Bolsa em Wall Street arranca no ‘vermelho’ a digerir tarifas sobre México e Canadá

  • Lusa
  • 4 Março 2025

A bolsa dos EUA começou o dia em queda, na primeira sessão após a entrada em vigor de tarifas de 25% sobre as importações canadianas e mexicanas e de 10% sobre as chinesas.

A bolsa dos EUA começou esta terça-feira em queda, na primeira sessão após a entrada em vigor de tarifas de 25% sobre as importações canadianas e mexicanas e de 10% sobre as chinesas, os três maiores parceiros dos EUA.

Cerca de cinco minutos depois do toque do sino na Bolsa de Nova Iorque, o Dow Jones recuava 0,98% para 42.770 pontos, o alargado S&P 500 perdia 0,92% para 5.795 pontos e o tecnológico Nasdaq recuava 1,03% para 18.161 pontos. Por sua vez, o ‘índice de medo’ Vix, que mede a volatilidade do mercado, subiu para 8,47%.

Na segunda-feira, com a confirmação das tarifas sobre as importações de Canadá, México e China, os investidores entraram em força a vender títulos, resultado num dos piores dias da bolsa nova-iorquina em meses.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,48%, o tecnológico Nasdaq perdeu 2,64% e o alargado S&P500 baixou 1,76%, naquela que foi a sua maior perda diária desde dezembro. Entre os títulos mais atingidos na sessão de hoje, estão as fabricantes automóveis GM (-4,47%) e a Ford (-2,34%).

Dentro do Dow 30, destacavam-se as perdas dos bancos JP Morgan (-4,5%) e do Goldman Sachs (-3,65%), assim como da Boeing (-5,54%), da 3M (-3,63%) e da American Express (-3,29%). Já o barril de petróleo do Texas caiu 1,43% para 67,43 dólares, e a onça de ouro valorizou-se 0,63% para 2.917 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hyundai Santa Fe: Quando o tamanho importa (e impressiona)<span class='tag--premium'>premium</span>

O histórico Santa Fe reinventou-se, passando de um todo-o-terreno para um familiar espaçoso. O resultado é um SUV que desafia expectativas, mas que questiona o seu próprio propósito.

Este artigo integra a 12.ª edição do ECO magazine. Pode compraraqui.No mundo dos SUV de grande dimensão, o Hyundai Santa Fe sempre ocupou um lugar de destaque.Agora, na sua quinta geração, este veterano com quase 25 anos de história surge completamente renovado, desafiando as convenções e levantando questões intrigantes sobre o seu verdadeiro propósito. À primeira vista, o novo Santa Fe na versão HEV 1.6 Calligraphy Pack MY25, testada pelo ECO, impressiona pelo seu designfuturista, fazendo até lembrar clássicos como o Land Rover Defender. A frente, dominada por faróis LED em formato “H” e uma grelha arrojada, não deixa a nova estrela da marca sul-coreana passar despercebida. O mesmo sucede com a traseira, mas não pelas mesmas razões, por força das óticas estarem mais baixas do que é

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo avisa que pode avançar com moção de confiança depois de PS anunciar CPI a Montenegro

  • ECO
  • 4 Março 2025

O ministro Pedro Duarte avisou que o executivo ainda poderá apresentar uma moção de confiança. Pedro Nuno Santos anunciou esta segunda-feira que vai pedir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).

Na reunião da conferência de líderes que agendou para quarta-feira o debate da moção de censura do PCP, o ministro Pedro Duarte avisou que o executivo ainda poderá apresentar uma moção de confiança.

Na conferência de líderes foi reorganizada toda agenda parlamentar até final de março. No encontro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, adiantou que o Governo não coloca de parte a hipótese de apresentar uma moção de confiança.

Pedro Duarte, que participou na reunião à distância, disse que o calendário pode ter ser novamente alterado. Isto porque a moção de censura do PCP, que vai ser debatida já esta quarta-feira, tem o chumbo determinado à partida, pelo voto contra do PS.

Pedro Nuno Santos anunciou esta segunda-feira que vai pedir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao caso da empresa familiar do primeiro-ministro, depois de ter reunido com o secretariado do PS para analisar a atual situação política. O líder socialista afirmou que o país está “a viver uma crise política” e que o “principal fator de instabilidade” é Luís Montenegro.

