Euribor cai a três e a seis meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa subiram nos prazos a seis e 12 meses. A taxa a três meses baixou, mas continua acima das taxas a seis e a 12 meses.

A Euribor desceu esta terça-feira a três e a seis meses, no prazo mais curto para um novo mínimo desde fevereiro de 2023, e subiu a 12 meses em relação a segunda-feira, e manteve-se acima de 2,5% nos três prazos.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou para 2,591%, menos 0,009 pontos do que na segunda-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu para 2,534%, mais 0,006 pontos.
  • Já a Euribor a três meses caiu esta terça-feira, ao ser fixada em 2,615%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 09 de fevereiro de 2023.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,615%, continuou acima da taxa a seis meses (2,591%) e da taxa a 12 meses (2,534%).

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na quinta-feira em Frankfurt. Na anterior reunião, em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Avaliação bancária da habitação aumentou 9,3% em 2024 para 1.662 euros por metro quadrado

O valor mediano de avaliação bancária na habitação voltou a subir no ano passado, contabilizando um aumento generalizada em todas as regiões do país. A Madeira destaca-se com uma subida 14,8%.

O mercado imobiliário continua a surpreender com valorizações expressivas. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano de avaliação bancária na habitação registou uma subida homóloga de 9,3% em 2024, fixando-se nos 1.662 euros por metro quadrado (euros/m2). Em 2023, o valor mediano da avaliação bancária aumentou 8,6%, para 1.521 euros/m2.

Os dados do INE divulgados esta terça-feira revelam que a tendência de valorização acentuou-se ainda mais no final do ano. Em dezembro, o valor mediano de avaliação bancária na habitação atingiu os 1.747 euros/m2, representando um aumento homólogo de 13,7% ou um acréscimo de sete euros face a novembro. Estes números não só confirmam a robustez do mercado, como também sugerem uma aceleração da valorização imobiliária no último trimestre do ano.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Os dados de 2024 apontam para que a valorização da avaliação bancária foi generalizada em todas as regiões do país, embora com intensidades diferentes. A Região Autónoma da Madeira destacou-se com o crescimento mais expressivo, registando uma variação de 14,8% face ao ano anterior. No extremo oposto, o Alentejo apresentou o aumento mais modesto, com uma valorização de 5,5%.

Quanto à tipologia dos imóveis, os apartamentos lideraram a valorização em 2024, com um aumento de 9,3% para 1.851 euros/m2. As moradias, por sua vez, não ficaram muito atrás, registando uma subida de 8,6% para 1.287 euros/m2. Desta forma, 2024 marca o sétimo ano consecutivo em que o crescimento do valor mediano de avaliação bancária dos apartamentos superou o aumento das moradias.

Os números do INE destacam também a continuidade de um elevado número de avaliações bancárias, ao serem contabilizadas em dezembro “cerca de 37,2 mil avaliações bancárias, valor idêntico ao mês anterior e um aumento de 26,1% em termos homólogos”.

Este número de avaliações realizadas pode ser interpretado como um sinal de dinamismo no mercado, possivelmente impulsionado por investidores que antecipam futuras valorizações ou por compradores que procuram concretizar negócios antes de potenciais subidas adicionais de preços.

A análise regional dos dados de dezembro revela também algumas disparidades. A Grande Lisboa continua a liderar em termos de valores absolutos, com um valor mediano de avaliação de 2.585 euros por euros/m2. O Algarve segue em segundo lugar, com 2.294 euros/m2. No entanto, em termos de crescimento homólogo, a Região Autónoma da Madeira destacou-se novamente com um aumento de 16,4%, seguida de perto pela Região Autónoma dos Açores, que registou uma valorização de 9,8%.

É importante notar que estes valores de avaliação bancária, embora sejam um indicador relevante, não refletem necessariamente os preços de transação efetivos no mercado. No entanto, são um barómetro importante da perceção de valor por parte das instituições financeiras e, consequentemente, influenciam as condições de financiamento disponíveis para os compradores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Andersen Ibéria abriu um novo escritório no Porto

A Andersen Portugal abriu um segundo escritório no país, após a integração da Teixeira & Guimarães. A firma passa a estar representada na cidade do Porto.

