Florence Lustman reeleita presidente da France Assureurs por unanimidade

A entidade que representa os seguradores franceses aponta para Florence Lustman como responsável pela sua transformação e modernização. Florence Lustman terá novo mandato de três anos pela frente.

Os membros France Assureurs elegeram por unanimidade Florence Lustman para o seu terceiro mandato de três anos à frente da entidade que representa as seguradoras francesas.

Florence Lustman foi eleita por unanimidade para liderar a associação que representa seguradoras francesas nos próximos três anos e promete “continuar o trabalho de modernização e adaptação da Federação aos grandes desafios do mundo contemporâneo”.

Segundo comunicado pela France Assureus, Florence Lustman, que lidera a associação desde 2019, tem sido essencial para a sua transformação através de uma reorganização interna para a tornou mais eficiente: Foram criadas novas áreas de trabalho temáticas, modernizaram-se as ferramentas de comunicação interna e desenvolveram-se plataformas de colaboração que “permitiram melhorar o fluxo de informações e acelerar a tomada de decisões”, lê-se no comunicado.

A entidade que representa os seguradores franceses aponta para Florence Lustman como responsável pela sua transformação e modernização.

Nos próximos anos, a presidente tem à sua frente um empreendimento já prometido: pretende ter 150 correspondentes espalhados por França que permitirão “contribuir de forma mais eficaz para a prevenção de riscos e reflexões sobre o ordenamento do território”.

Recentemente, Florence Lustman intensificou as sinergias entre as suas equipas em Paris e Bruxelas e fortaleceu a suas alianças com outras associações de seguros na Europa “a fim de multiplicar o impacto do setor com as instituições europeias”. A nível nacional as eleições municipais e senatoriais já em 2026 e depois presidenciais em 2027 são prazos “importantes que permitirão à France Assureurs abrir novos espaços de diálogo e influência para avançar as propostas do setor de seguros.”

“Estou muito honrada com a confiança renovada que as seguradoras reunidas na France Assureurs me expressaram. Saberei ser digna ao continuar o trabalho de modernização e adaptação da federação aos grandes desafios do mundo contemporâneo”, afirma Florence Lustman, presidente da France Assureurs, associação que junta mais de 250 de seguros representando 99% do mercado de França.

Florence Lustman foi inspetora-geral e depois diretora financeira e de relações públicas e membro do comité-executivo do La Banque Postale de 2012 a 2019. Foi membro fundador do CEIOPS (agora EIOPA), membro da comissão executiva da IAIS (International Association of Insurance Supervisors) e membro do SAC (Standard Advisory Council) do IASB (International Accounting Standards Board).

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Governo já recebeu avaliações para a venda da TAP

As avaliações à companhia aérea realizadas pela EY e o banco Finantia foram entregues ao Governo na semana passada, avança a Bloomberg.

O Governo já tem as avaliações à TAP pedidas à consultora EY e ao banco Finantia, no âmbito do processo de reprivatização da companhia aérea. Segundo avança a Bloomberg, os documentos foram entregues a semana passada.

O ministro das Finanças afirmou a 20 de junho que o decreto de privatização seria aprovado pelo Conselho de Ministros nas “próximas semanas”. O Governo vai colocar à venda até 49% do capital da transportadora aérea.

“Não será uma privatização da maioria do capital”, disse Joaquim Miranda Sarmento em entrevista à SIC/Expresso. “Vamos analisar a melhor forma de maximizar o interesse do país, que é manter o hub, a empresa continuar a expandir — porque ela é crítica ao turismo em Portugal — e, adicionalmente, procurar o maior encaixe financeiro possível”, acrescentou.

O governante voltou a reiterar que “há muitos interessados na TAP, para qualquer figurino de venda”. Há vários meses a analisar a venda estão três grandes grupos europeus do setor: Air France – KLM, Lufthansa e IAG, dono da British Airways e Iberia.

