Braga investe 2,5 milhões de euros em iluminação pública LED

Braga substitui iluminação convencional por tecnologia LED para obter um "retorno financeiro atrativo num período de tempo inferior a 10 anos devido ao menor consumo energético".

A Câmara Municipal de Braga vai investir 2,5 milhões de euros na substituição de iluminação convencional por tecnologia LED que permite reduzir em 60% os atuais custos. Segundo a autarquia, liderada pelo social-democrata Rui Moreira, “a iluminação pública é o principal fator de encargos municipais com a energia”.

Num comunicado, o município explica que “a substituição da iluminação existente para tecnologia LED, embora represente custos no imediato, permite obter um retorno financeiro atrativo num período de tempo inferior a 10 anos devido ao menor consumo energético“.

O assunto será levado à reunião do Executivo municipal da próxima segunda-feira. Em cima da mesa vai estar a proposta da empreitada de promoção da eficiência energética na iluminação pública no concelho.

Com um preço contratual estimado de cerca de 2,5 milhões de euros, o concurso contempla nove lotes para instalação de equipamento de iluminação exterior. O prazo máximo de execução de cada empreitada é de 65 dias.

A câmara vai, assim, substituir os equipamentos convencionais – com lâmpadas de vapor de sódio – do parque de iluminação pública por luminárias LED. Do total de 37.331 luminárias instaladas no concelho, cerca de 18.441 ainda têm lâmpadas VSAP (vapor de sódio a alta pressão).

Com esta intervenção a autarquia aposta no aumento da eficiência energética com vista a implementar maior sustentabilidade no concelho.

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Ministro da Economia defende aliança ibérica em grandes projetos

O ministro defende que Portugal e Espanha devem unir esforços em áreas estratégicas, como o hidrogénio verde e a mobilidade, capitalizando o potencial de atração de capital estrangeiro.

O ministro da Economia, Pedro Reis, defendeu esta sexta-feira um reforço da agenda ibérica, desafiando Espanha a trabalhar em conjunto com Portugal em grandes projetos e temas estratégicos, como o hidrogénio verde, a mobilidade e a transição para os veículos elétricos.

Sou profundamente defensor de um reforço da agenda ibérica“, destacou Pedro Reis, durante uma intervenção num almoço em que participou esta sexta-feira da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, no Porto. “É preciso ter um plano de ação. Não podemos ir a todas, mas devemos ir às principais”, argumentou o governante.

No âmbito desta agenda ibérica, Pedro Reis diz que se pode “ir mais longe, nos grandes projetos europeus, nos grandes eventos, na diplomacia económica para mercados terceiros”, mas “sobretudo numa política articulada de atratividade para investimentos estratégicos“.

Sobre o que poderão ser estes investimentos estratégicos, Pedro Reis disse que os dois países podiam apostar numa “aliança para o hidrogénio verde, nos projetos conjuntos de aceleração de projetos de startups tecnológicas, nas data centers e nos giga projetos, na mobilidade, nas renováveis marinhas, no cluster do automóvel elétrico“.

“Se tivermos a grandeza e o pragmatismo de ver isto em conjunto tornamo-nos um player no mapa europeu e no grande jogo do investimento externo mundial”, reforçou.

Num momento em que o mundo enfrenta novos riscos geopolíticos e grande incerteza sobre o potencial impacto de tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos, com impacto no comércio internacional, o ministro diz que neste ambiente de “volatilidade extrema”, abriu-se uma oportunidade para Portugal, que se assume como “um caso sério da atratividade do investimento”.

Para Pedro Reis, Portugal é hoje olhado pelos investidores estrangeiros como um “porto de abrigo”, com estabilidade política e a implementar medidas que têm como objetivo promover a competitividade e atrair investimento.

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Primeira Liga #21: O FC Porto x Sporting, os Mercados e a oportunidade do Benfica

Se a Primeira Liga fosse cinema, o filme da semana seria sem dúvida o FC Porto x Sporting, com estreia para Anselmi nos grandes jogos em Portugal. Um dia depois, o Benfica recebe o Moreirense.

Se a Primeira Liga fosse cinema – e claramente que o está a ser esta temporada – o filme da semana seria sem dúvida o FC Porto x Sporting, com estreia para Martín Anselmi nos grandes jogos em Portugal. O duelo está marcado para esta sexta-feira às 20h15 no Estádio do Dragão. Um dia depois, o Benfica recebe às 18h00 o Moreirense no Estádio da Luz. Destaque também para o Famalicão x Vitória SC e o Farense x Nacional, duas equipas que lutam pela manutenção da Primeira Liga. Os madeirenses estão numa posição mais confortável no 14.º lugar com 19 pontos, enquanto os algarvios ocupam o 17.º posto com 15 pontos.