A Andersen Ibéria abriu um novo escritório no Porto. A firma liderada por José Vicente Morote incorpora também a Teixeira & Guimarães, uma sociedade especializada em banca, novas tecnologias e negócio digital. Após esta integração, a Andersen Ibéria conta com uma equipa de 60 profissionais em Portugal, distribuídos entre os seus escritórios de Lisboa e Porto.

Liderada por João Guimarães e Marlene Teixeira, que se juntam à Andersen como partner e local partner, a Teixeira & Guimarães conta com uma equipa de seis pessoas e uma base de clientes internacionais que inclui empresas nos Estados Unidos, Israel, Canadá e Brasil.

“Ter um escritório no Porto, o segundo centro de negócios mais importante de Portugal, é um passo essencial para o projeto da Andersen Ibéria, para poder oferecer aos nossos clientes uma cobertura territorial ibérica completa“, sublinha o managing partner da Andersen Iberia José Vicente Morote. Segundo o líder, a incorporação de João Guimarães e de Marlene Teixeira, “dois profissionais com quem partilhamos valores, visão de negócio”, revela a ambição da firma de “alcançar uma posição de liderança em Portugal e em toda a Península Ibérica”.

Já para o sócio da Andersen Ibérica e managing partner da Andersen Portugal, José Mota Soares, as “enormes sinergias” e “oportunidades” que as equipas especializadas nas duas principais cidades do país oferecem à firma enriquecem a proposta de valor da firma e a cobertura nacional para os clientes. “Estamos muito satisfeitos por contar com o João, a Marlene de Sousa e toda a sua equipa, convictos de que o seu contributo será muito relevante para atingirmos o nosso objetivo de nos tornarmos uma sociedade de advogados de referência no mercado português“, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas antecipam aumento de 4,6% das exportações em 2025

Inquérito do INE prevê a maior subida no material de transporte. Empresas adultas e seniores, com trabalhadores qualificados e em setores de alta e média alta tecnologia são as mais otimistas.

As empresas portuguesas preveem um aumento nominal de 4,6% das exportações de bens em 2025, “seguindo a trajetória de acréscimo” registada entre janeiro e novembro do ano passado, em que as vendas ao exterior cresceram 3%.

Os resultados do inquérito sobre perspetivas de exportação de bens para este ano, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que o maior acréscimo é esperado nas exportações de material de transporte e acessórios (7,2%) e na categoria de fornecimentos industriais (+6,9%).

Realizado em novembro junto de 3.068 empresas (taxa de resposta de 96%), correspondendo a cerca de 85% das exportações de bens em 2023, é uma primeira previsão para a evolução esperada das vendas no estrangeiro em 2025. Conduzido precisamente no mês em que Donald Trump venceu as eleições nos EUA com ameaças de aumentar as tarifas, adverte o INE, pode “refletir, em elevado grau, a incerteza quanto aos desenvolvimentos do enquadramento internacional”.

“O cenário descrito sobre as expectativas das empresas para as suas exportações de bens em 2025 reflete uma dinâmica complexa, com fatores económicos globais (ajustamentos na estrutura do mercado e nos preços, entre outros) e decisões internas (investimentos em capacidade de produção, alteração de estratégia ou de modelos de negócio) a influenciarem as perspetivas da atividade em 2025, observando-se alguma heterogeneidade em função do setor de atividade. O grau de otimismo ou pessimismo das empresas depende muito das suas estratégias internas e da sua capacidade de se adaptarem às condições do mercado global”, descreve a publicação.

Se no que toca à dimensão “não se verificam diferenças significativas” nas previsões — +3,9% nas de média dimensão (27% do valor previsto para 2025); +3,4% nas de maior dimensão (67% do valor previsto para 2025) e +3,3% nas micro e pequenas (apenas 7% do valor previsto para 2025) –, tendo em conta a idade, a análise mostra que as empresas jovens antecipam uma ligeira diminuição (-0,4%), enquanto as empresas adultas e seniores apontam para aumentos de 2,6% e 4%, respetivamente.

