Afinal, ainda há centenas de ‘cheques’ para carros elétricos para distribuir

  • ECO
  • 8:25

Quase metade dos candidatos acabou por não concluir o processo ou não reuniu todas as condições para a atribuição do apoio financeiro. Governo vai abrir segunda fase do aviso.

Apesar das 4.500 candidaturas registadas logo no primeiro dia, ainda há centenas de “cheques” disponíveis para os apoios à compra de carros elétricos, sendo que em nenhuma das sete tipologias esgotou o montante atribuído, noticia esta quarta-feira o Jornal de Notícias.

A expectativa do Ministério do Ambiente era que a dotação esgotasse rapidamente, mas passaram três meses e ainda há dinheiro disponível. Isto porque quase metade dos candidatos acabou por não concluir o processo ou não reuniu todas as condições para a atribuição do apoio financeiro, deixando várias vagas disponíveis.

Embora o prazo para a apresentação de candidaturas esteja encerrado desde o dia 15 de maio, a tutela liderada por Maria da Graça Carvalho vai abrir uma segunda fase do aviso para os novos interessados, que ainda não tem data definida.

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Hoje nas notícias: carros elétricos, Benfica e sondagem

  • ECO
  • 8:08

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O número de apoios disponíveis para a compra de veículos elétricos esgotaram nos primeiros dias, mas metade dos interessados não concluíram o processo ou não cumpriram os requisitos, deixando várias vagas disponíveis, pelo que o Governo vai abrir uma nova fase de candidaturas. O Benfica está a negociar com o Fortitude Capital, fundo liderado por António Esteves, o investimento no projeto “Benfica District”, estando em conversações com um segundo investidor internacional. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Apoios à compra de carros elétricos estão por atribuir

Apesar das mais de 3 mil candidaturas registadas no primeiro dia, ainda há centenas de “cheques” disponíveis para os apoios à compra de carros elétricos, sendo que em nenhuma das sete tipologias esgotou o montante atribuído. A expectativa da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, era que a dotação esgotasse rapidamente, mas passaram três meses e ainda há dinheiro disponível. Isto porque quase metade dos candidatos acabou por não concluir o processo ou não reuniu todas as condições para a atribuição do apoio financeiro, deixando várias vagas disponíveis. Embora o prazo para a apresentação de candidaturas esteja encerrado desde 15 de maio, a tutela vai abrir uma segunda fase do aviso para os novos interessados, ainda sem data definida.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Benfica negoceia com Fortitude investimento no novo projeto da Luz

O Benfica está em negociações com o Fortitude Capital (fundo de investimento liderado pelo banqueiro português António Esteves, ex-Goldman Sachs) para financiar o “Benfica District”, projeto de 220 milhões de euros apresentado na terça-feira que visa revitalizar a zona envolvente do Estádio da Luz. O Fortitude Capital vê grande potencial no projeto devido à sua localização e natureza multifacetada, com componentes imobiliária, hoteleira, comercial e desportiva. O modelo de parceria ainda está a ser negociado, mas assentará sempre numa partilha de risco e retorno entre as duas partes. Há conversações com um segundo investidor internacional, que poderá ser o fundo de investimento norte-americano Apollo, que já tinha feito uma operação de financiamento ao Sporting.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Sondagem: PS de Carneiro descola do Chega e já ameaça AD

A mudança de secretário-geral está a ter efeitos positivos para os socialistas nas sondagens. De acordo com o mais recente barómetro da Intercampus para o Correio da Manhã, a CMTV e o Jornal de Negócios, o PS reúne 21,7% das intenções de voto e está mais próximo da AD, a coligação que suporta o Governo e que caiu para 24,2%. A diferença entre as duas forças políticas está dentro da margem de erro, o que significa um empate técnico. Ao mesmo tempo, o partido agora liderado por José Luís Carneiro descolou do Chega, cujas intenções de voto desceram ligeiramente para 18,6%. Em quarto lugar, à frente da Iniciativa Liberal (6,7%), surge o Livre, que é a escolha de 9,1% dos eleitores e tem a maior subida (+2,4 pontos percentuais). Por fim, surge a CDU com 3,7%, o PAN com 3% e o Bloco de Esquerda com 2,6%. A taxa de indecisos também baixou face à sondagem anterior, para 8%.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Novas regras de nacionalidade ameaçam investimento

As recentes alterações à lei de nacionalidade aprovadas pelo Governo em Conselho de Ministros podem colocar em risco investimentos no mercado imobiliário nacional. A mudança preocupa não só os promotores, como também advogados, considerando que este processo pode provocar um conflito constitucional. “Esta mudança, sobretudo pela forma como foi comunicada e pelo potencial efeito retroativo que levanta, transmite uma imagem de instabilidade e insegurança jurídica que pode comprometer seriamente a confiança dos investidores”, afirma o presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), Hugo Santos Ferreira. Por outro lado, Bárbara Pestana, advogada e sócia fundadora da PAXLEGAL, defende que caso a proposta seja aprovada nos moldes em que foi apresentada — alterando o momento a partir do qual se conta o tempo para requerer a nacionalidade e, simultaneamente, alargando o prazo para 10 anos –, “no limite, teremos casos em que pessoas só poderão requerer a nacionalidade 14 anos depois de terem iniciado o seu percurso legal em Portugal”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Finerge põe 160 milhões em solar para vender energia à Galp

A Galp assinou dois contratos de compra de energia a longo prazo (Power Purchase Agreement) com a Finerge, que permitirão à petrolífera portuguesa ter 700 gigawatts-hora por ano num período de 10 anos. “Estes são os primeiros PPA de sempre assinados entre a Finerge e a Galp. Parte dos ativos renováveis alocados já estão operacionais e outra parte em construção, devendo ficar concluídos até 2027. O investimento superará os 160 milhões de euros”, refere o CEO da Finerge, Pedro Norton. Os dois contratos entram em vigor em 2027, altura em que a petrolífera verá aumentar exponencialmente a sua necessidade de consumo de eletricidade renovável, por conta dos projetos de descarbonização que estão a nascer na refinaria de Sines.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

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Pedro Sánchez sofre revés com chumbo do Parlamento espanhol ao plano energético

  • Lusa
  • 8:00

Diploma incluía medidas para garantir que a Espanha não sofreria uma repetição do caos de 28 de abril, quando o país foi totalmente privado de eletricidade por cerca de dez horas, tal como Portugal.