Recordando os principais momentos da última jornada, o FC Porto empatou 2-2 fora de casa com o Rio Ave na estreia de Martín Anselmi na Liga, com erros individuais de Nehuén Pérez e Otávio que também fizeram golo; o Benfica venceu fora o Estrela Amadora por 3-2 e o Sporting bateu em Alvalade o Farense por 3-1. Houve também a primeira vitória de Luís Freire no comando técnico do Vitória SC: ganhou 2-0 ao AVS SAD.

FC Porto x Sporting: Tudo pode e vai mudar na Primeira Liga

Não é preciso calculadora

Já estamos numa altura em que cada deslize pode ter fraturas graves e não pode haver brincadeiras. Este é simplesmente um jogo muito importante: uma vitória do Sporting significaria a consolidação da liderança e o afastamento do FC Porto do sonho (ficaria a 11 pontos a faltar 13 jornadas); um empate deixaria o Benfica a salivar com a possibilidade de, vencendo o Moreirense, ficar a quatro pontos do 1.º lugar; e uma vitória do FC Porto atiraria à condição o Benfica para 3.º lugar, mas seria o resultado desejado pelas águias (vencendo o Moreirense ficaria a 3 pontos do 1.º) e, no geral, apimentaria a corrida a 3 pelo título. É um facto que um destes três cenários vai acontecer. Atenção que caso o FC Porto perca e o Braga ganhe, os dragões cairiam para o 4.º lugar.

Dragão a recuperar leva novo golpe pesado

Este será o primeiro clássico de Martín Anselmi pelo FC Porto, depois da vitória sobre o Maccabi Tel Aviv (1-0) e empate com o Rio Ave (2-2). Nos últimos quatro jogos da Primeira Liga, os dragões apenas conseguiram 2 pontos de possíveis 12, mas, embora seja verdade, é uma estatística injusta neste momento, pois há mudança de treinador e Martín Anselmi só fez um jogo no campeonato. Além disso, o técnico argentino ficou sem o melhor jogador Nico González – que rumou ao Manchester City por 60 milhões de euros – tendo saído ainda Wenderson Galeno (Al Ahli), Iván Jaime (Valência) e Wendell (São Paulo). Apesar de terem contratado o médio Tomás Pérez neste mercado, faltava claramente um substituto de Nico González e o FC Porto fica desfalcado no miolo do terreno. William Gomes, extremo brasileiro, também chegou ao plantel.

Lesões, lesões e lesões

Engane-se quem pensa que o Sporting vive no País das Maravilhas. É o líder da Primeira Liga com vantagem confortável e voltou a vencer, porém a onda de lesões faz ferida. Viktor Gyokeres e Hidemasa Morita falharam a receção ao Farense e há dúvidas sobre se irão a jogo com o FC Porto, acrescentando ainda a saída de Geny Catamo de maca. É uma onda de lesões que Rui Borges tem sobrevivido, mas isso expõe outros jogadores a sobrecarga e adia uma questão inevitável: ir ao mercado por mais soluções. Chegou Biel, extremo-esquerdo (uma área importante a reforçar com a saída de Marcus Edwards para o Burnley) e o guarda-redes Rui Silva (outra área importante), porém faltava ainda um novo lateral-direito e pelo menos mais um médio.

Benfica x Moreirense: Obrigação de vencer

Não é somente mais um jogo no Estádio do Luz. Em fim-de-semana de clássico, as contas na Primeira Liga podem mudar num estalar de dedos e o Benfica receberá este sábado às 18h00 o Moreirense, já sabendo o resultado do FC Porto x Sporting e isso é um detalhe muito importante. Aconteça o que acontecer no clássico, vencer este jogo é uma obrigação para o Benfica, pois pode ser uma oportunidade: seja para aproximar-se do Sporting seja para distanciar-se do FC Porto ou os dois em simultâneo em caso de empate. Desde a semana complicada das derrotas com o Barcelona (4-5) e o Casa Pia (3-1) e o áudio de Bruno Lage, os encarnados ganharam à Juventus (0-2) e Estrela Amadora (2-3), tendo agora a possibilidade de fazer hat-trick de vitórias e reforçar uma maré positiva.