“O PS apresentará, na Assembleia da República, um requerimento potestativo para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito”, disse o secretário-geral socialista, na sede do partido no Largo do Rato. “Não o fazemos com gosto, sei bem quão duro é uma CPI. Infelizmente, o senhor primeiro-ministro não nos dá alternativa, esta é mesmo a última figura regimental ao nosso dispor para assegurar que temos o direito a saber a verdade”, justificou.

A prioridade socialista passa por “proteger o regime e as instituições”, com “sentido de Estado” e sem querer “provocar crises políticas”.

“Não é matéria do foro privado, é matéria de Estado”, diz Pedro Nuno Santos, que lembra que Montenegro “esteve a receber avenças de empresas ao mesmo tempo que era primeiro-ministro” durante dez meses. “Isto é inaceitável”, sublinhou, antes de acrescentar que a “empresa é Luís Montenegro”. O socialista classificou ainda como “grave” a notícia de que o primeiro-ministro não tinha declarado todas as contas bancárias à Entidade da Transparência.

O líder socialista disse ainda que pediu uma audiência ao Presidente da República e conversou, antes de falar aos jornalistas, com Marcelo Rebelo de Sousa sobre esta decisão do partido. O chefe de Estado tinha lamentado, esta terça-feira, que Luís Montenegro só lhe tinha telefonado meia hora após a declaração ao país no passado sábado, onde anunciou que empresa familiar seria totalmente entregue aos filhos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metsola fala em “oportunidade de ouro” para UE alinhar orçamento com foco na defesa

  • Lusa
  • 4 Março 2025

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, falou numa "oportunidade de ouro" para a União Europeia (UE) mobilizar verbas para a defesa comunitária.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, falou numa “oportunidade de ouro” para a União Europeia (UE) mobilizar verbas para a defesa comunitária, quando se iniciam discussões sobre o próximo orçamento europeu a longo prazo.

“A Europa tem de levar a sério a sua própria defesa. Precisamos de duas coisas: precisamos da vontade e precisamos de verbas”, afirmou Roberta Metsola, intervindo hoje em Bruxelas num fórum organizado pelo grupo de reflexão Centro de Política Europeia (European Policy Center).

Após o anúncio desta manhã, sobre um plano de 800 mil milhões de euros para armamento comunitário, a líder da assembleia europeia apontou: “Estamos agora a começar a negociar o próximo Quadro Financeiro Plurianual, pelo que temos uma oportunidade de ouro para alinhar melhor o nosso orçamento com as nossas prioridades estratégicas”.

Lembrando que “qualquer reafetação de fundos para a defesa no âmbito do atual Quadro Financeiro Plurianual tem de passar pelo Parlamento”, Roberta Metsola prometeu que a sua instituição “dará o seu melhor” para que instrumentos como o Fundo Europeu de Defesa e o Programa Industrial Europeu de Defesa sejam reforçados.

“A Europa precisa de uma integração mais profunda no domínio da defesa: precisamos de um mercado único da defesa, com regras mais simples para as nossas empresas e isto simplificará a produção, reforçará a interoperabilidade e colmatará lacunas críticas em termos de capacidades”, concluiu.

Já quanto à Ucrânia, quando os Estados Unidos suspenderam temporariamente as verbas militares às forças ucranianas, Roberta Metsola avisou: “Se Kiev cair, a Europa e o mundo ficarão menos seguros, menos protegidos e menos prósperos”.

As declarações surgem depois de, esta manhã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter anunciado querer mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.

Em causa está o plano “Rearmar a Europa”, com o qual a líder do executivo comunitário quer mobilizar “800 mil milhões de euros em despesa de defesa para uma Europa segura e resiliente”.

Este plano, cujos traços largos von der Leyen referiu, implica ainda a disponibilização de 150 mil milhões de euros de financiamento para os 27 Estados-membros da UE, que deverão ainda poder reafetar fundos, como os de Coesão, para investimento na defesa e rearmamento.

Salientando “a grave natureza das ameaças” que a UE enfrenta, Ursula von der Leyen acrescentou que “a Europa está preparada para agir com a decisão e a velocidade requerida”, devendo responder a necessidades de curto e longo prazo.

Bruxelas propôs também uma flexibilização das regras orçamentais para incentivar o investimento na defesa sem desencadear um procedimento por défice excessivo.

“Se os Estados-membros aumentassem as suas despesas com a defesa em 1,5% do PIB, em média, isso poderia criar uma margem orçamental de cerca de 650 mil milhões de euros durante um período de quatro anos”, precisou a responsável europeia.

“Esta medida permitirá que os Estados-Membros aumentem significativamente as suas despesas com a defesa sem desencadear o procedimento por défice excessivo”, adiantou.