Por outro lado, o crescimento esperado é mais modesto no caso das empresas integradas em grupos económicos do que nas restantes (+3,4% vs. +4,2%). No entanto, o inquérito evidencia que as empresas de grande dimensão que pertencem a grupos de empresas multinacionais correspondem a mais de 60% do valor de exportações perspetivado para 2025.

As empresas em setores de alta e média alta tecnologia antecipam um crescimento de 3,8%, ligeiramente acima do perspetivado pelas de baixa e média baixa tecnologia (+3,4%). Já aquelas em que, pelo menos, metade dos trabalhadores têm habilitações superiores preveem um acréscimo de 6,8% das exportações em 2025, isto é, mais do dobro do que é esperado pelas que têm, pelo menos, metade dos funcionários com habilitações inferiores (3,1%).

Sem surpresa, com o INE a sublinhar o impacto que isso tem na diferenciação nos mercados internacionais, as empresas que desenvolvem atividades de inovação perspetivam aumentos mais significativos das exportações de bens em 2025 (11,2% vs. 3,2%). Além disso, as classificadas como tendo um índice de intensidade digital muito alto são também as mais otimistas neste indicador (5,3%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra nega intenção de cortar nas reformas antecipadas

Maria do Rosário Palma Ramalho frisa que tornar a Segurança Social “cada vez mais sustentável” deve ser “um desígnio nacional”. "Descontos não devem ser canalizados para o casino", insiste Pedro Nuno.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, negou esta terça-feira que o Governo esteja a preparar um corte às reformas antecipadas, dizendo-se “perplexa” com as declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

De certeza que não vai haver cortes nem nenhum prejuízo dos direitos adquiridos dos pensionistas“, afirmou a governante, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões, quando questionada sobre as críticas do líder da oposição, que acusou o Governo de ter como “verdadeira agenda para as pensões” o corte de direitos adquiridos.

Em causa está uma notícia do Correio da Manhã que dava conta de que o Executivo está a preparar um travão às reformas antecipadas como parte de um conjunto de medidas que visa garantir a “sustentabilidade orçamental a médio prazo” do sistema de Segurança Social.

Mas, esta terça-feira, Maria do Rosário Palma Ramalho recusou antecipar o que o Governo planeia fazer nesta matéria, sobretudo em relação a um grupo de trabalho que acabou de ser constituído. “Vamos estudar a sustentabilidade do sistema de Segurança Social, [tal como] foi recomendado pelo Tribunal de Contas e consta do programa do Governo”, limitou-se a dizer.

Deve ser um desígnio nacional tornar a Segurança Social cada vez mais sustentável“, realçou, lembrando a já anunciada transferência do Governo — que diz ser “a maior de sempre” — para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) no valor de quatro mil milhões de euros.

Ainda em resposta às acusações de Pedro Nuno Santos, a ministra disse que ficou “um pouco perplexa” por ver um líder do PS a “antecipar conclusões sobre um estudo que ainda não foi feito”. “Não fazemos política assim”, atirou.

“Descontos de quem trabalha não devem ser canalizados para o casino”

Entretanto, em declarações aos jornalistas ao início da tarde desta terça-feira, questionado sobre estas garantias deixadas pela ministra de que não é intenção do Governo cortar nas reformas antecipadas, Pedro Nuno Santos respondeu que “alguma coisa querem fazer e o grupo de trabalho será a justificação para o fazer”.

“Como já conhecemos a orientação político-ideológica do PSD e de quem foi escolhido pelo Governo [para liderar o grupo de trabalho], temos sérias razões para estarmos preocupados. O Governo tem de saber que há um país que privilegia e protege muito o seu sistema público de pensões. Lutaremos contra qualquer tentativa de entregar parte dos descontos dos trabalhadores portugueses para fundos privados de pensões ou fundos de investimento”, resumiu o líder do PS.