Olhando ao outro lado do terreno, o Moreirense vive uma fase muito complicada da temporada, com uma série de 8 jogos sem vencer. A última vitória foi precisamente no dia 5 de dezembro frente ao Sporting (2-1). Pelo meio, perdeu 5 jogos (Nacional, FC Porto, Gil Vicente na Taça de Portugal, Arouca e Braga) e empatou 3 (Estoril, AVS SAD e Farense). A turma de César Peixoto já teve bons momentos esta temporada e encontra-se no 11.º lugar com 23 pontos. Um jogo com um grande pode ser mais difícil, mas é também uma maior motivação.

O Tema Mercado

O Benfica contratou Bruma (extremo-esquerdo), Andrea Belotti (avançado) e Samuel Dahl (lateral-esquerdo). Seguindo por ordem, Bruma é num primeiro pensamento um reforço que vai acrescentar qualidade imediata às opções ofensivas de Bruno Lage, mas é necessário perceber o contexto em que se insere. No lado esquerdo, Andreas Schjelderup é um jovem de enorme potencial que está a brilhar e Kerem Akturkoglu já provou ser uma mais-valia. No lado direito, Ángel Di María está a fazer uma grande temporada com 14 golos e 7 assistências até ao momento. Há ainda Gianluca Prestianni e Benjamín Rollheiser, que já jogou como médio. Obviamente que com um calendário pesado é ótimo haver mais soluções, mas a gestão tem de ser cautelosa

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ERC deteta “hibridização entre informação e opinião” em noticiários

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Foram analisadas 140 edições de blocos informativos com 3.952 peças, da RTP1,RTP2, SIC, TVI e CMTV, num total de 170 horas, 28 minutos e 53 segundos de emissão.

Os noticiários de horário nobre da RTP1, RTP2, SIC, TVI e CMTV em 2023 têm em comum a tendência de inserção de comentário nos alinhamentos demarcados como opinião, detetando-se “a hibridização entre informação e opinião” em certos casos.

Esta informação consta do relatório de avaliação dos deveres de rigor e de isenção na informação diária de horário nobre, elaborado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), divulgado esta sexta-feira.

No total foram analisadas 140 edições de blocos informativos com 3.952 peças dos quatro serviços de programas generalistas nacionais de acesso não condicionado livre — RTP1, RTP2, SIC e TVI — e pelo serviço de programas generalista nacional de acesso não condicionado com assinatura — CMTV, num total de 170 horas, 28 minutos e 53 segundos de emissão.

“Neste relatório, a ERC destaca como característica comum a todos os noticiários a tendência de inserção de espaços de comentário nos alinhamentos devidamente demarcados como opinião, sendo atribuídos a personalidades que os operadores apresentam como comentadores”, refere o regulador de media.

“Porém, detetou-se a hibridização entre informação e opinião em certos casos que desafiam a delimitação clara da natureza do conteúdo emitido, o que merece reflexão“, acrescenta.

Nos noticiários da RTP1, RTP2, SIC e TVI, a ERC regista que “a percentagem de peças que têm informação atribuída (isto é, que identificam pelo menos uma fonte de informação) se situa entre os 86% e 93%” e que, “no caso da CMTV, a tendência verificada neste indicador é relativamente inferior (66% das peças)”.

Quando analisado o nível de atribuição da origem da informação, para todos os serviços de programas, observa-se “que essa atribuição foi parcial entre 24% a 34% dos casos, o que significa que apenas parte das fontes de informação foram identificadas corretamente”.

De acordo com a análise, registou-se também “o predomínio de peças que não exigiram a aplicação do princípio do contraditório, sendo que, nos casos em que era exigido, tal foi genericamente respeitado“.

Constata-se ainda que “são residuais (0,4%) as peças com elementos suscetíveis de desrespeitar a presunção da inocência, observando-se que a grande maioria dos casos identificados ocorre no ‘Grande Jornal’ da CMTV”.

Na análise, “não foram identificadas situações de incitamento à violência ou ao ódio contra pessoas ou grupos de pessoas em razão do sexo, raça, cor, origem étnica ou social, orientação sexual ou outros fatores passíveis de discriminação”.

A versão completa do relatório pode ser consultada em https://www.erc.pt/pt/a-erc/noticias/erc-analisa-rigor-e-isencao-nos-noticiarios-de-horario-nobre-da-rtp1-rtp2-sic-tvi-e-cmtv-em-2023/.

