Hernâni Dias é um “peso político negativo”?, pergunta Pedro Nuno Santos a Montenegro

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

Luís Montenegro "foi sempre muito exigente" com aquilo que considerava "pesos políticos negativos" para o Governo liderado por António Costa, recorda o lider socialista.

O secretário-geral do PS pediu esta terça-feira esclarecimentos do Governo sobre a polémica envolvendo o secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias, e desafiou o primeiro-ministro a dizer se o governante não é “um peso político negativo”.

“O senhor primeiro-ministro, que enquanto líder da oposição vincava tanto esta dimensão de se afastarem pesos políticos negativos, também tem que dizer, se entende que o seu secretário de Estado não é um peso político negativo”, disse Pedro Nuno Santos, durante uma visita ao projeto RAIZ, em Aveiro.

Questionado sobre se o PS vai pedir a demissão do secretário de Estado Hernâni Dias e se o mesmo tem condições para continuar no cargo, o líder do PS disse que o mais importante é que sejam dados esclarecimentos. “Acho importante que todos os esclarecimentos sejam dados para podermos, não só concluir, e esperemos, termos segurança e confiança em quem está no Governo da República”, afirmou.

Pedro Nuno Santos lembrou ainda que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “foi sempre muito exigente” com aquilo que considerava “pesos políticos negativos” para o Governo liderado por António Costa, defendendo que também devia fazer o mesmo agora.

“Era muito importante que Luís Montenegro também viesse dizer se entende que este secretário de Estado enquadra-se nessa sua definição de peso político negativo, porque se se enquadrar na sua própria definição de peso político negativo, bom, tem um problema para resolver”, afirmou.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território criou duas empresas que podem agora beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações. Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias está a ser investigado pela Procuradoria Europeia e é suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

De acordo com a RTP, a propriedade de um imóvel ocupado no Porto pelo filho de Hernâni Dias pertence ao filho de um dos sócios de uma construtora que ganhou o concurso para a ampliação da zona industrial de Bragança. Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência. O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários partidos já requereram a sua audição parlamentar.

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MP combinou com Parlamento o dia para apreender malas a ex-deputado do Chega

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

O Ministério Público acordou com a Assembleia da República o dia de segunda-feira para apreender malas e outros objetos no gabinete do deputado eleito pelo Chega, Miguel Arruda.

O Ministério Público acordou com a Assembleia da República, através da Procuradoria-Geral da República (PGR), o dia de segunda-feira para apreender malas e outros objetos no gabinete do deputado eleito pelo Chega, Miguel Arruda, suspeito de furto.

“Através da Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público (MP) solicitou a colaboração da Assembleia da República no sentido de efetivação de apreensão de malas e objetos que se encontravam nas suas instalações. Para o efeito, solicitou-se indicação de dia, hora e de responsável da Assembleia da República para acompanhar a diligência”, explicou, à Lusa, fonte oficial da PGR.

O Parlamento indicou então 27 de janeiro para a realização da diligência, tendo esta sido concretizada nessa data.

A mesma fonte acrescentou que a apreensão decorreu ao abrigo do artigo 178.º, n.ºs 1 e 3 do Código de Processo Penal, que, segundo o diploma, permite a apreensão, mediante despacho judiciário, “de instrumentos, produtos ou vantagens relacionados com a prática de um facto ilícito” ou qualquer outro objeto que possa constituir prova.

Na segunda-feira, a Assembleia da República revelou, em comunicado, a realizações “de buscas e apreensões no gabinete do deputado Miguel Arruda na Assembleia da República”.

“Esta ação foi presidida por magistrada do Ministério Público, tendo a Assembleia da República prestado toda a colaboração na realização da diligência”, lê-se na nota.

Na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que o deputado eleito pelo Chega no círculo dos Açores – constituído arguido na semana passada por suspeita de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada – tinha passado à condição de não inscrito.

O inquérito criminal está em segredo de justiça, informou hoje fonte oficial da PGR.

O presidente do Chega afirmou que foi o seu partido quem alertou o presidente do parlamento para a existência de malas no gabinete do deputado Miguel Arruda e quem originou as buscas policiais na segunda-feira.