Para o PS, “os descontos de quem trabalha devem financiar um sistema público de pensões e não devem ser canalizadas para o casino, para a aposta, para o jogo para fundos de pensões, fundos de investimento e seguradoras”.

Além de colocar o foco na “diversificação” das fontes de financiamento da Segurança Social, para lá dos rendimentos do trabalho, Pedro Nuno Santos assegurou que “o PS vai estar muito atento a qualquer tentativa do Governo de tentar privatizar a Segurança Social”.

“Não vale a pena a ministra dizer que não há motivos de preocupação porque há. Até porque as pessoas que são escolhidas dizem muito do que poderá ser o resultado deste grupo de trabalho. Vai ser liderado por alguém com posições muito claras sobre a capitalização do sistema, por oposição a um sistema de repartição que é o nosso. O líder deste grupo entende que parte dos nossos descontos deve ir para sistemas de capitalização, provavelmente privados. Essa orientação ideológica não é irrelevante”, acusou.

(Notícia atualizada às 13h55 com declarações de Pedro Nuno Santos)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DeepSeek ‘rouba’ um bilião à capitalização bolsista dos gigantes de IA num dia

A Nvidia foi a empresa mais castigada, com a gigante a ver a sua capitalização bolsista encolher quase 600 mil milhões de dólares, depois da startup chinesa ter apresentado um modelo de IA low cost.

Foi uma segunda-feira “sangrenta” para os investidores de empresas de Inteligência Artificial (IA), com as ações do setor a perderem mais de um bilião de dólares em valor de mercado, arrastadas pelo sell-off provocado pelo surgimento de um modelo de IA criado pela startup chinesa DeepSeek que concorre com o ChatGPT e que custos menos de seis milhões de dólares. Só a Nvidia viu evaporar perto de 600 mil milhões de dólares em capitalização bolsista.

A IA tem sido o grande motor dos ganhos em Wall Street, suportando as ações das gigantes tecnológicas para valores que alguns analistas já consideram “estratosféricos”. Mas, o fenómeno DeepSeek está a colocar estas subidas em causa.

A startup chinesa, criada por Liang Wenfeng, que lançou um novo modelo de IA chamado R1, uma versão (muito) mais barata do ChatGPT, acolhido com grande popularidade nos EUA e que ultrapassou rapidamente o ChatGPT. Um acontecimento que precipitou a rápida queda das ações de IA em bolsa, com os investidores a questionarem se o valor que estão a pagar pelas ações de empresas como a Nvidia, Microsoft ou Alphabet realmente é justo.

O índice tecnológico Nasdaq desvalorizou 3,1% esta segunda-feira, arrastado pelo tombo de empresas como a Nvidia. A gigante de Wall Street, a maior fornecedora de chips de IA, afundou perto de 17% e perdeu 593 mil milhões de dólares em valor de mercado. Trata-se de uma perda de capitalização histórica no mercado acionista, protagonizada por aquela que tem sido a grande estrela da bolsa norte-americana.

Nvidia já desvaloriza perto de 18% no ano após queda histórica

Evolução registada em 2025

A queda da Nvidia foi apenas ultrapassada pela sua concorrente Broadcom, que fechou o dia com um tombo de 17,4%. Já a Microsoft, que controla o ChatGPT, desceu 2,1% e a Alphabet terminou com uma desvalorização de 4,2%.

Contas feitas, o surgimento de uma concorrente ao domínio americano na IA custou mais de um bilião de dólares em valor de mercado às empresas do setor.

“Wakeup call”, ou mudança no setor?

O sell-off registado no arranque desta semana surge num período dourado para as tecnológicas, que vinham a acumular sucessivos máximos nos últimos dois anos. Na semana passada, o setor voltou a patrocinar novos recordes nas bolsas, depois de o Presidente Donald Trump ter anunciado um plano do setor privado, com um envelope para investir 500 mil milhões de dólares em infraestruturas de IA através de uma joint venture conhecida como Stargate.

