5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 27 Janeiro 2025

O secretário-geral da NATO vem a Portugal para um encontro com o Presidente da República e o primeiro-ministro. O dia é ainda marcado pelo arranque da VII Cimeira bilateral Portugal-Cabo Verde.

Esta segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, vem a Portugal para um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro. O dia é ainda marcado pelo arranque da VII Cimeira bilateral Portugal-Cabo Verde. O INE vai divulgar dados sobre a procura turística dos residentes, os combustíveis vão descer e a Ryanair apresenta resultados.

Secretário-geral da NATO encontra-se com Marcelo e Montenegro

Esta segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, vem a Portugal para um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro Luís Montenegro. Após o encontro, que contará também com a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e do ministro da Defesa, Nuno Melo, está prevista uma declaração conjunta de Rutte e Montenegro, pelas 13h15. O encontro entre Rutte e líderes europeus acontece numa altura em que se discute a necessidade dos aliados aumentarem os seus orçamentos nacionais com a defesa para lá dos 2% do PIB.

Arranca Cimeira bilateral Portugal-Cabo Verde

Arranca esta segunda-feira a VII Cimeira bilateral Portugal-Cabo Verde. O evento, que decorrerá até terça-feira, em Lisboa, vai juntar os primeiros-ministros dos dois países e 15 ministros dos dois governos, sendo acompanhada de um fórum económico entre os dois países. No final, serão assinados os instrumentos bilaterais acordados na reunião, cerimónia a que se seguirá uma conferência de imprensa dos dois chefes de Governo. A VI Cimeira bilateral entre os dois países realizou-se em março de 2022 em Cabo Verde e resultou na assinatura entre os dois países do Programa Estratégico de Cooperação 2022-2026, com seis eixos temáticos e um valor de cerca de 95 milhões de euros, além de cinco instrumentos bilaterais.

INE divulga dados de turismo

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta segunda-feira os dados sobre a procura turística dos residentes, referentes ao terceiro trimestre de 2024. No segundo trimestre, a procura turística dos residentes em Portugal voltou a cair, com as viagens para o estrangeiro a registarem a primeira queda em três anos. O número de viagens realizadas por residentes entre abril e junho diminuiu 13,4% face ao período homólogo, para 4,9 milhões de viagens no total, mantendo a tendência de queda, após a descida de 7,8% no primeiro trimestre.

Ryanair apresenta resultados

Esta segunda-feira, a Ryanair vai divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2024. A companhia aérea irlandesa obteve um lucro líquido de 1.790 milhões de euros no primeiro semestre fiscal de 2024, 18% abaixo dos 2.108 milhões do período homólogo. A empresa atribuiu a queda dos lucros, entre outros fatores, à diminuição do preço médio das suas tarifas aéreas, que caíram 15% e 7% no primeiro e segundo trimestres fiscais, respetivamente, situando-se nos 52 euros no final do semestre, menos 10% do que no exercício anterior.

Combustíveis vão aliviar esta semana

Os preços dos combustíveis vão aliviar esta semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer três cêntimos e a gasolina um cêntimo. Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,657 euros por litro de gasóleo simples e 1,766 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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Mercedes-Benz.io reforça aposta em Portugal com novo escritório em Braga

A empresa alemã tem vindo a reforçar a sua presença e a aposta em Portugal, país onde emprega atualmente mais de 460 pessoas, cerca de 70% dos seus colaboradores.

A Mercedes-Benz.io, a subsidiária do construtor alemão para o desenvolvimento de soluções tecnológicas de marketing e de vendas, inaugurou um novo escritório em Braga, cidade onde já conta com uma equipa de 130 pessoas e onde se instalou pela primeira vez há quase três anos, reforçando a aposta em Portugal, onde a multinacional alemã tem cerca de 70% dos seus colaboradores.

“Hoje, a nossa equipa [em Braga] conta com 130 colaboradores e, a par deste crescimento, inaugurámos recentemente um novo escritório no Polo de Negócios de Braga”, adiantou Silvia Bechmann, CEO da Mercedes-Benz.io, em declarações exclusivas ao ECO. “Este novo espaço reflete a nossa cultura de colaboração e representa também o nosso compromisso com as nossas equipas e o país. Reforçamos assim a nossa presença em Portugal, liderando o desenvolvimento de soluções digitais essenciais para a jornada do cliente Mercedes-Benz”, acrescentou a mesma responsável.

A abertura do novo escritório em Braga, cidade que a empresa escolheu como a “base estratégica no Norte do país”, surge no ano em que a empresa comemora o terceiro aniversário na capital minhota e o oitavo em Portugal, país que escolheu para localizar o seu novo centro de excelência em engenharia.

“Em 2025, a Mercedes-Benz.io irá celebrar oito anos desde que abriu o seu primeiro escritório em Portugal, em Lisboa. Desde então, crescemos e solidificámos a nossa presença no país, assim como na Alemanha, para uma equipa global e multidisciplinar de mais de 660 profissionais, dos quais mais de 460 estão em Portugal“, refere Silvia Bechmann.

Em relação ao novo escritório bracarense, a CEO da Mercedes-Benz.io, que está sediada em Portugal, realça que “a colaboração e a partilha de conhecimento são conceitos-chave do novo escritório da Mercedes-Benz.io em Braga”.