As avaliações foram pedidas pela Parpública e são um elemento obrigatório nos processos de privatização. O ECO contactou o ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento, que remeteu para a entidade gestora das participações do Estado. Contactada, a Parpública não quis fazer comentários.

A operação de venda da companhia aérea deverá voltar a entrar em velocidade de cruzeiro, depois do processo ter sido interrompido duas vezes pela queda de um governo nos últimos anos. Primeiro em novembro de 2023, com a demissão de António Costa, e novamente em março último com o chumbo da moção de confiança apresentada pelo Executivo de Luís Montenegro.

O decreto-lei estava a semanas de ser aprovado em Conselho de Ministros, mas o Governo apressou-se a esclarecer que não avançaria com a venda da transportadora aérea estando em gestão, mas continuaria com os trabalhos preparatórios, a cargo da Parpública.

Desde que o processo foi interrompido, a TAP apresentou os resultados para a totalidade do ano de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, e em ambos os períodos os números pioraram. A transportadora fechou o ano passado com lucros de 53,7 milhões, uma redução de 69,7% face a 2023.

Nos primeiros três meses de 2025 registou um prejuízo de 108,2 milhões, mais 18,1 milhões do que no mesmo período do ano passado, e foi a única a baixar as receitas entre as principais companhias. Já o endividamento caiu para quase metade.

(Notícia atualizada às 18h58)

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“Não há energia como a feminina”, diz Iberdrola em campanha de apoio à seleção feminina

  • + M
  • 30 Junho 2025

A marca de energia quer incentivar os portugueses a apoiarem as “Navegadoras”. As jogadoras e embaixadoras Ana Borges, Andreia Faria, Andreia Norton, Dolores Silva e Lúcia Alves são as protagonistas.

A nova campanha da Iberdrola celebra a “energia” da Seleção Nacional Feminina de Futebol, convidando os portugueses a apoiarem a equipa das quinas feminina no Campeonato Europeu de 2025, que decorre na Suíça, entre 2 e 27 de julho. A criatividade é da Fuel.

Sob o mote “Não há energia como a feminina”, a campanha “reforça o compromisso da Iberdrola com a igualdade de género e o empoderamento feminino através do desporto” e marca também o lançamento do novo posicionamento e assinatura do patrocínio da Iberdrola: “A maior apoiante das energias renováveis, incluindo a feminina”.

A campanha “pretende celebrar uma energia inesgotável: a energia feminina. Uma força vital que tantas vezes é colocada à prova e que se supera, sempre. É essa mesma energia que nos move, que nos inspira e que está no centro da nossa aposta contínua nas energias renováveis. A resiliência e a força da nossa Seleção são características do nosso futebol feminino e devem ser postas em destaque, como exemplo a seguir, não só para futuros atletas mas para todos os que enfrentam obstáculos diariamente“, diz Gonçalo Rosa, diretor de marketing da Iberdrola em Portugal, citado em comunicado.

“Estes são valores profundamente alinhados com a estratégia da Iberdrola, tanto na sua vertente social como no investimento contínuo na produção de energia 100% verde e na eletrificação, refletindo o seu compromisso com a promoção da igualdade de oportunidades através do apoio à Seleção Nacional Feminina de Futebol”, acrescenta.

A campanha inspira-se na “força transformadora da natureza e na energia inesgotável das mulheres” para estabelecer um paralelo entre a energia da natureza e a “força interior das atletas, que com atitude, paixão e determinação, superam diariamente barreiras sociais e estruturais”.

As protagonistas são as jogadores Ana Borges, Andreia Faria, Andreia Norton, Dolores Silva e Lúcia Alves, embaixadoras da marca de energia e “representantes do compromisso da Iberdrola com o desporto feminino”. O lançamento das embaixadoras Iberdrola “marca um novo capítulo no patrocínio da marca, dando rosto à aposta na visibilidade, valorização e criação de novas referências femininas na sociedade“, refere-se em nota de imprensa.

Presente em televisão, rádio, out-of-home e digital, a campanha contou com a criatividade da Fuel, produção da Krypton e planeamento de meios da UM.