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Estudo do BCE dá ‘luz verde’ à realização de mais cortes das taxas de juro

A taxa de juro de equilíbrio na Zona Euro situa-se entre 1,75% e 2,25%, segundo um estudo do BCE. Porém, os autores alertam que este indicador não é uma "referência mecânica para decisões monetárias".

A taxa de juro que define o equilíbrio entre o crescimento económico e o controlo da inflação na zona euro situa-se atualmente entre 1,75% e 2,25%, segundo um estudo publicado esta sexta-feira por três economistas do Banco Central Europeu (BCE). Esta faixa de valores, conhecida como taxa natural de juros ou r*, tornou-se um dos guias mais debatidos — e controversos — para as decisões monetárias da entidade liderada por Christine Lagarde.

A conclusão deste estudo, assinada pelos economistas Claus Brand, Noëmie Lisack e Falk Mazelis, sugere que o BCE está a operar num terreno menos expansionista do que há dois anos, mas ainda com margem para ajustes, considerando que a taxa permanente de depósitos está atualmente nos 2,75%, após em janeiro ter realizado o quinto corte das taxas de juro desde junho de 2024.

A taxa de juro natural é definida como “a taxa real de juro que não é expansionista nem contracionista”. É uma espécie de ponto de equilíbrio onde a poupança das famílias e o investimento das empresas se harmonizam, sem gerar pressões inflacionistas ou deflacionistas na economia. Se os juros reais (descontada a inflação) estiverem abaixo da r*, a economia aquece; se estiverem acima, arrefece.

Para a Zona Euro, o cálculo atual aponta para uma taxa nominal (incluindo inflação) entre 1,75% e 2,25%, o que significa que, se a inflação estabilizar na meta de 2%, a taxa de depósito do BCE (hoje em 2,75%) precisaria cair para próximo dessa faixa para ser considerada “neutra”. Mas aqui começa o primeiro aviso do estudo: “As estimativas da r* estão envoltas em incertezas de modelo, parâmetros, filtros e dados em tempo real”.

Os investigadores revelam que desde o final de 2023 a r* manteve-se estável, refletindo um equilíbrio frágil entre fatores como o envelhecimento populacional (que reduz o crescimento potencial) e o investimento em transição energética (que o sustenta). “As estimativas mais recentes da taxa real natural […] variam entre -0,5% e +0,5%”, o que, somado à meta de inflação, chega aos 1,75%-2,25% nominais, por exemplo, destacam os investigadores.

Mas a aparente tranquilidade esconde um desafio técnico colossal. Diferentes metodologias produzem resultados díspares. Os três economistas do BCE referem, por exemplo, que seguindo os modelos semi estruturais, a taxa de juro natural estará próxima de 2%, mas recorrendo a modelos baseados em expectativas de mercado esse valor é ligeiramente inferior. Já recorrendo à abordagem Holston-Laubach-Williams (HLW), usada pela Fed de Nova Iorque, a r* assume um valor de até 1,84%, mas com margens de erro de mais ou menos 10 pontos percentuais, tornando “difícil afirmar se a estimativa é diferente de zero”.

Face a todas estas incógnitas e dúvidas, a principal mensagem do estudo é de uma humildade estatística. Embora a r* ajude a avaliar riscos – como o regresso ao limite inferior efetivo (quando os juros não podem ser cortados mais) –, “não pode ser vista como um indicador mecânico para calibrar a política monetária”, essencialmente por conta de três razões:

  • Grande incerteza: O estudo refere que a faixa de 1,75%-2,25% para a r* esconde “a incerteza cumulativa de parâmetros e filtros que pode abranger vários pontos percentuais”. Ou seja, a r* poderá ser 1% ou 3%, e o BCE só descobrirá anos depois.
  • Efeito de mudança de dados: Revisões históricas do PIB ou da inflação alteram drasticamente as estimativas. Os autores do estudo mostram que ajustes retroativos já causaram variações de 1 ponto percentual na r* calculada, por exemplo.
  • Transmissão imperfeita: A r* foca-se na taxa de juro de curto prazo, mas “a transmissão da política monetária depende de condições financeiras mais amplas”, como o crédito bancário ou a evolução dos mercados de capitais, referem os investigadores.

As conclusões e várias observações realizadas por Claus Brand, Noëmie Lisack e Falk Mazelis abrem um debate mais amplo sobre se a r* é um fenómeno puramente económico ou uma construção política. Para os autores, “a ligação entre a taxa de curto prazo e a economia mais ampla é contingente e instável”, dependendo de fatores como a regulamentação bancária ou o apetite por risco nos mercados.

