Fábrica de mobiliário Kiune em Torres Vedras vendida em leilão por 1,6 milhões

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

As instalações e as máquinas foram vendidas por 1,6 milhões de euros à empresa Nicolau & Rosa. A dívida aos trabalhadores ascende a 100 mil euros.

A fábrica de mobiliário Kiune, empresa que está insolvente e encerrou portas em fevereiro em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, foi vendida em leilão por 1,6 milhões de euros, disse esta segunda-feira o administrador de insolvência.

“As instalações e as máquinas foram vendidas por 1,6 milhões de euros à empresa Nicolau & Rosa, de outro setor de atividade, e vamos conseguir pagar aos trabalhadores e uma boa parte ao credor hipotecário”, afirmou à agência Lusa Orlando Carvalho. A dívida aos trabalhadores ascende a 100 mil euros e é relativa a indemnizações e subsídios de férias, acrescentou.

“A empresa deixou de ter viabilidade, com o cancelamento de uma encomenda de 1.500 cozinhas por um construtor, que optou pelo mercado italiano, com o conflito entre Rússia e Ucrânia e com o aumento da inflação e das taxas de juro”, justificou o administrador de insolvência.

A empresa decidiu investir 2,5 milhões de euros em maquinaria e numa nova fábrica, em Torres Vedras, onde laborou até ao início deste ano, por não ter capacidade de produção nas instalações que tinha para responder à encomenda. Para o investimento, recorreu a financiamento bancário para a nova fábrica e à compra de maquinaria e equipamentos através de contratos de financiamento de leasing.

Devido às dificuldades financeiras, avançou em 2024 com um Plano Especial de Revitalização, mas não foi aprovado, tendo o processo evoluído para insolvência. Em fevereiro, a Kiune foi declarada insolvente e encerrou portas, levando para o desemprego 37 trabalhadores. A dívida ascende a 3,1 milhões de euros, grande parte dela aos bancos e a instituições financeiras.

Na lista de mais de 50 credores, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alenquer é o maior credor (1,3 milhões de euros), entre outros bancos, além da Segurança Social, Autoridade Tributária, empresas fornecedoras e trabalhadores. A empresa insolvente foi fundada em 2016, em Torres Vedras, com o nome Cozimafra Prestige Lda, tendo em 2023 mudado de designação para Kiune.

A empresa dedicava-se ao fabrico de mobiliário para cozinha, lavandaria, quarto, sala e casa de banho, trabalhando no ‘design’, produção, comercialização, importação, exportação, instalação, assistência e manutenção.

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Lucros da Nos caem 21% para 116,8 milhões no primeiro semestre

O grupo liderado por Miguel Almeida viu as receitas consolidadas crescerem 4%, após uma subida em todos os segmentos de negócio. Nova divisão de TI, após compra da Claranet, cresceu 6%.

A Nos teve lucros de 116,8 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa uma queda de 21% em relação aos primeiros seis meses de 2024. O resultado líquido da operadora de telecomunicações foi penalizado pelas mais-valias registadas em 2024 e taxas de atividade, de acordo com o relatório financeiro divulgado esta segunda-feira.

“A redução explica-se pela ausência de resultados extraordinários registados em 2024. Excluindo efeitos extraordinários, o resultado líquido cresceu 18,3% para 112,5 milhões de euros”, explica a empresa, no documento publicado esta tarde pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Apesar da queda nos lucros, as receitas consolidadas da Nos cresceram 3,8%, em termos homólogos, para 879,6 milhões de euros, sendo que as receitas de telecomunicações (o principal negócio da empresa) melhoraram 3%, para 781,9 milhões de euros.

A subida foi transversal a todas as áreas de negócio. As receitas do segmento de cinema e audiovisuais aumentaram 15,2% para 48,9 milhões de euros à boleia de filmes como “Lilo & Stitch”, “Minecraft” ou “Missão Impossível”.

Já as receitas de TI – Tecnologias da Informação, a nova divisão de negócio que agrega receitas de TI da Nos e da Claranet Portugal, comprada por 152 milhões de euros, progrediram 5,6% face ao mesmo período de 2024 para 66,4 milhões de euros.

