“Perdemos todos demasiado tempo a discutir garotices”, diz Miranda Sarmento

O ministro das Finanças defende que se perde demasiado tempo a "discutir garotices", referindo-se ao protesto realizado esta sexta-feira no Parlamento pelo Chega.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defende que se perde demasiado tempo a “discutir garotices”, referindo-se ao protesto realizado esta sexta-feira no Parlamento pelo Chega. Em entrevista à Sic Notícias, considera que se todos os partidos fizessem o mesmo, o Parlamento passava a ser uma espécie de Benetton com “não sei quantas cores”.

“Fui deputado na anterior legislatura e líder parlamentar, acho sinceramente que perdemos todos demasiado tempo, e o tempo é o recurso mais escasso que temos, a discutir garotices. […] Todos – os agentes políticos, comunicação social e comentadores –, perdemos demasiado tempo e fazemos o jogo daqueles que, não defendendo o Parlamento, usam o Parlamento para os seus ganhos políticos“, disse.

Sobre o Orçamento do Estado para 2025, que foi aprovado esta sexta-feira em votação final global, defende que “continua a ser um bom orçamento”, mas que é um orçamento que corresponsabiliza os dois maiores partidos da oposição: Partido Socialista e Chega.

“O País continua a ter um bom orçamento. Continua em grande medida a ser o orçamento do Governo, embora mil milhões de margem foram condicionados pela atuação da oposição. Porque, infelizmente, o PS com o apoio do Chega parecem, em muitos casos, parecer governar a partir do parlamento”, sublinhou.

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Marcelo homenageia Eanes “um sábio atento ao presente e ao futuro”

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O general Ramalho Eanes "denuncia o que se passa de errado, de frágil, de débil, no mundo, como em Portugal, na política, como nas Forças Armadas", mas num "apelo à esperança", diz Marcelo.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou esta sexta-feira homenagem a Ramalho Eanes, primeiro Presidente da República eleito em democracia, que qualificou como “um sábio atento ao presente e ao futuro”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na Culturgest, em Lisboa, na sessão de apresentação do livro “Ramalho Eanes – Palavra que conta”, da jornalista Fátima Campos Ferreira, editado pela Porto Editora, com prefácio da sua autoria. “Esta palavra conta, conta muito, porque vem de um sábio, de um sábio atento ao presente e ao futuro, que viveu aquilo de que fala e que continua a servir o país”, afirmou.

O chefe de Estado acrescentou que esta cerimónia acabou por ser “um agradecimento ao Presidente Ramalho Eanes, uma homenagem” ao general, assinalando que contou com as presenças de “outro antigo Presidente”, Aníbal Cavaco Silva, e de “responsáveis políticos atuais, e depois com muitas e muitos portugueses, que lhe estão muitíssimo gratos”.

Segundo o Presidente da República, na entrevista que serviu de base ao livro e posteriores conversas com Fátima Campos Ferreira, o general Ramalho Eanes “denuncia o que se passa de errado, de frágil, de débil, no mundo, como em Portugal, na política, como nas Forças Armadas”, mas num “apelo à esperança”.

“Foi esse sempre também o caminho que escolheu: oferecer aos portugueses, sempre, uma palavra de esperança. Mas a nossa História é isso, nós perdemos a independência, recuperámos, errámos, falhámos, e depois superámos. Que bom, senhor Presidente, termos a sua palavra que conta, a sua palavra realista, de denúncia, mas de esperança. Assim é mais fácil acreditar em Portugal”, considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que António Ramalho Eanes será homenageado “de forma muito intensa já no próximo mês de janeiro”, por ocasião do seu 90.º aniversário. Nesta sessão, que terminou com uma intervenção de Ramalho Eanes, estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo.

Além do antigo chefe de Estado Aníbal Cavaco Silva, marcaram também presença, entre outros, o antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Nascido em Alcains, Castelo Branco, em 25 de janeiro de 1935, o general Ramalho Eanes foi o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio universal em democracia, nas presidenciais de 1976, e cumpriu dois mandatos na chefia do Estado, até 1986. Como militar, participou na Guerra Colonial. Depois do 25 de Abril de 1974, foi o comandante operacional do 25 de Novembro de 1975, que marcou o fim do chamado Período Revolucionário em Curso (PREC), e chefiou o Estado-Maior do Exército.