Este episódio avançado por André Ventura, em conferência de imprensa, motivou depois uma tensa discussão entre o líder do Chega e vários jornalistas, que quiseram saber qual a razão de este partido ter demorado até quinta-feira para denunciar a existência de várias malas no gabinete de Miguel Arruda no parlamento.

“Foi o Chega que na quinta-feira comunicou ao presidente da Assembleia da República a existência desses objetos e alertou para a possibilidade de estarem relacionados com o produto do crime, de um crime que tinha sido publicamente exposto. Foi o Chega que pediu que fosse feita a necessária articulação entre o órgão de soberania, o parlamento e as autoridades judiciais”, declarou André Ventura.

Na terça-feira passada, o deputado Miguel Arruda, cabeça de lista pelo Chega nos Açores, foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

A PSP indicou que o deputado do Chega não foi logo detido, porque primeiro era necessário o levantamento da sua imunidade parlamentar.

No plano político, na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que Miguel Arruda tinha passado à condição de não inscrito e que iria ficar sentado na última fila entre as bancadas do Chega e do PSD, como já aconteceu em outras situações semelhantes.

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Mawdy lança seguro automóvel para profissionais

  • ECO Seguros
  • 28 Janeiro 2025

Ignition avançará com coberturas alargado a componentes como baterias de veículos elétricos, uma nova plataforma de emissão simplificada e integra o WhatsApp para apoio comercial e gestão de sinistros

A Mawdy, empresa do grupo segurador Mapfre, prepara-se para lançar o Ignition, um novo ecossistema de seguros automóvel para profissionais.

Luis Sousa Lobo, Diretor Comercial & Marketing da Mawdy, “Com o lançamento do Ignition, reforçamos o nosso compromisso com a inovação e a proximidade, oferecendo soluções de vanguarda para os desafios da mobilidade do futuro”.

Segundo avançado em comunicado, o Ignition avançará com produtos inovadores, com coberturas alargado a componentes como baterias de veículos elétricos, uma nova plataforma de emissão simplificada e integra o WhatsApp para apoio comercial e gestão de sinistros.

“Com o lançamento do Ignition, reforçamos o nosso compromisso com a inovação e a proximidade, oferecendo soluções de vanguarda para os desafios da mobilidade do futuro”, afirma Luis Sousa Lobo, Diretor Comercial & Marketing da Mawdy .

Antes denominada Mapfre Assistência, a agora Mawdy especializa-se em seguros não convencionais e serviços de assistência, com especial foco nos setores automóvel, financeiro e turismo. Desde o seu lançamento em Portugal em 2004 emitiu mais de 500 mil apólices e resolver 117 mil avarias.

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Criminalidade violenta na área do comando de Lisboa da PSP desceu 1,4% em 2024

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

A descida da criminalidade violenta e grave em 2024 “é mais vincada” no concelho de Lisboa do que no resto da área de responsabilidade do Cometlis.

A criminalidade violenta na área de responsabilidade do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP desceu 1,4% no ano passado em relação a 2023, enquanto a criminalidade geral diminuiu 8,9%, segundo aquela polícia.

Dados enviados à Lusa mostram que a descida da criminalidade violenta e grave em 2024 “é mais vincada” no concelho de Lisboa do que no resto da área de responsabilidade do Cometlis.

A área do Cometlis compreende a totalidade dos concelhos de Lisboa, Amadora, Oeiras e Odivelas e as zonas urbanas dos concelhos de Cascais, Loures, Sintra, Torres Vedras e Vila Franca de Xira. Segundo a PSP, a criminalidade geral na área do Cometlis desceu 8,9% no ano passado em relação a 2023, enquanto no concelho de Lisboa diminuiu 12,6%.

A criminalidade violenta e grave registada na área abrangida pelo Cometlis desceu 1,4% e no concelho de Lisboa 10,41%.

O Diário de Noticias avança esta aterça-feira que a criminalidade no concelho de Lisboa regista a segunda maior descida em 10 anos, tendo só sido superados em 2020 e 2021, anos da pandemia covid-19.