Localizado no Polo de Negócios de Braga, o novo espaço de 510 metros quadrados foi desenvolvido, diz a líder da empresa, “para facilitar e promover oportunidades para as equipas trabalharem em conjunto”, dispondo de várias salas de reuniões flexíveis, a espaços polivalentes.

“À semelhança dos nossos outros escritórios, este é um espaço que não só reflete, como fomenta os nossos valores de Customer-Centric, Collaboration, Impact, Excellence e Tribe“, explica Silvia Bechmann.

A Mercedes-Benz.io mostra, assim, que continua a investir em Portugal, apesar da grave crise no setor automóvel, que tem levado muitos empresas a anunciar planos de reestruturação e despedimentos, sobretudo na Alemanha.

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Escassez de talento leva “empresas de todos os tamanhos” a investir na marca empregadora

Boa marca empregadora pode ajudar a atrair e fidelizar talento, mas há desafios, segundo o especialista Richard Mosley. Criar proposta atrativa, mas que reflita experiência do empregado é um deles.

Empresas “de todos os tamanhos” têm reforçado a sua aposta em employer branding — isto é, na sua marca enquanto empregadoras –, numa altura em que encontrar e reter o talento certo tem-se revelado uma tarefa desafiante. O cenário é traçado, em entrevista ao ECO, por Richard Mosley, autor de vários livros sobre o tema e cofundador daquela que foi a primeira consultora focada nesta área (criada em 2001).

Richard Mosley ajudou a fundar a primeira consultora dedicada a employer branding

“A investigação dos últimos dez anos mostra que o foco e o investimento em employer branding entre empresas de todos os tamanhos tem aumentado, de forma consistente, em linha com as dificuldades percebidas na atração do talento certo”, sublinha o especialista, que está em Lisboa esta semana para a “Employer branding conference“.

Foi no âmbito desse evento que Richard Mosley falou com o ECO, destacando que, se em 2014, “um inquérito da Manpower indicava que 36% das organizações tinham dificuldades em encontrar talento competente. Em 2024, essa percentagem passou para 75%“.

“Da mesma forma, no mesmo período, a percentagem de empresas que investem no desenvolvimento da sua proposta de valor enquanto empregador duplicou, de 35% para 70%”, sublinha o consultor.

O conceito de employer branding foi criado nos anos 1990 por Simon Barrow, com quem Richard Mosley viria a fundar a People in Business em 2001, a primeira consultora focada neste tema.

Ora, na visão deste especialista, há três vias através das quais a aposta na marca empregadora pode ajudar as empresas a atrair e fidelizar os seus trabalhadores. Primeiro, ajuda as empresas a identificar e realçar as suas qualidades face aos demais empregadores.

Depois, assegura que a comunicação com os candidatos é “clara, consistentes e atrativa em vários canais onde estejam presentes enquanto potenciais empregadoras“. E, por fim, garante que os potenciais candidatos têm uma boa impressão dessas empresas, no momento em que são publicadas ofertas de emprego, afirma ao ECO.

Uma boa reputação enquanto empregador é tão importante como uma reputação positiva enquanto fornecedor de serviços ou de produtos.

Richard Mosley

Consultor

Por isso, Richard Mosley acredita que todas as empresas têm de pensar na sua marca empregadora, defendendo que uma boa reputação enquanto tal “é tão importante” como uma reputação positiva enquanto fornecedor de serviços ou de produtos.

Já para as empresas que ainda não começaram, porém, a apostar nesse caminho, o primeiro passo, recomenda o especialista, deverá ser dado entre os líderes da empresas, que devem ter uma “conversa séria” sobre a experiência (atual e desejada no futuro) do empregado, bem como sobre a cultura dentro da organização.

“Isto deve ser acompanhado de uma avaliação da forma como a organização atualmente se apresenta enquanto empregador e de uma discussão sobre como essa comunicação pode ser mais clara, consistente e atrativa para o talento“, aconselha o consultor.

O maior erro

Na visão de Richard Mosley, o maior erro que uma empresa pode fazer, no que diz respeito à sua marca empregadora, é abordá-la de forma superficial, olhando para ela apenas enquanto “exercício externo para atrair a atenção do talento”. Antes, é preciso ter uma “visão mais sustentável e integrada do talento, cultura e gestão de marca”, declara.

“Em última análise, a força de uma marca empregadora depende da qualidade e da consistência da experiência do empregado e do orgulho na cultura e identidade da organização“, realça o consultor, que avisa que as estratégias de comunicação criativas até podem chamar a atenção, mas se não houver um reflexo autêntico no que é praticado na empresa o falhanço será provável.

Os maiores desafios são: criar uma proposta que é atrativa, mas também reflete a cultura e a experiência de empregado; Chamar a atenção do público-alvo; Assegurar compromisso a longo termo das equipas séniores.

Richard Mosley

Consultor

Aliás, encontrar uma proposta de valor que seja, ao mesmo tempo, atrativa e reflita a cultura interna é identificado pelo consultor como um dos maiores desafios do employer branding. Outro é despertar a atenção dos candidatos, o que implica “tanto investimento, como paciência considerável”, atira Richard Mosley.

Assegurar o compromisso a longo termo das chefias mais séniores é o terceiro grande desafio colocado ao employer branding, de acordo com este especialista.

“A maioria dos CEO estão preocupados com a capacidade da organização atrair e reter o talento certo para cumprir os objetivos de negócios. Sugiro que os gestores de recursos humanos usam a avaliação dessa capacidade para propor o employer branding como uma maneira comprovada de melhorar a qualidade do talento que a organização é capaz de atrair e fidelizar“, sublinha o mesmo.

