Finanças e Presidência partilham tutela da Função Pública

A lei orgânica do Governo estabelece que a Administração Pública passa a estar sob a alçada de dois ministérios. Negociações salariais e de carreiras serão lideradas por Joaquim Miranda Sarmento.

Pela primeira vez, a Administração Pública terá uma tutela partilhada entre as Finanças e Presidência, segundo a lei orgânica do Governo de Luís Montenegro, publicada esta sexta-feira em Diário da República. As negociações salariais e de carreiras com os sindicatos serão coordenadas pelo ministério de Joaquim Miranda Sarmento. Já a gestão dos serviços centrais do Estado, como a comissão de recrutamento, ou a qualificação do emprego público ficam sob a alçada de António Leitão Amaro.

“Não há memória de uma tutela mista ou partilhada, pelo menos formal”, indica ao ECO o coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), Sebastião Santana. O secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins (FESAP), José Abraão, teme “alguma desarticulação ou entropia”.

Mas Maria Helena Rodrigues, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), olha com naturalidade para esta partilha de responsabilidades, assinalando que, “mesmo quando a Função Pública estava exclusivamente no Ministério da Presidência ou no Ministério da Administração Pública, havia sempre um representante do gabinete do ministro das Finanças presente nas reuniões com os sindicatos”.

Joaquim Miranda Sarmento, presidente do Conselho Estratégico Nacional e Coordenador das Finanças Públicas do PSD, em entrevista ao ECO - 10JAN22
Joaquim Miranda Sarmento, ministro das FinançasHugo Amaral/ECO

Tradicionalmente, a Administração Pública está sob a coordenação das Finanças, mas os dois últimos Governos de António Costa mudaram a tutela, primeiro, para o Ministério da Administração Pública, liderado por Alexandra Leitão, e depois para o Ministério da Presidência, com Mariana Vieira da Silva aos comandos.

A nova lei orgânica do atual Executivo introduziu assim uma inovação na gestão partilhada desta área. “O Ministério das Finanças é o departamento governamental que tem por missão formular, conduzir, executar e avaliar a política financeira do Estado, promovendo a gestão racional dos recursos públicos, o aumento da eficiência e a equidade na sua obtenção e gestão, bem como políticas para a Administração Pública e o emprego público“, segundo o documento.

Assim, será sob a tutela das Finanças que serão negociadas e aprovadas propostas para aumentos salariais, progressões e revisão ou criação de carreiras dos funcionários públicos. Não é por acaso que este ministério tem uma secretaria de Estado da Administração Pública, liderada por Marisa Garrido.

Sob a sua dependência está a “Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, em coordenação com o ministro da Presidência, relativamente à organização, funcionamento e gestão dos serviços públicos e das estruturas, organismos e unidades da administração central e à qualificação, valorização e avaliação dos respetivos recursos humanos”. A ADSE – Instituto de Proteção e Assistência na Doença mantém-se, tal como nos Governos anteriores, no Ministério das Finanças.

António Leitão Amaro, Vice-Presidente do PSD, em entrevista ao ECO - 11ABR23
António Leitão Amaro, ministro da PresidênciaHugo Amaral/ECO

No que diz respeito às competências de António Leitão Amaro, o novo regime de organização e funcionamento do Governo determina que “o ministro da Presidência conduz e avalia políticas da Administração Pública, designadamente em matéria de organização e do funcionamento dos serviços públicos, de alterações nos processos e procedimentos administrativos e na qualificação do emprego público, em coordenação com o ministro de Estado e das Finanças“.

“O ministro da Presidência exerce o poder de direção sobre o Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública (PlanAPP), em coordenação com o Ministro Adjunto e da Coesão Territorial no que respeita aos instrumentos relativos aos fundos europeus e ao planeamento regional e local”, segundo o diploma.

Leitão Amaro, que foi secretário de Estado da Administração Local, no Governo de Passos Coelho, tutela ainda o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Instituto Nacional de Administração (INA), em coordenação com o ministro de Estado e das Finanças, e a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

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Aguardar pelo TdC para saber valor dos imóveis da Santa Casa “teria consequências graves”, diz responsável financeira

Ao ECO, Teresa do Passo contesta a posição defendida pela ex-vice-provedora sobre a reavaliação dos imóveis da Santa Casa, indicando que a matéria foi "longamente, estudada, debatida e fundamentada".

A vogal e responsável pelo pelouro financeiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) garante que os critérios utilizados para efeitos de reavaliação dos imóveis da instituição, que ditaram perdas de 57,9 milhões de euros, foram justificados e fundamentados “até à exaustão”. Ao ECO, Teresa do Passo defende ainda que esperar pela decisão do Tribunal de Contas (TdC), que está a avaliar a questão, “seria uma irresponsabilidade” e “teria consequências graves” para a Santa Casa.