A empresa liderada por Miguel Almeida também viu o número de serviços crescer 215 mil para 10,7 milhões.

 

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fixou-se nos 395,3 milhões de euros, o que significou uma subida de 5,1% em relação ao mesmo semestre de 2024. “O EBITDA de telecomunicações cresceu 4,2% para 364,3 milhões de euros. As áreas de TI e cinema e audiovisuais apresentaram crescimentos de 16,1% e 17%, respetivamente, para 8,4 e 22,6 milhões de euros”, informa ainda a Nos.

Quanto ao investimento (capex excluindo contratos de leasing e outros direitos contratuais) recuou 1,9% para 182 milhões de euros.

Na mensagem publicada com o relatório e contas, o CEO destaca que, “no processo de evolução da Nos para uma empresa digital mais abrangente, depois da aquisição da Claranet Portugal, em março, este trimestre” foi lançada a “CyberInspect, uma nova área de negócio que democratiza o acesso à cibersegurança, permitindo a qualquer empresa identificar vulnerabilidades e reduzir riscos”.

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Trabalhadores em lay-off caem 48,5% em junho

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

O número de trabalhadores em lay-off está a recuar há cinco meses consecutivos, isto é, desde fevereiro, depois de em janeiro ter subido 77,5% face a dezembro de 2024.

O número de trabalhadores em lay-off caiu 48,5% em junho, face ao período homólogo, e baixou 21,8%, face a maio, para 3.701, o número mais baixo desde agosto de 2023, segundo dados da Segurança Social.

Em junho, “o número total de situações de lay-off com compensação retributiva, (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho), foi de 3.701″, segundo a síntese elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social divulgada esta segunda-feira.

Face ao período homólogo regista-se um decréscimo de 3.490 prestações processadas, o equivalente a uma queda de 48,5%. Já na comparação em cadeia, observou-se uma queda de 1.030 prestações processadas, o que se traduz numa descida de 21,8% face aos 4.731 trabalhadores nesta situação registados em maio.

O número de trabalhadores em lay-off está a recuar há cinco meses consecutivos, isto é, desde fevereiro, depois de em janeiro ter subido 77,5% face a dezembro de 2024. Representa cerca de um terço do valor registado em janeiro (eram 12.364) e trata-se do valor mais baixo desde agosto de 2023, isto é, é quase dois anos, quando eram 3.643, segundo a análise da Lusa com base nos dados disponíveis.

Segundo o GEP, o regime de redução de horário de trabalho abrangeu 2.347 pessoas, menos 43,6% face a junho de 2024 (menos 1.818 prestações) e uma diminuição de 22,3% (674 prestações) face a maio. Já o regime de suspensão temporária registou uma redução homóloga de 55,3% (menos 1.672 processamentos) e recuou 20,8% face a maio (menos 356 processamentos), totalizando os 1.354.

Em junho, as prestações de lay-off foram processadas a 237 entidades empregadoras, o que representa uma diminuição de 180 face ao período homólogo e um decréscimo de 45 face ao mês anterior.

O lay-off consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo, devido a motivos de mercado, motivos estruturais ou tecnológicos ou catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora aquisição de 1898 Home & Suites Guest House

A operação foi assessorada por Pedro da Costa Mendes, sócio da área de Corporate da Cerejeira Namora, Marinho Falcão.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a aquisição de 1898 Home & Suites – Guest House. A aquisição da totalidade das participações sociais da AtlasProgress, sociedade detentora da importante Guest House de luxo em Lisboa – 1898 Home & Suites, bem como a aquisição da totalidade do imóvel do seculo XIX onde a mesma se encontra instalada, foi assessorada por Pedro da Costa Mendes, sócio da área de Corporate da Cerejeira Namora, Marinho Falcão.