 

Evolução da capitalização bolsista das 7 Magníficas

Na semana passada, a Meta anunciou que vai investir mais de 65 mil milhões de dólares este ano no desenvolvimento de IA. Já Sam Altman, CEO da OpenAI, disse no ano passado que a indústria da IA ​​vai necessitar de biliões de dólares em investimentos para apoiar o desenvolvimento de chips muito procurados, necessários para alimentar os centros de dados de eletricidade que gerem os modelos complexos do setor.

Numa primeira reação ao fenómeno criado pela startup chinesa, Trump disse na segunda-feira que o DeepSeek deveria ser um “chamado de alerta” e poderia ser um desenvolvimento positivo.

“Potencialmente, esta tecnologia pode ser um game changer e questões estão a ser colocadas sobre as enormes quantidades de dinheiro que os players do setor tecnológico tradicional, as chamadas 7 Magníficas, têm alocado ao desenvolvimento de IA“, alerta o ING. Os especialistas destacam que o surgimento da startup chinesa apresenta um “grande desafio” ao setor.

“O novo modelo da startup chinesa de IA é económico e funciona com chips de capacidade reduzida. O desenvolvimento levanta questões sobre as elevadas avaliações das principais empresas de IA, como a Nvidia, e o caso de investimento para toda a cadeia de fornecimento de IA”, escreve o Saxo Bank, num comentário publicado esta segunda-feira.

Jeremy Gleeson, diretor de investimentos em tecnologia global da Allianz Global Investors, realça que, “apesar de estas questões terem provocado recentemente uma volatilidade de curto prazo nos preços de algumas ações, mantemos a nossa visão de que a IA é uma megatendência estrutural de longo prazo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurobic ajuda Abanca a alcançar lucro recorde de 1,2 mil milhões em 2024

Eurobic contribuiu com 350 milhões para o lucro recorde do Abanca no ano passado, que destaca sucesso da integração do banco português adquirido no verão passado.

O Abanca registou lucros recorde de 1.203,1 milhões de euros em 2024, subindo 69,2% em comparação com o ano anterior. Sem o Eurobic, adquirido no verão passado, o resultado teria sido de ‘apenas’ de 853,3 milhões de euros, segundo anunciou esta terça-feira.

O banco espanhol, que celebrou o décimo aniversário no ano passado, atingiu uma rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) de 16,5%, com este desempenho a ser novamente suportado pelo crescimento da margem financeira (diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos), que disparou 32,9% para 1,64 mil milhões de euros.

Já a margem bruta, que inclui a margem financeira, comissões, dividendos e outras receitas, somou 32,1% para mais de dois mil milhões de euros.

O Abanca destaca ainda que superou os 128 mil milhões de euros de volume de ativos, incluindo depósitos e empréstimos, graças à aquisição do Eurobic (o mercado português representa 20 mil milhões de volume de ativos). Registou um crescimento anual de 23,8% de novos empréstimos “com especial protagonismo em Portugal”, onde cresceu 237 pontos base no que toca à quota de mercado.

Ao todo, o banco galego gere uma carteira de crédito de 49,3 mil milhões de euros, enquanto os recursos de clientes (sobretudo depósitos) aumentaram 17% face a 2023, situando-se nos 79,1 mil milhões.

Integração do Eurobic concluída no final do ano

Quanto ao mercado português, depois da compra do Eurobic, que deu 350 milhões ao resultado do ano passado, o Abanca diz que se tornou no sétimo maior banco a operar no país. Entre os destaques da operação lusa, aponta o aumento de 5,1% do negócio, o rácio de capital de 18% e ainda o ROE de 11,1%.

Em dezembro, tal como o ECO avançou, o banco de Juan Carlos Escotet decidiu fundir as operações que já tinha em Portugal no Eurobic, fechando a sucursal e mantendo a marca Abanca, o que deverá ficar concluído no decurso deste ano.

“O processo de integração está em curso, terminará no final deste ano, no último trimestre concluiremos a integração tecnológica“, referiu Juan Carlos Escotet na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, a partir da sede do banco, em Santiago de Compostela.

“Sempre dissemos que é uma operação complementar. Temos como fatores fundamentais para o crescimento futuro em Portugal é a rede atual e a qualidade da equipa que temos”, acrescentou.