Em 20 de novembro, na cerimónia comemorativa do 157º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, o comandante do Cometlis já tinha afirmado que os dados estatísticos da criminalidade “não correspondem ao sentimento de insegurança” difundido na opinião pública, avançando que nesta região os crimes violentos tinham estagnado.

“Os dados estatísticos sobre a criminalidade registada não são correspondentes ao sentimento de insegurança difundidas nas redes sociais e em certos setores da opinião pública”, disse na altura Luis Elias.

O Cometlis é o maior comando da PSP do país onde prestam serviço cerca de 6.800 polícias que diariamente garantem a segurança a cerca de 2,5 milhões de cidadãos.

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1 em cada 3 reclamações junto das seguradoras ou ASF tem sucesso

  • ECO Seguros
  • 28 Janeiro 2025

Quem reclama decisões junto das seguradoras ou do regulador tem sucesso em um terço dos casos. Sinistros com seguro automóvel são a maior causa de desacordo.

As reclamações dirigidas às próprias seguradoras ou à entidade supervisora, ASF, registaram taxas de sucesso favoráveis aos consumidores de 37% e 31%, respetivamente. Segundo o Relatório de Gestão de Reclamações agora divulgado pela ASF, no primeiro semestre de 2024 foram recebidas 12.058 queixas de tomadores de seguros, segurados, subscritores, participantes, beneficiários e lesados, realizadas junto dos operadores que são seguradoras e gestoras de fundos de pensões. Significa um decréscimo de 24% no número de reclamações face a igual período de 2023.

As reclamações foram registadas pelos operadores no Livro de Reclamações (LR) Eletrónico (LRE) e Físico (LRF) , dirigidas diretamente às entidades supervisionadas aos quais a ASF tem acesso obrigatório.

Os seguros dos ramos Não Vida mantêm-se como o segmento de negócio mais reclamado (91%), assumindo o seguro automóvel um peso de 33% no total de reclamações apresentadas e concluídas, seguido do seguro de incêndio e outros danos (18%) e do seguro de doença (15%).

As reclamações apresentadas relativas ao ramo Vida representam 6%, destacando-se os seguros de vida temporários (54%) face ao total dos seguros Vida.

Nas reclamações junto das seguradoras, os sinistros representam 54% do total, seguida do motivo “Conteúdo / Vigência do Contrato” (16%) e “Formação do Contrato” (13%).

Quanto aos fundos de pensões, mantêm um peso menos significativo (1%) no total das reclamações apresentadas ao mercado, salientando-se aqui as reclamações relativas a fundos de pensões abertos (83%) e a matéria relativa à “Prestação de informação a participantes e beneficiários” (41%).

Como resultados, 37% das reclamações respondidas tiveram desfecho favorável ao reclamante, ainda que parcialmente, tendo as restantes 63% um desfecho desfavorável. O prazo médio de resposta do mercado às reclamações concluídas foi de 12 dias úteis, um período menor que o previsto por lei.

Insatisfeitos pelas seguradoras, queixosos seguem para ASF

No caso de não ficarem satisfeitos com o desfecho do seu processo junto dos operadores, os reclamantes podem insistir junto da ASF, entidade de supervisão e regulação do setor dos seguros e fundos de pensões. Foi o que aconteceu no primeiro semestre em que a ASF registou 1.012 reclamações (parte das 12.058 inicialmente colocadas junto dos operadores), o que corresponde a um crescimento de 11% face ao período homólogo.

As reclamações chegaram ao supervisor em 57% dos casos através do Portal do Consumidor da ASF e por correio eletrónico em 23%.

Nestas queixas os ramos Não Vida assumiram 79% das reclamações destacando-se o seguro automóvel como o mais reclamado (36% das reclamações apresentadas e 35% das concluídas), seguido do seguro de incêndio e outros danos (22% e 21%) e seguro de saúde (7% e 6%).

No ramo Vida as reclamações representaram 18% das reclamações concluídas, mantendo-se o seguro de vida como o mais reclamado (9%). No entanto, assinala-se o aumento das reclamações relativas aos seguros PPR/E e aos seguros ligados a fundos de investimento.