A equipa Cerejeira Namora, Marinho Falcão adstrita à operação contou, entre outros advogados, com Francisco Paula Santos (Associado). A assessoria compreendeu todo o processo de preparação, negociação e finalização da documentação da transação, bem como o acompanhamento da escritura pública de aquisição do imóvel, do ato de transmissão das participações sociais, registos e atos subsequentes. O valor da transação e imóveis envolvidos não foi publicamente revelado, mas ascende a vários milhões de euros de investimento.

Esta operação de aquisição coloca a Guest House de luxo em Lisboa – 1898 Home & Suites preparada para novos investimentos e com uma gestão focada na satisfação das necessidades e exigências dos clientes num sector diferenciado e premium.

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Mais-valia de terreno rústico paga IRS ainda que seja para abater no crédito da casa

Se a parcela fosse para construção ou urbanizável já podia beneficiar da isenção do imposto na amortização do capital em dívida de habitação própria e permanente.

A mais-valia gerada pela venda de terreno rústico não pode beneficiar da isenção de IRS mesmo que seja aplicada na amortização de crédito de habitação própria e permanente pelo facto de não ser um imóvel para construção ou urbanizável, determina a Autoridade Tributária (AT) numa informação vinculativa publicada esta segunda-feira no Portal das Finanças.

A dúvida foi suscitada por um contribuinte em que o cônjuge é proprietário de um imóvel, que diz ser, “terreno para construção” e pretende “aproveitar da exclusão de tributação prevista no artigo 50.º da Lei 56/2023 de 6 de outubro”, vulgarmente designada de Mais Habitação, “no caso de alienar o terreno e aplicar o produto de realização resultante da venda na amortização do empréstimo à habitação e que constitui a habitação própria e permanente do agregado familiar”, lê-se na exposição dirigida à AT.

De facto, o artigo 50.º da Lei n.º 56/2023, de 6 de outubro “veio, através do disposto no seu n.º 1, permitir a exclusão de tributação dos ganhos provenientes da transmissão onerosa de terrenos para construção ou de imóveis habitacionais que não sejam destinados a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar desde que:

a) o valor de realização, deduzido da amortização de eventual empréstimo contraído para a aquisição do imóvel, seja aplicado na amortização de capital em dívida em crédito à habitação destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo, do seu agregado familiar ou dos seus descendentes;

b) a amortização referida na alínea anterior seja concretizada num prazo de três meses contados da data de realização.”

Porém, é necessário que o terreno em causa seja urbanizável, isto é, para construção. Apesar de ser esse o entendimento do contribuinte que solicitou o pedido de esclarecimentos, o Fisco tem outra interpretação o que anula o disposto do Mais Habitação.

No caso concreto, verificando-se, de acordo com os elementos constantes do sistema informático da AT, que o único imóvel registado em nome do sujeito passivo, é um imóvel inscrito na matriz rústica da freguesia de XXX, supõe-se que seja esse o imóvel que se pretende alienar”, de acordo com o mesmo ofício.

Assim, e de acordo com os dados registados na AT”, trata-se de “um terreno rústico”, pelo que a mais-valia gerada com a sua venda “não poderá estar excluída de tributação […], porquanto não estamos na presença de um terreno para construção, nem de um imóvel habitacional que não seja destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar como exige esta disposição legal”, justifica a administração tributária.

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PS vai propor soluções para situações de emergência como a de Loures

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

"As soluções de demolição dessas estruturas devem obedecer ao humanismo e à responsabilidade social.", disse o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do PS disse esta segunda-feira que irá apresentar esta semana soluções para responder a situações de emergência como as vividas no concelho de Loures, onde foram demolidas dezenas de barracas.

As soluções de demolição dessas estruturas devem obedecer ao humanismo e à responsabilidade social. Eu não sou o primeiro-ministro, mas durante esta semana vou apresentar soluções para também responder às situações de emergência, como aquelas que têm estado a ser vividas em vários municípios da área de Lisboa”, afirmou.

José Luís Carneiro falava aos jornalistas no final de uma reunião com o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza/Portugal, no Porto. Questionado sobre a situação em Loures, o líder socialista considerou que todas estas soluções de construções precárias não são soluções de vida condignas e escusou-se a responder se mantém a confiança no presidente daquela autarquia, eleito pelo PS, Ricardo Leão.