O estudo divulgado esta sexta-feira e esperado com grande expectativa pelos vários agentes do mercado não enterra a r*, mas enterra a ilusão de precisão. Para Christine Lagarde, a mensagem é clara: “Não há alternativa a tomar decisões com base numa análise abrangente dos dados”, mesmo que isso signifique conviver com margens de erro maiores do que os titulares sugerem, sublinham os investigadores.

Para os portugueses e restantes europeus, isso traduz-se em juros mais altos por mais tempo, se bem que com trajetórias suaves. A era de dinheiro gratuito acabou, mas o BCE não quer estrangular a recuperação. “As estimativas da r* fornecem informações complementares […] mas não podem ser usadas como norma mecânica”, sublinham os autores do estudo. Na prática, é como navegar com um GPS que por vezes avaria — mas ainda assim, melhor do que nada.

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Clubes portugueses foram os quartos que mais receberam no ‘mercado de inverno’

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Transações efetuadas em janeiro de 2025 proporcionaram aos clubes portugueses um encaixe equivalente a 169,5 milhões de euros. Portugal foi apenas o 12.º mais gastador nesta janela de transferências.

Os clubes portugueses ficaram em quarto lugar na lista dos que receberam mais dinheiro com transferências internacionais de futebolistas profissionais masculinos no recente ‘mercado de inverno’, que bateu vários recordes, segundo o relatório divulgado pela FIFA.

As transações efetuadas em janeiro de 2025 proporcionaram aos clubes portugueses um encaixe equivalente a 169,5 milhões de euros (ME), o quarto mais elevado, só superado pelo de franceses (357,3 ME), alemães (217,7 ME) e ingleses (175,3 ME).

Apesar de ter sido um dos países que contratou maior número de jogadores, Portugal foi apenas o 12.º mais gastador nesta janela de transferências, com 38,7 ME, muito distante da Inglaterra, que encabeça a lista de forma destacada, com um total de 599,3 ME.

Com mais do dobro da Alemanha, o segundo país que mais dinheiro despendeu (285,1 ME), as equipas inglesas foram as principais responsáveis pelo recorde registado no ‘mercado de inverno’ de 2025, que registou um volume de negócios de 2,26 mil ME.

Aquele valor superou em 47,1% o anterior máximo (1,54 mil ME, estabelecido em janeiro de 2023) e representa um crescimento de 57,9% relativamente a 2024, tendo correspondência no número de jogadores transferidos, que totalizou 5.863, mais 942 do que no ano passado (19,1%), também um novo recorde.

Os clubes portugueses também deram uma contribuição importante para aquele resultado, uma vez que foram os terceiros mais ativos, tendo contratado 207 futebolistas, número que apenas foi ultrapassado por Brasil (471) e Argentina (265).

Portugal cai para o quinto lugar no estudo da FIFA em matérias de saídas de jogadores, com 170 a abandonarem os clubes lusos, num parâmetro liderado por Argentina (255), seguido de Brasil (212) e Inglaterra (211).

No futebol profissional feminino também se registaram novos máximos, tanto no valor global que os clubes gastaram para retocar os plantéis, que ascendeu a 5,55 ME (subida de 180,6% em relação a 2024), como no número de atletas envolvidas (455, mais 22,6%).

Tal como aconteceu no setor masculino, a Inglaterra comanda de forma destacada a lista dos países mais gastadores, com cerca de metade do total (2,21 ME), com os Estados Unidos a serem o maior beneficiário, ao receberem 2,65 ME, enquanto Portugal não contribuiu para esta estatística.

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PGR admite que inquérito do processo Tutti Frutti demorou “muito tempo” a ser concluído

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Procurador-geral da República Amadeu Guerra reconhece que "oito anos é muito tempo", mas ressalva que a investigação acelerou depois de ter sido criada, em 2023, uma equipa especial para este caso.

O procurador-geral da República (PGR) admitiu esta sexta-feira que o inquérito do processo Tutti Frutti demorou “muito tempo” a ser concluído, ressalvando que a investigação acelerou depois de ter sido criada, em 2023, uma equipa especial para o caso.

“Oito anos é muito tempo, é verdade. Mas nós queremos que esses prazos acabem”, afirmou Amadeu Guerra, à saída de uma reunião de trabalho com magistrados do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Central Administrativo Sul, em Lisboa.