E as redes sociais?

As redes sociais são amigas ou inimigas da criação de uma marca empregadora boa e forte? Richard Mosley argumenta que essas plataformas podem ser um “veículo útil” para mostrar, nomeadamente, a “personalidade da organização” e a cultura interna. Mas há regras a ter em atenção.

O consultor recomenda uma abordagem com dois pilares. Por um lado, há que usar as redes sociais para divulgar conteúdo “relevante e informativo” sobre a experiência do empregado. Mas, por outro, há quem ter atenção também ao que os trabalhadores estão a publicar sobre a empresa, já que tal pode ter um impacto significativo na reputação da empresa.

Quanto ao futuro e ao impacto da tecnologia nas marcas empregadoras, o especialista antevê que a inteligência artificial ajudará à consistência das mensagens, mas também à personalização da experiência dos candidatos e dos empregados.

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Cipher, a divisão de cibersegurança do Grupo Prosegur, reforça a sua aliança estratégica com a Microsoft

  • Servimedia
  • 27 Janeiro 2025

Com a integração da plataforma xMDR no Azure Marketplace.

A Cipher, a divisão de cibersegurança do Grupo Prosegur, reforçou a sua aliança estratégica com a Microsoft com a integração da plataforma xMDR no Azure Marketplace. Esta colaboração visa permitir que os utilizadores acelerem e escalem a adoção de tecnologias de ponta, como a Inteligência Artificial (IA) e a análise avançada de dados, para enfrentar os desafios da cibersegurança.

A empresa explicou que essa colaboração com a Microsoft no Azure Marketplace fortalece o ecossistema de nuvem, expandindo o acesso a soluções avançadas e escaláveis, beneficiando as organizações que buscam modernizar suas estratégias de segurança digital e melhorar a resiliência contra riscos cibernéticos.

O responsável afirmou que a parceria entre a Cipher e a Microsoft representa um passo significativo para a construção de um ecossistema de nuvem mais seguro e resiliente, fornecendo às organizações ferramentas essenciais para enfrentar os desafios modernos da cibersegurança.

 

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Governo recruta no Novobanco para completar nova administração do IGCP

Além do presidente, Pedro Cabeços, o novo conselho de administração do IGCP, que arranca funções em fevereiro, contará com Valéria Cunha, até então no Novobanco, e com Rui Amaral, vogal do IGCP.

O Governo já definiu os três elementos que irão constituir o novo conselho de administração da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que deverá iniciar funções a 3 de fevereiro, de acordo com as expectativas do executivo.

Além de Pedro Cabeços, que assumirá a presidência em substituição de Miguel Martín tal como o ECO noticiou em primeira mão, o ECO sabe que os dois outros elementos serão Rui Amaral, que permanecerá como vogal, e Valéria Cunha, que o Governo foi recrutar ao Novobanco para completar a equipa que irá liderar o IGCP nos próximos três anos (2025-2027) e assim garantir o princípio de equidade exigido por lei.

Valéria Cunha, que substitui Maria Rita Gomes Granger que estava no IGCP há mais de 11 anos, foi responsável pelo departamento de “Recuperação de Crédito de Grandes Empresas” no Novobanco entre fevereiro de 2023 e dezembro de 2024. Nesta função, liderou uma equipa de 30 profissionais responsáveis pela gestão de um portefólio de grandes empresas, com um valor total de 5 mil milhões de euros.

Anteriormente, Valéria Cunha passou pela Interpath Advisory em Londres, onde foi diretora de “Reestruturações e Situações Especiais”, e pela Ernst & Young Parthenon, também em Londres, como diretora de “Transações e Estratégia”. A sua formação inclui uma licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa e uma pós-graduação em Direito da Comunicação e Telecomunicações pela Universidade de Direito de Coimbra.

O novo conselho de administração do IGCP será composto por Valéria Cunha (vogal), Pedro Cabeços (presidente) e Rui Amaral (vogal).

Rui Amaral, que permanece como vogal, fará a ponte entre a anterior e a nova administração. No IGCP desde agosto de 2022, tem sido responsável pela área de Mercados e Investidores, tendo ao longo deste tempo desempenhado um papel de relevo na condução das operações de dívida realizadas pelo Tesouro.

Com mais de 15 anos de experiência na banca de investimento, Rui Amaral trabalhou em Portugal e na Noruega, contando com passagens pelo Caixa Banco de Investimento como diretor adjunto na área de mercados de capitais de dívida e financiamento estruturado, e pelo Millennium investment banking como diretor associado de titularização e dívida subordiana, executando diversas transações no âmbito dos mercados de capitais de dívida, financiamento estruturado e titularização em várias geografias.

E à frente do IGCP estará Pedro Cabeços, que conta com uma carreira na área da banca de investimento, trazendo consigo uma vasta experiência em mercados financeiros e gestão de dívida. Entre fevereiro de 2016 e dezembro de 2023, ocupou o cargo de diretor na NatWest Markets, sendo responsável pelo departamento de Vendas de Renda Fixa para a Ibéria. Anteriormente, passou pelo Morgan Stanley e pela Société Générale, acumulando experiência em operações de taxa de juro.