Os fundos de pensões mantêm um peso pouco significativo (2%) no total das reclamações apresentadas à ASF e concluídas por esta.

A matéria “Sinistro” continua a ser a mais reclamada, representando 60% do universo analisado e concluído pela ASF, seguida do “Conteúdo / Vigência do Contrato” (19%) e de temas relativos ao “Prémio” (7%).

Dos processos analisados e concluídos pela ASF, cerca de 31% foram favoráveis aos reclamantes ainda que parcialmente, sendo que dos 69% que tiveram um desfecho desfavorável. Apenas 7% das respostas não teve em conta uma justificação legal ou contratual, podendo estes casos corresponder a situações em que estava em causa matéria estritamente probatória.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou Morais, Oliveira & Maia em operação de cisão e venda

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão foi coordenada pelo sócio Pedro Marinho Falcão e contou com o apoio dos advogados Pedro Dias Azevedo e Marta Outeiro Correia.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a Morais, Oliveira & Maia na operação de cisão e venda do ramo de negócio de importação e comercialização de ferragens, ferramentas e produtos de menage à Hogser e à Ludiversos.

“A assessoria compreendeu todo o processo de cisão, desde a fase preliminar de aconselhamento dos vendedores sobre a due diligence legal levada a cabo pelo comprador, até à preparação, negociação e finalização da documentação da transação na venda da totalidade das participações“, revelam em comunicado.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão que assessorou a Morais, Oliveira & Maia foi coordenada pelo sócio Pedro Marinho Falcão e contou com o apoio dos advogados Pedro Dias Azevedo e Marta Outeiro Correia.

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Associação Business Roundtable Portugal rejeita aumento da TSU para financiar pensões

Presidente da Associação Business Roundtable Portugal considera que "um eventual aumento da TSU seria devastador" e apela mesmo a uma redução da taxa.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP), que reúne 43 grandes empresas, “rejeita qualquer aumento da Taxa Social Única (TSU)”, cuja revisão é um dos temas que vai ser avaliado pelo Grupo de Trabalho criado esta semana pelo Governo para fazer recomendações sobre a sustentabilidade da Segurança Social.

“Face aos recentes desenvolvimentos no debate público sobre a Taxa Social Única (TSU) e a sustentabilidade da Segurança Social (SS), a Associação Business Roundtable Portugal (BRP) manifesta a sua posição clara e inequívoca: a TSU não pode aumentar“, afirma num comunicado enviado esta terça-feira às redações.

Pelo contrário, a associação defende que a taxa seja reduzida, “como caminho estratégico para criar um ambiente que promova o sucesso e o crescimento, que é crítico para atrair de volta os jovens que têm deixado o país e assegurar o futuro da economia nacional e a sustentabilidade da segurança social”.

A taxa contributiva, que é paga pelos trabalhadores (11%) e empregadores (23,75%), é um dos nove temas que vai ser avaliado pelo Grupo de Trabalho criado esta semana por despacho da ministra da Segurança Social, Rosário Palma Ramalho.

Por lei, aquela taxa deve ser avaliada de cinco em cinco anos, mas há 13 que isso não acontece. Em dezembro, a ministra do Trabalho já tinha anunciado um “estudo tendente à revisão da taxa contributiva do sistema previdencial” da Segurança Social.

Um eventual aumento da TSU seria devastador, afastando-nos ainda mais do crescimento económico, que é a única solução sustentável para os desafios da Segurança Social. É essencial que avancemos com coragem para reduzir a TSU, e não para a aumentar.

Carlos Moreira da Silva

Presidente da Associação BRP

A criação do grupo de trabalho surge depois de o Tribunal de Contas divulgar, a semana passada, um relatório onde alerta para falhas graves na avaliação da sustentabilidade da Segurança Social.

“O país está há demasiado tempo sujeito a um verdadeiro ‘garrote fiscal’, que sufoca a capacidade de investimento das empresas, a criação de emprego e o aumento dos salários. Um eventual aumento da TSU seria devastador, afastando-nos ainda mais do crescimento económico, que é a única solução sustentável para os desafios da Segurança Social. É essencial que avancemos com coragem para reduzir a TSU, e não para a aumentar”, afirma Carlos Moreira da Silva, presidente da BRP, citado no comunicado.