O PGR sustentou, ainda assim, que, após “uma fase inicial em que a Polícia Judiciária não tinha os meios que tem hoje”, o “processo andou de forma muito rápida” a partir do momento em que a sua antecessora, Lucília Gago, constituiu em 2023 uma equipa especial com procuradores e elementos daquele órgão de investigação criminal.

“Aí não há nada a dizer relativamente à Polícia Judiciária, antes pelo contrário. Fizeram um trabalho muito meritório e que contribuiu exatamente para conseguirmos em dois anos recuperar o tempo possível”, frisou.

O Ministério Público acusou 60 pessoas de, no global, 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem.

Entre os arguidos, há deputados na Assembleia da República, presidentes de juntas de freguesia em Lisboa e vereadores na capital do PSD e do PS, suspeitos de adjudicações a empresas como contrapartida, sobretudo, à concessão de apoio político local.

Alguns dos acusados suspenderam ou renunciaram entretanto aos mandatos.

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Stellantis em aliança com empresa europeia de IA para ter assistente por voz nos carros

Fabricante de marcas como a Citroen, Fiat ou Peugeot aprofunda parceria com a Mistral, empresa francesa de Inteligência Artificial. Primeiro produto será um assistente a bordo controlado por voz.

A Stellantis está a reforçar a parceria estratégica com a Mistral, empresa francesa de Inteligência Artificial (IA), com o primeiro produto a chegar aos automóveis a ser um assistente de bordo virtual, acionado por voz e que funciona com recurso àquela tecnologia.

Em causa está um “assistente avançado para automóveis, concebido para fornecer apoio de conversação em tempo real aos condutores”, segundo um anúncio conjunto. “O assistente funciona como um manual do utilizador em tempo real, ativado por voz. Os clientes poderão fazer perguntas sobre as características do veículo, resolução de problemas ou indicadores de aviso e receber orientação imediata através de uma interação natural e conversacional”, acrescentam as empresas.

Este sistema “será continuamente atualizado e adaptado às marcas e modelos Stellantis para proporcionar uma experiência contínua e intuitiva”.

Esta será a face mais visível – para o consumidor – desta parceria que se estende a outras áreas, até ao próprio processo de fabrico dos automóveis. Entre as soluções que estão a ser implementadas contam-se a deteção de anomalias através de IA, melhorando o controlo de qualidade em fábrica, ou a análise de dados de feedback de veículos, com um acompanhamento em tempo real.

“Existem muitos intervenientes no espaço da IA, e estamos particularmente felizes com a parceria com a Mistral AI pela sua forte capacidade de se adaptar rapidamente e gerar resultados significativos de uma forma altamente colaborativa”, disse Ned Curic, diretor de Engenharia e Tecnologia da Stellantis. “Juntos, estamos a explorar o potencial da IA em vários domínios para melhorar o nosso desenvolvimento de produtos, a experiência do cliente e proporcionar benefícios reais”.

“Esta parceria é um passo importante no nosso compromisso de tornar a GenAI mais acessível e valiosa”, refere Arthur Mensch, CEO e cofundador da Mistral AI. “A abordagem ousada da Stellantis à tecnologia e a sua capacidade de integrar IA avançada em experiências no mundo real tornam-na um parceiro ideal para mostrar como as soluções versáteis da Mistral AI podem reinventar a mobilidade e capacitar os engenheiros no seu trabalho”.

Numa altura em que a atenção tem estado centrada na disputa entre empresas norte-americanas e chinesas no campo da IA generativa, esta aliança de um grande fabricante automóvel com uma empresa europeia pode ser vista como um exemplo de desenvolvimento no Velho Continente. Em maio de 2024, a Mistral completou uma ronda de financiamento de 600 milhões de euros, deixando-a com uma avaliação de perto de seis mil milhões de euros. A empresa tem sido vista como uma espécie de “campeão europeu” na IA e uma concorrente de chineses e norte-americanos. No entanto, a Microsoft é uma das primeiras investidoras no capital da empresa.

A Mistral AI tem sede em Paris, nasceu em 2023 e foi criada por Arthur Mensch, Guillaume Lample, and Timothée Lacroix, antigos estudantes da École Polytechnique e com posteriores passagens pela Meta e pela Google.

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Valor de um anúncio no Super Bowl atinge os oito milhões. Veja os spots já lançados

O preço para anunciar no intervalo da final da NFL tem vindo a subir paulatinamente, assim como o número de telespectadores, o que leva as marcas a pagar valores milionários para captar a sua atenção.