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez sofreu um grande revés com os deputados a rejeitarem o seu pacote de medidas estruturais para prevenir o risco de uma grande falha energética, semelhante à de 28 de abril que paralisou a Península Ibérica.

Esta derrota lança uma incerteza sobre o futuro deste plano governamental para reforçar o sistema elétrico espanhol. E ilustra também as dificuldades de Sánchez para governar, sem uma maioria absoluta no Parlamento, tornando a adoção das suas principais medidas muito difícil e causando uma situação próxima da imobilidade.

Uma maioria de 183 deputados, entre os quais os do Partido Popular (direita, o principal partido da oposição), do Vox (extrema-direita), assim como alguns eleitos do Podemos (esquerda radical), votaram contra o decreto-lei aprovado a 24 de junho pelo governo. O decreto apenas contou o apoio de 165 deputados.

Mesmo antes da votação em Madrid, Sánchez, que se encontrava em Montevideu, Uruguai, admitiu que tinha perdido esse voto crucial, mas também indicou que apresentaria novamente aquele plano. “E eu prevejo que será aprovado”, acrescentou.

O decreto-lei rejeitado pelo Congresso dos Deputados constituía a resposta do governo de esquerda para garantir que a Espanha não sofreria uma repetição do caos de 28 de abril, quando o país foi totalmente privado de eletricidade por cerca de dez horas. A crise também afetou Portugal.

O objetivo era tornar o sistema elétrico “mais robusto e eficiente”, explicou a Ministra da Transição Ecológica, Sara Aagesen, a 24 de junho.

O plano centrava-se no reforço da supervisão, da capacidade de controlo da tensão e das oscilações elétricas na rede, um fator “fundamental”, segundo a ministra, assim como “o armazenamento, a flexibilidade e a eletrificação”.

Entre as medidas contidas neste decreto-lei figurava uma ligeira aceleração dos prazos para a instalação de novos projetos eólicos e fotovoltaicos e incentivos para desenvolver o armazenamento nos locais de produção de energia renovável, nomeadamente através da instalação de baterias.

“Aqueles que nos acusavam de obscurantismo e de não propor soluções que protejam o utilizador, o consumidor e, em última instância, o nosso país são os mesmos que fazem cair” este plano, comentou o Primeiro-Ministro espanhol em Montevideu, alguns minutos antes da votação. Numa alusão indireta ao PP, a maior força política do país, que anunciou em cima da hora que votaria contra o decreto-lei, enquanto uma abstenção teria permitido a sua adoção.

“Eles podiam ter-se abstido”, afirmou Sánchez, como se a votação já tivesse ocorrido. “Não é preciso votar contra, abstém-se”, para permitir o avanço de um plano “que beneficia as pessoas, o interesse geral”, acrescentou, num tom amigável.

Mas o PP não cedeu. “Não aprovamos a política energética deste governo, não aprovamos este chamado plano anti falhas que não é nada mais do que uma tentativa [do governo] de encobrir os seus erros e apagar as suas culpas”, disse, antes da votação o deputado do PP Guillermo Mariscal.

O PP, no entanto, tinha sido alvo de fortes pressões das empresas energéticas para que permitisse a adoção deste texto, mas não quis conceder uma vitória legislativa a Sánchez, com quem as relações são péssimas.

Segundo um relatório publicado a 17 de junho pelo governo espanhol, o apagão que ocorreu na Península Ibérica em abril passado foi provocada por “sobretensões” que resultaram “numa reação em cadeia”. O relatório também apontava erros de avaliação do gestor da rede elétrica e de algumas empresas.

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Benfica oficializa contratação mais cara da história do clube. Paga 27 milhões ao Palmeiras por Richard Ríos

  • Lusa
  • 8:00

Recrutado no Brasil, o médio colombiano passa a ser a contratação mais cara da história do emblema da Luz, superando os 25 milhões de euros pagos há dois anos pelo turco Orkun Kökçü.

O médio internacional colombiano Richard Ríos, que representou o Palmeiras nos últimos dois anos, é reforço oficial do Benfica, que pagou 27 milhões de euros aos brasileiros.

“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa que chegou a acordo com o Palmeiras para a aquisição da totalidade dos direitos do jogador Richard Ríos, por um montante de 27 milhões de euros”, informaram os encarnados.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), dá ainda conta de um vínculo por cinco temporadas, até 30 de junho de 2030, com o médio a ficar com uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros.

O colombiano passa a ser a contratação mais cara da história do emblema da Luz, superando os 25 milhões de euros pagos há dois anos pelo médio turco Orkun Kökçü, que, entretanto, rumou ao Besiktas, por empréstimo.

Ríos, de 25 anos, jogava no Palmeiras desde 2023, tendo conquistado o título de campeão brasileiro logo no primeiro ano, além do estadual de São Paulo, em 2024, ambos sob o comando do treinador português Abel Ferreira.

Neste período participou em 138 jogos (93 como titular), nas quais marcou 11 golos pelos paulistas. O último encontro de Ríos pelo Palmeiras foi na semana passada, diante do Mirassol, para o Brasileirão, já depois de ter estado no Mundial de clubes, nos Estados Unidos, em que atuou de início nos cinco embates, desde a estreia com o FC Porto (0-0) até à eliminação nos quartos de final, perante o Chelsea (1-2).

O médio fez praticamente toda a formação ligada ao futsal e só aos 18 anos enveredou definitivamente pelo futebol, quando o Flamengo o ‘descobriu’ num torneio de futsal que teve lugar no Rio de Janeiro e o contratou para integrar a equipa de sub-20.

