atualizadas e apresentadas nos próximos dias”, concluiu.

Novas críticas às promessas do PS

O cabeça de lista enfatizou ainda o que considera ser a grande diferença entre a proposta da AD e as propostas apresentadas no sábado pelo PS.

“Nós temos o objetivo de criar mais riqueza para poder depois redistribuí-la de forma equitativa, de forma justa, para que todos possam ter mais oportunidades de concretizar os seus sonhos. A proposta do PS é distribuir sem criar, o que quer dizer que é o caminho para o empobrecimento”, disse Montenegro.

O líder dos sociais-democratas referiu que a proposta socialista é uma resposta que já tivemos no passado e que trouxe dificuldades, mais imigração, a partida dos jovens para o exterior e voltou a defender a baixa do IRC para que as empresas possam ser mais competitivas, possam criar mais riqueza e com isso pagam mais impostos e pagam mais salários.

“É que, às vezes, baixar a taxa do imposto significa arrecadar mais receita. O PS devia saber isso. Há dez anos, em 2014, o PSD, com o apoio do PS, baixou o IRC em Portugal 2%. No final desse ano, a receita do IRC cresceu. Ora, o PS tem uma visão errada do que é criar a riqueza para a poder distribuir”, afirmou.

Montenegro insistiu ainda que a proposta do PS leva ao empobrecimento, enquanto a proposta da AD leva à criação de riqueza e, portanto, à criação de condições para as pessoas terem melhores salários, melhores pensões, melhor acesso a serviços públicos essenciais, nomeadamente na saúde, na educação, na habitação, na mobilidade.

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Wall Street pressiona Washington com críticas sobre tarifas de Trump

Jamie Dimon, Bill Ackman e Stan Druckenmiller são alguns dos muitos investidores que têm criticado as tarifas de Trump, alertando para um cenário negro na economia dos EUA.

As tarifas comerciais impostas pela Administração de Trump estão a gerar uma onda de críticas em Wall Street, com investidores e várias referências do mundo financeiro a alertarem para os potenciais impactos negativos na economia norte-americana.

Entre as vozes mais influentes, destaca-se Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, que, na sua carta anual aos acionistas publicada esta segunda-feira, afirma que as tarifas “provavelmente aumentarão a inflação” e “podem levar muitos a considerar uma maior probabilidade de recessão”. Dimon também sublinhou que “a economia está a enfrentar uma turbulência considerável” devido às medidas protecionistas.

A política comercial agressiva de Trump, que inclui aumentos significativos das tarifas sobre bens importados, está a ser descrita como um erro estratégico por vários investidores. Bill Ackman, gestor do fundo Pershing Square, alertou que estas tarifas representam “um inverno económico autoinduzido” e apelou a uma pausa de 90 dias para negociações comerciais.

Segundo Ackman, outrora apelidado de “Baby Buffett” pela capacidade de gerar retornos significativos aos seus investidores, “estamos no processo de destruir a confiança no nosso país como parceiro comercial e mercado para investimento de capital”, escreve Ackman na sua conta da rede social “X”, pedindo inclusive uma pausa de 90 dias para a introdução das novas tarifas. “O Presidente tem a oportunidade de pedir uma pausa de 90 dias, negociar e resolver acordos pautais assimétricos injustos e induzir triliões de dólares de novos investimentos no nosso país.”

Stan Druckenmiller, outro investidor de renome, também se manifestou contra as tarifas de Trump, fazendo um raro post na sua conta do X, sublinhando ser contra as tarifas acima dos 10%, enquanto Howard Marks, co-presidente da Oaktree Capital, numa entrevista à Bloomber TV na sexta-feira, criticou o afastamento dos princípios do livre comércio por parte da Administração de Trump. Marks afirmou que os EUA estão a caminhar para um sistema restritivo que promove o isolamento económico.

Jamie Dimon foi ainda mais longe ao descrever os potenciais efeitos das tarifas a longo prazo. “Os efeitos negativos aumentam cumulativamente ao longo do tempo e serão difíceis de reverter. No curto prazo, vejo isto como mais uma carga adicional no já sobrecarregado camelo”, lê-se na carta anual aos investidores. Além disso, alertou para o impacto nas alianças económicas dos EUA e nos fluxos de investimento global.

Desde o anúncio das tarifas em 2 de abril que os mercados têm registado quedas acentuada. A incerteza gerada pelas tarifas também está a influenciar as expectativas sobre as taxas de juro. Embora a Reserva Federal (Fed) tenha mantido as taxas inalteradas nas suas reuniões mais recentes, os mercados antecipam até cinco cortes nas taxas dos Fed Funds até ao final do ano.