Segundo a associação, a diferença entre o custo de um trabalhador para uma empresa e o salário líquido que o trabalhador efetivamente recebe é de 42,3% para trabalhadores solteiros sem filhos, um valor cerca de 30% acima da média da OCDE.

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APS une-se à VdAcademia para ciclo de formações sobre compliance

  • ECO Seguros
  • 28 Janeiro 2025

O primeiro curso está marcado para dia 6 de fevereiro e será dedicado à função de compliance num setor fortemente regulado. O ciclo de formações decorre até dezembro.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) une-se à VdAcademia para um ciclo de formação sobre compliance no setor segurador. Como o nome indica, a formação é dedicada ao ambiente regulatório nacional no setor segurador em várias vertentes, como o fiscal, proteção de dados, inteligência artificial e branqueamento de capital.

O ciclo compreende 11 cursos lecionados ao longo de 2025. A função de compliance num setor fortemente regulado é o tema do primeiro curso deste ciclo que vai decorrer na próxima quinta-feira (6 de fevereiro), nas instalações da APS em Lisboa entre as 9h15 e 12h30. Interessados podem candidatar-se até dia 4.

“Este curso centra-se na compreensão do papel estratégico da função de compliance, explorando como esta pode contribuir para uma gestão mais eficaz do risco associado ao incumprimento das obrigações regulatórias, assim assegurando os objetivos organizacionais.”, indica o representante dos seguradores.

Os objetivos da primeira formação são: identificar os principais desafios e responsabilidades associados à área de compliance; identificar os riscos a que as seguradoras estão mais expostas; distinguir as funções de compliance e de auditoria interna, e capacitar os participantes para reconhecer a importância estratégica do compliance na gestão das empresas de seguros. Para mais informações e inscrições, aqui.

Ainda em fevereiro terá lugar o segundo curso, este dedicado à prevenção da corrupção e infrações conexas, segue-lhe o curso de combate à fraude nos seguros (março), concorrência (abril), responsabilidade penal e contraordenacional no regime da atividade seguradora (maio), fiscalidade (junho), prevenção do branqueamento de capitais e combate do financiamento do terrorismo (julho), privacidade de dados e cibersegurança (setembro), proteção do consumidor e conduta de mercado (outubro), sustentabilidade (novembro), digital e utilização de inteligência artificial (dezembro).

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Trabalhadores da HightPoint nos comboios da CP em greve por pagamento dos salários

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

A greve "denuncia o pagamento dos salários com atraso, sendo exemplo dessa prática o pagamento a meio de janeiro da remuneração respeitante ao mês de dezembro”, indica o sindicato.

Os trabalhadores da HighPoint, que presta serviço de limpeza nos comboios da CP, vão estar em greve nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, contra a prática de pagamento dos salários com atraso, anunciou esta terça-feira o sindicato.

Esta greve denuncia o pagamento dos salários com atraso, sendo exemplo dessa prática o pagamento a meio de janeiro da remuneração respeitante ao mês de dezembro”, referiu o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), em comunicado.

Assim, acrescentou aquela estrutura, “caso os salários de janeiro não comecem a ser pagos dia 31 de janeiro pela manhã, os trabalhadores levarão a cabo dois dias de greve a nível nacional”, na sexta-feira e no sábado.

O sindicato realçou que os atrasos no pagamento dos salários “afetam profundamente os trabalhadores” e têm consequências na sua vida pessoal e profissional, pelo que esta greve representa “uma posição coletiva contra a violação do direito fundamental dos trabalhadores à retribuição mensal pelo trabalho prestado”.

O STAD prevê que a paralisação tenha efeitos na higiene dos comboios, das bilheteiras e das oficinas da CP, “pondo em causa o compromisso de garantia da salubridade” da transportadora para com os passageiros e trabalhadores.