“Quando recebemos o brief, percebemos que a Iberdrola procurava duas coisas: diferenciar-se dos restantes patrocinadores das seleções de futebol, feminina e masculina, e criar uma campanha que dignificasse as jogadoras. Foi isso que procurámos. Temos um filme com uma linguagem muito própria, artística, estética, que eleva a seleção a um patamar superior, e uma mensagem que só a Iberdrola poderia dizer, enquanto marca de energia verde, mas, principalmente, enquanto promotora da igualdade de género”, diz João Madeira, co-CEO e chief creative officer (CCO) da Fuel, citado em comunicado.

Já Teresa Morgado, diretora geral da UM, refere que “a estratégia de comunicação passa por uma campanha abrangente com um mix entre meios mais tradicionais e digitais, reforçando os valores da Iberdrola em Portugal com uma mensagem muito próxima dos portugueses”.

A iniciativa da Iberdrola conta ainda com o passatempo “Vai à Suíça — Euro 2025”, lançado em parceria com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tanto nas redes sociais como através da carteira de clientes Iberdrola. O passatempo vai proporcionar uma “experiência única a clientes e a parceiros alinhados com a estratégia da Iberdrola, que irão assistir a um dos jogos da fase de grupos da fase final do Campeonato Europeu de 2025, na Suíça, com voo e estadia incluídos”.

No Grupo B da competição, a seleção portuguesa vai defrontar as seleções de Espanha (3 de julho), Itália (7 de julho) e Bélgica (11 de julho).

A campanha insere-se no âmbito do patrocínio da Iberdrola ao futebol feminino em Portugal, que se estende até 2027 e que inclui o apoio às competições de clubes organizadas pela FPF (Liga BPI, Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga).

“Com este compromisso, a Iberdrola pretende promover a igualdade de género em Portugal, fomentando o crescimento e o sucesso do desporto feminino. Queremos contribuir para a visibilidade, destaque e criação de novas referências femininas na sociedade, favorecendo a criação de condições que promovam a inclusão e a igualdade de oportunidades”, refere ainda a marca em nota de imprensa.

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Contrato do INEM para o transporte aéreo tem luz verde do Tribunal de Contas

  • Lusa
  • 30 Junho 2025

A concessão do visto foi anunciada na véspera de a Força Aérea iniciar o transporte de emergência médica, com quatro helicópteros disponíveis 24 horas por dia.

O Tribunal de Contas (TdC) anunciou esta segunda-feira que concedeu o visto ao contrato do INEM para o transporte aéreo de emergência médica, no âmbito do concurso público que prevê a operação de quatro helicópteros pela empresa Gulf Med.

“O TdC informa que concedeu o visto ao contrato do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) relativo à locação de quatro meios aéreos e aquisição de serviços de operação e manutenção das aeronaves para o serviço de helicópteros de emergência médica”, adiantou o tribunal em comunicado.

A concessão deste visto foi anunciada na véspera de a Força Aérea iniciar na terça-feira o transporte de emergência médica, com quatro helicópteros disponíveis 24 horas por dia, uma operação transitória que envolve também dois aparelhos da empresa Gulf Med, que só vão operar durante o dia.

O envolvimento da Força Aérea Portuguesa (FAP) no transporte de emergência médica foi anunciado na última semana, a solução encontrada pelo Governo até que o contrato que resultou do concurso público adjudicado à empresa Gulf Med, em março desde ano, obtivesse o visto do Tribunal de Contas.

O concurso público internacional foi lançado em novembro de 2024, tendo a decisão final de adjudicação à Gulf Med sido anunciada em março deste ano, prevendo a operação de quatro helicópteros que ficarão nas bases do INEM de Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé entre julho de 2025 e o final de 2030.

A Gulf Med adiantou que o investimento nos quatro helicópteros Airbus H145 foi de 40 milhões de euros e que pretende também desenvolver a formação de pilotos portugueses e criar uma organização de formação certificada em Portugal.