Os líderes financeiros estão unânimes num ponto: quanto mais rápido esta questão for resolvida, melhor será para a economia global. Jamie Dimon resumiu o sentimento geral ao afirmar que “a resolução rápida deste problema é essencial para evitar danos económicos duradouros”.

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María Ruiz Sanguino é a nova diretora de marketing da SCC

  • + M
  • 7 Abril 2025

A profissional fica responsável pela gestão estratégica das marcas do portefólio de cervejas, águas e sidras da SCC , coordenando as equipas dos responsáveis de marketing de cada uma das marcas.

María Ruiz Sanguino é a nova diretora de marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC). A profissional, que integra também a comissão executiva, ficará responsável pela gestão estratégica das marcas do portefólio de cervejas, águas e sidras da SCC , coordenando as equipas dos responsáveis de marketing de cada uma das marcas: Catarina Ferraz (Cerveja Sagres), Filipa Magalhães (Heineken), Rita Torres (Água de Luso) e Martim Manoel (Bandida do Pomar e Castello), descreve o grupo.

A gestora estará focada no reforço do poder da Cerveja Sagres, em fomentar o crescimento da Heineken em Portugal e em liderar a inovação no mercado através do segmento beyond beer com a Bandida do Pomar, enquanto promove a qualidade e pureza únicas de Água de Luso ou de Castello. O denominador comum será o profundo respeito pela cultura portuguesa”, prossegue a SCC.

“O meu objetivo é surpreender o público e garantir que as nossas marcas permanecem relevantes, respeitando os seus legados e a autenticidade ao mesmo tempo que as projetamos para o futuro“, acrescenta, citada em comunicado, a profissional, que se juntou à Heineken Espanha, como senior marketing manager da marca de cerveja Cruzcampo em 2022.

Licenciada em Gestão e Direito pela Universidade Pablo Olavide de Sevilha, e com um mestrado em Gestão Internacional pela ESADE Business School, María Ruiz Sanguino conta com quase 20 anos de experiência na área do marketing, especialmente no setor FMCG, tendo colaborado com empresas como a Coty e a JDE.

“Na Central de Cervejas de Bebidas, temos muito orgulho nas nossas marcas, que, a par dos colaboradores, são o nosso maior ativo. A combinação da nossa força global com a diversidade local permite-nos oferecer produtos que, com a sua identidade única, constroem uma ligação autêntica com os consumidores”, conclui María Ruiz Sanguino.

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Millennium aposta em “forte divulgação” da segunda fase da campanha que junta Charles Darwin e José Condessa

  • + M
  • 7 Abril 2025

A segunda fase da comunicação assinala o lançamento de uma campanha de abertura de conta e domiciliação de ordenado que oferece uma caneca Stanley e um cashback de 20% no ordenado.

O Millennium bcp lança na segunda-feira a segunda fase da campanha “Liga-te ao banco que tem o chip da evolução”, que juntou Charles Darwin e José Condessa.

A marca aposta numa “forte divulgação” da mesma, com a campanha a marcar presença em televisão, rádio, cinema, digital, imprensa, exterior, redes sociais e nas sucursais. A segunda fase desta comunicação assinala o lançamento da campanha de abertura de conta e domiciliação de ordenado.

Tendo como headline Evoluir é ter um bónus do caneco”, e tendo igualmente como protagonistas Charles Darwin e José Condessa, a campanha apresenta as ofertas “muito evoluídas” que o banco dá aos novos clientes e aos clientes que domiciliem o seu ordenado: uma caneca Stanley e um cashback de 20% no ordenado, até um montante máximo de 450 euros.

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A criatividade é da BAR Ogilvy, enquanto a produção ficou a cargo da The Playground e a realização de Martim Condeixa. A compra online foi feita internamente enquanto a compra de meios offline é assegurada pela Initiative.

Com esta campanha de posicionamento, que conta agora com uma segunda fase, o Millennium bcp pretende posicionar-se como um banco inovador, apresentando as suas soluções e funcionalidades digitais. Juntou Charles Darwin e José Condessa, que passou a ser o novo embaixador da marca.

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AAMT Legal funda aliança internacional e agora é Ethikos Lawyers Portugal

Fundada em janeiro de 2022 por Inês Azevedo e João Ascenso, a Ethikos Lawyers Portugal conta atualmente com uma equipa multidisciplinar de 16 pessoas.

A sociedade de advogados Azevedo Ascenso / AAMT Legal fundou, com um escritório de Bruxelas e outro do Luxemburgo, a aliança internacional Ethikos Lawyers. Com esta nova aliança, a marca muda para Ethikos Lawyers Portugal.