É importante notar que, com exceção de Rui Amaral, os nomes de Pedro Cabeços e Valéria Cunha estão atualmente sob análise da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Só após esse escrutínio é que poderão tomar posse, dado que esta avaliação é um passo crucial no processo de nomeação, garantindo que os candidatos cumprem os requisitos necessários para os cargos em questão.

Também ainda não estão definidos os pelouros de cada um dos novos membros do conselho de administração. Essa decisão será posteriormente tomada pelo presidente do IGCP. No entanto, analisando os currículos de Pedro Cabeços e Rui Amaral, nota-se uma sobreposição significativa de competências, com ambos a demonstrarem um forte expertise em operações de taxa de juro e relações com investidores.

Esta duplicação de perfis levanta questões sobre a futura distribuição de responsabilidades, particularmente em relação ao pelouro “Mercados e Investidores”. Resta saber como a nova administração irá reorganizar a equipa para maximizar a eficiência e evitar redundâncias, aproveitando ao máximo as competências complementares dos seus membros.

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PPR do Estado valoriza 5,2% e supera 65 milhões pela primeira vez

O Fundo dos Certificados Reforma voltou a registar ganhos acima da sua média histórica e a alargar a sua base de investidores para quase 11 mil contribuintes.

O Fundo dos Certificados de Reforma (FCR), também conhecido como “PPR do Estado”, alcançou ganhos de 5,21% no ano passado. No último quinquénio, este resultado só é superado pelo desempenho de 7,7% registado em 2023, consolidando assim dois anos consecutivos de ganhos para o fundo gerido pela equipa de José Vidrago do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS).

No centro do desempenho alcançado pelo PPR do Estado em 2024 esteve, novamente, a carteira de ações. Apesar de representar apenas 17,7% do total dos ativos do FCR, registou uma valorização de quase 30%.

Esta carteira, tal como em 2023, é composta exclusivamente por fundos cotados (usualmente conhecidos como ETF) que replicam os principais índices acionistas globais, incluindo o Topix do Japão, o S&P 500 dos EUA, o Eurostoxx 50 da Zona Euro, o FTSE 100 do Reino Unido e o SMI da Suíça.

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A estratégia de investimento do FCR em 2024 manteve-se conservadora, com a maior parte da carteira alocada em títulos de dívida, como é determinado legalmente pelo regulamento de gestão do fundo. “Durante o ano de 2024, a carteira do Fundo de Certificados de Reforma (FCR) manteve-se maioritariamente investida em euros com uma alocação significativa à componente de dívida governamental da Zona Euro, enquadrada na carteira de referência estratégica de gestão e dando cumprimento ao limite mínimo regulamentar de 25% de títulos de dívida pública portuguesa“, refere o IGFCSS no último boletim informativo do FCR de 2024.

De acordo com dados recolhidos pelo ECO, no final do ano passado, 25,6% da carteira do fundo estava investido em dívida portuguesa e 49% em títulos de dívida de outros países da OCDE. Esta componente de rendimento fixo apresentou retornos bem mais modestos que as ações, com a dívida portuguesa a render menos de 4% e os restantes títulos de dívida a não ultrapassar 1% de rendibilidade, prejudicando fortemente o desempenho do PPR do Estado. Mas esta realidade não é nova.

O histórico do FCR mostra que há vários anos que as imposições legais colocadas à gestão do fundo, como por exemplo ter de alocar pelo menos 50% dos ativos em títulos de dívida soberana, só têm penalizado o seu desempenho que se tem traduzido em rendibilidsdes paupérrimas. Nos últimos 10 anos, por exemplo, o PPR do Estado alcançou uma rendibilidade anualizada ligeiramente acima de 1%. A 15 anos fica-se pelos 1,6%, e desde o início do fundo, em março de 2008, que os ganhos anualizados não ultrapassam os 2,2%.

Estes números evidenciam que, tal como sucede com o Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Social, as fortes limitações legais impostas à gestão do FCR prejudicam o seu potencial, obrigando a gestão a constituir uma carteira com excessiva aversão ao risco que está muito longe do objetivo de longo prazo para o qual o PPR do Estado foi pensado.

José Vidrago, CEO do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS), lidera a equipa de gestão do Fundo de Certificados Reforma.Henrique Casinhas/ECO

PPR do Estado com crescimento contínuo de investidores

O Regime Público de Capitalização (RPC), que permite a subscrição do FCR, está disponível há quase 17 anos como um complemento de reforma para quando os “Anos Dourados” baterem à porta. E desde então que tem estado em crescente na captação de novos investidores, particularmente após 2018, quando o Governo ampliou o regime para permitir que as empresas também pudessem contribuir em benefício dos seus trabalhadores, tornando o regime mais atrativo. E foi isso que aconteceu em 2024 pelo oitavo ano consecutivo.

Segundo os dados obtidos pelo ECO, o FCR encerrou com 10.795 subscritores, mais 2,4% face aos 10.538 com que fechou 2023. Destaque particularmente para os 7.595 investidores ativos em 2024 que realizam entregas mensais e com isso obtiveram uma taxa interna de rendibilidade (TIR) de 5,67% no ano passado.

A crescente adesão de investidores, que engrossou o volume de subscrições, aliado ao desempenho da gestão da equipa de José Vidrago, contribuiu para que o volume de ativos sob gestão do FCR crescesse 10,9% em 2024, atingindo um valor recorde de 65,2 milhões de euros, quase duplicando o seu valor em comparação com os números de há uma década.