Na última quinta-feira, os ministérios da Defesa e da Saúde avançaram que o transporte aéreo de emergência médica iria ser assegurado, a partir da próxima terça-feira, por aeronaves e equipas da Força Aérea, até que o concurso público lançado pelo INEM obtivesse o visto do TdC.

Segundo adiantou o Governo na altura, esta solução encontrada pelos dois ministérios garantia o Serviço de Emergência Nacional aos portugueses, até que o concurso público internacional para a contratação do serviço helicópteros de emergência médica (SHEM) do INEM tivesse o visto e pudesse ser operacionalizado nas melhores condições de segurança.

Já esta segunda, antes do anúncio do visto do TdC, o INEM adiantou que o transporte aéreo de emergência vai ser garantido a partir de terça-feira com quatro helicópteros da Força Aérea 24 horas/dia e dois da empresa Gulf Med, que apenas voarão 12 horas/dia,

O contrato celebrado entre o Estado, através do INEM, e a Gulf Med Aviation, prevê quatro helicópteros H145 D3 com tripulações certificadas, incluindo pilotos fluentes em português. O concurso público internacional foi adjudicado à empresa com sede em Malta por cerca de 77,4 milhões de euros.

(atualizada às 16h40)

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Bruxelas recebeu 76 propostas para gigafábricas de IA. Portugal disputa projeto com mais 15 países

A Comissão Europeia recebeu mais de 70 demonstrações de interesse para instalar gigafábricas de inteligência artificial em 60 locais diferentes. Portugal é um dos 16 países que entrou na corrida.

A Comissão Europeia recebeu 76 demonstrações de interesse para instalar gigafábricas de Inteligência Artificial (IA) em 60 locais diferentes de 16 Estados-membros. O conjunto de propostas iniciais, onde Portugal está incluído, representa um investimento total de aproximadamente 230 milhões de euros.

O valor é “indicativo” e representa um investimento a dois ou três anos. O plano passa ainda por os consórcios adquirirem, pelo menos, três milhões de processadores de IA de última geração, de acordo com a informação transmitida esta segunda-feira pela instituição europeia.

Bruxelas vai entrar “em breve” em discussões bilaterais com os países para preparar os próprios passos de forma a lançar a call oficial até ao final deste ano, “talvez” em novembro, segundo a vice-presidente executiva para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia da Comissão Europeia, Henna Virkkunen.

“A nossa chamada para apresentação de demonstrações de interesses em instalar gigafábricas de IA foi um grande sucesso. Estamos muito entusiasmados com a resposta, que está muito além das nossas expectativas e demonstra o impulso e entusiasmo em inovar na IA na Europa”, afirmou Henna Virkkunen, em conferência de imprensa.

Em causa estão propostas informais de um grupo “diverso”, composto por empresas de energia, de centros de dados e de telecomunicações, mas os nomes não vão ser divulgados nesta fase por serem (ainda) apenas demonstrações de interesse.

“O nosso objetivo inicial era instalar quatro ou cinco gigafábricas, portanto este é um sinal muito positivo de interesse”, referiu a comissária europeia. No entanto, quando questionada sobre se o número de propostas não vinculativas recebidas significa que vão aumentar a quantidade de instalações, Henna Virkkunen só garantiu que “vão atingir” as quatro ou cinco, se se comprometer com a expansão.

Bruxelas considera que as gigafábricas de IA “vão ser game changers” por criar um ecossistema onde estão reunidos recursos e financiamentos para aumentar a competitividade europeia. “As empresas, os investidores e o setor público estão prontos para construir (…). É agora que o trabalho começa”, assinalou a comissária de origem finlandesa, num balanço divulgado esta tarde.

O prazo para pré-concorrer terminou a 20 de junho e Portugal é um dos 16 países europeus que foi a jogo. O Banco Português de Fomento (BPF) entregou à Comissão Europeia uma proposta de candidatura para tentar atrair para Sines uma destas infraestruturas de supercomputação, num investimento que poderá rondar os quatro mil milhões de euros, envolvendo um “consórcio alargado” de investidores privados, como avançou o ECO.