Os auditores externos contratados pela atual administração da SCML, na sequência do pedido de auditoria às contas de 2021 e 2022 da anterior ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, “entenderam que os critérios de determinação do Justo Valor, utilizados pelos avaliadores e defendidos pela sra. vice-provedora, não respeitavam integralmente as normas aplicáveis”, afirma Teresa do Passo, em resposta por escrito a questões colocadas pelo ECO.

A vogal da Santa Casa e responsável pelo pelouro financeiro indica ainda que o anterior método, que era utilizado pelo menos desde 2014, “resultou numa enorme sobrevalorização do património imobiliário e, portanto, dos resultados apurados”.

Os critérios utilizados para efeitos de registo contabilístico das propriedades arrendadas foram, aliás, um dos motivos de “grande debate interno” da atual mesa da SCML, tendo existido “duas correntes diferentes”. Os auditores não gostaram de ser colocados em causa e chegaram a ameaçar não certificar as contas, sabe o ECO. As divergências levaram, inclusivamente, a ex-vice-provedora Ana Vitória Azevedo e responsável pelo pelouro do património a questionar o método utilizado e a pedir uma avaliação ao Tribunal de Contas, que poderá obrigar a um novo ajuste das contas.

Método foi estudado e debatido “até à exaustão”

A ex-vice-provedora, Ana Vitória Azevedo, em declarações ao ECO, reiterou as críticas que tinham feito na audição no Parlamento, adiantando que os revisores oficiais de contas “deitaram por terra as avaliações feitas por avaliadores independentes” e certificados pela CMVM, de forma “completamente administrativa e oficiosa”, o que “resultou numa subavaliação do património” da Santa Casa.

Já a vogal e responsável pelo pelouro financeiro da Santa Casa, Teresa do Passo, garante, ao ECO, que esta foi uma matéria “longamente, estudada, debatida e fundamentada com base na regulamentação nacional aplicável” e que os auditores da Santa Casa “justificaram e fundamentaram pedagogicamente, até à exaustão, por escrito e em múltiplas reuniões, os métodos que deveriam ser utilizados na determinação do Justo Valor dos imóveis“.

Neste contexto, e dado que “se trata de uma matéria, sobretudo, das áreas de competência dos auditores”, a metodologia “defendida pelos auditores mereceu o acordo da Direção Financeira, da signatária (administradora com a área financeira) e foi aprovada por todos os membros da mesa, incluindo a sra. vice-provedora”, acrescenta Teresa do Passo.

No entanto, a ata da reunião extraordinária da mesa da SCML, que ocorreu a 23 de novembro de 2023, tendo em vista aprovar o Plano de Atividades e Orçamento da instituição para 2024, contraria esta indicação. No documento a que o ECO teve acesso, está explicito que Ana Vitória Azevedo — que se demitiu no final de março, ainda antes da exoneração decidida pelo Governo, por divergências com a restante mesa da SCML –deu “luz verde” ao plano, com exceção das questões relativas aos critérios adotados na reavaliação dos imóveis, decorrente da revisão dos relatórios e contas de 2021 e 2022. Esta garantia já tinha sido dada pela própria ex-vice-provedora, ao ECO, ao referir que tinha deixado isso expresso numa declaração de voto, aquando da aprovação da revisão de contas.

Voltar ao método anterior é “probabilidade mínima”, diz Teresa do Passo

Esta divergência está agora nas mãos do Tribunal de Contas. Ao ECO fonte oficial da entidade liderada por José Tavares, diz apenas que “está inscrita no Programa de Fiscalização do Tribunal de Contas” para este ano “uma ação de controlo à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), a qual se encontra em curso, tendo natureza reservada até à aprovação do respetivo relatório de auditoria”.

A revisão originou uma redução “significativa” de 57,9 milhões de euros no valor dos imóveis arrendados, dos quais 13,4 milhões, em 2022, e 44,5 milhões, em 2021 (4,4 milhões desse ano e 40,1 de anos anteriores), segundo consta nos novos relatórios publicados.

Acho que teria sido prudente, em vez de fazer um alarme dizendo que houve uma sobrevalorização do património, e tendo em conta que havia esta divergência interpretativa, esperar para verificar qual era a interpretação correta.

Ana Vitória Azevedo

Ex-vice-provedora da Santa Casa

De acordo com o novo relatório, feito na sequência da auditoria pedida pelo anterior Executivo, o resultado líquido positivo de 10,9 milhões de euros da Santa Casa passou para um prejuízo de 12,4 milhões, enquanto os resultados de 2021 sofreram um ajustamento de 20,1 milhões para 39,8 milhões de prejuízos.

Caso o Tribunal de Contas venha a considerar que o anterior método de avaliação estava correto e não o usado pelos auditores, as contas poderão ter de ser novamente corrigidas. No limite, poderiam ser revertidas as perdas estimadas de 57,9 milhões em 2021 e 2022. A confirmar-se, os resultados líquidos da Santa Casa passariam a ser positivos.