Fundada em janeiro de 2022 por Inês Azevedo e João Ascenso, a Ethikos Lawyers Portugal conta atualmente com uma equipa multidisciplinar de 16 pessoas, incluindo cinco sócios. Este escritório atua em várias áreas como Imigração, Fiscal, Societário, Contratual ou Imobiliário, prestando assessoria à mobilidade internacional de empresas e clientes particulares em Portugal e investimento estrangeiro.

Inês Azevedo salienta que “a nossa forte vertente internacional foi uma das razões para decidirmos fazer parte desta nova aliança europeia. Somos um importante aliado na internacionalização das empresas e no estabelecimento de empresas em Portugal, pelo que as sinergias criadas com esta aliança serão seguramente uma importante mais-valia para o nosso escritório e, sobretudo, para os nossos clientes que muitas vezes precisam de apoio jurídico tanto em Bruxelas como no Luxemburgo. Passar a ter escritórios nestas duas geografias é um passo determinante para poder servir mais e melhor os nossos clientes”.

João Ascenso destaca também que “esta parceria e a nova marca representam um reforço do nosso compromisso com os clientes. É a marca que muda: a equipa permanece a mesma, a dedicação inabalável, e a nossa experiência local intacta. Esta aliança traz-nos um alcance mais global e uma filosofia e abordagem partilhadas, que colocam os valores humanistas, da confiança e de simplicidade no centro das nossas ações e relações. É esta a fórmula descomplexada, de relações de trabalho fortes e transparentes que acreditamos ser a essência e o futuro da profissão e o caminho para o sucesso dos nossos clientes”.

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Bruxelas critica EUA por “mudança de paradigma” no comércio e “acelera negociações” com o resto do mundo

  • Lusa e ECO
  • 7 Abril 2025

A Comissão Europeia criticou a "mudança de paradigma" no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na UE.

A Comissão Europeia criticou esta segunda-feira a “mudança de paradigma” no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na União Europeia (UE) para os próximos passos.

Vamos discutir a forma de posicionar a Europa naquilo que eu descreveria como uma mudança de paradigma do sistema comercial global”, disse o comissário europeu da tutela, Maros Sefcovic, falando à chegada da reunião dos ministros europeus responsáveis pela pasta do Comércio, no Luxemburgo.

Depois de ter estado em contacto com os seus homólogos norte-americanos face aos recentes anúncios do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o responsável europeu acrescentou estar “muito satisfeito” por informar os seus colegas de tais conversações iniciais.

“Vamos centrar a nossa discussão nos próximos passos, na forma de preparar a nossa próxima ação em relação aos Estados Unidos, mas também na forma de preparar o nosso sistema comercial na UE para evitar eventuais desvios de comércio e para garantir que prestará o apoio e os serviços às empresas europeias nesta situação muito difícil”, apontou Maros Sefcovic.

Segundo o comissário europeu do Comércio, urge também garantir que, com o resto do mundo, a UE “acelera as negociações sobre comércio livre e assegura que estes 87% do comércio [sem os Estados Unidos] continuam a funcionar num sistema baseado em regras, respeitando os mecanismos da Organização Mundial do Comércio”.

As principais bolsas europeias abriram hoje da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas em pânico com as consequências da aplicação das tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

As novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que pune os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.

No entanto, a maioria dos economistas acredita que as tarifas ameaçam mergulhar a economia numa recessão e, ao mesmo tempo, destruir alianças de décadas.

A União Europeia está a preparar-se para tensões na relação com a nova administração de Donald Trump, especialmente em relação a tarifas comerciais, mas no espaço comunitário paira a incerteza sobre a parceria transatlântica.

A Comissão Europeia detém a competência da política comercial na UE.

Eurodeputados vão a Washington na quarta-feira

Um grupo de eurodeputados prepara-se para viajar para Washington D.C. para reunir com representantes do órgão legislativo dos Estados Unidos, anunciou o Parlamento Europeu (PE).

A delegação do PE para as relações com os Estados Unidos deslocar-se-á à capital norte-americana de quarta-feira até sexta-feira para conversações com representantes do Congresso no âmbito do recente anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas aos parceiros comerciais mundiais.

A delegação do PE em Washington D.C. será chefiada pelo italiano Brando Benifei (S&D). O objetivo sera também “em parte para preparar o próximo Diálogo Transatlântico de Legisladores (TLD), um fórum de legisladores de renome destinado a reforçar as relações entre o Parlamento Europeu e o Congresso”, de acordo com a instituição europeia.