Na quarta-feira, a comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação deverá votar um requerimento do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), para chamar ao parlamento, com urgência, a HighPoint, o Conselho de Administração da CP – Comboios de Portugal, o STAD, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, sobre a situação laboral dos trabalhadores da empresa que presta serviços de limpeza.

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Governo teve “bom senso” ao não fixar data para 2% do PIB com defesa, diz Marcelo

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

O Presidente da República elogiou a posição de Montenegro, quando na reunião com Mark Rutte, disse que NATO sai reforçada por "haver crescimento económico" e "justiça social nos países" membros.

O Presidente da República considerou esta terça-feira que a visita do secretário-geral da NATO a Portugal “correu muitíssimo bem” e o Governo teve “bom senso” ao não fixar data para a antecipação dos 2% do PIB com defesa.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi interrogado se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não deveria ter estabelecido uma data ao anunciar que o Governo pretendia “antecipar ainda mais” o cumprimento dessa meta.

“Pois eu acho que teve bom senso, porque ele próprio explicou que tinha de compatibilizar [essa meta] com a gestão orçamental, para manter as contas certas, por um lado, e por outro lado, tinha de atender às necessidades sociais da sociedade portuguesa”, respondeu o chefe de Estado.

Na opinião do Presidente da República, “correu muitíssimo bem” a visita do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a Portugal, na segunda-feira: “Correu comigo. E sei que também correu com o senhor primeiro-ministro. Foi exatamente o mesmo tipo de conversa”.

Foi uma conversa fácil, não foi uma conversa difícil, foi uma conversa fácil, e em que eu pensei: ele saiu muito satisfeito do que ouviu em Portugal e nós ficámos satisfeitos com aquilo que ele disse em Portugal”, descreveu. Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, durante esta visita do secretário-geral da NATO, “Portugal esclareceu, através do senhor primeiro-ministro, que está a fazer tudo para atingir os 2% [do Produto Interno Bruto (PIB) de investimento em defesa], e o mais rápido possível”.

“Eu lembro-me de ter falado desse objetivo com o Presidente Trump no anterior mandato presidencial, e o Presidente Trump na altura aceitou as razões portuguesas na Cimeira da NATO que foi realizada logo a seguir em 2018″, referiu. O chefe de Estado sustentou que “Portugal é claro nisso, é claro no apoio à Ucrânia, é claro nos vários tipos de apoio, militar, humanitário, financeiro, é claro relativamente ao empenhamento na NATO, é claro na melhoria das capacidades na Marinha como na Força Aérea, como no Exército”.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou o contributo de Portugal “nas forças nacionais destacadas”, na Roménia, na Eslováquia, “o compromisso de continuar a haver ali naquela zona um reforço daquilo que é o empenhamento militar português”, e também “em várias missões internacionais em África”.

De acordo com o Presidente da República, Mark Rutte “teve de reconhecer que a NATO devia isso a Portugal”. Quanto ao investimento em defesa, no seu entender, o primeiro-ministro “disse uma coisa que é uma grande evidência: é que reforça a NATO o facto de haver crescimento económico e haver justiça social nos países que integram a NATO”.

“Porque, se não houver, aumentam os radicalismos, aumenta a contestação à NATO e à União Europeia e aumenta naturalmente a contestação à posição que tem sido a posição da larga coligação na Ucrânia”, argumentou.

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Portugal fora da lista de países com recolha de produtos por excesso de clorato, avança a Coca-Cola

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2025

O engarrafador europeu da Coca-Cola na Bélgica anunciou uma recolha em larga escala de produtos na Europa devido ao teor excessivo de clorato.

A Coca-Cola Europacific Partners (CCEP) reiterou esta terça-feira que a recolha em larga escala de produtos por teor excessivo de clorato está a ser feita apenas nos países europeus mencionados na segunda-feira, da qual Portugal está excluído.

“Esta foi uma ocorrência identificada e isolada, e como referido apenas afeta os países mencionados. Podemos confirmar que os produtos produzidos em Portugal não são afetados por esta situação”, apontou a CCEP, em resposta escrita à Lusa.