Depois de deixar a Presidência da República, veio a liderar o Partido Renovador Democrático (PRD), força política que nasceu quando estava a terminar o seu segundo mandato, inspirada na sua figura, e que foi a terceira mais votada nas legislativas antecipadas de 1985.

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Fundo da Explorer notifica Concorrência sobre compra de hotéis no Douro

O fundo Explorer Hospitality Fund I, gerido pela Explorer Investments, notificou a Concorrência sobre a compra de dois hotéis no Douro: o Douro Palace e o Douro Royal Valley.

O Explorer Hospitality Fund I, um fundo de capital de risco criado para investimentos no setor da hospitalidade em Portugal gerido pela Explorer Investments, comprou dois hotéis no Douro – o Douro Palace e o Douro Royal Valley – detidos pela Joaquim, Afonso & Salvador – Empreendimentos Turísticos Lda.

“A operação notificada consiste na aquisição, pelo Explorer Hospitality Fund I, do controlo exclusivo da J. A. S. E. – Joaquim, Afonso & Salvador – Empreendimentos Turísticos Lda e, indiretamente, do “Douro Royal Valley Hotel & Spa” e do “Douro Palace Hotel Resort & SPA”, através de uma sociedade-veículo”, lê-se no site da Autoridade da Concorrência.

A sociedade Explorer Investments gere, segundo a sua página online, fundos com ativos líquidos na ordem 1.700 milhões de euros divididos em duas áreas de negócio: private equity e turismo.

Fundada em 2003, a sociedade é presidida por Elizabeth Rothfield depois da morte do outro fundador Rodrigo Guimarães.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 17 milhões de euros

  • ECO
  • 29 Novembro 2024

O prémio desta sexta-feira ronda os 17 milhões de euros, depois de ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Esta sexta-feira decorreu mais um sorteio do Euromilhões, com um primeiro prémio no valor de 17 milhões de euros. O valor do jackpot desceu depois de ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 29 de novembro :

Números: 8, 17, 18, 29 e 43

Estrelas: 5 e 9

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PS pede ao Governo que reconheça Palestina de imediato

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O projeto de resolução do PS é entregue no parlamento precisamente no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, sendo o primeiro subscritor o deputado e líder do PS.

O PS entregou esta sexta-feira no parlamento um projeto que pede ao Governo português que reconheça de imediato o Estado da Palestina para dar “um sinal claro” à comunidade internacional da urgência da solução de dois Estados.

O projeto de resolução do PS (sem força de lei), a que a agência Lusa teve acesso, é entregue no parlamento precisamente no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, que se assinala esta sexta, sendo o primeiro subscritor o deputado e líder do PS, Pedro Nuno Santos.

No texto da recomendação ao Governo liderado por Luís Montenegro para que “reconheça, de forma imediata, o Estado da Palestina”, o PS apontou que “ao longo da tragédia humanitária que ocorre desde 7 de outubro de 2023”, tornaram-se evidentes as “insanáveis divergências entre Estados Membros da União Europeia”, inviabilizando assim “uma posição comum”.

Este é, pois, o momento para que a República Portuguesa envie um sinal claro e inequívoco à comunidade internacional sobre a urgência da concretização plena da solução de dois Estados, reconhecendo a soberania e independência do Estado da Palestina, deixando de protelar a decisão quando já se verificou a impossibilidade de uma posição conjunta e consensual da União Europeia sobre esta matéria”, defenderam os socialistas.

O PS referiu que a Palestina é atualmente reconhecida “por 145 dos 193 países com lugar nas Nações Unidas”, entre os quais vários países da Europa e da União Europeia, destacando “a recente posição assumida pela Espanha, Noruega, Irlanda e Eslovénia”. “Este facto, a par com a evolução da trágica situação que se vive atualmente na Faixa de Gaza, cria um contexto para o reconhecimento imediato do Estado da Palestina, na lógica da solução dos dois estados”, justificou no mesmo texto.