Ainda jogou sete encontros pela equipa principal dos cariocas, inclusive sagrando-se campeão brasileiro em 2020, mas acabaria emprestado ao Mazatlán, numa incursão pelo México que ficou marcada por uma grave lesão num joelho, que o afastou sete meses dos relvados, antes de rumar em definitivo ao Guarani, clube do qual se transferiu para o Palmeiras.

Richard Ríos é apenas o terceiro jogador colombiano a representar a equipa principal do Benfica, depois do médio Guillermo Celis (2016/17) e do central Jorge Bermúdez (1996/97), tendo já o estatuto de titular da seleção do seu país, pela qual soma 23 internacionalizações e dois golos.

Este é o quinto reforço assegurado pelos encarnados para a temporada 2025/26, juntando-se a Samuel Dahl, que esteve cedido na época passada pela Roma, Rafael Obrador (ex-Real Madrid), Amar Dedic (ex-Salzburgo) e Enzo Barrenechea (ex-Aston Villa).

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Rui Moreira admite ser candidato à Presidência da República, mas só decide a partir de setembro

  • Lusa
  • 7:46

Presidente da Câmara do Porto diz que vai refletir com a família e "fazer a avaliação" dos apoios que tem e dos financiamentos que consegue reunir para uma campanha à Presidência da República.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, confirmou estar a ponderar candidatar-se à Presidência da República nas próximas eleições, marcadas para janeiro de 2026, mas só tomará a decisão final a partir de setembro.

“É uma decisão que irei tomar com certeza nos próximos tempos e que em qualquer caso nunca anunciarei antes de setembro”, afirmou Rui Moreira no canal televisivo CNN Portugal.

O autarca, que completa em outubro o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara do Porto, adiantou que houve pessoas que vieram ter com ele e lhe falaram que esta seria uma boa altura para pensar numa candidatura presidencial. E “foi em função disso que passei a admitir essa possibilidade” de candidatura, adiantou.

Agora, vai refletir com a família e “fazer a avaliação” dos apoios que tem e dos financiamentos para uma campanha.

Rui de Carvalho de Araújo Moreira nasceu no Porto a 8 de agosto de 1956 e foi empresário durante boa parte da sua vida profissional.

No sábado, também João Cotrim Figueiredo se mostrou disponível para ser candidato presidencial, mas afirmou que a decisão não estava tomada. Em reação, Mariana Leitão, nova líder da Iniciativa Liberal, afirmou que o eurodeputado reúne “todas as características”.

Estes dois nomes poderão juntar-se aos de Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo, António José Seguro e António Filipe como os principais candidatos presidenciais já confirmados na corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.

A informação surge numa altura em que uma sondagem sobre as eleições Presidenciais feita pela Intercampus para o canal Now dá um empate técnico a Gouveia e Melo, Marques Mendes e António José Seguro, com o antigo chefe do Estado-Maior da Armada a apresentar uma ligeira vantagem em relação aos adversários — resultados de, respetivamente, 20%, 17,2% e 16,5%, mas dentro da margem de erro.

As eleições Presidenciais deverão acontecer em janeiro de 2026, provavelmente no dia 25, com uma possível segunda volta a 15 de fevereiro.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de julho

  • ECO
  • 7:38

Ao longo desta quarta-feira, 23 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Trump anuncia acordo comercial com Japão que inclui tarifas de 15%. Aço e alumínio mantêm taxas de 50%

  • Lusa
  • 7:33

Presidente norte-americano referiu ainda que no âmbito do acordo alcançado, que "trará milhares de empregos", o Japão vai investir 550 mil milhões de dólares nos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um acordo comercial com o Japão, que inclui sobretaxas tarifárias de 15% sobre os produtos nipónicos importados para os Estados Unidos.

“Acabámos de concluir um enorme acordo comercial com o Japão”, escreveu Donald Trump na plataforma Truth Social, afirmando que “nunca houve nada assim”. “Um acordo gigante, talvez o maior já alcançado”, sublinhou.

O dirigente acrescentou que o Japão vai investir 550 mil milhões de dólares (cerca de 468 mil milhões de euros) nos Estados Unidos, que ficará com 90% dos lucros. “Este acordo trará milhares de empregos (…) e o Japão abrirá o seu país ao comércio, incluindo carros, camiões, arroz e outros produtos agrícolas”, referiu.

O anúncio de Trump surge no mesmo dia em que o negociador japonês para questões relacionadas com as tarifas, Ryosei Akazawa, disse esperar chegar a um acordo com Washington até 1 de agosto. Até essa data, a administração Trump tinha ameaçado impor uma tarifa de 25% sobre as importações de produtos japoneses.

A 11 de julho, o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Iwaya, encontrou-se com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, durante a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

O Japão foi o quinto maior parceiro comercial dos Estados Unidos em 2024, representando 4,3% de todo o comércio e mais de 148 mil milhões de dólares (126 mil milhões de euros) em importações do país asiático, de acordo com dados governamentais.

Acordo deixa de fora aço e alumínio que mantêm taxas de 50%

As sobretaxas norte-americanas de 50% atualmente impostas às exportações japonesas de aço e alumínio não são abrangidas pelo acordo comercial celebrado entre Tóquio e Washington, disse o negociador japonês para as questões ligadas às tarifas. “Se me perguntar se o acordo se aplica ao aço e ao alumínio, não, não é o caso”, disse Ryosei Akazawa à imprensa em Washington.

Num acordo comercial com os EUA, o Japão conseguiu uma redução para 15% dos direitos aduaneiros sobre automóveis e escapou à ameaça de uma sobretaxa generalizada de 25%, que acabou por ser reduzida para 15%.

Entretanto, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, saudou o acordo e confirmou que este reduz para 15% os direitos aduaneiros norte-americanos sobre os automóveis japoneses importados para os Estados Unidos.