Face à “divergência interpretativa” Ana Vitória Azevedo defendeu que “teria sido prudente” pela decisão do TdC, acusando ainda a restante administração de ter pintado um “quadro ainda pior” das contas da Santa Casa “do que aquele que eventualmente existirá”.

Foi entendido pela mesa, e bem, que a questão levantada pela sra. vice-provedora, por falta de razões técnicas atendíveis, não justificava minimamente um adiamento sine die, o que, aliás, teria consequências graves para a SCML, uma vez que não se poderiam encerrar as contas de 2021, 2022 e 2023. Seria uma irresponsabilidade.

Teresa do Passo

Vogal e responsável pelo pelouro financeiro da Santa Casa

Mas, a mesa entendeu que a questão levantada pela ex-vice-provedora “por falta de razões técnicas atendíveis, não justificava minimamente um adiamento sine die, o que, aliás, teria consequências graves para a SCML”, riposta a vogal e responsável pelo pelouro financeiro, sinalizando que “as contas de 2021 e 2022, devidamente auditadas, foram aprovadas pela mesa (por unanimidade)” e que foram “homologadas pela tutela e enviadas para o Tribunal de Contas”. “Seria uma irresponsabilidade“, atira Teresa do Passo.

E se o tribunal vier a considerar que o anterior método é que é o válido? “Trata-se de uma hipótese com uma probabilidade de ocorrência mínima“, defende a vogal, sublinhando, no entanto, que se assim for, dever-se-á respeitar a orientação e proceder “às alterações necessárias”.

Contudo, lembra que as “alterações (para mais ou para menos) do Justo Valor dos imóveis, por não gerarem cash-flow, apenas determinam o valor do ativo e dos resultados, sem afetar a execução orçamental e de tesouraria, nem a situação ou a solvabilidade financeira” da instituição. Ou seja, mesmo que os resultados financeiros fiquem positivos, as dificuldades de pagamentos de salários e a fornecedores não desaparecem. “Pode até conduzir a erros de perceção da realidade da sua sustentabilidade económica e financeira, o que já poderá ter acontecido”, acrescenta.

Depois das audições do ex-provedor, Edmundo Martinho, e da ex-vice-provedora da Santa Casa, do ex-secretário da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e dos ex-administradores da Santa Casa Global Ricardo Gonçalves e Francisco Pessoa e Costa, a ronda de audições “urgentes” a um conjunto de personalidades ligadas à atual e anterior gestão da Santa Casa continuam esta semana, nomeadamente com a provedora Ana Jorge, a anterior ministra da tutela, Ana Mendes Godinho, e a atual ministra, Maria do Rosário Ramalho, na sequência dos apresentados pelo PS, Chega e Iniciativa Liberal.

A audição da vogal e responsável pelo pelouro financeiro da Santa Casa não está prevista, mas, ao ECO, Teresa do Passo manifesta-se disponível para prestar declarações, caso os deputados venham a entender que os seus “esclarecimentos podem ter alguma utilidade”.

O Governo decidiu exonerar toda a mesa da SCML, incluindo a provedora Ana Jorge, acusando a administração de ser “incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição” e de “atuações gravemente negligentes”, que poderão comprometer a “curto prazo” a “fundamental tarefa de ação social que lhe compete”. Ainda assim, a provedora, que herdou uma instituição em graves dificuldades financeiras, cuja debilidade financeira coincidiu com os anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, vai-se manter em gestão corrente até ser nomeada nova equipa.

Posteriormente, numa carta enviada aos trabalhadores, Ana Jorge, que tinha assumido funções há cerca de um ano, denunciou a forma “rude e caluniosa” com que foi justificada a sua exoneração. O Governo ainda não anunciou o sucessor de Ana Jorge e da restante mesa. Mas, na semana passada, em entrevista à RTP, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indicou que o Executivo procura um perfil “financeiro” e que a cor política não é critério de escolha.

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A Universidade Alfonso X el Sabio e a IBM assinam um acordo para promover as competências tecnológicas, a inovação e o empreendedorismo

  • Servimedia
  • 13 Maio 2024

O acordo permitirá aos estudantes da Faculdade de Ciências da Empresa e Tecnologia complementar a sua formação em competências tecnológicas e digitais com um dos líderes mundiais em tecnologias.

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) e a IBM reforçaram a sua colaboração com a assinatura de um acordo destinado a promover a educação em competências tecnológicas e competências digitais, inovação e empreendedorismo, para o qual serão organizadas atividades, eventos e programas específicos.

A IBM, que foi uma das 50 empresas que colaboraram ativamente com a sua visão na definição da proposta de valor da pioneira Business & Tech Faculty da UAX, contribui assim para o modelo educativo desta universidade, apoiando os seus objetivos. Por seu lado, a Universidade Alfonso X El Sabio conecta as necessidades de talento da IBM com a sua formação, proporcionando aos estudantes experiências que melhoram a sua empregabilidade em empresas tecnológicas líderes.