Os socialistas recomendam assim ao executivo que “reconheça, de forma imediata, o Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967”, um reconhecimento “em conformidade com as resoluções relevantes adotadas pela Organização das Nações Unidas e a Autoridade Palestiniana como a legítima representante do Estado Palestiniano e a única entidade política interlocutora para as negociações”.

O PS quer ainda que o Governo aprofunde as relações diplomáticas com o Estado da Palestina, “mantendo como legítimo interlocutor a Autoridade Palestiniana e conferindo à Missão Diplomática da Palestina em Lisboa o estatuto de Embaixada”.

Em 4 de junho, no arranque de um comício em Guimarães para as eleições europeias, Pedro Nuno Santos tinha defendido que estava na altura de Portugal reconhecer “de imediato” o Estado da Palestina, considerando então que seria um “sinal político importante” e um contributo para a paz no Médio Oriente.

O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano é assinalado no dia 29 de novembro desde 1977. O dia foi definido assim porque nessa data, em 1947, foi aprovada a resolução 181, conhecida como a “resolução da partilha”.

Esta resolução previa a criação do Estado de Israel e do Estado da Palestina, com Jerusalém como “corpus separatum”, pelo que o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano é utilizado para recordar que a questão da Palestina continua por resolver, sem que se vislumbre uma solução política para resolver o conflito de acordo com a solução de dois Estados.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas. Após o ataque do Hamas, ocorrido a 7 de outubro de 2023, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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Zelensky aceitaria terminar guerra em troca de adesão à NATO

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O Presidente ucraniano está pronto para pôr fim à "fase quente da guerra" se o país aderisse à NATO mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios ocupados.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que está preparado para terminar a guerra na Ucrânia em troca da adesão à NATO, mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios apreendidos.

Em entrevista à estação televisiva britânica Sky News, o Presidente ucraniano explicou que a adesão à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) teria de ser oferecida às partes não-ocupadas do país para pôr fim à “fase quente da guerra”, desde que o próprio convite da NATO reconhecesse as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia.

Zelensky sugeriu que seria possível alcançar um acordo de cessar-fogo se o território ucraniano que Kiev controla fosse colocado “sob a alçada da NATO”, o que lhe permitiria negociar a devolução do restante território posteriormente, “de forma diplomática”.

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Concorrência dá ‘luz verde’ à aquisição do Colombo e Vasco da Gama pela Sonae Sierra

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Concorrência decidiu “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração” em causa, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva".

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à compra do controlo exclusivo das sociedades proprietárias dos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, pela Sonae Sierra, de acordo com informação divulgada esta sexta-feira no site do regulador.

O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência decidiu “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração” em causa, “uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”, lê-se na nota.

A AdC foi notificada, em 24 de outubro, da operação de concentração de empresas que consiste na aquisição, pela Sonae Sierra, indiretamente, através de participada, do controlo exclusivo sobre as sociedades Centro Colombo – Centro Comercial e Centro Vasco da Gama – Centro Comercial.

A Sonae Sierra é a holding de um grupo internacional cuja atividade tem a ver com o desenvolvimento, investimento e gestão de centros comerciais e outros ativos imobiliários destinados a atividades comerciais e ainda a prestação de serviços de investimento, desenvolvimento e gestão imobiliária.

É controlada em exclusivo pela Sonae SGPS, holding de um grupo que agrega um vasto conjunto de participações em empresas com atividades centradas, sobretudo nos negócios da distribuição de base alimentar e não-alimentar, na prestação de serviços financeiros a consumidores, no setor das telecomunicações e audiovisual, bem como tecnologias de informação e ‘software’.

No dia 08 de novembro, a AdC deu também ‘luz verde’ à compra do controlo exclusivo da sociedade proprietária do centro comercial NorteShopping, em Matosinhos, pela Sonae Sierra.

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REN paga dividendo de 6,4 cêntimos a partir de 20 de dezembro

  • ECO
  • 29 Novembro 2024

A partir de 18 de dezembro de 2024, "as ações representativas do capital social da REN admitidas à negociação na Euronext Lisbon serão transacionadas sem conferirem direito a dividendos".