“Acordámos reduzir para metade a sobretaxa aduaneira de 25% imposta sobre automóveis e peças sobressalentes desde abril”, para chegar a uma tributação final de 15%, se forem incluídos os direitos aduaneiros pré-existentes, explicou Ishiba, saudando o facto de o Japão ser “o primeiro país a obter uma redução das sobretaxas [dos EUA] sobre os automóveis, sem limites nem restrições de volume”.

Sobre o novo pacto nipo-americano, o negociador Ryosei Akazawa disse ainda aos jornalistas que “não inclui nada sobre os gastos com a defesa”. Trump tinha pedido ao Japão, aliado próximo dos EUA, que aumentasse a despesa militar, com especulações de que esta exigência estaria incluída num acordo comercial mais vasto.

Líder japonês ainda tem de “analisar conteúdo”

Apesar de se ter congratulado com o acordo, o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, disse que “ainda tem de analisar o conteúdo”.

“Em breve serei informado sobre os detalhes, pelo que os examinarei cuidadosamente. Temos negociado até ao limite com todas as nossas forças, arriscando os nossos interesses nacionais em relação a automóveis e outros produtos”, reagiu Ishiba.

O dirigente garantiu que o acordo “ajuda a proteger os interesses nacionais do Japão e dos EUA” e disse que vai trabalhar com Washington para “criar emprego, fabricar bons produtos e desempenhar várias funções no mundo”.

Entretanto, o negociador do Japão para as questões das tarifas, Ryosei Akazawa, escreveu “missão cumprida” na rede social X, agradecendo a todas as partes envolvidas.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 7:09

Banco de Portugal divulga endividamento do setor não financeiro e Eurostat apresenta a estimativa para a confiança do consumidor na Zona Euro.

No dia em que o Banco de Portugal divulga os dados sobre o endividamento da economia referente a maio, é conhecida a estimativa para a confiança do consumidor na Zona Euro. Lá fora, a dona da Google, a Tesla e a IBM apresentam as contas. Conheça as notícias que vão marcar a atualidade.

Banco de Portugal divulga endividamento do setor não financeiro

O Banco de Portugal (BdP) vai divulgar os dados sobre o endividamento do setor não financeiro, que inclui a dívida do Estado, das empresas e das famílias, relativamente a maio. Em abril, o endividamento do setor não financeiro alcançou o valor mais elevado de sempre atingindo os 829,5 mil milhões de euros, mais 4,43 mil milhões em relação ao mês anterior.

Como evolui a confiança do consumidor europeu?

O Eurostat vai apresentar esta quarta-feira a estimativa para a confiança do consumidor da Zona Euro referente a julho. Em maio, o indicador de confiança do consumidor da Área do Euro caiu 0,2 pontos para -15,3 face aos -15,1 em maio.

Linha de Alta Velocidade de Trás-os-Montes

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, vai estar presente na assinatura do acordo para a elaboração dos estudos de viabilidade da Linha de Alta Velocidade de Trás-os-Montes.

Nuno Melo e chefe da Força Aérea ouvidos no Parlamento sobre apoio à emergência médica

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Cartaxo Alves, vão ser ouvidos pelos deputados sobre o apoio deste ramo no helitransporte de emergência médica, com o INEM. O Expresso avançou a semana passada que a Força Aérea Portuguesa só fez 35% dos voos pedidos pelo INEM, justificando que a resposta seria muito demorada.

Tesla, IBM e dona da Google, apresentam contas nos EUA

Depois de a Netflix ter apresentado os resultados dos primeiros três meses do ano, e ter registado um aumento homólogo dos lucros em 23,9%, é a vez da Alphabet (dona da Google), Tesla e IBM apresentam as contas contas trimestrais nos EUA.

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Barómetro ACEGE. 45% dos empresários dizem que subir despesa com defesa para 5% não é excessivo

A maioria dos empresários acreditam que as empresas portuguesas têm condições para aproveitar a aposta no setor da defesa. Mais de 79% estão preocupados com subida do petróleo.

Os países da NATO acordaram na última cimeira de junho aumentar o investimento na defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Uma aposta para a qual os empresários portugueses olham com otimismo. De acordo com o último Barómetro ACEGE, a maioria não considera o aumento dos gastos com defesa para 5% excessivo e perto de 73% dizem que as empresas estão bem preparadas para aproveitar esta oportunidade.

Entre os associados da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores), 45,13% consideram que aumentar as despesas com a defesa para 5% não é excessivo, enquanto 39,82% respondem que este reforço é excessivo e 15% não expressa uma opinião sobre este tema.

Os 32 países da Aliança Atlântica acordaram no passado dia 25 de junho, na cimeira em Haia, um aumento do investimento de 5% do PIB na área da defesa até 2035, com uma revisão dos objetivos em 2029.

“Unidos para fazer face às profundas ameaças de segurança e desafios, em particular a ameaça a longo prazo apresentada pela Rússia à segurança euro-atlântica e a persistente ameaça do terrorismo, os aliados comprometem-se a investir 5% do PIB anualmente em requerimentos de defesa, assim como em despesas relacionadas com defesa e segurança até 2035″, referiram na Declaração da Cimeira de Haia (Países Baixos).

Este objetivo foi alcançado após o presidente dos EUA Donald Trump ter pressionado os países da Aliança a reforçarem o investimento, ameaçando deixar de proteger a Europa.

No caso de Portugal, o país terá que fazer um grande esforço para alcançar os objetivos definidos. Para cumprir a meta de despesa de 2% em defesa no final do ano, Portugal vai ter que gastar mais de mil milhões de euros, segundo adiantou o primeiro-ministro. Luís Montenegro assegurou que não será necessário qualquer Orçamento Retificativo pois o país “tem dinheiro” para fazer face ao esforço financeiro deste ano.

Atualmente, Portugal tem despesa representando cerca de 1,55% do PIB em Defesa, mas comprometeu-se junto dos aliados a atingir uma meta de 2% até final do ano. “Na totalidade, o esforço financeiro [para cumprir os 2%] andará à volta de mil milhões de euros, talvez um pouco menos, de investimento direto em aquisição de equipamento, de investimento que já fizemos e está em curso de valorização dos nossos recursos humanos”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas, à saída da reunião da NATO.