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Do lado contrário da equação, das responsabilidades do FCR, os números revelam que, em 2024, contaram-se 3.397 adesões cessantes que se traduziram em cerca de 3,5 milhões de euros de resgates (essencialmente de resgates de capital), que engrossou o volume total de capital acumulado restituído a beneficiários do regime desde 2008 para mais de 24 milhões de euros. Deste grupo há a salientar 57 beneficiários (mais três do que em 2023) que solicitaram receber o complemento do FCR sob a forma de renda vitalícia, num total de resgates acima de 1 milhão de euros.

Para aderir ao RPC, os investidores têm de estar abrangidos por um regime de proteção social obrigatório e solicitar a sua adesão online através do portal da Segurança Social Direta ou presencialmente nos serviços de atendimento da Segurança Social. Posteriormente, têm de escolher quanto pretendem que lhe seja descontado todos os meses para reforçar o seu FCR, estando esse valor associado a uma taxa de 2% ou 4% sobre o ordenado – podendo ser de 6% caso o investidor tenha mais de 50 anos.

A mesma flexibilidade disponibilizada no período da “engorda” é também colocada à disposição dos investidores na hora de receberem o seu complemento de reforma. Segundo os regulamentos do FCR, os beneficiários do PPR do Estado podem optar por receber o complemento de três formas distinta: sob a forma de renda vitalícia, resgatar o valor total ou parcial do capital acumulado, ou ainda transferir o capital para planos de complemento de filhos ou cônjuges que sejam aderentes ao RPC.

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April líder, Innovarisk no pódio do ranking Agentes de Seguros

A April continua a ser a líder entre as sociedades agentes de seguros em Portugal, mantendo a Mercer, do grupo Marsh, a segunda posição. A novidade é a subida da Innovarisk ao terceiro lugar.

A mediadora de seguros do grupo francês April manteve a liderança entre as maiores empresas agentes de seguros em Portugal. Na segunda posição continuou a Mercer Employee Benefits, empresa que comercializa seguros para o grupo corretor Marsh. A novidade no top 3 veio da Innovarisk, a empresa que está no Lloyd’s em Londres e que representa a seguradora especializada Hiscox em Portugal.

Sérgio Nunes, CEO da April Portugal e Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh Portugal passaram a ter Gonçalo Baptista, CEO da Innovarisk, a completar o top 3 do ranking dos agentes de seguros.

O TOP 50 Agentes de seguros 2024, editado pelo ECOseguros, é agora lançado após confirmação dos dados de todos os potenciais listados no ranking. Tem dados económicos oficiais confirmados de 2023 e, ao contrário de anos anteriores em que se procuraram as 100 maiores, o ranking focou-se nas 50 maiores empresas agentes de seguros, excluindo algumas empresas que tendo como Código de atividade económica a mediação de seguros, não fazem disso o seu principal ou relevante negócio.

Estão classificadas por dimensão, através do volume de negócios que, neste caso, é quase totalmente receitas de comissões atribuídas pelas seguradoras pela intermediação de seguros. Também a rentabilidade foi avaliada utilizando os resultados líquidos, valores próximos dos registados no EBITDA (resultados antes de IRC, amortizações e provisões).

Em conjunto, as TOP 50 Agentes registaram um volume de negócios de 126 milhões de euros em 2023, valor 10% ao registado um ano antes. Em termos gerais, o total das comissões de mediação de seguros atribuídos a agentes, segundo valores divulgados pela ASF, entidade de supervisão, totalizaram 1.101,5 milhões de euros, sendo 881 milhões (80%) remunerações de agentes de seguros. O restante dirigiu-se essencialmente a corretores de seguros.

As empresas deste ranking representam 28% do total das comissões de agentes, confirmando a ainda elevada dispersão deste negócio por mais de três mil sociedades, embora fusões e aquisições estejam a diminuir o número de empresas e a fortalecer outras, principalmente corretoras.

Em resultados líquidos, o valor agregado atingiu os 31,7 milhões de euros, apenas mais 4% que em 2022, mas a rentabilidade líquida das vendas mantém-se no nível de 26%, embora tenha descido dos 28% verificados um ano antes. A 50ª classificada neste ranking –- Ritual Seguros — , apresentou um volume de vendas de 970 mil euros, quando igual posição no ano anterior – após a reclassificação, seria ocupada pela Coolseg com 905 mil euros.

Nas dez primeiras do ranking, a April, com 7, 48 milhões de euros de negócio, e Mercer mantiveram a liderança, a Vitorinos a 4ª posição enquanto a Innovarisk subiu ao 3º lugar. As grandes quebras no ranking deram-se na Santogal e na RCI Gest Renault enquanto outras mediadoras ligadas ao setor automóvel conseguiram subir, como a Leaseplan em 16%, a MDS Auto cresceu 14%. Destaque para a MGEN, mediadora ligada à seguradora de saúde, que subiu 6 posições para 8ª após um crescimento de 43% nos seus negócios em 2023.

Para além da MGEN, entre as maiores subidas no ranking conta-se a MDS Win Broker 13 lugares para 30º, Atlas, do grupo Secose, 12 lugares para 36º, a Dignitas, do grupo Villas Boas, 9 lugares para 31º e a JAP, 5 lugares para 24º.