O plano português, encabeçado pelo BFF, prevê que a construção em Sines arranque em abril do próximo ano. A eventual gigafábrica abrangeria uma área total de 28 mil metros quadrados e a criação de 270 empregos diretos a tempo inteiro.

“Não significa que estas intenções se irão materializar, mas mostra que a Europa é o lugar para investir em IA”, ressalvou a comissária europeia com a pasta da Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia.

A previsão é que o projeto em Sines arrecade receitas de 1,6 mil milhões de euros em 2030, maioritariamente através de vendas para os mercados externos, escreve o Diário de Notícias.

No início deste ano, a Comissão Europeia anunciou que pretendia mobilizar mais de 200 mil milhões de euros em investimentos em IA, entre os quais 20 mil milhões de euros com infraestruturas dedicadas a esta tecnologia.

Com as regras da IA generativa, expostas no AI Act, a pouco mais de um mês de serem aplicadas, a 2 de agosto, a comissária europeia Henna Virkkunen esclareceu que este regulamento não está incluído nas negociações comerciais com os Estados Unidos até à próxima semana.

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Letreiro da Generali desmorona parcialmente e força evacuação em Milão

  • ECO Seguros
  • 30 Junho 2025

“A situação foi prontamente controlada, com o letreiro colapsado imediatamente seguro, sem qualquer dano para pessoas ou para as estruturas circundantes”, indicou a seguradora.

Um dos letreiros da Generali que coroam a sua sede em Milão, Itália, colapsou parcialmente esta segunda-feira – permanece no topo do arranha-céus, mas com risco de cair no chão, alertam os bombeiros. Segundo avança a Reuters, os bombeiros disseram estar a trabalhar com a Generali para evitar que o letreiro se desprenda do topo do edifício e caia ao chão. A zona foi isolada e a estação de metro nas imediações foi encerrada.

O letreiro da Generali parcialmente desmoronado no topo do arranha-céus City Life em Milão.Daniel Dal Zennaro | Lusa

A maior seguradora italiana e uma gigante europeia, presente em Portugal através da empresa Generali Seguros e da marca Generali Tranquilidade, disse que não há feridos e que indicou aos trabalhadores para ficarem em casa em teletrabalho. “A situação foi prontamente controlada, com o letreiro colapsado imediatamente seguro, sem qualquer dano para pessoas ou para as estruturas circundantes”, referia a nota enviada pela seguradora citada pela Reuters.

As possíveis causas do incidente estão a ser avaliadas. A Generali continuará a fornecer, de forma célere, todas as atualizações relevantes”, referiu a empresa em comunicado citado pela agência.

O edifício da Generali também é conhecido por Torre Hadid e faz parte do projeto de remodelação City Life de Milão, que construiu três arranha-céus apelidados de Le Tre Torri – “três torres” em italiano – nos terrenos da antiga feira comercial. As outras duas torres são escritórios da Allianz e PwC.

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Excedente orçamental sobe para 597 milhões de euros até maio à boleia da queda dos reembolsos do IRS

O saldo positivo mais do que quadriplicou em maio face ao mês anterior e representa uma melhoria de 3.095 milhões de euros em relação ao período homólogo.

O excedente das contas públicas disparou para 597,2 milhões de euros, em maio, à boleia dos impostos, designadamente da diminuição dos reembolsos do IRS e do IVA, segundo a síntese da execução orçamental de maio, publicada esta segunda-feira pela Entidade Orçamental (EO). Isto significa uma subida de mais de quatro vezes mais em relação ao saldo do mês passado, de 134,8 milhões, e uma melhoria de 3.095 milhões de euros face ao período homólogo.

“O saldo global das Administrações Públicas (AP) registou, até maio de 2025, um excedente de 597,2 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 3095 milhões de euros face ao período homólogo (que apresentou um défice de 2497,8 milhões de euros), justificado por um incremento da receita (12,3%) superior ao da despesa (4,5%)”, lê-se na mesma publicação.