Quanto à meta de 5%, Portugal pretende cumprir as “duas etapas” do compromisso de chegar aos 5% de gastos em defesa. O ministro Paulo Rangel lembrou que Portugal é um membro fundador da NATO e garantiu que vai cumprir os objetivos.

“Obviamente que há aqui duas etapas, uma etapa é a etapa dos 2% [do produto interno bruto], em que Portugal não estava ainda no nível que é exigível para os países da NATO. Além disso, temos depois esta proposta dos 5%, mas, como sabe, o secretário-geral, Mark Rutte, dividiu isso em 3,5%, que será justamente de investimento na defesa no sentido mais clássico e tradicional do termo, e depois 1,5% em infraestruturas”, especificou.

Investimentos significativos para os quais os empresários se estão a preparar, com perto de 73% dos empresários questionados pelo Barómetro ACEGE a adiantarem que as empresas têm condições de aproveitar esta aposta na Defesa.

Preços da energia suscitam preocupação

A evolução dos preços do petróleo é uma das preocupações dos empresários, na medida em que a fatura com a energia representa, para muitas empresas, uma importante fatia dos gastos dos negócios, sobretudo na indústria.

Questionados sobre se estão preocupados com o aumento do preço do petróleo, na sequência dos conflitos no Médio Oriente, 62,83% diz que sim, mas que é preciso perceber o impacto nos preços. Outros 17,7% também respondem afirmativamente e defendem que o Governo deve tomar medidas.

O barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, negoceia abaixo dos 70 dólares por barril, mas a negociação tem sido marcada por uma forte volatilidade ao longo do ano, com a matéria-prima a oscilar ao sabor de temas como a guerra no Irão, as negociações comerciais ou o conflito na Ucrânia.

Nota: O Barómetro é uma iniciativa mensal realizada em colaboração com o ECO, Rádio Renascença e Netsonda, e tem como objetivo saber a opinião dos Associados da ACEGE sobre temas da atualidade, não sendo por isso uma sondagem de opinião. Foi enviado por email a 1.094 associados da ACEGE, através de uma plataforma da Netsonda, e esteve aberto entre os dias 10 e 16 de julho, tendo respondido 113 pessoas.

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Fundo para a Competitividade com efeito multiplicador no PIB de 15,4%. O que é e como funciona?

Executivo comunitário acredita que o desenho do novo fundo se vai traduzir num impacto positivo acrescido no emprego e nas exportações, ao mesmo tempo que diminui os custos das propostas.

A Comissão Europeia estima que o novo Fundo para a Competitividade, proposto no âmbito do orçamento de longo prazo da União Europeia, terá um efeito multiplicador na economia europeia 15,4% superior a um cenário em que os atuais instrumentos e regras se mantêm em vigor. O executivo comunitário espera ainda que o desenho do novo fundo tenha um impacto positivo acrescido no emprego e nas exportações, ao mesmo tempo que diminui os custos das propostas.

Os cálculos constam de documentos de trabalho do executivo liderado por Ursula von der Leyen, que na semana passada apresentou uma proposta para o quadro financeiro plurianual para o período entre 2028 e 2034 de dois biliões de euros, a preços correntes. Deste bolo total, Bruxelas propõe 865 mil milhões de euros alocados às políticas previstas nos planos de parceria nacionais e regionais e 410 mil milhões de euros para o novo Fundo Europeu para a Competitividade, que inclui o Horizonte Europa e o Fundo de Inovação.

É precisamente com o Fundo para a Competitividade que a Comissão Europeia quer responder a um dos principais entraves dos últimos anos: a baixa produtividade europeia. O grande objetivo passa por criar uma capacidade de investimento unificada em todos os setores e tecnologias estratégicas, como a transição verde e a descarbonização industrial, a liderança tecnológica, a saúde, biotecnologia e agricultura e a indústria da defesa e do espaço.

Para isso, propõe a utilização flexível do conjunto de instrumentos financeiros da União Europeia, como empréstimos, subvenções, capital próprio, garantias e contratos públicos, disponíveis em todas as áreas políticas.

No quadro financeiro atualmente em vigor, existem 14 programas com vista a fomentar a competitividade e abrangem áreas como investigação e desenvolvimento, defesa, espaço, digitalização, saúde e a transição verde. Programas que Bruxelas quer consolidar neste fundo a partir de 2028 seguindo uma “orientação estratégica que priorizaria as políticas em vez dos programas”.

Antes de avançar com a proposta do novo fundo, o executivo comunitário estudou mais duas possibilidades, de acordo com documentos de trabalho da Comissão.

Mas antes de avançar com esta proposta, o executivo comunitário estudou mais duas possibilidades, de acordo com documentos de trabalho da Comissão. A primeira iria manter os programas do atual quadro e as próprias regras, mas a Comissão tentaria garantir uma maior coerência horizontal entre os fundos e ajudar a que projetos individuais a beneficiarem de financiamento cumulativo ao abrigo de vários programas. A segunda opção passaria por uma “coordenação reforçada entre programas e um conjunto de regras comum”, que iria mais além, harmonizando as regras entre os programas, em particular através do alinhamento de objetivos, vertentes e pilares, bem como dos instrumentos de implementação e disposições legais horizontais.

Bruxelas acabou por escolher o terceiro cenário por considerar que “oferece um conjunto abrangente de medidas políticas para superar as atuais deficiências no cenário de financiamento da União Europeia relacionadas com competitividade”. E para “garantir o sucesso da opção preferida, a União Europeia irá implementar medidas para minimizar potenciais impactos negativos, incluindo equilibrando a flexibilidade com a necessidade de previsibilidade“.