A REN – Redes Energéticas Nacionais anunciou esta sexta-feira que irá distribuir um dividendo a partir de 20 de dezembro. O Conselho de Administração da REN “aprovou, no dia 28 de novembro de 2024, o pagamento de dividendos, a título de adiantamento sobre lucros, no valor de 0,064€ por ação”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão de Mercado e dos Valores Mobiliários.

Para uma pessoa singular, o dividendo líquido será de 4,6 cêntimos após a taxa de IRS de 28% e no caso de pessoa coletiva, o divdendo líquido será de 4,8 cêntimos.

A empresa informa ainda que o agente pagador é o Banco Santander Totta e a partir de 18 de dezembro de 2024, “as ações representativas do capital social da REN admitidas à negociação na Euronext Lisbon serão transacionadas sem conferirem direito a dividendos”.

Nos primeiros nove meses do ano, a REN lucrou 84,2 milhões de euros, menos 12,5% face ao período homólogo do ano passado.

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Bial vende distribuidora de medicamentos em Moçambique

"A alienação da atividade de importação e distribuição agora realizada e aprovada pelas autoridades não interfere com a comercialização dos medicamentos Bial" em Moçambique, assegura a empresa.

A empresa biofarmacêutica Bial alienou a sua operação de importação e distribuição de especialidades farmacêuticas com a venda da Medimport à CFAO Healthcare. Em comunicado, a empresa portuguesa explica que vai focar a sua atividade em Moçambique na comercialização de medicamentos.

“A alienação da atividade de importação e distribuição agora realizada e aprovada pelas autoridades não interfere com a comercialização dos medicamentos BIAL no mercado moçambicano“, refere a empresa.

Em comunicado, a Bial assegura que tem “plena confiança” na colaboração com a CFAO para garantir a disponibilidade da sua gama de produtos junto de todos os doentes e o apoio científico e médico aos profissionais de saúde moçambicanos.

“Considerando a aposta estratégia da empresa na Investigação e Desenvolvimento na área das neurociências e doenças raras, o grupo entendeu alienar uma operação que estava desligada do seu core business, sublinham.

Constituída em 1998, a Medimport atuava como distribuidora de medicamentos no mercado moçambicano, uma atividade que o grupo Bial mantinha apenas neste país. Já a CFAO Healthcare é uma das principais empresas de logística farmacêuticas, com especial incidência no continente africano, contando com mais de 3800 trabalhadores e com uma presença em mais de 28 países em África.

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📈 Novembro catapulta Wall Street e bitcoin para máximos e põe euro em apuros

Eleição de Trump e o adensar da incerteza económica e política na Zona Euro marcaram o ritmo dos mercados no último mês. Wall Street e bitcoin ganharam, euro e França saíram penalizados.

Novembro foi um mês particularmente agitado nos mercados financeiros. A vitória de Trump agitou os ativos de maior risco, como as ações (em especial as americanas) e também as criptomoedas (em especial a bitcoin). Mas o adensar da incerteza económica e política na Zona Euro também contribuiu para mexer sobretudo com o euro e os juros franceses.

EDP Renováveis corrige e penaliza PSI

Por cá, o principal índice bolsista português não acompanhou o maior apetite dos investidores pelo risco, com o PSI a cair 1,75% no acumulado do mês. A bolsa nacional foi particularmente afetada pelas correções da EDP e da EDP Renováveis, que afundaram 5% e 10%, respetivamente, pela exposição ao mercado americano onde o regresso de Trump à Casa Branca pode trazer amargos de boca.

Bolsa perde

Fonte: Refinitiv

Wall Street regista melhor mês do ano

A vitória de Trump nas eleições de 5 de novembro contagiou as bolsas do outro lado do Atlântico. O índice S&P 500 acumulou um ganho de 5,6% em novembro, no que foi o melhor mês do ano.