O plano — que será ainda hoje enviado às 27 capitais da UE com vista a ser debatido no Conselho Europeu extraordinário de quinta-feira — permitirá ainda enviar rapidamente ajuda militar à Ucrânia, após Washington ter decidido cancelar a enviada pelos Estados Unidos.

Essa cimeira europeia extraordinária, que terá lugar em Bruxelas, será dedicada ao apoio à Ucrânia e à defesa europeia, numa altura de ameaças norte-americanas de corte das ajudas aos ucranianos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹 Como é que uma esponja pode limpar a artrite?

  • ECO
  • 4 Março 2025

O projeto ReCaP, financiado pela UE em 2,99 milhões de euros, desenvolveu um colagénio impresso em 3D impregnado de genes terapêuticos.

O projeto ReCaP desenvolveu uma nova abordagem para a regeneração da cartilagem utilizando biomateriais impressos em 3D e terapia genética. Ao melhorar a reparação dos tecidos e reduzir a inflamação, esta tecnologia inovadora poderá reduzir radicalmente a necessidade de substituições articulares.

Com um apoio de 2,99 milhões de euros, do programa Ciência Excelente do Concelho de Investigação Europeu, o projeto foi bem-sucedido no desenvolvimento de um biomaterial para reparar tecidos, permitindo uma terapia genética. Foi testado em animais (cabra), está em revisão um artigo sobre os resultados e alguns aspetos da tecnologia foram alvo um pedido de proteção da propriedade intelectual associada.

O coordenador do projeto Fergal O’Brien do Colégio Real de Cirurgiões, na Irlanda, explica que uma das opções em análise é estabelecer uma parceria com uma multinacional ou criar uma startup a partir de um spin-off.

Veja o vídeo.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ucrânia “absolutamente determinada a continuar a sua cooperação com os EUA”

  • Lusa
  • 4 Março 2025

A Ucrânia está pronta para assinar "a qualquer momento" o acordo-quadro sobre a exploração dos seus recursos naturais pelos Estados Unidos, apesar do anúncio da Casa Branca da suspensão da ajuda.

O primeiro-ministro do governo de Kiev, Denys Shmygal afirmou esta terça-feira que “a Ucrânia está absolutamente determinada a continuar a sua cooperação com os Estados Unidos”.

Estas declarações de Shmygal surgem depois de a Casa Branca ter anunciado a suspensão da ajuda militar norte-americana, que é crucial para Kiev e o seu exército fazerem frente à invasão da Rússia.

“Os Estados Unidos são um parceiro importante e devemos preservá-lo”, disse, numa conferência de imprensa em Kiev. “Faremos tudo para nos mantermos firmes”, continuou Shmygal, enquanto o anúncio de Washington mergulha Kiev e os seus aliados europeus no desconhecido.

A Ucrânia está a “discutir” com os europeus a possibilidade de substituir a ajuda militar norte-americana e ao mesmo tempo está aberta a “negociações” com Washington, afirmou, por seu turno, um conselheiro do Presidente Zelenski

“Estamos a discutir opções com os nossos parceiros europeus”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podoliak na rede social X. “E, claro, não descartamos a possibilidade de negociações com os nossos homólogos norte-americanos”, acrescentou.

A Ucrânia está ainda pronta para assinar “a qualquer momento” o acordo-quadro sobre a exploração dos seus recursos naturais pelos Estados Unidos, apesar do anúncio da Casa Branca da suspensão da ajuda militar norte-americana. “Estamos prontos para começar a trabalhar na assinatura deste acordo a qualquer momento”, disse Denys Shmygal numa conferência de imprensa, especificando que Kiev aguardava o “feedback” americano sobre o assunto através dos canais diplomáticos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Kremlin defende que a suspensão da ajuda militar dos EUA a Kiev é a “melhor contribuição” para a paz

  • Lusa
  • 4 Março 2025

A suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kiev é a "melhor contribuição possível" para alcançar a paz na Ucrânia, defendeuo Kremlin após o anúncio da Casa Branca.

A suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kiev é a “melhor contribuição possível” para alcançar a paz na Ucrânia, defendeu hoje o Kremlin após o anúncio da Casa Branca, dias depois da altercação entre Trump e Zelensky.

“Se os Estados Unidos deixarem de ser (um fornecedor militar à Ucrânia) ou suspenderem estas entregas, esta será provavelmente a melhor contribuição para a paz”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.