Este acordo permitirá aos alunos e professores da UAX participar em programas educativos da IBM para contribuir para a sua formação em competências tecnológicas como a Inteligência Artificial, a Cloud, a Cibersegurança ou a Computação Quântica, um segmento que renderá 22.000 milhões de dólares em 2032 e no qual a empresa é líder. Tudo isto servirá para enriquecer a formação e gerar talentos a partir de qualificações com uma formação quântica, como a Licenciatura em Física.

Para além disso, alargará a formação noutras competências tecnológicas mais procuradas pelas empresas como Data Science, Cloud Computing ou Automação, um complemento exclusivo a outras licenciaturas da UAX como Engenharia Matemática, Engenharia Informática ou a Licenciatura em Inteligência Artificial e Computação. Paralelamente, profissionais e especialistas da IBM partilharão os seus conhecimentos e experiências com os alunos de todas as licenciaturas de Business & Tech.

A assinatura do acordo foi acompanhada de uma primeira atividade dirigida aos seus alunos, que consistiu numa masterclass ministrada no campus da UAX Madrid Chamberí, na Calle Arapiles, 13, intitulada “O que procuram as empresas na IA generativa”. A palestra foi dada por María Borbonés, Diretora de Engenharia de Clientes e Arquiteta de Soluções da IBM. Este encontro inaugura uma nova etapa na relação entre as duas instituições que ampliará significativamente os benefícios para a formação de estudantes e a geração de talentos com competências-chave em tecnologia e negócios.

Para José António Marcos, Vice-Reitor da Faculdade de Gestão e Tecnologia da UAX, “a assinatura deste novo acordo representa um marco no nosso compromisso de formar os nossos alunos para terem sucesso num mundo tecnológico em constante evolução. Ao colaborar com uma empresa líder em tecnologia como a IBM, podemos oferecer experiências de aprendizagem enriquecedoras que dotam os nossos alunos de competências e capacidades para aplicar a tecnologia de forma significativa e ética. Esta abordagem não só reforça a sua empregabilidade, como também os ajuda a encontrar o seu objetivo e a compreender como podem contribuir para causar um impacto positivo nas empresas e na sociedade”.

Nas palavras de Pilar Villacorta, Diretora do Setor Académico da IBM para Espanha, Portugal, Grécia e Israel, “hoje em dia, ninguém duvida que a transformação digital se tornou um elemento prioritário fundamental para o sucesso e a competitividade das organizações e um elemento crítico nas universidades e na educação. A Inteligência Artificial e os novos modelos de computação, para citar alguns, abrem oportunidades e desafios para as empresas, bem como uma série de novas oportunidades de emprego que os estudantes devem conhecer para estarem melhor preparados para o mundo do trabalho. O acordo que estamos a assinar hoje com a Universidade Alfonso X El Sabio é um passo natural no apoio à integração da transformação digital na esfera educativa, contribuindo para a educação e a empregabilidade”.

Este acordo de colaboração junta-se a outros que a UAX assinou recentemente com outras empresas e instituições, como a Avanade.

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Aumento 15% seguro habitação deverá afetar 320 mil americanos

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2024

Em Estados com maior risco de desastre climático, há seguradoras que continuam a oferecer prémios mais baratos, se os clientes tomarem ações preventivas para proteger a sua habitação.

Aceder a seguros para Habitação está a tornar-se cada vez mais difícil para milhões de americanos, principalmente aqueles que moram em zonas com maior risco de ocorrer um desastre natural. Segundo a CBS, seguradoras como a Allstate e a State Farm deixaram de renovar apólices na Califórnia e Florida devido ao aumento da frequência de desastres naturais, como inundações e tempestades.

As seguradoras justificam os aumentos pelo aumento da probabilidade de danos extremos provocados por tempestades, inundações e incêndios, o que mais caro segurar os residentes.

Por outro lado, as seguradoras que continuam a cobrir essas zonas optam por aumentar os prémios. Como é o caso da Travelers Insurance, que teve autorização pelos reguladores na semana passada de aumentar os prémios em 15% na Califórnia medida que irá impactar mais de 320 mil residentes, de acordo com documentos que a empresa apresentou aos reguladores, citados pela CBS. “Os ajustamentos aprovados às nossas taxas de seguro de habitação na Califórnia são um passo necessário para alinhar os preços com os riscos que os nossos clientes enfrentam”, disse a empresa à CBS MoneyWatch.

Importa salientar que há seguradoras que continuam a oferecer prémios mais baratos em Estados com maior risco de desastre climático, caso os clientes tomarem ações preventivas para proteger a sua habitação de desastres naturais.

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FMI em Angola para avaliar riscos da dívida

  • Lusa
  • 12 Maio 2024

Uma missão do FMI conclui esta semana uma visita de avaliação pós-financiamento a Angola para monitorizar a capacidade de reembolso da dívida e eventuais riscos que afetem este compromisso.