Loures iniciou na semana passada uma operação de demolição de 64 barracas, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo. A operação foi entretanto suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Das 55 famílias que ocupavam as construções precárias demolidas, 14 estão a receber apoio da Câmara Municipal de Loures, que disse ter atendido 38 dos agregados até sexta-feira. Segundo informações da autarquia, outras 14 famílias encontraram alternativa habitacional junto de familiares ou amigos, três recusaram o apoio e sete não manifestaram interesse nas soluções apresentadas.

Cinco famílias conseguiram aceder ao mercado de arrendamento, tendo beneficiado do apoio municipal para o pagamento da caução e do primeiro mês de renda, acrescenta a autarquia.

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Hungria vai construir um novo oleoduto com Sérvia e Rússia

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

A União Europeia está a “cortar ligações e a bloquear rotas” para o gás proveniente da Rússia, mas é preciso “alargar as rotas e as fontes”, disse o chefe da diplomacia húngara.

A Hungria vai construir em conjunto com Moscovo e com Belgrado um oleoduto que ligará o país à Sérvia, contrariando as diretivas da União Europeia, anunciou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto.

Estamos a avançar com os nossos parceiros sérvios e russos para construir um novo oleoduto entre a Hungria e a Sérvia”, escreveu Szijjarto nas redes sociais, criticando os parceiros europeus pela sua postura em relação à energia russa. A União Europeia está a “cortar ligações e a bloquear rotas” para o gás proveniente da Rússia, mas é preciso “alargar as rotas e as fontes”, defendeu o ministro húngaro.

Szijjarto alertou que “a Hungria não será vítima das decisões desastrosas” que estão a ser tomadas em Bruxelas e que, segundo considerou numa outra declaração, levaram ao aumento dos preços. “Temos de pagar muito mais do que noutros sítios”, protestou.

“Bruxelas quer agora que as contas das famílias húngaras aumentem duas a quatro vezes em comparação com o período anterior ao abandono do petróleo e do gás natural russos. Não vamos permitir isso, não devemos fechar rotas de transporte nem cortar o acesso da Europa às fontes de energia. Temos é de abrir novas”, afirmou.

O gasoduto planeado terá, segundo o ministro, 180 quilómetros de comprimento e poderá estar operacional em 2027. A União Europeia aprovou na sexta-feira o 18.º pacote de sanções contra a Rússia com várias medidas entre as quais se incluem algumas destinadas a afetar a indústria petrolífera e energética russa.

Bruxelas determinou, nomeadamente, um teto de preço dinâmico para o petróleo russo, que é de 15% abaixo do valor médio de mercado. Além disso, proibiu todas as transações futuras de energia provinda dos dois oleodutos Nord Stream e a importação de produtos petrolíferos refinados produzidos a partir de petróleo bruto russo, mesmo que processado num país terceiro.

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“Made for Germany”. Empresas prometem investir 631 mil milhões de euros na Alemanha até 2028

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Julho 2025

Mais de 60 empresas alemãs garantiram ao Governo de Friedrich Merz fazer investimentos no valor total de 631 mil milhões de euros para ajudar a recuperar economia do país.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, reúne-se esta segunda-feira com representantes de 61 empresas que, no seu conjunto, prometeram investir 631 mil milhões de euros até 2028 para restaurar a confiança na economia do país.

As empresas presentes, que incluem o Deutsche Bank e a Siemens, vão apresentar a Merz e ao ministro das Finanças, Lars Klingbeil, a sua iniciativa “Made for Germany”.

Os 631 mil milhões de euros incluem investimentos de capital, despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) e ainda compromissos de investimento internacional, de acordo com as empresas.

A economia alemã, a maior da Zona Euro, está em recessão há dois anos consecutivos e as previsões dos analistas antecipam que 2025 será mais um ano difícil, com projeções de crescimento entre as mais fracas dos países desenvolvidos.