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Mobi.E bate recordes de consumo, carregamentos e utilizadores em março

No final de março, a rede de carregamento pública disponibilizava 6.091 postos, o que corresponde a 11.319 pontos, isto é, tomadas que podem estar a carregar em simultâneo.

A rede Mobi.E registou em março recordes em todos os indicadores: carregamentos, número de utilizadores, energia consumida e número de postos utilizados. Em termos homólogos, contabilizou a empresa num comunicado enviado às redações, os saltos oscilaram foram entre 40% e 60%.

Foram realizados mais de 660 mil carregamentos, o que representa um aumento de 48% face ao mesmo mês do ano passado, efetuados por mais de 108 mil utilizadores distintos, uma subida de 44% em comparação com o período homólogo. Foram consumidos cerca de 14,6 GWh, mais 61% em relação a fevereiro de 2024.

Em média, foram efetuados 21.419 carregamentos por dia: um aumento face a fevereiro, quando tinha sido de 20.708 carregamentos. No primeiro trimestre deste ano, o número de carregamentos já ultrapassou 1,7 milhões de carregamentos. Um aumento de 47% em comparação com o mesmo período de 2024.

A infraestrutura tem acompanhado o crescimento da procura. No final de março, a rede de carregamento pública disponibilizava 6.091 postos, o que corresponde a 11.319 pontos (tomadas que podem estar a carregar em simultâneo). Destes, mais de 2330 eram de carregamento rápido ou ultrarrápido (com potência superior a 22 kW), representando 38,3% do total da rede.

No final de março, a rede Mobi.E disponibilizava mais de 377.000 kW de potência, ultrapassando o exigido pelo regulamento europeu para a criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos (AFIR), que determina que deve existir uma potência de 1,3 kW por cada veículo 100% elétrico e 0,8 kW por cada veículo híbrido plug-in.

Em termos de poupança ambiental, no terceiro mês de 2025, a utilização da rede Mobi.E evitou que fossem emitidas para a atmosfera mais de 11.700 toneladas de dióxido de carbono. Seriam necessárias mais de 193 mil árvores, em ambiente urbano, com 10 anos, para reter o mesmo CO2, indica a mesma entidade.

A rede Mobi.E integra atualmente 32 Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e 100 Operadores de Pontos de Carregamento (OPC). Em média, existem atualmente 92 tomadas por 100 quilómetros de estrada e 125 tomadas por 100 mil habitantes.

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Jóias que fizeram história: a Cartier no coração de Londres

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Abril 2025

O V&A celebra o legado da Cartier com uma exposição imperdível. De tiaras reais a jóias icónicas, a mostra revela a mestria da maison e o impacto cultural das suas criações intemporais.

A joalharia sempre desempenhou um papel central na expressão de poder, status e criatividade. No coração de Londres, o Victoria & Albert Museum (V&A) recebe já no dia 12 de Abril uma das mais aguardadas exposições do ano – uma celebração da Cartier, um dos nomes mais icónicos da alta joalharia. Esta exposição é uma viagem imersiva pela história da maison, onde o luxo e a arte se encontram para contar histórias de elegância e inovação.

Desde a sua fundação, em 1852, que o V&A se consolidou como o principal museu mundial de arte e design, com um acervo que atravessa cinco milénios de criatividade humana. Ao longo dos anos, tem sido um local privilegiado para a exploração da evolução estética, servindo como um arquivo vivo da história das artes decorativas. Receber uma exposição Cartier é, assim, um tributo ao impacto duradouro da maison francesa, que atravessa séculos reinventando-se e estabelecendo novos padrões de sofisticação.

Nesta exposição, a curadoria especial permite aos visitantes mergulharem na dimensão artística da joalharia, destacando como a Cartier influenciou a história do design de luxo e continua a inspirar criadores em todo o mundo. A cenografia, concebida por Asif Khan, envolve os visitantes numa atmosfera vanguardista.

Jóias que contam histórias
A exposição apresenta algumas das mais notáveis criações da Cartier, cada uma contando uma história que se inscreve na história cultural e social. Com uma lista invejável de clientes da realeza e da aristocracia, a Cartier tornou-se conhecida como “o joalheiro dos reis e o rei dos joalheiros” e, mais tarde, expandiu a sua capacidade de atração com a devoção de artistas de renome do mundo do cinema, da música ou da moda.

Entre os destaques, encontramos a lendária Tiara Halo, confecionada em platina e diamantes, criada em 1936 e imortalizada quando foi usada pela Rainha Isabel II no dia do seu casamento. Este acessório tornou-se um símbolo de realeza e elegância intemporal, refletindo o requinte da Cartier na criação de jóias para a nobreza europeia.