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) conclui esta semana uma visita de avaliação pós-financiamento a Angola para monitorizar a capacidade de reembolso da dívida e eventuais riscos que afetem este compromisso. Segundo um comunicado do Ministério das Finanças, a missão chefiada pelo Director Assistente do Departamento Africano, Amadou Sy, decorre de 7 a 17 de maio, no âmbito da vigilância económica de Avaliação Pós-Financiamento PFA (sigla inglesa para Post Financing Assessment).

Da agenda da delegação constam encontros com os ministros de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, das Finanças, Vera Daves de Sousa, do Planeamento, Vítor Hugo Guilherme, da Indústria e Comércio, Rui Miguêns, e ainda com o governador e o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA) Manuel Tiago Dias e Pedro Silva, respetivamente.

Em cima da mesa vão estar temas como as perspetivas económicas e orçamentais, medidas de contingência, políticas monetária e cambial, previsões do setor petrolífero, perspetivas da dívida e políticas de diversificação da economia, entre outros.

O Programa de Financiamento Ampliado (EFF) foi aprovado em 07 de dezembro de 2018, com um empréstimo de 3,7 mil milhões dólares (3,43 mil milhões de euros), montante que passou para 4,5 mil milhões de dólares (4,18 mil milhões de euros), na terceira avaliação, a pedido das autoridades angolanas, para apoiar as reformas macroeconómicas e mitigar o impacto da pandemia da covid-19.

Angola concluiu em dezembro de 2021 a sexta e última avaliação do Programa de financiamento Ampliado, Extended Fund Facility (EFF), que durou três anos e que teve um desembolso total de 4,5 mil milhões de dólares.

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Governo põe em causa venda de seguros pelos bancos

No programa Construir Portugal, o Executivo volta a colocar em causa a venda de seguros relacionados com o crédito à habitação através dos bancos que o concedem. Os mediadores de seguros agradecem.

O programa Construir Portugal, apresentado pelo Governo na passada sexta-feira, reabre a possibilidade de os mediadores de seguros disputarem um mercado de quase 900 milhões de euros – em prémios anuais relacionados com a habitação -, até agora solidamente nas mãos dos bancos.

No ponto 17, o plano governamental refere a possibilidade de “constituir um ou mais contratos de seguro através de um prestador que não seja o da preferência do mutuante” de forma a “promover uma saudável concorrência do mercado”. É o retomar de uma proposta do PSD por altura do Orçamento do Estado de 2024, reforçado na proposta eleitoral da Aliança Democrática (AD) e que o programa do Governo tinha deixado cair. Visava terminar com os privilégios concorrenciais dos bancos ao atribuírem benefícios acrescidos se os clientes de créditos à habitação optarem pelos seguros recomendados por esses bancos.

O presidente da APROSE, associação que junta os mediadores e corretores portugueses, tinha louvado a vontade política do PSD, entretanto chumbada no Parlamento. Segundo David Pereira, “o Partido Socialista, no uso da maioria absoluta, bloqueou uma proposta do PSD em claro benefício e proteção da banca em detrimento das famílias portuguesas, numa medida com um impacto anual positivo de mais de 300 milhões de euros, por ano, até ao fim da vida dos empréstimos”.

Embora legalmente exista liberdade de contratação dos seguros associados aos créditos à habitação, como os seguros de vida risco e os multirriscos habitação, o facto é que quem pede crédito é normalmente aconselhado a seguir a sugestão do banco que o concede a troco de uma redução do spread. Para o PSD, segundo expôs no final do ano passado, da escolha da seguradora “não pode resultar qualquer penalização para o consumidor, não podendo o mutuante exigir o cumprimento de qualquer condição adicional para manutenção das condições do mútuo, nem agravar essas condições, através de taxas, comissões, spread, ou qualquer outra forma”.

Já para o PS, afirmou o deputado Miguel Costa Matos na Congresso da APROSE, o problema está em que os bancos – ao reduzirem o spread aplicado ao empréstimo – não penalizam o devedor, apenas o beneficiam caso adquira outros produtos ou serviços bancários. Em resumo, é uma estratégia comercial própria de um ambiente concorrencial.

Para as seguradoras, vender seguros através dos bancos ou através de outros canais de distribuição – em que os agentes de seguros são a principal força – não faz grande diferença. As comissões por vendas que pagam aos agentes também pagam aos bancos.

para os mediadores de seguros, este tema é muito relevante. No caso dos seguros de Vida de puro risco – os que só indemnizam em caso de morte ou invalidez -, a receita de prémios foi 803 milhões de euros em 2023, dos quais 587 milhões (73%) foram vendidos através de bancos. Nos seguros multirriscos habitação, a venda através de bancos é menor, mas ainda assim significativa. Dos 711 milhões de prémios cobrados em 2023, 300 milhões (42%) foram emitidos por solicitação de bancos que atuam como agentes. Embora nem todo o montante esteja relacionado com habitação, no seu conjunto são perto de 900 milhões de euros por ano de seguros que podem vir a ser disputados aos bancos pelos mediadores.