S&P 500 animado

Fonte: Refinitiv

Euro tem pior mês em dois anos e meio

A eleição de Trump deu força ao dólar, mas os sinais poucos positivos da Zona Euro também ajudaram a moeda única a registar o pior mês em dois anos e meio contra a nota verde. O euro desvalorizou 3,1% face ao dólar e muitos analistas admitem um cenário de paridade entre as duas moedas – algo que aconteceu com pouca frequência no passado.

Moeda única em apuros

Fonte: Refinitiv

Bitcoin celebra máximos com Trump

Trump prometeu uma agenda política mais favorável para as criptomoedas e mesmo antes de tomar posse alguns sinais apontam nesse sentido. A sua empresa de tecnologia avançou para a compra de uma plataforma de negociação destes ativos digitais. E o presidente da Securities Comission Exchange (SEC), um dos grandes inimigos das criptomoedas, decidiu afastar-se do cargo (assim que Trump tomar posse). A bitcoin acumula um ganho de 40% este mês e vai a caminho do melhor desempenho mensal desde outubro de 2021, e está a namorar os 100 mil dólares.

Bitcoin perto dos 100 mil

Fonte: Refinitiv

Incerteza condiciona juros franceses

Em França, o impasse em torno do Orçamento do Estado para 2025 está a pesar no sentimento dos investidores em relação à dívida gaulesa. O governo de Michel Barnier tarda em encontrar um entendimento com a oposição. A yield das obrigações francesas a 10 anos já igualou a taxa grega, o que não acontecia desde 2008.

Gregos já olham franceses de lado

Fonte: Refinitiv

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Meo confirma aumento dos preços em 2025, depois de Nos ter desistido da atualização anual

Mesmo depois de a Nos ter anunciado que não atualizará os seus preços próximo no ano, fonte oficial da Altice Portugal garante que o aumento mínimo de 50 cêntimos em janeiro é para manter.

A Altice Portugal, dona da Meo, vai mesmo aumentar preços em janeiro de 2025, mesmo depois de a concorrente Nos ter decidido manter as tarifas no ano que vem, confirmou fonte oficial ao ECO.

“A Altice Portugal vai proceder à atualização de preços em 2025, conforme contratualmente previsto e já divulgado, com exceção dos serviços da marca digital Uzo e da marca para o segmento jovem, Moche, que não vão ser atualizados”, respondeu a empresa.

Esta sexta-feira, a Nos anunciou ao mercado que “não vai aumentar os seus preços em 2025”. Fonte oficial da operadora disse à Lusa que a decisão “é transversal a todos os serviços e tarifários de telecomunicações”.

Será a primeira vez em vários anos que as três principais operadoras vão seguir estratégias diferentes quanto à atualização anual prevista nos contratos, à taxa de inflação do ano anterior. No caso da Meo, a empresa prevê também um aumento mínimo de 50 cêntimos em cada ano civil.

O ECO também questionou a Vodafone Portugal, mas fonte oficial respondeu apenas: “A esta data ainda não nos é possível antecipar eventuais atualizações de preços.”

Este final de ano ficou marcado pela entrada no mercado de um novo operador, a Digi, com fibra e rede móvel, mas cobertura limitada. No entanto, a empresa só pratica períodos de fidelização de três meses, apenas no serviço fixo, e tem preços que são mais baixos do que os que eram praticados até aqui no mercado.

Em resposta, as três operadoras incumbentes têm adotado políticas comerciais com preços mais agressivos, mas apenas nas suas marcas low-cost, Uzo (Meo), Woo (Nos) e Amigo (Vodafone).

Só que, também aqui, a estratégia tem sido diferente. Das três, a Uzo é a única que escolheu praticar fidelizações de seis meses, apesar de as duas concorrentes, Woo e Amigo, terem igualado a Digi nos três meses de fidelização.

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Marine Le Pen faz ultimato a Barnier para salvar Governo de coligação

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Le Pen quer agora que o primeiro-ministro desista de congelar por seis meses a subida das pensões de 2025 e deixe de subsidiar uma série de medicamentos.

A contagem decrescente para salvar o executivo francês acelerou esta sexta-feira, com o ultimato da líder da extrema-direita, Marine Le Pen – de cujos votos a sobrevivência governamental depende –, ao primeiro-ministro francês, Michel Barnier. “Tomou medidas, mas não é suficiente. Tem até segunda-feira”, publicou nas redes sociais Marine Le Pen, que se tornou o fiel da balança política em França, graças aos seus 140 deputados, de que o Governo precisa para resistir.