Pagar oito milhões de dólares (cerca de 7,6 milhões de euros) pela apresentação de um anúncio de 30 segundos? É este o valor que as marcas vão investir para marcar presença este ano no “intervalo milionário” do Super Bowl.

Este é assim um novo valor recorde para o evento desportivo — no ano passado o preço para anunciar era de sete milhões de dólares, — sendo que a Fox, responsável pela cobertura televisiva este ano, anunciava já em novembro a venda total de espaços publicitários para o intervalo da final da National Football League (NFL), que opõe este domingo os Philadelphia Eagles aos Kansas City Chiefs, e que vai ditar a campeã deste ano de futebol americano.

A Fox terá começado a vender os seus espaços para anúncios por sete milhões de dólares – à semelhança do ano passado — mas, com a procura, o valor acabou por subir para 7,5 milhões e depois para oito milhões, tendo pelo menos uma dezena de marcas adquirido o seu espaço ainda acima desse valor, segundo a Variety.

As marcas mostram-se assim dispostas a pagar valores milionários pela oportunidade de colocarem mais de 120 milhões de pares de olhos nos seus anúncios. No ano passado, recorde-se, a competição registou o número recorde de 123,4 milhões de telespectadores (entre televisão e streaming).

O valor do espaço publicitário, sublinhe-se, tem vindo a subir paulatinamente: enquanto em 2022 o valor se fixava em 6,5 milhões, há uma década este era de quatro milhões e há duas décadas de 2,4 milhões.

Fazendo uma comparação, o mesmo investimento feito pelas marcas para anuncicar no Super Bowl este ano permitiria comprar 1,35 mil milhões de impressões no TikTok, 1,6 mil milhões de impressões nos reels do Instagram, 700 milhões de impressões no Spotify ou 214 milhões de impressões na Amazon Prime Video, refere a Digiday.

Mas, mesmo o valor dos anúncios transmitidos antes ou depois da partida também aumentou. Enquanto 30 segundos de anúncio na cobertura antes do jogo custaram dois milhões de dólares no ano passado, este ano os valores atingiram os 4,5 milhões. De forma similar, o preço de um anúncio de 30 segundos na cobertura pós-jogo também passou de entre 2,5 a três milhões para quatro milhões de dólares, segundo a Variety.

Desta forma, é esperado que a Fox supere as receitas publicitárias geradas pela transmissão do ano passado Super Bowl, que ficou a cargo da CBS, e que quase atingiu os 600 milhões de dólares, no conjunto de todos os anúncios.

Este ano, o momento musical é protagonizado pelo rapper californiano Kendrick Lamar, com participação da cantora SZA, num espetáculo patrocinado pela Apple Music, que paga 50 milhões de dólares anualmente à NFL, mediante um acordo celebrado em 2022 e com validade de cinco anos. Já Jon Batiste é o responsável por cantar o hino nacional norte-americano enquanto Trombone Shorty e Lauren Daigle cantam “America the Beautiful”. Por último, Ledisi fará a voz de “Lift Every Voice and Sing”.

Em Portugal, o evento desportivo é transmitido a partir das 23h30 em streaming na DAZN, plataforma à qual se pode aceder através da compra do NFL Game Pass, disponível na DAZN a partir de 0,99 euros. Além de se poder acompanhar o Super Bowl LVIII, a transmissão vai também permitir ver todos os anúncios norte-americanos. É ainda possível escolher entre duas opções de transmissão, em português ou a transmissão dos EUA.

Entre as marcas que vão anunciar no evento encontram-se, por exemplo, a Hellmann’s, Doritos, Uber Eats, Pringles, Salesforce, Booking ou Stella Artois. Entretanto foram várias aquelas que já divulgaram os spots que vão transmitir no grande dia:

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IGCP volta ao mercado para tentar levantar até 1,5 mil milhões em Obrigações do Tesouro

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2025

IGCP vai realizar a 12 de fevereiro três leilões de OT com maturidade em 18 de abril de 2034, 11 de abril de 2042 e 12 de abril de 2052, com um montante indicativo global entre 1.250 e 1.500 milhões.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai voltar ao mercado na próxima quarta-feira para realizar três leilões de Obrigações do Tesouro (OT), com maturidade a dez, 20 e 38 anos e um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros.