Em relação a empresas agentes de seguros pertencentes a grupos seguradores, o Concentra tem no ranking a Portinsurance (7º), a MDS tem a MDS Auto (9º), a S IN (21º) , a Certezza (25º) a MDS Win Broker (30º), Segurtime (34º) e a Bónus (42º). A Villas Boas tem o ACP (12º) e a Dignitas (31), a F.Rego tem a Semper (16º), a Verlingue tem a RT Global (19º), o grupo Secose conta com a Atlas (36º) e a NacionalGest tem a Liber Med em 47º lugar do ranking.

Veja aqui as 50 maiores sociedades agentes de seguros

 

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“Novo normal” por perdas climáticas seguradas rondará 143 mil milhões por ano

  • ECO Seguros
  • 26 Janeiro 2025

Relatório da Gallagher Re diz que 2024 não foi um ano recorde em termos de perdas totais mas reforçou a vulnerabilidade das regiões mais populosas face a desastres de menor intensidade.

Um novo relatório da corretora Gallagher Re indica que o valor médio anual de perdas seguradas provocadas por catástrofes naturais entre 2017 e 2024 atingiu 146 mil milhões de dólares, e prevê que o “novo normal” para perdas anuais será rondar os 150 mil milhões de dólares (143 mil milhões de euros), avançou a ReinsuranceNews.

De acordo com o “Relatório de Catástrofes Naturais e Clima”, os custos económicos diretos causados por desastres naturais ao redor do mundo em 2024 foram estimados em 417 mil milhões de dólares. Desse total, 154 mil milhões foram cobertos pelo mercado segurador privado e entidades públicas, deixando uma lacuna de proteção de 63%, equivalente a 263 mil milhões.

Os custos económicos totais de 2024 foram 15% superiores à média da última década (361 mil milhões) e 16% acima da média dos últimos 20 anos. Em 2024, foram registados 60 eventos individuais com prejuízos mil milionários – sendo 33 deles nos Estados Unidos – o que representa o quinto maior número da história.

O estudo destaca que, embora 2024 não tenha sido um ano recorde em termos de perdas totais, reforçou a vulnerabilidade das regiões mais populosas face a desastres “fora do pico”, que estão a tornar-se mais caros. O valor de 154 mil milhões em perdas seguradas foi 27% superior à média da década anterior (121 mil milhões) e 44% acima da média dos últimos 20 anos (107 mil milhões).

Um dos principais fatores por trás dessas perdas foi o aumento na frequência de eventos relacionados ao risco SCS (Tempestades Convectivas Severas), que representaram 41% de todas as perdas seguradas globalmente. .

O relatório também aponta que a taxa de perdas seguradas está a crescer mais rapidamente do que o total económico das perdas, sugerindo que mais regiões estão à procura de cobertura de seguros. Com o aumento da penetração do mercado em regiões sub-seguradas e a expansão de parcerias público-privadas, espera-se que uma parcela maior dos prejuízos seja coberta.

Contudo, o estudo alerta que muitas regiões vulneráveis continuam desprotegidas, ressaltando a necessidade urgente de financiamento climático garantido para mitigação, adaptação e transição para fontes de energia mais sustentáveis.

A Gallagher Re também observa que 2024 foi o ano mais quente desde 1850 e possivelmente o mais quente dos últimos 125.000 anos. A influência das mudanças climáticas sobre eventos climáticos individuais e padrões meteorológicos mais amplos é “inegável”, impactando setores como imobiliário, agricultura, manufatura, saúde e aposentadoria.

“A redução das emissões de gases com efeito de estufa é essencial para este processo, e será vital para estabilizar ou reduzir o impacto de futuros fenómenos meteorológicos extremos. O setor dos seguros mantém um papel fundamental na abordagem e no trabalho de atenuação dos riscos climáticos, mas isso deve ser feito coletivamente com outras partes interessadas do mercado público e privado.”, indica a corretora citada pelo jornal.

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UnitedHealthcare nomeou novo CEO para suceder a Brian Thompson

  • ECO Seguros
  • 26 Janeiro 2025

Tim Noel assumiu recentemente o cargo de liderança após uma carreira de mais de 15 anos na UnitedHealthcare. Foi diretor do departamento Medicare e reforma do maior segurador de saúde dos EUA.

A UnitedHealthcare anunciou na última quinta-feira a nomeação de Tim Noel como seu novo CEO, após o assassinato de Brian Thompson, ex-CEO da companhia, em Manhattan no mês de dezembro do ano passado, anunciou a CNBC.

Tim Noel assume o cargo de liderança após uma carreira de mais de 15 anos na UnitedHealthcare.

Tim Noel assumiu recentemente o cargo de liderança após uma carreira de mais de 15 anos na UnitedHealthcare. Foi diretor do departamento Medicare e reforma do maior segurador de saúde dos Estados Unidos.

Em comunicado, a UnitedHealth Group destacou que Noel traz consigo “uma experiência incomparável” e um “histórico comprovado” de liderança voltado para o aprimoramento da saúde para consumidores, médicos, empregadores e governos.

O novo CEO chega a meio da crescente pressão sobre a indústria de seguros de saúde e a reação pública ao assassinato de Thompson, que gerou um aumento das críticas ao setor. Thompson, que estava no comando da maior seguradora de saúde privada dos Estados Unidos, foi alvo de um ataque fatal, um evento que gerou grande comoção e renovou o debate sobre a reforma no sistema de saúde do país.