Foi esta a reação às medidas adotadas na quinta-feira pelo primeiro-ministro, que deu resposta positiva a algumas das “linhas vermelhas” que a extrema-direita tinha definido, como desistir de resgatar um imposto sobre a eletricidade e cortar a ajuda médica aos imigrantes ilegais.

Com esta última decisão, Barnier atirou-se para os braços da extrema-direita, deitando quase por completo por terra qualquer outra equação parlamentar. Mais concretamente, a de convencer os socialistas a romperem com o bloco de esquerda, para a qual tinha apelado, perante a difícil situação financeira que o país atravessa.

Michel Barnier procura a fórmula que lhe permita levar por diante as finanças do país sem ter uma maioria e, apesar de todos os líderes parlamentares terem passado pelo seu gabinete, parece estar a ouvir apenas os da extrema-direita, tendo sido sensível às suas exigências de não agravar a tributação das empresas e de reduzir ao máximo as subidas de impostos.

Mas continua a não ter o “sim” de Marine Le Pen, que parece ser a única garantia de continuidade de um Governo em funções desde setembro, numa Assembleia Nacional dividida em três blocos irreconciliáveis. A líder da extrema-direita viu um filão na debilidade do executivo e quer tirar mais proveito dela. Vende como triunfos as concessões que obteve e que vão agradar ao seu eleitorado, tanto às classes trabalhadoras, que verão as suas faturas de eletricidade baixar mais que o previsto, como às bases mais tradicionais, satisfeitas com a redução da ajuda aos imigrantes.

Os novos cavalos de batalha de Le Pen passam agora pela desistência de congelar por seis meses a subida das pensões de 2025 e em deixar de subsidiar uma série de medicamentos. Le Pen sabe que todas essas “linhas vermelhas” têm um preço e, com o objetivo de tornar um dia o seu partido, União Nacional, uma força governamental, garante que serão necessários mais cortes para financiá-las.

Como princípio geral, aponta duas fontes: a redução da ajuda aos imigrantes e a diminuição da contribuição da França para a União Europeia. Mas, numa entrevista ao diário francês Le Monde, deixa outras pistas, como o aumento do imposto sobre as transações financeiras ou do imposto sobre a compra de ações.

“Eles só querem aumentar os impostos ou baixar as prestações sociais”, afirma o líder da extrema-direita, que continua a considerar que o orçamento do Governo é mau. A esperança de Barnier é que, mesmo que não o apoie, a extrema-direita desista de fazer cair o Governo. O primeiro-ministro poderia então fazer passar o orçamento sem votação parlamentar, através de um mecanismo constitucional que lhe permite fazê-lo, mas que o expõe a uma moção de censura.

Ao mesmo tempo, o chefe do Governo e a líder da extrema-direita entraram num confronto mais simbólico: Barnier recusa-se a que as suas últimas alterações orçamentais sejam uma concessão a Le Pen, o que enfurece a finalista das duas últimas eleições presidenciais francesas. “Querem os nossos votos, mas não as nossas caras, há 40 anos que assisto a isso”, disse ao Le Monde, recordando que o seu partido, com 11 milhões de votos, foi o mais votado nas eleições legislativas de julho.

Barnier, que prosseguiu a sua agenda oficial, que incluía uma visita a Limoges, preferiu não entrar em confronto direto e, fiel ao seu estilo de negociação paciente, moderou os ânimos e garantiu que não se sentia pressionado por um ultimato. “Estamos numa abordagem de respeito e de diálogo”, limitou-se a dizer, enquanto as suas equipas multiplicam os contactos para desbloquear a situação e prolongar a sobrevivência do executivo.

De quem ele sabe que não pode esperar muito é da esquerda, cujo líder, Jean-Luc Mélenchon, o acusou de fazer um pacto com a extrema-direita, augurou que o seu Governo tem os dias contados e pediu a demissão do Presidente da República, Emmanuel Macron.

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