“Os pormenores ainda estão por ver, mas se for verdade, é uma solução que pode realmente empurrar o regime de Kiev para um processo de paz”, insistiu durante o seu ‘briefing’ diário, acrescentando a necessidade de saber como “evolui a situação no terreno”, e sublinhando que “o principal volume” da ajuda militar à Ucrânia “tem vindo até agora dos Estados Unidos”.

Peskov, que foi muito cauteloso na sua declaração, pediu que se aguardasse primeiro a confirmação oficial da decisão e depois que se conhecessem “os pormenores”.

Ao mesmo tempo, no entanto, sublinhou que este anúncio “é a maior contribuição para a causa da paz” e que os EUA são o país que mais assistência militar prestou a Kiev desde o início da guerra, há três anos.

Na segunda-feira à noite fonte da Casa Branca citada pela Associated Press (AP) referiu que Trump está focado em chegar a um acordo de paz para terminar a guerra que tem mais de três anos e que pretende ter Zelensky comprometido com esse objetivo.

A mesma fonte, que falou sob anonimato, acrescentou que os Estados Unidos estão a “suspender e a rever” a sua ajuda para “garantir que está a contribuir para uma solução”.

Uma fonte da Casa Branca citada pela agência France-Presse (AFP), que também confirmou a suspensão da ajuda militar a Kiev, sublinhou que os Estados Unidos “precisam que os seus parceiros também se comprometam a atingir o objetivo” da paz.

De acordo com a estação Fox News, citada pela agência Efe, esta medida interrompe a entrega de armas ou equipamentos que já se encontrem em território polaco e prontos para entrega final aos ucranianos. O Presidente norte-americano tinha voltado a criticar na segunda-feira o homólogo ucraniano por não estar tão grato como deveria pela ajuda dos Estados Unidos.

“Acho que ele (Zelensky) deveria estar mais grato, porque este país (EUA) apoiou-os contra todas as probabilidades”, disse Trump numa cerimónia na Casa Branca, onde na passada sexta-feira repreendeu publicamente Zelensky durante a visita a Washington do Presidente ucraniano.

A decisão do presidente dos Estados Unidos é a primeira consequência do confronto que teve lugar na sexta-feira passada na Casa Branca entre Donald Trump e o presidente ucraniano Volodymir Zelenski, a que o mundo inteiro assistiu em direto.

Tanto Trump como vários altos funcionários norte-americanos sugeriram a Zelenski que deixasse o cargo para abrir caminho a uma solução pacífica para o conflito, em sintonia com a linha de argumentação de Putin, que considera o presidente ucraniano ilegítimo.

Dmitri Peskov falou também da vontade de Washington e Moscovo em restabelecer as relações bilaterais, após anos de extrema tensão.

Na sua opinião, a “normalização” das relações passa necessariamente pelo levantamento das sanções impostas pelos EUA a Moscovo.”É claro que, se estamos a falar de normalização das relações bilaterais, então estas devem ser libertadas do peso negativo destas sanções”, afirmou aos jornalistas.

Na sequência das primeiras conversações russo-americanas na Arábia Saudita, em 18 de fevereiro, Moscovo e Washington afirmaram estar a trabalhar no sentido de restabelecer a cooperação económica e energética, nomeadamente no Ártico e no setor espacial.

Em três anos de conflito, a economia russa tornou-se em grande parte dependente das encomendas militares, enquanto a economia real foi afetada pelas sanções ocidentais, apesar das medidas de contorno e da continuação das importações de certos produtos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moção de censura ao Governo do PCP marcada para quarta-feira às 15.00

A conferência de líderes parlamentares reuniu-se esta terça-feira de manhã para decidir a data do debate e votação da moção: quarta-feira às 15.00 foram a data e hora escolhidas.

A moção de censura do PCP ao Governo de Montenegro está marcada para esta quarta-feira, às 15.00. A conferência de líderes parlamentares reuniu-se esta terça-feira de manhã para decidir a data do debate e votação da moção, entregue no domingo pelo partido no Parlamento. ” Vamos censurar e condenar as opções políticas do Governo e é nisso que vamos centrar a nossa discussão”, disse a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, logo após a reunião de terça-feira. “Vamos demonstrar, com a nossa intervenção, que a situação do nosso país é indesejável”.

A moção de censura em questão, com o título “Travar a degradação nacional, por uma política alternativa de progresso e de desenvolvimento”, tem chumbo garantido, uma vez que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já anunciou que não pretende viabilizá-la.