Escotet sublinhou que se trata de um mercado estratégico, com Portugal a ‘pesar’ já 15% nas operações totais do Abanca. E questionado sobre uma nova aquisição, o responsável afastou qualquer hipótese: “Não temos previsto no horizonte em 2025 nenhuma integração adicional”.

“Somos um dos grupos mais sólidos da Península Ibérica”, salientou o CEO do Abanca Francisco Botas, destacando a “integração bem-sucedida do Eurobic”.

(Notícia atualizada às 10h04 com declarações do presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inovação e personalização marcam o futuro dos seguros em Portugal

  • Conteúdo Patrocinado
  • 28 Janeiro 2025

Especialistas discutem estratégias para um setor segurador mais digital, com foco em soluções personalizadas e cobertura de Responsabilidade Civil.

A Berkley, presente no mercado português desde 2019, tem vindo a consolidar a sua posição no setor segurador nacional, destacando-se pela especialização em Seguros de Responsabilidade Civil e Financial Lines e pela aposta em soluções inovadoras.

Em entrevista, Frederico Gil, responsável da Berkley em Portugal, e Denis Jelambi, Portfolio Manager, abordam os principais marcos da empresa, as estratégias para o futuro e as tendências que moldam o mercado.

Entre os temas discutidos, destaca-se o foco em grandes clientes e o segmento middle market, o desenvolvimento de um canal digital para acordos de distribuição, e a criação de soluções personalizadas, como as apólices “afinities.

Assista, aqui, à entrevista completa:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo admite alargar proteção social dos trabalhadores domésticos

  • ECO
  • 28 Janeiro 2025

Número de trabalhadores domésticos mais do que duplicou em 2023, mas a maioria não tem acesso ao subsídio de desemprego e desconta pelo limite mínimo.

O Governo admite reavaliar o regime de proteção social dos trabalhadores domésticos, na sequência do estudo realizado a pedido do anterior Executivo, avança esta terça-feira o Público (acesso condicionado). Na sua maioria, estes trabalhadores não têm acesso ao subsídio de desemprego e descontam pelo limite mínimo, o que levará a que, no futuro, tenham reformas relativamente baixas.

Segundo os dados oficiais mais recentes, de abril de 2024, havia 226.380 trabalhadores do serviço doméstico registados na Segurança Social, um aumento significativo face aos anos anteriores que se ficou a dever à entrada em vigor da Agenda do Trabalho Digno. Mas o Livro Branco para o Trabalho Doméstico Digno, apresentado no ano passado, indicava que, em 2022, só 10% tinham acesso a subsídio de desemprego.

O trabalhador pode escolher descontar sobre a remuneração real, que tem como referência o salário nacional, ou sobre a remuneração convencional, que estabelece um valor por hora com base no Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Desde 1 de maio de 2023 que a não declaração de trabalhadores à Segurança Social, incluindo os do serviço doméstico, é crime, punido com pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa ganha quatro vezes mais em Bruxelas

  • ECO
  • 28 Janeiro 2025

Apesar do fim do corte salarial de 5% a titulares de cargos políticos, o vencimento de 8,8 mil euros mensais do primeiro-ministro é cerca de um quarto do que recebe o presidente do Conselho Europeu.

António Costa recebe quatro vezes mais como presidente do Conselho Europeu do que o que receberia agora como primeiro-ministro, segundo cálculos feitos pelo Jornal de Notícias (acesso pago). Em Bruxelas, a remuneração mensal bruta do ex-secretário-geral do PS, juntando salário base e subsídios, ronda os 38,3 mil euros, enquanto Luís Montenegro, que lhe sucedeu na liderança do Governo em Portugal, ganha perto de 8,8 mil euros mensais, após o fim do corte salarial de 5% aprovado recentemente pelo Parlamento.