Outro destaque da exposição é o famoso Colar Panthère, uma peça de arte que captura a essência da feminilidade e força. Criado pela primeira vez na década de 40, este design revolucionário marcou o início da representatividade do felino na joalharia, tornando-se um dos emblemas da Cartier. O colar em platina e ónix, incrustado com safiras e diamantes, já foi usado por celebridades e membros da realeza, como Wallis Simpson, Duquesa de Windsor.

Um ponto alto desta secção inclui o anel de noivado Cartier de 10,48 ct com diamantes lapidados em escada que Grace Kelly usou no seu último filme antes de se casar com o Príncipe Rainier III do Mónaco, emprestado pela Coleção do Palácio Principesco do Mónaco. E o excecional colar de serpentes, de escala arrojada e movimento realista, encomendado pela estrela de cinema mexicana María Félix – que sintetiza a capacidade da Cartier de combinar criatividade estética e proeza técnica para criar um objeto único que reflete o estilo individual do cliente – também poderá ser apreciado.

Na categoria da relojoaria, a exposição exibe exemplares tão icónicos como o Santos de Cartier, projetado originalmente para o aviador Alberto Santos-Dumont. Lançado em 1904, este foi um dos primeiros relógios de pulso do mundo, revolucionando a indústria ao aliar funcionalidade e sofisticação. Com linhas clean e um design arrojado para a época, o Santos tornou-se um dos modelos mais emblemáticos da Cartier.

Além destas peças, a exposição também inclui o famoso Panthère Brooch, encomendado pela Duquesa de Windsor nos anos 40; e o Colar Maharajá de Patiala, uma das jóias mais luxuosas já criadas, que pertenceu ao Maharajá Bhupinder Singh de Patiala. Esta peça impressionante contém centenas de diamantes, incluindo o famoso De Beers de 234 quilates, um dos maiores diamantes do mundo.

As curadoras da exposição, Helen Molesworth e Rachel Garrahan, declararam: “A Cartier é uma das mais famosas casas de joalharia do mundo. Esta exposição explora a forma como Louis, Pierre e Jacques Cartier, juntamente com o seu pai Alfred, adotaram uma estratégia de “design” original, técnica excecional e expansão internacional que transformou a joalharia familiar parisiense num nome famoso. Com a sua coleção de joalharia de classe mundial, o V&A é o cenário perfeito para comemorar as conquistas pioneiras da Cartier e a sua capacidade transformadora para continuar no centro da cultura e da criatividade durante mais de um século. Estamos entusiasmadas por poder partilhar com os visitantes algumas das mais famosas criações da Cartier, bem como por revelar objetos nunca antes vistos e material de arquivo que enriquecem ainda mais a nossa compreensão de uma casa de joalharia que, hoje em dia, continua a influenciar a forma como nos adornamos.”

Cartier hoje e amanhã
O impacto da Cartier na joalharia contemporânea está longe de ser só uma herança do passado. A maison continua a redefinir os padrões do luxo, integrando novas tecnologias, materiais e conceitos estéticos. Desde parcerias com designers inovadores até a um compromisso crescente com a sustentabilidade, a Cartier mantém-se na vanguarda da alta joalharia e relojoaria.

A exposição no V&A é um testemunho da capacidade da Cartier de permanecer como uma referência de bom gosto e inovação. Nos últimos anos, a maison tem explorado o uso de metais reciclados e diamantes cultivados em laboratório, sem comprometer a sua identidade de luxo. A Cartier também se associa regularmente a artistas contemporâneos, trazendo novas interpretações para as suas peças clássicas e garantindo que a marca continua a impactar as novas gerações de apreciadores de joalharia.

Exposição Cartier
Victoria & Albert Museum, South Kensington, Londres
De de 12 de abril a 16 de novembro de 2025

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Euribor sobem a 3 e 6 meses e descem a 12 meses para mínimo desde setembro de 2022

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Esta segunda-feira, a taxa Euribor subiu a três e a seis meses para, respetivamente, 2,362% e 2,275%. No prazo mais longo (12 meses), desceu para 2,210%.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses para um novo mínimo desde setembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,362%, ficou acima da taxa a seis meses (2,275%) e da taxa a 12 meses (2,210%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou, ao ser fixada em 2,275%, mais 0,016 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, para 2,210%, menos 0,025 pontos e um novo mínimo desde 14 de setembro de 2022.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, subiu, ao ser fixada em 2,362%, mais 0,039 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores. A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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