Em declarações ao jornal Handelsblatt, o CEO da Siemens, Roland Busch, esclareceu que o dinheiro anunciado pelas empresas é “capital novo, mas também capital que já foi comprometido”, acrescentando que é preciso “coragem para mudanças estruturais na política e [que] é imperativo que sejam dados grandes passos”.

Espera-se que as empresas, presentes na reunião desta segunda-feira, pressionem o Governo alemão a aprovar mais rapidamente projetos de infraestruturas e medidas para combater a escassez do mercado de trabalho na Alemanha.

O Governo liderado por Merz, por sua vez, adiantou que a reunião se irá focar em como melhorar o clima de investimento e a atratividade da Alemanha como destino de negócios.

Os investimentos da iniciativa são um sinal muito poderoso de que estamos a viver uma mudança de sentimento e a consolidá-la. A mensagem é muito clara: a Alemanha está de volta. Vale a pena investir novamente na Alemanha. Não somos um lugar do passado, mas um lugar do presente e, acima de tudo, do futuro”, afirmou o chanceler alemão.

O líder conservador fez da revitalização da economia alemã uma das suas principais prioridades desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, sublinhando, numa conferência de imprensa na semana passada, que a sua coligação estava a “levar a questão da redução da burocracia muito a sério”.

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Rede social X denuncia investigação devido a “agenda política” em França

  • Lusa
  • 21 Julho 2025

As autoridades francesas solicitaram acesso ao seu algoritmo de recomendação, bem como dados em tempo real sobre todas as publicações dos utilizadores da plataforma.

A empresa que gere a rede social X, investigada em França por suspeita de ter distorcido o seu algoritmo, denunciou esta segunda-feira ser alvo de “uma agenda política” e recusou dar acesso a dados às autoridades.

“Com base no que sabemos até agora, a X acredita que esta investigação distorce a lei francesa para servir uma agenda política e, em última análise, restringir a liberdade de expressão”, escreveu o departamento de Relações Públicas da rede social norte-americana, propriedade de Elon Musk, numa publicação na própria rede.

“Por estas razões, a X não atendeu os pedidos das autoridades francesas, como temos o direito legal de fazer”, acrescentou a empresa tecnológica. De acordo com a rede social, as autoridades francesas solicitaram acesso ao seu algoritmo de recomendação, bem como dados em tempo real sobre todas as publicações dos utilizadores da plataforma.

O Ministério Público de Paris anunciou a 11 de julho que foi confiada à polícia uma investigação sobre a rede social X, enquanto entidade legal, e contra as “pessoas singulares” que a gerem. Esta investigação diz respeito, em particular, à alteração do funcionamento de um sistema automatizado de processamento de dados por gangue organizado e à extração fraudulenta de dados de um sistema automatizado de processamento de dados por gangue organizado.

A investigação surgiu depois de dois relatórios, recebidos em janeiro, que “relatavam o alegado uso do algoritmo da X (antigo Twitter) para interferência estrangeira”, de acordo com os procuradores franceses.

Um desses relatórios veio de um membro do parlamento especializado nestas questões, Éric Bothorel, do partido Renascimento do Presidente francês, Emmanuel Macron, que alertou os tribunais para “as recentes alterações no algoritmo da X, bem como a aparente interferência na gestão desde a aquisição por Elon Musk”, em 2022.

A empresa de Elon Musk negou categoricamente as acusações de estar a manipular o algoritmo para interferência estrangeira. “Esta investigação, iniciada pelo deputado francês Éric Bothorel, compromete seriamente o direito fundamental da X ao devido processo legal e ameaça os direitos dos nossos utilizadores à privacidade e à liberdade de expressão”, argumentou a empresa, lamentando a utilização, pelas autoridades francesas, de dois especialistas que acusou de serem hostis.