Esta iniciativa foi apresentada pelo PCP depois de, no sábado à noite, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter feito uma declaração ao país na qual admitiu avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se consideram que o executivo “dispõe de condições para continuar a executar” o seu programa.

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo. RODRIGO ANTUNES/LUSARODRIGO ANTUNES/LUSA

Montenegro fez esta declaração após ter sido noticiado que a Spinumviva – até sábado detida pela sua mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e filhos –, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde por “serviços especializados de ‘compliance’ e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais”.

Pouco depois, na declaração em que anunciou que iria apresentar a moção de censura, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimnudo, defendeu que o Governo “não está em condições de responder aos problemas” de Portugal e “não merece confiança”, mas sim censura. No texto da moção de censura, o PCP acusa ainda o executivo de ser um “fator de descredibilização” e identifica a sua política como “o principal problema” do país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa de Lisboa em baixa com Galp e BCP a liderarem perdas

  • Lusa
  • 4 Março 2025

A bolsa de Lisboa mantinha hoje a tendência da abertura e negociava em terreno negativo, com as ações da Galp e do BCP a cederem mais de 3%.

A bolsa de Lisboa mantinha esta terça-feira a tendência da abertura e negociava em terreno negativo, com as ações da Galp e do BCP a cederem mais de 3%.

Cerca das 10:00, o PSI baixava 1,19%, para 6.731,06 pontos, com nove cotadas a negociarem no ‘vermelho’, cinco a registar ganhos, e uma, a Ibersol, a seguir inalterada, nos 8,52 euros.

Entre os ‘papeis’ a negociar com maiores perdas estavam a Galp, que cedia 3,85% para 15,37 euros, o BCP, que desvalorizava 3,62% para 0,52 euros. A Mota-Engil e os CTT recuavam, respetivamente, 2,90% para 3,02 euros e 1,42% para 6,96 euros.

A negociar abaixo da ‘linha de água’, mas com perdas inferiores a 1%, estavam a Altri (recuo de 0,90% para 6,07 euros), a Navigator (queda de 0,55% para 3,24 euros) e a Semapa (perdas de 0,53% para 15,12 euros).

A Corticeira Amorim e a Sonae SGPS seguia a perder, respetivamente, 0,24% para 8,30 euros e 0,20% para 1,02 euros.

Em sentido contrário, as ações da REN eram as que mais subiam, avançando 2,42% para 2,54, seguidas da EDP (1,60% para 3,11 euros), NOS (0,12% para 4,32 euros) Jerónimo Martins (0,10% para 20,88 euros) e EDP Renováveis (0,06% para 8,41 euros).

Na Europa as principais praças mantinham a tendência negativa do início da sessão, num dia marcado pela entrada em vigor de novas tarifas de 25% impostos pela administração Trump a produtos do Canadá e do México e da duplicação (de 10% para 20%) da tarifa universal a importações da China.

A influência das tarifas marcou também a sessão de segunda-feira da bolsa de Nova Iorque que fechou em terreno negativo. Na Ásia, a bolsa de Tóquio fechou a perder 1,2%, recuperando face à queda de 2,23% registada na abertura da sessão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

França opõe-se a utilização de ativos russos congelados

  • Lusa
  • 4 Março 2025

O ministro da Economia francês afirmou que capturar os ativos russos congelados e utilizá-los para financiar as despesas militares europeias seria "contrário aos acordos internacionais".

O ministro da Economia francês, Eric Lombard, afirmou esta terça-feira que capturar os ativos russos congelados e utilizá-los para financiar as despesas militares europeias seria “contrário aos acordos internacionais”.

“A posição da França é de que estes ativos russos (…) pertencem, em particular, ao Banco Central da Rússia”, afirmou Lombard à cadeia de rádio francesa France Info, sublinhando que não se trata de ativos “que possam ser capturados” porque isso “seria contrário aos acordos internacionais que a França e a Europa subscreveram”.

A apreensão destes ativos pode criar “um precedente económico” e tornar os investidores cautelosos, sublinhou, por seu turno, o ministro francês dos Assuntos Europeus, Benjamin Haddad.

Os países da União Europeia já estão a utilizar os lucros dos ativos russos congelados para ajudar a armar a Ucrânia e financiar a sua reconstrução pós-guerra, o que representa um ganho de 2,5 a 3 mil milhões de euros por ano. No entanto, a opção de confiscar os ativos russos foi até agora excluída, principalmente por razões jurídicas.

Em dezembro passado, a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, defendeu a utilização direta dos bens russos congelados.