Neste momento já muitos mediadores de seguros estão a apostar em propor aos clientes de crédito à habitação dos bancos mudarem os seus seguros, oferecendo condições melhores e assegurando um rápido retorno dos custos que a mudança poderá implicar. A maior agente de seguros – a April Portugal – apresenta-se mesmo como especializada em seguros de crédito à habitação, conseguiu comissões de 6,58 milhões de euros em comissões e coloca 84% do seus seguros na Axeria Prevoyance, uma seguradora com sede em França.

As maiores seguradoras neste tipo de seguro de vida têm, de facto, uma forte rede bancária como parceira, quase sempre em exclusividade, para além de outras menos relevantes. A Fidelidade tem a Caixa Geral de Depósitos, o Grupo Ageas o Millennium bcp, a Aegon Santander tem o banco com o mesmo nome, a Allianz tem o BPI, a Lusitania tem o Montepio, a CA Vida tem a rede do Crédito Agrícola, a Zurich o Abanca. De entre as maiores, só a Real Vida e a MetLife conseguem bom desempenho comercial sem uma parceria especial com bancos.

A Generali Tranquilidade acabou de entrar no capital do Banco CTT, para conseguir alguma primazia para desenvolver o seu canal de distribuição bancário. O Novobanco, tem a GamaLife como parceira no ramo Vida e a Mudum, do Crédit Agricole Assurances, nos ramos Não Vida.

A materialização desta vontade política não tem prazos definidos, por enquanto.

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“Este ano não prevejo dificuldades nas contas públicas”, revela João Leão

João Leão prevê um equilíbrio orçamental em 2024, mas refere que o Estado pode passar de excedente a défice em 2025 se o Governo acentuar a aprovação de medidas que aumentem a despesa pública.

O ex-ministro das Finanças entre 2020 e 2022 não antecipa que este ano haja surpresas no campo das finanças públicas. “Para este ano não prevejo que haja dificuldade nas contas públicas. Deve haver equilíbrio de contas públicas, apesar de algumas medidas que têm sido tomadas”, referiu este domingo João Leão num espaço de comentário na SIC Notícias.

O ex-ministro ministro do Governo de António Costa sustenta a sua opinião pela chamada “Lei travão”, que impede o Parlamento de aprovar despesas com impacto no próprio ano do orçamento em curso. No entanto, João Leão salienta que “o Parlamento pode sempre contornar a lei travão, fazendo o início das medidas para 1 de janeiro de 2025.”

E é nesse sentido que o agora membro português do Tribunal de Contas Europeu vaticina de que, “para 2025, se isto continuar a acentuar [avanço com medidas que aumentam a despesa do Estado] é muito provável começar a haver alguns reflexos nas contas públicas” podendo levar a que o Estado “deixe de ter excedente e passe a ter algum défice pelo ritmo a que as medidas são tomadas no Parlamento.”

O ex-ministro abordou também a recente discórdia entre Joaquim Sarmento, atual ministro das Finanças, e o anterior executivo (PS), no plano das contas públicas, trocando acusações sobre a execução orçamental e os compromissos assumidos no primeiro trimestre deste ano.

Quando há uma transição de governos de diferentes cores políticas é muito habitual haver este discurso político, que é uma discussão mais política do que de facto de natureza financeira e orçamental”, desvalorizou João Leão, notando que “a execução em contrato público de dois ou três meses até pode ter algumas despesas pontuais, mas são pouco relevantes no cômputo do ano.”

Além disso, o ex-ministro das Finanças sublinhou que “todas as entidades continuam a afirmar que vai haver um excedente neste ano, que as contas públicas estão bem” e notou que “a minha experiência de sete anos de gestão pública diz-me que é praticamente impossível em poucos dois ou três meses, com algumas aprovações e algumas resoluções em Conselho de Ministros, afetar de forma substancial a dinâmica do Orçamento.”

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Falta de dados afeta a medição do risco

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2024

A falta de dados faz com que 73% das empresas enfrente preços imprecisos, o que impede que os créditos sejam cobertos adequadamente e pode até prejudicar a sua solvabilidade.

A maioria dos responsáveis das seguradoras Não-Vida (62%) considera que o recurso a ferramentas de inteligência artificial (IA) melhora a qualidade de subscrição e contribui para reduzir a fraude. Não obstante, 43% dos segurados confiam e aceitam regularmente recomendações automáticas provenientes de ferramentas de análise preditiva para apoiar as suas decisões. Segundo um estudo da Capgemini, as seguradoras podem ultrapassar esta relutância dos clientes se os envolverem desde o início de modo a garantir que os modelos de IA e machine learning são compreensíveis e transparentes.

Ainda são poucas as seguradoras que são bem-sucedidas a aproveitar “ativamente as tecnologias avançadas para fornecerem recomendações e decisões baseadas em dados em tempo real” no processo de subscrição. Apenas 13% destes early adopters não atinge os seus objetivos de melhor eficiência, de precisão quanto aos custos dos sinistros e deteção de fraudes, da melhoria da experiência do cliente. Já nas seguradoras convencionais a percentagem sobe para 21-36%.