Comparando com o vencimento da comissária europeia portuguesa, Maria Luís Albuquerque, que é de mais de 30 mil euros, a diferença para o salário do cargo do primeiro-ministro em Portugal é de mais do triplo. E mesmo o salário de um eurodeputado é superior ao quádruplo do de um deputado na Assembleia da República em regime de exclusividade, sendo também quase três vezes maior do que o de um ministro.

Embora os ordenados de cargos europeus não dependam da nacionalidade dos seus titulares, o salto remuneratório é maior para quem vem de um país com salários mais baixos, como é o caso de Portugal. Daí que ir para Bruxelas possa ser aliciante para um político, não só pelo “significativo prémio salarial”, como também “pela vantagem financeira a longo prazo, dados os benefícios que recebem após abandonarem o cargo ou se reformarem”, assinala o diretor executivo do Instituto Mais Liberdade, André Pinção Lucas, que fez um estudo sobre os salários dos principais cargos políticos no país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lone Star quer avaliar Novobanco em cinco mil milhões de euros

  • ECO
  • 28 Janeiro 2025

Fundo norte-americano, que detém 75% do capital do Novobanco, fixou neste valor o ponto de partida para a alienação de parte da instituição financeira.

O fundo norte-americano Lone Star está a avaliar o Novobanco, do qual detém 75% do capital, num valor a rondar os cinco mil milhões de euros, fixando este patamar como o ponto de partida para negociar a venda de parte da instituição financeira, noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

O valor é visto por alguns concorrentes como inflacionado, mas um dos argumentos usados pelo Lone Star para a avaliação dada é o facto de o Fundo de Resolução ter avaliado o Novobanco em 5,5 mil milhões de euros aquando da decisão, em junho do ano passado, de investir 128,67 milhões de euros para adquirir 4,14% do capital da instituição.

Não obstante, o interesse no banco gerido por Mark Bourke tem aumentado nos últimos dias, com o francês Groupe BPCE — que junta o Caisse d’Epargne e o Banque Populaire — a surgir mais adiantado no processo. A equipa de gestão do Novobanco encontra-se, aliás, no processo de seleção de advisers, tendo, segundo a Bloomberg, já contratado o Deutsche Bank para o efeito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Arábia Saudita abre projetos imobiliários em Meca e Medina a estrangeiros

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

Investimentos estrangeiros estão "limitados a ações de empresas sauditas cotadas na Bolsa de Valores saudita ou a instrumentos de dívida convertíveis em ações" e não podem exceder 49% do capital.

A Arábia Saudita passou a permitir a estrangeiros o investimento nas empresas imobiliárias que operam em Meca e Medina, as duas cidades mais sagradas do Islão, cujas ações estavam anteriormente reservadas aos sauditas.

“Os estrangeiros estão autorizados a investir em empresas sauditas cotadas na Bolsa de Valores saudita que possuem imóveis dentro das cidades sagradas de Meca e Medina, a partir de hoje [segunda-feira]”, anunciou a autoridade para os mercados sauditas, em comunicado.

Esta decisão “visa estimular o investimento, reforçar a atratividade e a competitividade do mercado financeiro e apoiar a economia local”, atraindo capital estrangeiro para projetos atuais e futuros em Meca e Medina, pode ler-se.

Os investimentos estrangeiros, no entanto, estão “limitados a ações de empresas sauditas cotadas na Bolsa de Valores saudita ou a instrumentos de dívida convertíveis em ações” e não podem exceder 49% das ações da empresa, especificou a autoridade dos mercados.

A monarquia do Golfo, o maior exportador mundial de petróleo bruto, está envolvida num vasto programa de reformas que visa transformar o reino num centro de negócios e turismo, especialmente religioso.

A cidade sagrada de Meca, que já recebe milhões de peregrinos muçulmanos todos os anos, está a sofrer um enorme e sem precedentes desenvolvimento, com o objetivo de atingir a marca dos 30 milhões até 2030.

O projeto Masar, financiado pelo Fundo de Investimento Público, inclui a construção de, pelo menos, 40.000 novos quartos de hotel.

As peregrinações do Hajj e da Umrah representam uma grande fonte de rendimento para o reino, com receitas estimadas em 12 mil milhões de dólares em 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.