O crescimento da receita das Administrações Públicas em 12,3% reflete sobretudo o desempenho da receita fiscal (13,2%) e, num segundo nível, das receitas não fiscal e não contributiva (16,6%) e contributiva (8,2%), de acordo com a EO.

Ao nível da arrecadação de impostos, o crescimento da receita fiscal “resultou, fundamentalmente, da execução do IRS (991,7 milhões de euros) e do IVA (890,6 milhões), e, a um nível inferior, do IRC (257,6 milhões), do IMT, do ISP e do Imposto sobre o tabaco”.

Em maio de 2025, a receita fiscal acumulada do subsetor Estado totalizou 21.667,2 milhões de euros. Este valor representa um aumento de 2.512,2 milhões de euros (13,1%) face ao período homólogo.

Nos impostos diretos registou-se um crescimento homólogo na ordem dos 1.250,4 milhões de euros (20%), “explicado em grande medida pela evolução positiva da receita líquida do IRS, de 991,7 milhões de euros (17,8%), para a qual contribuiu, nomeadamente, a diminuição dos reembolsos (-643,2 milhões de euros, 31,8%) face ao período homólogo”, concluiu a mesma entidade.

A EO, que agregou a antiga Direção-Geral de Orçamento (DGO), salienta ainda “um aumento da receita de IRC de 257,6 milhões de euros (38,7%), explicado principalmente pelo aumento do pagamento de autoliquidação (73,7%) face a maio de 2024”.

Nos impostos indiretos verificou-se uma evolução positiva de 1.261,8 milhões de euros (9,8%) face ao período homólogo. “Para isto contribuiu principalmente o desempenho positivo da receita líquida do IVA (890,6 milhões de euros, 9,3%), motivado em parte pela diminuição dos reembolsos (-91,6 milhões de euros, -2,5%) face ao período homólogo”.

A EO destaca ainda “o crescimento da receita líquida do ISP em 185,4 milhões de euros (13,8%) e do Imposto sobre o Tabaco em 128,7 milhões de euros (27%), em termos homólogos”.

As receitas dos sistemas de proteção social progrediram 8,2%, essencialmente devido à evolução das contribuições para a Segurança Social (9%). De referir ainda “o aumento das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) (2,3%), influenciado pelo perfil de entregas de quotizações por parte das entidades empregadoras e pelo crescimento da massa salarial em 39,9 milhões de euros em maio de 2025 para 836,6 milhões de euros, em maio,” face ao mês homólogo de 2024)”, de acordo com a mesma síntese de execução orçamental.

Do lado da receita não fiscal e não contributiva, que registou um crescimento de 16,6%, a EO destaca o “contributo essencial dos rendimentos de propriedade”, que dispararam 166,6% à boleia do pagamento de dividendos da Caixa Geral de Depósitos, (CGD), no montante de 671,5 milhões de euros.

“Excluindo esse efeito, o de receita neste capítulo foi de 18,2%, com especial preponderância para a arrecadação de dividendos do Novobanco, (44,7 milhões de euros), para além dos juros auferidos pela Segurança Social, resultantes de aplicações com vencimento no primeiro trimestre, e do aumento das receitas auferidas pela Administração Local, sobretudo com origem em rendas”, indica a mesma entidade.

As taxas, multas e outras penalidades aumentaram 9,4%, decorrente da evolução de um conjunto diversificado de rubricas. A EO realça a “cobrança de taxas específicas das autarquias, no setor da Administração Local, para as obtidas com a regularização de processos de manifestações de interesse e com as autorizações de residência para investimento, pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo”.

Destaque ainda para o contributo da Taxa de Segurança Alimentar Mais “por ter sido assegurada a cobrança de um valor em atraso por parte de um operador económico”.