Modernizar para o sucesso num ambiente volátil

Para Adam Denninger, Global Insurance Industry Leader da Capgemini, as seguradoras devem “repensar as condições de subscrição” para conseguirem lidar com o ambiente volátil provocado pelas catástrofes climáticas, evolução de riscos inerentes às inovações tecnológicas, a ciberataques, à emergência da IA generativa e à crescente complexidade regulamentar que provoca dificuldades na subscrição e os rácios combinados a ultrapassar os 100%.

Para enfrentar a volatilidade, “as seguradoras terão de se afastar dos modelos tradicionais e modernizar os seus sistemas, implementando tecnologias avançadas que lhes permitirão obter melhores resultados e mais transparência. É crucial para o setor aproveitar os dados e a automação habilitada por IA para criar um ambiente competitivo mais propício à rentabilidade, enquanto se adapta às novas dinâmicas dos riscos e dos comportamentos dos segurados.”, refere Adam Denninger.

Falta de dados afeta a medição do risco

No entanto, apenas 27% das seguradoras afirmaram que a sua organização possui recursos avançados de subscrição. ” A obtenção de informação prática e orientada por dados começa por dispor de um ecossistema de dados seguro.”, refere a Capgemini.

Segundo o estudo, a falta de controlo dos dados afeta a principal atividade das seguradoras, com 77% a não avaliar planeamento o risco. Deste modo, a falta de dados faz com que 73% das empresas enfrente preços imprecisos, o que impede que os créditos sejam cobertos adequadamente e pode até prejudicar a sua solvabilidade.

Este estudo da Capgemini, World Property & Casualty Insurance Report 2024, baseia-se em informações provenientes de três fontes principais: o estudo Global Insurance Voice of the Customer 2024; o estudo Global Insurance Executives Survey 2024; e o Global Insurance Underwriters Survey 2024. Estudos que cobriram 18 mercados, nomeadamente, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido e EUA.

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APS lança curso ‘Conduta de Mercado e a Nova Função Autónoma’

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2024

Esta ação de formação visa transmitir uma visão do âmbito global da Norma Regulamentar n.º 7/2022 da ASF.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) vai realizar na manhã da próxima quinta-feira, 16 de maio, o curso ‘Conduta de Mercado e a Nova Função Autónoma’.

Esta ação de formação visa transmitir uma visão do âmbito global da Norma Regulamentar n.º 7/2022 da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) que “veio densificar regras referentes à gestão de reclamações, ao provedor do cliente, ao interlocutor perante a ASF e aos sistemas de governação no âmbito de conduta de mercado, assim como à atividade de gestão de fundos e pensões, estabelecidas no regime de acesso e exercício da atividade seguradora e resseguradora”.

A APS visa que os formandos passem a “conhecer o enquadramento legal e regulamentar da conduta de mercado e em particular da função autónoma responsável pela conduta de mercado; Entender a importância desta função nos sistemas de governo societário; Dominar os princípios, as competências e as práticas inerentes a esta função.”.

A formação terá lugar entre as 9h30 e 12h30, no auditório da APS em Lisboa, com a possibilidade de participar de forma virtual. Para mais informações aqui.

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Cotrim Figueiredo quer “desinstalar interesses” nas pensões, legislação laboral e rendas

  • Lusa
  • 12 Maio 2024

O cabeça de lista da IL às europeias quer "desinstalar interesses" em áreas como pensões, legislação laboral ou rendas congeladas e defendeu mais transparência na eleição de procuradores europeus.

O cabeça de lista da IL às europeias quer “desinstalar interesses” em áreas como pensões, legislação laboral ou rendas congeladas e defendeu mais transparência na eleição de procuradores europeus e restrições a Estados Membros com “tiques autoritários”. “Eu, que sou de outra geração mais velha, tenho de vos dizer isto com clareza: estamos a assistir a uma brutal transferência de riqueza dos mais jovens para os mais velhos, porque os interesses instalados não querem mudança“, afirmou João Cotrim Figueiredo na apresentação do manifesto da IL às europeias de 9 de junho, que decorreu no Jardim da Estrela, em Lisboa, e que contou com a presença do presidente do partido, Rui Rocha.

O ex-líder e candidato a eurodeputado defendeu que não é aceitável que “não se mexa no sistema de pensões” que considera “hipotecar as pensões futuras” ou que “não se mexa na legislação laboral que protege os que têm emprego e ignora quem não tem, em especial os jovens”.

Não podemos aceitar que não se mexa nas rendas congeladas da habitação antiga, de quem já tem casa, quando isso tem levado a rendas mais altas para quem não tem casa“, disse, defendendo também que não são aceitáveis subsídios e burocracia “que protegem as grandes empresas que já existem, quando isso impede o nascimento das que ainda não existem ou o crescimento das mais pequenas“. “É preciso pôr a Europa a mexer. É preciso não ter medo de reformar. É preciso não ter medo de desinstalar os interesses instalados”, apontou, considerando que só desta forma a Europa poderá voltar a ter mais crescimento económico.