Nos documentos de trabalho que acompanham a proposta de regulamentação do Fundo para a Competitividade enviada ao Parlamento Europeu e ao Conselho, os técnicos do executivo comunitário estimam que a opção escolhida é a que rende “um maior retorno do investimento ao longo de 15 anos, com o benefício total por euro gasto a ser 15,74% superior ao da primeira opção”.

Um aumento que resulta da simplificação (+3,79% devido a efeitos adicionais do lado da oferta), do volume de investimento (-0,07% devido a maiores volumes de investimento, que levam a um retorno ligeiramente menor por euro gasto) e da antecipação do investimento (+12,02% devido à antecipação de investimentos).

Bruxelas estima que a aposta no fundo com esta estrutura levará a um aumento nas exportações, 58% superior ao cenário em que tudo se mantinha como está, e do emprego, de 54% mais.

Nas contas dos técnicos, a aposta no fundo com esta estrutura levará também a um aumento nas exportações, 58% superior ao da primeira opção, e do emprego, 54% mais, principalmente devido ao maior volume de investimentos. “O impacto global da opção preferida na produtividade da UE deverá ser positivo, impulsionado pela sua capacidade de alocar recursos de forma mais eficiente e eficaz”, pode ler-se no documento.

O executivo comunitário acredita também que esta opção irá reduzir os custos administrativos para os beneficiários em 10% (o que se traduz numa variação entre 4.500 e 28.800 euros), integrando pontos de acesso e introduzindo um conjunto único de regras, simplificando o processo de financiamento e criando “um ambiente mais eficiente e favorável às empresas”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na apresentação do novo Quadro Financeiro Plurianual. EPA/OLIVIER MATTHYSEPA/OLIVIER MATTHYS

Incentivar a participação das PME

Nesse sentido, o InvestEU terá um papel fundamental. Na proposta de regulamentação do Fundo para a Competitividade, o executivo comunitário estipula que este “deverá disponibilizar financiamento direto e indireto às empresas europeias, com vista a atrair investidores privados — libertando assim todo o potencial do empreendedorismo e do investimento europeus”.

Este será implementado através de parcerias como com o Grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI), instituições financeiras internacionais, bancos e instituições de fomento nacionais.

Bruxelas quer ainda que seja criado um Serviço de Aconselhamento de Projetos para apoiar os objetivos do Fundo para a Competitividade, juntando o apoio consultivo a entidades privadas e públicas, oferecendo serviços personalizados a potenciais beneficiários e contribuindo para o desenvolvimento de um conjunto de potenciais operações de investimento.

A proposta prevê ainda que o Fundo para a Competitividade irá apoiar o acesso das pequenas e médias empresas (PME) ao financiamento, reforçando a sua competitividade. Para isso, além da Rede UE para as Empresas, o fundo irá avançar com “atividades transversais adicionais focadas no reforço da competitividade das PME“, bem como com o incentivo a políticas direcionadas para as PME como sistemas de bónus para incentivar a sua participação.

“Poderá ser concedido um apoio especial para o acesso e a disponibilidade de financiamento para PME e pequenas empresas de média capitalização em todos os setores da economia, incluindo microfinanças e apoio a empresas sociais. Além disso, um conjunto de instrumentos financeiros flexíveis no âmbito do Fundo para a Competitividade deverá garantir que as PME possam receber o tipo de apoio que melhor se adapta às suas necessidades ao longo do seu percurso de investimento”, acrescenta o documento.

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Descida da retenção na fonte já pode levar a pagar IRS no reembolso de 2026. Veja as simulações

Os reembolsos podem encurtar significativamente no próximo ano, porque os contribuintes vão e há contribuintes que podem ser chamados a liquidar imposto

Trabalhadores por conta de outrem e pensionistas vão descontar menos em agosto e setembro para refletir a descida do IRS aprovada pelo Parlamento para este ano, mas, no próximo, podem ser surpreendidos com uma desagradável surpresa. Um exemplo: Um assalariado solteiro e sem filhos com um ordenado bruto mensal de 4.000 euros, que poderia receber 399 euros de reembolso, em 2026, poderá ter de pagar, afinal, 1.432 euros de imposto, segundo as simulações do fiscalista Luís Nascimento, da consultora Ilya, para o ECO. É que a retenção na fonte de IRS é um adiantamento dos contribuintes ao Estado e as contas exatas de IRS são, depois, apuradas no reembolso do ano seguinte, ou seja, o que descontou a menos nos próximos meses poderá resultar num valor a pagar ao Estado e não num valor a receber.

Os cálculos para este exemplo concreto têm apenas em consideração o limite de 250 euros para as deduções das despesas gerais e familiares. “Por isso, se os contribuintes forem disciplinados e pedirem fatura com número de contribuinte noutro tipo de gastos é possível abater mais ao imposto a pagar”, alerta o fiscalista.

O Governo aprovou esta terça-feira, e com um dia de atraso face ao anunciado pelo primeiro-ministro, as novas tabelas de retenção na fonte em sede de IRS, que vão refletir a redução do imposto em 500 milhões de euros, aprovada pelo Parlamento, e compensar, em dois meses, o valor descontado a mais desde janeiro por trabalhadores dependentes e pensionistas. Assim, em agosto e setembro, e de forma extraordinária, salários brutos até 1.136 euros estarão livres de retenção, quando até agosto descontavam 96,63 euros por mês, uma vez que esta isenção se aplicava até aos 991 euros, no caso de um solteiro sem filhos.

Nas pensões, não haverá lugar a retenção na fonte até aos 1.116 euros para um solteiro, divorciado, viúvo ou casado (dois titulares), quando até aqui este reformado descontava a partir dos 992 euros mensais. Isto significa um ganho, em agosto e setembro, de 67,3 euros por mês.

A partir de outubro e até ao final do ano, estarão em vigor outras tabelas já sem o efeito do mecanismo da retroatividade aplicado em agosto e setembro, de acordo com o documento publicado esta terça-feira no Portal das Finanças.