O deputado Éric Bothorel respondeu à plataforma num comunicado agora divulgado, lembrando que “ninguém está acima da lei”, ao mesmo tempo que desafiou a empresa tecnológica a colaborar com a justiça. “Seria aconselhável que respondessem aos tribunais porque, em França, ninguém está acima da lei. (…) Não há liberdade sem responsabilidade e controlo. A ausência de responsabilidade e controlo põe em perigo a liberdade tanto quanto as proibições e a censura”, escreveu o deputado no comunicado.

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MAP constrói hotel de luxo de 60 milhões da Sonae na Meia Praia

Grupo liderado por Diogo Abecasis e José Rui Meneses e Castro ganhou a adjudicação do hotel de cinco estrelas promovido pela Sonae Sierra em parceria com a norte-americana PGIM Real Estate.

A MAP Engenharia e Construção, empresa do MAP Group, foi a empresa escolhida para construir o resort turístico de cinco estrelas na Meia Praia, em Lagos, promovido pela Sonae Sierra, em parceria com a gigante norte-americana PGIM Real Estate e IHSP – Iberian Hospitality Solutions. O projeto representa um investimento de 60 milhões de euros.

A empreitada consiste na construção de um resort de luxo na Meia Praia localizado na primeira linha da praia no Algarve e composto por um total de 158 unidades divididas entre hotel e apartamentos. O projeto, liderado pela Reify, contempla uma área bruta de construção de cerca de 20.000 metros quadrados e ainda 22.500 metros quadrados de arranjos de zona exterior num terreno urbano com vista privilegiada sobre o mar e o campo de golfe de Palmares.

Este é um projeto exigente, com padrões de excelência internacionais, e é exatamente esse tipo de desafio que nos move”, afirma José Rui Meneses e Castro, co-CEO do grupo que no ano passado investiu três milhões para segmentar construção e entrar em novos setores.

“Acreditamos que a combinação entre experiência técnica, gestão rigorosa e proximidade com o cliente continuará a ser a base do nosso sucesso. O Algarve merece uma obra desta qualidade, e vamos entregá-la com o mesmo compromisso que colocamos em tudo o que fazemos”, refere José Rui Meneses e Castro, citado em comunicado.

Após fazer “check-in” no imobiliário hoteleiro com um Hilton no centro do Porto, o veículo de investimento da Sonae Sierra anunciou em dezembro do ano passado que iria avançar com o resort de luxo na Meia Praia, em Lagos, com inauguração prevista para 2027.

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Coporgest entra na hotelaria com unidades de luxo em Lisboa e Tróia

No total, o Lisbon Chiado Hotel & Spa e o Comporta Beach & Golf Resort representam um investimento superior a 200 milhões de euros.

A Coporgest, promotora imobiliária com capital 100% nacional, anunciou que vai estrear-se no setor da hotelaria com a abertura do Lisbon Chiado Hotel & Spa em setembro, num investimento superior a 20 milhões de euros. Tem também em fase de construção avançada o Comporta Beach & Golf Resort, previsto para 2027, num investimento de 180 milhões de euros.

Lisbon Chiado Hotel & SpaCoporgest

Localizado no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, no coração do Chiado, o Lisbon Chiado Hotel & Spa de cinco estrelas resulta de uma profunda reabilitação de dois edifícios em frente ao Teatro da Trindade. A unidade contará com 24 quartos, 16 suítes, um rooftop bar, restaurante com esplanada, spa com piscina e sala de eventos. Entre a aquisição do imóvel, a construção e a decoração, o investimento rondou os 20 milhões de euros. É o primeiro hotel concebido e gerido pela equipa da promotora fundada por Sérgio Ferreira.

Comporta Beach & Golf ResortCoporgest

A Coporgest encontra-se já a construir o seu segundo hotel, uma unidade de cinco estrelas localizada na Península de Troia, próximo da Comporta, cuja inauguração está prevista para 2027. Este hotel integra o projeto Comporta Beach & Golf Resort, que inclui 37 moradias, 71 apartamentos turísticos e uma unidade hoteleira com 58 quartos e suítes. No total, este projeto representa um investimento de 180 milhões de euros.