Para aumentar a criação de riqueza na UE, a IL defende a conclusão do mercado único, a revogação de duas normas por cada nova aprovada e a aposta nas ligações ferroviárias europeias.

Além da ausência de criação de riqueza, Cotrim Figueiredo apontou transparência e a garantia de liberdades como os principais desafios da União Europeia. “Portugal tem de ambicionar ser um país que não está dependente de Fundos Europeus. E com o alargamento esse momento pode ficar mais próximo e Portugal não está preparado. Décadas de fundos estruturais, mais de 160 mil milhões de euros recebidos e não estamos preparados“, lamentou.

O cabeça de lista da IL defendeu uma maior participação dos parlamentos nacionais e das autarquias no planeamento e na execução de fundos e “muito maior fiscalização, quer por motivos morais quer por motivos económicos”. “E queremos melhorar o processo de seleção dos procuradores europeus, evitando interferências políticas como sucedeu no Governo PS, de forma a reforçar a independência e confiança da Procuradoria Europeia“, afirmou.

Cotrim Figueiredo considerou que atualmente “as liberdades não estão garantidas” no espaço europeu e anunciou que a IL apoiará o Mecanismo de Condicionalidade. “Se um Estado-Membro não respeita as regras, se tem tiques autoritários, não deve poder exercer os seus plenos direitos enquanto Estado-Membro, nem receber dinheiro europeu. Ainda mais claro: as ameaças ao Estado de direito e da separação de poderes na Hungria e as violações de direitos fundamentais de pessoas LGBT não são aceitáveis na União Europeia“, criticou.

Sobre migrações, defendeu que “não pode ser um tema tabu, nem ser um exclusivo dos populistas que querem fazer política à custa da desgraça alheia”. “Temos de ter uma política migratória: humana e justa com quem for elegível, firme com quem não for elegível e – intransigente com as redes de tráfico que se aproveitado desespero dos migrantes”, disse, reiterando o “apoio incondicional à Ucrânia“.

O reforço na segurança e defesa europeias e da autonomia estratégica da Europa foram outras das ideias que constam do manifesto eleitoral da IL e sublinhadas pelo cabeça de lista.

As últimas europeias, em 2019, foram o primeiro ato eleitoral a que a IL se apresentou (depois da fundação em 2017), tendo conseguido menos de 30.000 votos (0,88% do total).

Concorrem às eleições europeias 17 forças políticas e a campanha oficial decorre entre 27 de maio e 07 de junho.

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📹 Quanto custa carregar em casa o meu carro elétrico?

  • Capital Verde
  • 12 Maio 2024

A poupança gerada pelo custo inferior da eletricidade comparado ao combustível tradicional torna o carro elétrico uma escolha atrativa. Mas quanto custa um carregamento em casa?

Embora o custo inicial de aquisição de um carro elétrico seja geralmente mais elevado do que o de um veículo a combustão, a poupança gerada pelo custo inferior da eletricidade comparado ao combustível tradicional torna o carro elétrico uma escolha atrativa.

No vídeo abaixo, o Comparajá faz uma estimativa de quanto custa fazer um carregamento de um carro elétrico a partir de casa.

http://videos.sapo.pt/Rbs2F7jvtGZ7jEB6iqgZ

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Pedro Dominguinhos considera “inconcebível” candidaturas ao PRR esperarem 200 dias por resposta

  • ECO
  • 12 Maio 2024

Pedro Dominguinhos considera que tal como o PRR, o PT2030 também deveria ter uma comissão de acompanhamento da execução dos fundos de coesão.

O Presidente da Comissão de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) considera inaceitável, inconcebível e incompreensível que existam candidaturas ao PRR que estão 200 dias à espera de uma resposta, após o fim do prazo do aviso.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Pedro Dominguinhos considera que as entidades quando publicam os avisos têm de cumprir com os prazos que definem e se têm falta de meios devem acautelar previamente os meios necessários para cumprir os prazos que elas próprias definiram.

O responsável considera que a definição de um prazo de 60 dias, como limite máximo nas respostas às candidaturas a fundos europeus, defendido pelo primeiro-ministro, só é exequível se existirem os meios humanos e técnicos necessários.

Pedro Dominguinhos considera que, neste momento, o problema do PRR está na execução dos pagamentos: 19% do PRR estão pagos e 24% do total de investimentos também estão, mas este valor poderia estar cerca de 8 pontos percentuais acima, defende o presidente da CNA. A “execução física do PRR é superior à financeira”, diz. Ou seja, as empresas e as instituições avançaram com os projetos, nalguns casos endividaram-se e os pagamentos não estão a chegar, criando problemas de tesouraria. Ainda assim, a avaliar pelas declarações públicas do IAPMEI, acredita que no final de julho esses atrasos já tenham sido compensados.

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