Deste modo, em outubro, a retenção na fonte volta a aplicar-se a remunerações mensais a partir dos 992 euros mensais. Ou seja, pontualmente, as taxas baixam mais em agosto e setembro e depois, em outubro, novembro e dezembro, são atualizadas face às que estão em vigor até agosto, em linha com a redução do IRS aprovada pelo Parlamento. A taxa mais baixa, de 13%, recua para 12,50%, a de 16,50% diminui para 16% e a de 22% baixa para 21,50%.

No entanto, é preciso ter em atenção que menos descontos agora pode significar imposto a pagar para o ano, se o IRS entregue ao Fisco este ano for inferior ao efetivamente devido. Por exemplo, um trabalhador por conta de outrem solteiro e sem filhos com 1.300 euros de vencimento bruto retinha na fonte cerca de 155 euros, entre janeiro e julho. Em agosto e setembro, vai passar a entregar a Fisco apenas 3,5 euros por mês. A partir de outubro, já com as “tabelas normais”, sem o o efeito de retroatividade, vai descontar 76 euros por mês. No entanto, em vez deste contribuinte ter direito a um reembolso de 129 euros, arrisca pagar 151 euros.

No caso de um ordenado superior, de 2.000 euros mensais brutos, o trabalhador que poderia ter direito a um reembolso de 205 euros pode ser chamado a pagar 435 euros de imposto, pelo facto de ter descontado menos nestes últimos meses do ano. Entre janeiro e julho, reteve cerca de 373 euros. Em agosto e setembro, vai descontar apenas 22 euros mensais e, a partir de outubro, a retenção mensal passa para 424 euros, segundo as contas da Ilya.

Para um contribuinte, também solteiro e sem filhos, com um salário bruto de 4.000 euros, os descontos vão baixar de cerca de 1.250 euros por mês, entre janeiro e julho, para 211 euros mensais, entre agosto e setembro, e depois sobem para 1.437 euros, entre outubro e dezembro. Se o Governo não tivesse mexido nas tabelas de retenção, este trabalhador iria ter direito a um reembolso de 399 euros, no próximo ano. Em vez disso, vai ser chamado a pagar 1.432 euros de imposto.

Noutro exemplo, um casal com dois filhos, ambos a ganhar 1.500 euros, iriam ser ressarcidos em 113 euros pelo Fisco no próximo ano pelo imposto retido a mais. Em vez disso, terão de liquidar 498 euros de IRS, de acordo com as simulações da Ilya. Isto porque a retenção na fonte baixou de cerca de 163,5 euros mensais, entre janeiro e julho, para zero, entre agosto e setembro, e 184,3 euros por mês, entre outubro e dezembro.

Mas há situações em que os descontos baixam e, ainda assim, os contribuintes continuam a receber reembolso. É o caso de uma família de dois pensionistas a ganhar entre 1.300 e 1.500 euros por mês cada um. No primeiro exemplo, em vez de terem direito a um cheque de 814 euros serão ressarcidos em pelo menos 309 euros, em 2026. No segundo exemplo, em vez de receber 776 euros vai ter um encaixe de 57 euros.

Um reformado solteiro, único titular, a ganhar 1.300 ou 1.500 euros também continuará a ter direito a reembolso, mas baixa de 407 euros para 155 euros e de 388 euros para 29 euros, respetivamente, de acordo com os cálculos da Ilya para o ECO.

A baixa da retenção na fonte reflete a descida do IRS em 500 milhões de euros, proposta pelo Governo e viabilizada pela Assembleia da República, determina reduções do imposto entre 0,40 e 0,60 pontos percentuais (p.p.) até ao oitavo escalão de rendimentos.

Em concreto, a taxa do primeiro escalão vai descer de 13% para 12,5%, a do segundo de 16,5% para 16%, a do terceiro de 22% para 21,5%, a do quarto de 25% para 24,4%, a do quinto de 32% para 31,4%, a do sexto de 35,5% para 34,9%, a do sétimo de 43,5% para 43,1% e, por último, a do oitavo de 45% para 44,6%. A taxa do último escalão de rendimentos continua nos 48%.

Simulações apresentadas pelo Governo mostram que esta nova descida do IRS vai fazer subir o salário líquido entre dois e 15 euros por mês.

Quem ficou desempregado será excluído da medida

O Governo optou por reduzir mais as taxas de imposto em agosto e setembro para “compensar” os descontos efetuados em excesso desde janeiro. Porém, esta solução não irá cobrir todos os casos. Ou seja, quem não tiver rendimentos de trabalho ou pensões em agosto ou setembro não irá beneficiar desta descida suplementar das tabelas de retenção na fonte, ainda que tenha descontado a mais ao longo do ano. Nestas situações estão trabalhadores que ficaram desempregados ou que passaram de assalariados a recibos verdes.

Por outro lado, quem mudou de emprego e teve aumentos salariais ou quem estava desempregado e passou a ter um vínculo de trabalho por conta de outrem vai sair a ganhar, porque o Fisco vai aplicar as tabelas de setembro e outubro considerando que aquele contribuinte obteve aquele rendimento mensal desde janeiro.

O Ministério das Finanças esclareceu, no ano passado, quando aplicou o mesmo mecanismo que, como as tabelas de retenção são adiantamentos do imposto ao Estado, no próximo ano, na altura da liquidação do imposto, serão feitos os acertos necessários. Quem descontou a mais, terá um reembolso menor e quem descontou menos poderá ser chamado a pagar a diferença.

Empresas podem acertar retenções mais tarde se não aplicarem tabelas em agosto

As empresas e outras entidades empregadoras têm de aplicar as novas tabelas de retenção nos salários de agosto, mas se não o conseguirem fazer nesse mês podem corrigir os valores mais tarde, até ao fim do ano. A salvaguarda está consagrada no despacho do Governo que fixa as novas tabelas de retenção na fonte, publicado esta terça-feira no Portal das Finanças.

A garantia diz respeito às taxas de retenção de agosto e setembro, que têm valores especialmente mais baixos do que as de janeiro a julho, para compensar os contribuintes do valor retido nos primeiros sete meses do ano com base numa versão do IRS diferente da que se aplicará aos rendimentos de 2025, porque, entretanto, o parlamento reduziu as taxas do IRS do 1.º ao 8. escalão.