A tragédia também provocou mudanças significativas nas medidas de segurança da indústria, com empresas a reforçar a proteção dos seus executivos e a remover informações pessoais das suas páginas na internet. A UnitedHealth Group, por exemplo, já não tem uma página com os perfis dos seus executivos.

Além disse, as despesas das seguradoras com serviços de saúde aumentam com a alta dos custos médicos associados ao aumento da procura por tratamentos médicos entre a população idosa, muitos que foram atrasados devido à pandemia da Covid-19. Embora a UnitedHealth tenha reportado um aumento de 8% na sua receita de 2024, o desempenho da divisão de seguros ficou aquém das expectativas do mercado.

O CEO da UnitedHealth Group, Andrew Witty, também comentou sobre as dificuldades do sistema de saúde nos Estados Unidos, destacando que o modelo atual precisa ser menos confuso e menos caro, ao mesmo tempo em que ressaltou que as altas tarifas favorecem a receita das empresas.

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APS e PwC unem-se num curso sobre DORA e cibersegurança para executivos

  • ECO Seguros
  • 26 Janeiro 2025

O curso está divido em duas sessões e a primeira é já dia 30 de janeiro. Ambas serão em formato online, com formação da PwC e começam às 9h30.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou a segunda edição do curso “DORA e Cibersegurança para Executivos”, uma formação desenvolvida em parceria com a PwC direcionada aos membros dos órgãos de administração e de alta direção das empresas.

O objetivo é capacitar os participantes para compreenderem e se adaptarem às exigências do regulamento Digital Operational Resilience Act (DORA), atualização de conhecimentos no que respeita à cibersegurança e às recentes alterações legislativas resultantes da transposição da Diretiva (UE) 2022/2555, conhecida como Diretiva NIS2.

A primeira sessão é dedicada ao DORA e está marcada para dia 30 de janeiro das 9h30 às 12h30. Dedicada à cibersegurança, a segunda realizar-se-á dia 7 de fevereiro a começar também às 9h30 mas termina às 12h00. Ambas serão em formato online e com formação do PwC.

A sessão intitulada “DORA – Digital Operational Resilience Act”, tem como objetivo providenciar um claro entendimento sobre os principais aspetos do DORA e como deve ser encarado pelas empresas.

Já a segunda sessão abordará exemplos práticos de comportamentos de risco em termos de cibersegurança e as suas consequências, além de partilhar casos reais de ataques que exploram falhas humanas. Os participantes terão a oportunidade de compreender boas práticas para manter a informação segura, discutir o panorama das ameaças emergentes no setor segurador e analisar detalhadamente as ameaças e seu impacto nas organizações. Também serão explicadas as alterações face à legislação vigente, os prazos de implementação e as principais mudanças que as empresas devem adotar.

A crescente dependência das empresas em sistemas de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) têm levantado desafios significativos em termos de resiliência operacional e segurança. O regulamento DORA, que entrou em vigor em 17 de janeiro, pretende fortalecer a capacidade das organizações para lidar com riscos cibernéticos e garantir a continuidade dos serviços em situações adversas.

A formação visa preparar os executivos para enfrentar estes desafios, fornecendo-lhes ferramentas e conhecimentos necessários para implementarem estruturas robustas de governação e controlo interno.

Para mais informações e inscrição, aqui.

A primeira sessão é dedicada ao DORA e está marcada para dia 30 de janeiro das 9h30 às 12h30. Dedicada à cibersegurança, a segunda realizar-se-á dia 7 de fevereiro a começar também às 9h30 mas termina às 12h00. Ambas serão em formato online e com formação do PwC.

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Conselheiro na Califórnia antecipa poucas deportações de portugueses

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2025

O conselheiro das comunidades portuguesas na Califórnia, Manuel Bettencourt, antecipa que as novas ordens de imigração dos EUA, o que inclui deportações, não vão afetar muito a comunidade portuguesa. 

O conselheiro das comunidades portuguesas na Califórnia, Manuel Bettencourt, antecipa que as novas ordens de imigração da administração de Donald Trump, o que inclui deportações em massa, não vão afetar muito a comunidade portuguesa. “Na comunidade portuguesa, eu digo que não vai ter muito impacto“, porque “na comunidade portuguesa, comparando com os outros países da América Latina, somos poucos“, disse à Lusa o conselheiro.

Manuel Bettencourt indicou que, até agora, não recebeu “absolutamente nada” em termos de pedidos de informação ou potencial ajuda em relação ao processo de deportações maciças anunciado por Trump.

O conselheiro sublinhou que o número de portugueses que residem ilegalmente na Califórnia é baixo e que a imigração portuguesa para os Estados Unidos tem diminuído ao longo das últimas décadas. “Eu quando emigrei há 50 anos, éramos dez mil, onze mil que vinham para os Estados Unidos“, enquanto “no ano passado vieram menos de mil pessoas para os Estados Unidos“, lembrou.

No mais recente relatório dos Serviços de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla inglesa), responsáveis pelas operações de detenção e deportação de estrangeiros considerados prejudicais à segurança das comunidades norte-americanas ou que violam as leis da imigração e asseguram investigações ligadas à segurança nacional, consta que 69 portugueses foram repatriados em 2024, um ligeiro aumento em relação a 2023 (mais nove).