Numa nota, o IGCP disse que “vai realizar no próximo dia 12 de fevereiro pelas 10h30 horas três leilões das OT com maturidade em 18 de abril de 2034, 11 de abril de 2042 e 12 de abril de 2052, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros”.

O IGCP tem mais duas operações previstas este trimestre, mas com Bilhetes do Tesouro (BT) uma a 19 de fevereiro e outra a 19 de março, segundo um calendário publicado no site da entidade.

Numa nota divulgada pelo IGCP, em 13 de dezembro, a instituição disse que o “montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18 mil milhões de euros”.

Em 2025, a entidade espera que “o financiamento líquido resultante da emissão” de Bilhetes do Tesouro produza “um impacto positivo de 4,6 mil milhões de euros”, destacou.

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PS quer ouvir Associação dos Municípios sobre reprogramação do PRR

ANMP revelou publicamente que não foi consultada sobre a reprogramação e solicitou uma reunião urgente com o Governo, porque há “muitas perguntas sem resposta”.

O Partido Socialista quer ouvir no Parlamento, com caráter de urgência, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), no âmbito da reprogramação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentada pelo Governo à Comissão Europeia, no sábado. O objetivo é ter a opinião da associação sobre as alterações introduzidas, porque o PS critica o Governo por ter feito este exercício “sem consulta ou debate público”.

“Esta forma de trabalhar contrasta com a do anterior Governo, que aquando da reprogramação ‘promoveu um debate público aberto e intenso, que recebeu contributos da sociedade civil e reuniu com parceiros económicos e sociais’ com o objetivo de promover uma reprogramação que fosse o mais participada, esclarecedora e transparente possível”, lê-se no requerimento entre no Parlamento pelo Grupo parlamentar do PS.

O requerimento é justificado “com o facto de o Governo não ter promovido um processo aberto, participado e transparente na reprogramação do PRR, não ter solicitado qualquer parecer, nem ter promovido qualquer diálogo com parceiros económicos e sociais, nem com os municípios, nomeadamente com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses”.

A ANMP revelou publicamente que não foi consultada sobre a reprogramação e solicitou uma reunião urgente com o Governo, porque há “muitas perguntas sem resposta”.

Na audição de quarta-feira na comissão eventual de acompanhamento do PRR e do Portugal 203, o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, explicou que a reprogramação “não foi uma opção do Governo”. “O Governo limitou-se a constatar que algumas das obras previstas no PRR não iriam ser executadas dentro do prazo, não iriam ser financiadas no final, a tempo e horas, e retirou-as do PRR, substituindo-as por outros investimentos que podem ser executados dentro do prazo”.

“Esta reprogramação não foi uma opção que tivemos, não foi uma opção política do Governo, nem nenhuma mudança política do Governo”, disse Castro Almeida perante as críticas dos deputados. “Esta reprogramação foi uma inevitabilidade. Fomos confrontados com um conjunto de projetos, foram aqueles e não outros. Deixámos cair aqueles cujo calendário não era compatível com o PRR. Não valia a pena virmos perguntar aos senhores deputados se acham bem ou achavam mal. A linha de metro não ia ser feita, tinha de cair, independentemente da opinião do Governo ou da oposição”, disse perentório.

O requerimento do PS será votado na terça-feira, no âmbito dos trabalhos da Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do Plano de Recuperação e Resiliência e Portugal 2030.

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Bruxelas aprova empresa comum entre Via Verde, Ascendi e alemã Yunex

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum entre as firmas portuguesas Via Verde e Ascendi e a alemã Yunex para concessões de autoestradas.

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum entre as firmas portuguesas Via Verde e Ascendi e a alemã Yunex para concessões de autoestradas, anunciou esta sexta-feira a instituição.

Em comunicado, o executivo comunitário indica que deu ‘luz verde’, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a criação de uma empresa comum entre a Yunex GmbH da Alemanha, a Via Verde Portugal – Gestão de Sistemas Eletrónicos de Cobrança e a Ascendi, ambas de Portugal.

“A operação diz respeito principalmente ao mercado das concessões de autoestradas com portagem e à distribuição de equipamento de bordo”, indica a instituição, sem precisar.

De acordo com Bruxelas, a operação notificada foi aprovada pois “não suscita preocupações em matéria de concorrência, dado que a empresa comum desenvolve atividades negligenciáveis no Espaço Económico Europeu e dada a limitada posição de mercado combinada das empresas resultante da operação proposta”.

A operação foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de análise das concentrações.

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