Ao longo de 20 anos de existência, a Coporgest já construiu cerca de 250 frações, a maioria localizadas na zona histórica de Lisboa, com um investimento acumulado de aproximadamente 440 milhões de euros.

Em 2012, Sérgio Ferreira, lançou uma nova área de negócio com foco no alojamento local, criando a marca Lisbon Best Apartments. Sérgio Ferreira, que detém 100% do capital da Coporgest, destaca ainda o papel da empresa na dinamização do Alojamento Local na cidade. A operação começou com dois edifícios, totalizando 13 apartamentos. Três anos depois, o número subia para 45 e, em 2018, já eram 55 apartamentos, todos destinados a alojamento local.

Sérgio Ferreira, fundador e presidente da Coporgest

“Foi esta estratégia definida e clara desde o início – crescer de forma sustentada e equilibrada – que nos permitiu, ao longo destes 20 anos, sermos uma empresa reputada e reconhecida e que, de forma muito consistente, tem recuperado património urbano de relevância patrimonial e histórica na cidade de Lisboa, e sobretudo nas localizações mais nobres da capital”, afirma Sérgio Ferreira, citado em comunicado.

O empresário acrescenta ainda: “a empresa começou com apenas dois colaboradores e conta atualmente com 30. A previsão é atingir os 100 colaboradores até ao final de 2027, quando estiver concluído o empreendimento da Comporta”.

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Mapfre inaugura nova sede em Sete Rios

Foram instalados 100 painéis fotovoltaicos no edifício que contará com um rooftop, um ginásio e várias focus rooms. Integra a nova flagship store da Mapfre e centraliza todas as operações do grupo.

A Mapfre inaugurou a sua nova sede na Avenida José Malhoa n.º13, em Sete Rios, Lisboa. Segundo anunciou em comunicado, o edifício já acolhe cerca de 400 colaboradores de várias empresas do grupo em Portugal: Mapfre Seguros (Gerais e Vida), a Mawdy e a Mapfre Santander.

António Huertas, CEO global da Mapfre e Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa inauguraram a nova sede da Mapfre na Avenida José Malhoa n.º13 em Lisboa.

O edifício foi alvo de um processo de reabilitação ao longo do último ano, seguindo as diretrizes de sustentabilidade do grupo. Foram instalados cerca de uma centena de painéis fotovoltaicos, que permitem uma poupança energética anual de 60.884 kWh, “contribuindo, desta forma, para atingir a neutralidade carbónica até 2030”, de acordo com a empresa. Esta medida insere-se no compromisso da Mapfre com a eficiência energética e a descarbonização.

Com o objetivo de tornar o espaço mais eficiente e promover o bem-estar das equipas, a nova sede vai contar com um rooftop, um ginásio e várias focus rooms. O edifício integra ainda a nova flagship store da Mapfre e centraliza todas as operações do grupo em Portugal.

“Este é o início de um novo capítulo na história da Mapfre em Portugal. Temos um edifício próprio que serve todas as empresas do grupo, assim como uma loja que será exemplo para todas as lojas Mapfre a nível nacional. É uma rampa de lançamento que, acredito, nos motivará para o crescimento e a afirmação em Portugal”, afirmou Luís Anula, CEO da Mapfre Portugal durante a cerimónia oficial de inauguração, realizada na passada sexta-feira.

“O retorno esperado sobre o investimento em sustentabilidade – através da poupança energética a longo prazo – não é apenas financeiro, mas também social e ambiental, e reforça o papel da Mapfre enquanto líder em responsabilidade corporativa”, acrescentou o responsável.

Com nove pisos e uma área total de 4.700 metros quadrados, o edifício foi adquirido com capitais próprios em junho de 2023. A mudança fez com que a Mapfre Seguros desocupasse os espaços onde se encontrava em Miraflores (Oeiras), enquanto a MAWDY deixou os espaços que ocupava em Lisboa.

Além da presença de Luís Anula, a cerimónia da abertura contou ainda com a presença de Antonio Huertas, presidente do Grupo Mapfre, assim como do embaixador de Espanha em Portugal, Juan Fernández Trigo, e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

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