Estes são número limitados face aos objetivos da nova administração Trump, que fala na deportação de milhões de pessoas indocumentadas no país. Esse é um cenário que Manuel Bettencourt considera difícil de concretizar, devido à magnitude logística. “Na minha opinião, isso não vai acontecer”, referiu, considerando que o alvo será sobretudo colocado naqueles que cometerem crimes.

Por outro lado, salientou que na Califórnia há muita necessidade de mão-de-obra para a agricultura e é difícil contratar americanos, o que torna necessário o recurso a imigrantes.

Bettencourt deu o exemplo do empresário português Manuel Eduardo Vieira, conhecido como “rei da batata-doce”, que emprega mais de mil pessoas nas suas instalações e não sabe quantas podem estar em situação de ilegalidade. “Tem muito poucos portugueses lá. A maioria é da América Latina“, frisou o conselheiro.

Com uma grande comunidade portuguesa oriunda dos Açores na Califórnia e noutras partes dos Estados Unidos, o governo regional está “em articulação” com o Governo da República, para lidar com eventuais deportações de portugueses em situação irregular, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Bettencourt referiu que teve conhecimento de poucos casos de deportações de portugueses durante a primeira administração de Trump, salientando que foram sobretudo na costa Leste.

Desse lado do país, onde Francisco Ferreira exerce o cargo de conselheiro das comunidades em Washington, D.C., há mais preocupação. “Tenho sido um crítico desde o início”, disse o conselheiro à Lusa, considerando que o novo Presidente “não tem qualquer respeito pela Constituição”.

Uma das ordens executivas relativas a imigrantes é a tentativa de acabar com a cidadania por nascimento, um direito que é salvaguardado pela 14.ª Emenda. “Não me importo com o debate, mas ele [Trump] está a abordá-lo de uma perspetiva discriminatória e xenófoba“, considerou o conselheiro das comunidades. Ferreira pediu esclarecimentos ao Governo de Portugal e diz que, até agora, não lhe parece que a questão esteja a ser encarada “com a seriedade que ela merece“.

Há oficialmente 1.454.262 pessoas de origem portuguesa a residir nos Estados Unidos, de acordo com o Censo de 2020.

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Itália retoma transferência de migrantes para centros na Albânia

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2025

Após pausa de mais de dois meses, a Itála retomou a transferência de migrantes para os seus centros de asilo na Albânia, enviando 49 pessoas resgatadas no Mediterrâneo.

Após uma pausa de mais de dois meses, a Itália retomou este domingo a transferência de migrantes para os seus polémicos centros de asilo na Albânia, enviando 49 pessoas resgatadas no Mediterrâneo, anunciou o Ministério do Interior. “Após o exame das condições dos intercetados [no mar], 49 cidadãos estrangeiros foram embarcados no navio ‘Cassiopea’ para serem transferidos para os centros na Albânia, onde decorrerão os procedimentos de acolhimento, detenção e análise de cada caso“, avança o ministério italiano, em comunicado.

O ministério adiantou ainda que outras 53 pessoas apresentaram os seus passaportes para evitarem ser transferidas para a Albânia. “Isto permite agilizar o procedimento de identificação e análise dos seus casos, aumentando assim a possibilidade de repatriar aqueles que não têm o direito de permanecer” na União Europeia, elogiou o Governo.

O Governo italiano, liderado pela primeira-ministra de extrema-direita Giorgia Meloni, assinou, no final de 2023, um acordo com Tirana para criação, na Albânia, de dois centros para gestão dos processos de migrantes intercetados pelos barcos de Itália no Mediterrâneo.

O acordo visa que os homens adultos intercetados pela Marinha ou guarda costeira italiana na sua zona de busca e salvamento em águas internacionais sejam transferidos para um centro no norte da Albânia, onde ficam a aguardar o resultado do pedido de asilo. A ideia foi mesmo aplaudida pela presidente da Comissão Europeia, que sugeriu que mais países deviam seguir o exemplo, mas foi bloqueada pela Justiça italiana.

Nas duas únicas vezes em que foram enviados migrantes para a Albânia, dois grupos de egípcios e cidadãos do Bangladesh, um tribunal de Roma não validou a sua detenção, argumentando que esses países não poderiam ser considerados seguros, condição crucial para o repatriamento.

Tanto os migrantes enviados em outubro para os centros albaneses como os de novembro acabaram por ser transferidos para Itália por decisões judiciais quer sobre segurança, quer sobre condições físicas.

O Governo italiano reagiu às sentenças blindando por decreto a lista de países seguros, mantendo tanto o Egito como o Bangladesh, numa tentativa de facilitar a expulsão dos muitos migrantes desses países que chegam através do Mediterrâneo.

Os tribunais italianos pediram esclarecimentos ao Tribunal de Justiça da União Europeia, que deverá realizar uma primeira audiência em fevereiro, segundo os meios de comunicação italianos.

O esquema da Albânia tem sido criticado pela oposição italiana por ser dispendioso – cerca de 800 milhões de euros em cinco anos – e por abordar apenas uma ‘gota no oceano’ do número de migrantes que chegam a Itália todos os anos. Quando estiverem a funcionar em pleno, prevê-se que os dois centros na Albânia consigam processar um total anual de 3.000 migrantes.

Mais de 150 mil migrantes chegaram às costas de Itália em 2023, embora os números tenham diminuído acentuadamente no ano passado. Nos primeiros oito meses de 2024, segundo dados oficiais, cerca de 42.006 refugiados e migrantes chegaram a Itália por via marítima.

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