A possibilidade teórica de fazer a correção ao valor da retenção de agosto e setembro é válida quer para as entidades que pagam salários (como as empresas, os serviços públicos ou as IPSS), quer para as entidades pagadoras de pensões (como a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações).

No texto assinado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, fica previsto que “nas situações em que as retenções na fonte sobre os rendimentos do trabalho dependente e de pensões pagos ou colocados à disposição entre 1 de agosto e 30 de setembro de 2025 não tenham sido efetuadas de acordo com as tabelas previstas no nº 2 [do despacho], a entidade sobre a qual recai a obrigação de retenção pode proceder à retificação nas retenções a efetuar nos meses seguintes, até ao mês de dezembro de 2025, inclusive”.

Apesar disso, o Governo espera que, ao dar a conhecer as tabelas neste momento, as entidades pagadoras ainda consigam aplicar as novas tabelas em agosto, incluindo a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações.

Questionada pela Lusa sobre o assunto, a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais lembra que, no ano passado, as tabelas foram conhecidas com uma distância temporal mais curta em relação ao momento do processamento dos rendimentos e, mesmo assim, “a generalidade dos agentes económicos conseguiu adaptar os seus sistemas”, por isso, “a expectativa” para 2025 “é que o consigam fazer” a tempo.

“Não obstante, se algum agente económico, algum empregador ou pagador tiver dificuldades e não conseguir logo no mês de agosto, pode fazer o acerto nos meses seguintes até ao fim do ano, de resto, como também já aconteceu com as tabelas do ano passado”, afirma, em declarações à Lusa.

Em 2024, ano em que o IRS também baixou a meio do ano, as novas tabelas de retenção foram conhecidas a 26 de agosto, para serem aplicadas em setembro. Como nessa altura a Segurança Social já tinha pensões processadas, só aplicou as novas taxas em outubro, fazendo a respetiva correção.

No entanto, este ano, o Governo conta que os pensionistas recebam os valores corretos logo desde o início. “A expectativa é que os pensionistas possam ver esta redução refletida já no mês de agosto”, afirma a secretária de Estado.

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Um mês depois da compra, CEO do BPCE visita Novobanco e apresenta-se aos trabalhadores

Trabalhadores do Novobanco conhecem hoje o futuro patrão. Nicolas Namias, que já afastou despedimentos, visita sede no Tagus Park, onde fará uma apresentação de uma hora ao lado de Mark Bourke.

Nicolas Namias, CEO do Groupe BPCE, visita Novobanco um mês após o anúncio de compra do banco à Lone Star.

Pouco mais de um mês depois de anunciado o negócio de compra do Novobanco, por 6,4 mil milhões de euros, o CEO do Groupe BPCE, Nicolas Namias, viaja esta quarta-feira a Lisboa para visitar a sede do banco no Tagus Park e apresentar-se pela primeira vez aos trabalhadores.

Nicolas Namias fará uma apresentação ao final da manhã, marcada para as 11 horas, que durará cerca de uma hora, num encontro em que o gestor francês se fará acompanhar do CEO do Novobanco, o irlandês Mark Bourke, e para o qual foram convidados todos os trabalhadores. Incluindo os que não trabalham na sede, que poderão assistir à sessão através da transmissão online.

Nem o Novobanco nem o BPCE comentam esta visita. Fonte oficial do banco francês adianta apenas que Nicolas Namias viaja a Portugal regularmente e não dá detalhes específicos sobre as suas visitas ou reuniões planeadas – isto depois de questionada se o líder do banco francês iria ter alguma reunião com o ministro das Finanças, Fundo de Resolução e Banco de Portugal (os dois primeiros acionistas detentores de 25% do banco, o terceiro enquanto supervisor). Ministério, banco central e fundo também se remetem ao silêncio sobre eventuais reuniões com o CEO do BPCE.

O encontro com o futuro patrão é aguardado com expectativa entre dos trabalhadores, que esperam que assuma compromissos com o futuro do banco. “Esperamos que [Nicolas Namias] nos diga quais são as intenções para o banco”, sublinha a coordenadora da comissão de trabalhadores, Liliana Felício, ao ECO.

“Esperamos que seja para assegurar que vai manter a independência do Novobanco, manter os postos de trabalho ou até mesmo crescer a atividade do banco”, acrescenta a representante dos trabalhadores.

Foi a 13 de junho que a Lone Star, que detém 75% do Novobanco, anunciou a venda da instituição financeira ao Groupe BPCE, segundo maior banco francês que está presente em Portugal através do Natixis, Oney Bank e Banco Primus, num negócio avaliado em 6,4 mil milhões de euros.

No mesmo dia, Nicolas Namias assegurou que o banco francês não prevê qualquer programa de despedimentos no Novobanco, que contava com mais de 4.200 nos seus quadros e quase 300 balcões no final de março.

“Ao contrário de muitas outras, esta transação não é sobre sinergias de custos”, explicou o gestor em teleconferência com os jornalistas.

“Sejamos claros, o BPCE conta hoje com 3.000 pessoas em Portugal. Mas elas trabalham para todo o grupo, não é um banco português, por isso não temos hoje sinergias de custos entre o que temos em Portugal e o Novobanco. Portanto, não se trata de um projeto baseado em sinergias de custos e cortes de postos de trabalho, sou muito claro quanto a isso”, explicou, tendo sinalizado também que a equipa de gestão liderada por Mark Bourke deverá continuar em funções.

“Tornou-se um dos bancos mais rentáveis da Europa, tem um rácio custo/rendimento de 33%, portanto, a administração fez um excelente trabalho e, claro, vou contar com o seu compromisso para connosco“, elogiou.

Segundo foi anunciado, a operação deverá estar concluída apenas durante o primeiro semestre do próximo ano, depois de obtidas as autorizações regulatórias.

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