Durante um debate na Assembleia Nacional Francesa, na segunda-feira, o ex-primeiro-ministro Gabriel Attal e outros deputados afirmaram ser a favor do confisco, que o chefe da diplomacia Jean-Noël Barrot excluiu, alegando “um risco financeiro demasiado grande”

Eric Lombard estimou também que a União Europeia “deve chegar a um acordo equilibrado” com os Estados Unidos sobre as tarifas aduaneiras.

“Temos negociadores que estão a jogar um jogo duro, e vamos jogar um jogo duro, mas (…) precisamos de chegar a um acordo equilibrado que proteja as nossas economias”, disse Eric Lombard.

Donald Trump anunciou no final de fevereiro que a União Europeia – cuja razão de ser, segundo o presidente norte-americano é “lixar os Estados Unidos” – seria “em breve” alvo de um imposto de 25% sobre os seus produtos destinados ao mercado americano. “Estamos em negociações duras com um governo americano que sabemos ser extremamente duro nas suas relações internacionais”, disse Lombard.

O ministro da Economia francês informou que o seu homólogo do Tesouro americano, Scott Bessent, com quem se encontrou na quinta-feira, lhe tinha dito que se negociassem podiam “negociar em baixa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal é uma exceção mundial com as ações a perderem para as obrigações do Tesouro há 20 anos

Contra a tendência global, Portugal viu as obrigações do Tesouro superarem as ações nas últimas duas décadas em mais do dobro, expressando com isso o baixo apelo do mercado acionista português.

Nos últimos 125 anos, as ações têm consistentemente superado todos os outros ativos financeiros, apresentando uma rendibilidade real anualizada de 5,2% desde 1900 face a um desempenho de apenas 1,7% das obrigações e 0,5% dos títulos de dívida de curto prazo.

Esta é uma das principais conclusões do “Global Investment Returns Yearbook 2025”, um estudo abrangente que analisa o desempenho de vários ativos financeiros desde 1900 em 90 mercados mundiais, incluindo Portugal.

O estudo, elaborado pelos académicos Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton em parceria com o UBS, demonstra de forma inequívoca a superioridade das ações como veículo de investimento a longo prazo. “A longo prazo, o desempenho superior das ações tem sido notável. As ações superaram as obrigações, os títulos e a inflação em todos os países”, refere o relatório.

Para ilustrar este fenómeno, os investigadores apontam que um investimento inicial de 1 dólar em ações americanas em 1900 teria crescido para 107.409 dólares em termos nominais até ao final de 2024. Em contraste, o mesmo investimento em obrigações ou títulos do Tesouro norte-americano teria crescido para apenas 268 e 67 dólares, respetivamente, enquanto o índice de inflação teria atingido 37 dólares.

Mesmo reduzido o período de análise para as últimas duas décadas, a conclusão é ainda mais marcante, com as ações a contabilizarem uma rendibilidade real anualizada de 5,2% entre 2005 e 2024, face uma performance de 1,1% das obrigações e de -1% dos títulos de dívida de curto prazo.

Ao contrário da maioria dos países, nos últimos 125 anos, os investidores consideraram que Portugal tinha mais risco em pagar a sua dívida de curto prazo do que a dívida de longo prazo (obrigações do Tesouro).

Esta realidade é igualmente marcante considerando individualmente o mercado nacional. Tal como no resto do mundo, também em Portugal investir em dívida pública numa perspetiva de longo prazo não é um bom investimento. Nos últimos 125 anos, as obrigações do Tesouro português registaram uma rendibilidade real média de -1,7% e os Bilhetes do Tesouro perderam, em média, 1,1% por ano, face a ganhos reais de 3,5% das ações.

Estes números revelam ainda que, ao contrário da maioria dos países, nos últimos 125 anos, os investidores consideraram que Portugal tinha mais risco em pagar a sua dívida de curto prazo do que a dívida de longo prazo (obrigações do Tesouro). Num ambiente saudável das finanças públicas, a relação seria exatamente a oposta.

Algo que já é visível quando se encurta o período de análise para os últimos 20 anos, com a rendibilidade das obrigações do Tesouro a alcançar uma yield real anualizada de 3%, superando assim não apenas a rendibilidade real de -0,8% dos títulos de dívida de curto prazo como também os ganhos reais de apenas 1,3% das ações.