Na segunda-feira, o engarrafador europeu da Coca-Cola na Bélgica anunciou uma recolha em larga escala de produtos na Europa devido ao teor excessivo de clorato, que diz respeito a latas e garrafas de vidro de Coca-Cola, Sprite, Fanta, Fuze Tea, Minute Maid, Nalu, Royal Bliss e Trópico, que foram distribuídas na Bélgica, nos Países Baixos, no Reino Unido, na Alemanha, em França e no Luxemburgo, que estão em circulação desde o final de novembro.

Não temos um número exato, mas é evidente que estamos a falar de uma quantidade considerável”, disse à AFP a Coca-Cola Europacific Partners Belgium. “A maioria dos produtos não vendidos em causa já foram retirados das prateleiras das lojas e continuamos a tomar medidas para retirar do mercado todos os restantes produtos”, avançou a empresa.

O engarrafador, que apresentou as suas desculpas, pede que os produtos em causa não sejam consumidos e acrescentou que podem ser devolvidos ao ponto de venda para reembolso. “Na nossa unidade de produção em Gand, estamos a efetuar testes no âmbito dos nossos procedimentos de controlo e de conformidade regulamentar e estes testes identificaram níveis elevados de clorato”, explicou a empresa.

Num parecer científico de 2015, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos considerou que a exposição a longo prazo ao clorato nos alimentos poderia constituir um potencial problema de saúde para as crianças, em especial as que sofrem de deficiência de iodo ligeira a moderada.

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Inteligência Artificial no E-commerce: Estudo prevê impacto positivo de 31 mil milhões de dólares em 2025

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  • 28 Janeiro 2025

Personalização, eficiência e vendas potenciadas por tecnologia que promete revolucionar a experiência de compra online em 2025.

A Inteligência Artificial (IA) é uma das principais tendências para 2025 e está a afirmar-se como uma ferramenta essencial para o crescimento do e-commerce. Num cenário global em que se estima que 2,9 mil milhões de consumidores adquiram bens online — representando 36% da população mundial — a IA desempenha um papel fundamental, contribuindo em cerca de 31 mil milhões de dólares (1,1%) para o crescimento total do setor em 2025, de acordo com dados da Statista.

Inteligência Artificial no E-commerce: Estudo prevê impacto positivo de 31 mil milhões de dólares em 2025

Este impacto é explicado pela expansão do mercado global de IA, com estimativas a apontar para um valor de 244 mil milhões de dólares em 2025 e podendo atingir uns impressionantes 827 mil milhões até 2030. Este facto faz com que as tecnologias de Inteligência Artificial sejam um tema incontornável para empresas de todos os setores, em especial para o e-commerce.

Para Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi — plataforma de automação de marketing omnichannel e inteligência artificial — estas conclusões não surpreendem: “A utilização de inteligência artificial em e-commerces é uma mais-valia, pois a tecnologia permite impulsionar a relação com os clientes, aumentar o número de vendas e otimizar processos.”

O estudo da Statista reforça esta posição ao indicar que mais de 50% dos e-commerces já adotaram soluções baseadas em IA, sendo que 30% contam com uma integração total. Isto demonstra como a IA se está a tornar num fator de competitividade no setor.

Neste contexto, a E-goi demonstra o impacto positivo das soluções de IA nos e-commerces, com resultados de clientes que implementaram soluções nas suas lojas online:

  • A Salsa Jeans registou um aumento de 73% no ticket médio ao utilizar a ferramenta Send Time Optimization, uma funcionalidade que envia a mensagem para cada destinatário na melhor hora e no melhor dia.
  • Um retalhista de brinquedos na Península Ibérica obteve um aumento de 24% na taxa de conversão com campanhas baseadas em Next Best Offer (NBO), uma ferramenta de IA que analisa o comportamento do cliente para sugerir produtos/conteúdos relevantes, melhorando a experiência do utilizador.
  • Um e-commerce na América Latina registou um crescimento de 7% na taxa de cliques em campanhas personalizadas.

Estes casos exemplificam como a IA está a revolucionar o e-commerce, oferecendo ferramentas avançadas para otimizar vendas e o engagement do cliente, e evidenciam a importância de adotar soluções de inteligência artificial.

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