Esta superação das obrigações do Tesouro face às ações é também ela uma exceção no contexto mundial (em que as ações renderam anualmente 5,2% e a obrigações 1,1%) como também no contexto europeu (em que as ações ganharam 2,7% por ano e as obrigações perderam 1%), que espelha a pouca atratividade do mercado acionista português.

O paradoxo do desempenho das ações

Apesar de os autores do estudo destacarem que, coletivamente, as ações são a classe de ativos com melhor desempenho no longo prazo, a maioria das ações tem um desempenho fraco. De acordo com os dados recolhidos entre 1990 e 2020, 52% das ações tiveram rendibilidades negativas, 57% tiveram um desempenho inferior aos títulos de dívida pública de curto prazo dos EUA e 71% ficaram abaixo do desempenho do índice de referência.

Segundo o relatório, “a geração de riqueza está extremamente concentrada numa minoria das ações com os melhores desempenhos”, o que significa que “os investidores devem ter uma carteira bem diversificada, a menos que tenham talento para escolher ações”.

Face a estes dados, o estudo sublinha a importância crucial da diversificação nas carteiras de investimento. “A diversificação tem ajudado a gerir a volatilidade. Embora a globalização tenha aumentado a extensão em que os mercados se movem em conjunto, os potenciais benefícios de redução de risco da diversificação internacional continuam a ser grandes”, destaca o relatório.

O market timming pode ser dispendioso se perder os melhores meses, e até para os investidores profissionais é uma estratégia extremamente difícil de seguir.

Paul Marsh

Um dos três autores do estudo Global Investment Returns Yearbook 2025

Para os investidores de mercados desenvolvidos, os mercados emergentes continuam a oferecer melhores perspetivas de diversificação do que outros mercados desenvolvidos. O estudo menciona ainda que a diversificação entre classes de ativos também tem sido eficaz na redução do risco.

Além disso, Paul Marsh, na apresentação do estudo esta manhã, destaca a importância de os investidores terem o cuidado de contabilizarem as expectativas no mercado quando tomam as suas decisões de investimento, notando que “quando existe um elevado consenso no mercado, os investidores devem questionar se essa perspetiva não está já descontada no mercado”.

Essa ideia pode explicar o facto de este ano as ações europeias apresentarem um desempenho bem superior ao desempenho as ações dos EUA, quando todos os outlooks para 2025 das principais casas de investimento apontavam os EUA tendo maior potencial que o mercado europeu.

Paul Marsh destaca também o risco de procurar seguir uma estratégia de “market timming“, marcada por entradas e saídas constantes do mercado por parte dos investidores, na expectativa de serem capazes de maximizar o seu investimento. “O market timming pode ser dispendioso se perder os melhores meses, e até para os investidores profissionais é uma estratégia extremamente difícil de seguir”, destaca o especialista, recordando que “os grandes ganhos não estão na compra nem na venda [das ações], mas na espera”, citando uma famosa frase de Charlie Munger, histórico parceiro de negócios de Warren Buffett.

Os autores destacam assim que a estratégia de tentar bater o mercado recorrendo à compra e venda constante de ações pode ser bastante cara se perder os melhores dias do mercado (algo qeu os autores consideram altamente provável de acontecer) e “é preciso ser uma pessoa muito inteligente” para alcançar bons resultados a longo prazo com esta estratégia.

Mercados em transformação constante

O estudo destaca também como os mercados se transformaram dramaticamente desde 1900. Das empresas norte-americanas cotadas em 1900, cerca de 80% do seu valor estava em indústrias que hoje são pequenas ou extintas, sendo que o número para o Reino Unido é de 65%.

“Adicionalmente, uma elevada proporção das empresas cotadas hoje vem de indústrias que eram pequenas ou não existiam em 1900”, referem os autores do estudo, destacando que, nos EUA, essa porção é de 63% e no Reino Unido é de 44%.

Um fator particularmente relevante é o nível de concentração dos mercados atuais. O estudo revela que “a concentração é uma questão crescente. Apesar de um mercado global de ações relativamente equilibrado em 1900, os EUA agora representam 64% da capitalização mundial, em grande parte devido ao desempenho superior das principais ações tecnológicas”.

A lição fundamental destes 125 anos de história de investimento é que as ações, quando combinadas com uma estratégia de diversificação adequada, continuam a ser a melhor opção para quem procura construir riqueza no longo prazo.

Esta concentração no mercado americano encontra-se no nível mais elevado dos últimos 92 anos, constituindo um risco potencial para os investidores, destacam os autores do estudo. As dez maiores empresas a nível mundial representam atualmente cerca de 25% do valor global das ações.

Na apresentação do estudo esta manhã, Paul Marsh sublinhou que, atualmente, “um fundo cotado (mais conhecido por ETF) que replique o mercado mundial apresenta uma exposição de dois terços da sua carteira aos EUA”, enquanto um ETF que replique o mercado de ações de mercados desenvolvidos terá cerca de três quartos do seu portefólio exposto ao mercado norte-americano.

Apenas 10 ações representam agora 24% da capitalização mundial

Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton analisaram também a relação entre a inflação e o desempenho dos ativos, concluindo que “a inflação é uma consideração importante nos retornos de longo prazo”, notando que “os retornos dos ativos têm sido mais baixos durante períodos de taxas de juro em alta e mais elevados durante ciclos de flexibilização” e que “os retornos reais também têm sido mais baixos durante períodos de inflação elevada e mais altos durante períodos de inflação mais baixa”.

Entre os ativos que podem servir como proteção contra a inflação, os autores do estudo “Global Investment Returns Yearbook 2025” apontam o ouro e as matérias-primas destacam-se. “Desde 1972, as alterações no preço do ouro têm tido uma correlação positiva de 0,34 com a inflação”.

A lição fundamental destes 125 anos de história de investimento é que as ações, quando combinadas com uma estratégia de diversificação adequada, continuam a ser a melhor opção para quem procura construir riqueza no longo prazo. Como escreveu Harry Markowitz, criador da teoria moderna da gestão de carteiras com base no princípio da diversificação que lhe deu o Nobel da Economia em 1990, a diversificação é verdadeiramente “o único almoço grátis no investimento”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Von der Leyen divulga plano para mobilizar 800 mil milhões de euros para defesa europeia

  • Lusa
  • 4 Março 2025

O plano implica ainda a disponibilização de 150 mil milhões de euros de financiamento para os 27 Estados-membros da União Europeia, disse Von de Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta terça-feira, em Bruxelas, querer mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.

O plano “Rearmar a Europa”, disse a líder do executivo comunitário numa declaração à imprensa sem direito a perguntas, ambiciona mobilizar “800 mil milhões de euros (ME) em despesa de defesa para uma Europa segura e resiliente”.

Este plano, cujos traços largos von der Leyen referiu, implica ainda a disponibilização de 150 mil milhões de euros de financiamento para os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), que deverão ainda poder reafetar fundos, como os de Coesão, para investimento na defesa e rearmamento.

Salientando “a grave natureza das ameaças” que a UE enfrenta, Ursula von der Leyen acrescentou que “a Europa está preparada para agir com a decisão e a velocidade requerida”, devendo responder a necessidades de curto e longo prazo.

Bruxelas propôs uma flexibilização das regras orçamentais para incentivar o investimento na defesa sem desencadear um procedimento por défice excessivo.

Se os Estados-membros aumentassem as suas despesas com a defesa em 1,5% do PIB, em média, isso poderia criar uma margem orçamental de cerca de 650 mil milhões de euros durante um período de quatro anos”, referiu também a responsável europeia.

“Esta medida permitirá que os Estados-Membros aumentem significativamente as suas despesas com a defesa sem desencadear o procedimento por défice excessivo”, referiu.

Para isso, a presidente da Comissão Europeia, numa carta enviada às capitais dos Estados-membros no âmbito do Conselho Europeu extraordinário, agendado para quinta-feira, desafia os chefes de Estado e de Governo a “enfrentar o momento, mobilizar os imensos recursos da Europa, convocar o espírito coletivo para defender a democracia”.

A Comissão Europeia propõe aos Estados-membros que o orçamento da União Europeia (UE) financie em 150 mil milhões de euros o investimento em defesa em domínios como a aérea, sistemas de artilharia, mobilidade militar e outros. Bruxelas propõe ainda a flexibilização do Pacto de Estabilidade e Crescimento para investimentos no âmbito do plano “Rearmar a Europa”.

A reafetação de fundos da Política de Coesão para ajudar empresas no setor da defesa, a contratação de linhas de crédito junto do Banco Europeu de Investimento e a mobilização de capitais privados são outros pilares apontados pela Comissão Europeia.

Após o Presidente Donald Trump ter anunciado a suspensão da ajuda militar dos EUA à Ucrânia, que se defende há três anos de uma invasão russa, von der Leyen salientou, na carta que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, também recebeu, que a UE aprecia o apoio dado durante décadas à segurança europeia por Washington, reiterando a intenção de manter “laços fortes” com os EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.