Também subiram as multas e outras penalidades relacionadas com a recuperação da receita de contribuições, nomeadamente em fase de processo executivo, pela Segurança Social, e dos juros de mora cobrados em processo de execução fiscal pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Em sentido oposto, a EO refere “a redução de receita de portagens pela sua eliminação nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior e em vias sem alternativas de qualidade e segurança”, na sequência de uma iniciativa legislativa do PS, aprovada, no ano passado, pela Assembleia da República com a ajuda do Chega, que votou favoravelmente.

As transferências exibiram uma melhoria de 18,1%, sustentadas nas transferências de fundos europeus, incluindo as parcelas relativas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da Administração Central e da Segurança Social.

Neste âmbito, a EO destaca “o acréscimo da receita da Segurança Social, na componente ‘Programa Operacional, âmbito Formação Profissional’, em linha com o contexto de arranque/execução do período de programação do PT2030 e nas transferências relativas ao PRR, bem como para o incremento da receita decorrente de reembolsos de despesas realizadas, com recurso a fundos PRR, associadas aos investimentos ‘1.º Direito – Programa de apoio ao acesso à habitação’ e ‘BNAUT – Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário’, arrecadada pelo IHRU — Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

Do lado da despesa das Administrações Públicas, que aumentou 4,5% face ao período homólogo, os custos com pessoal “apresentaram um crescimento de 8,6% face a igual período do ano transato, influenciadas por um conjunto de medidas transversais de valorização dos trabalhadores em funções públicas, nomeadamente a atualização do valor das remunerações a valorização de carreiras específicas, a atualização da remuneração mínima mensal garantida”, para 870 euros, “e o regime especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras”.

A Entidade Orçamental alerta que algumas destas medidas foram aplicadas ainda no final de 2024 passado, pelo que “o seu impacto tenderá a atenuar com o decorrer do presente ano”.

Valorizações salariais para enfermeiros, médicos, professores, polícias e militares

A nível setorial, o relatório destaca a valorização salarial verificada no Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde sobressaíram os efeitos do novo regime da carreira de enfermagem, do pagamento de suplementos inerentes ao novo modelo de organização das Unidades de Saúde Familiar, que entrou em vigor em 2024, e da valorização da carreira dos trabalhadores médicos, através da alteração da estrutura remuneratória, bem como da atribuição de um suplemento remuneratório necessário para assegurar os serviços de urgência”.

Para além disso, a EO sublinha os aumentos observados nos programas da Segurança Interna, principalmente devido à atualização do montante da componente fixa do suplemento por serviço e risco nas forças de segurança, e da Educação, que em parte reflete o processo faseado de recuperação integral do tempo de serviço docente, para além das progressões ocorridas no âmbito do estatuto da carreira docente”.

Por fim, para o aumento dos gastos com pessoal também contribuiu “o incremento registado no setor da Defesa, em grande medida pela revisão dos suplementos de condição militar, residência e serviço aéreo e criação de suplementos associados à deteção e anulação de engenhos”.

A despesa com subsídios aumentou 31,4%, expurgando o efeito de um pagamento por parte da Direção-Geral do Tesouro e Finanças no âmbito do PRR. Esta evolução resulta, sobretudo, do subsetor da Administração Local, em particular, das “medidas relativas à promoção do transporte público e do alargamento da gratuitidade dos passes a todos os jovens até aos 23 anos”.

De salientar também o crescimento da despesa no subsetor da Segurança Social, essencialmente devido a apoios relativos à inclusão social, qualificação e emprego, como consequência do “início do programa Pessoas 2030 e do encerramento do programa anterior, assim como aos apoios relativos às pessoas mais carenciadas”, descreve a EO.

Quanto às transferências (2,9%), destacam-se os encargos com pensões e outros complementos do regime geral da Segurança Social e do regime de proteção social convergente da Caixa Geral de Aposentações, decorrentes das atualizações regular e extraordinária das pensões, bem como as restantes prestações sociais da Segurança Social, em particular, as destinadas às instituições sem fins lucrativos, o complemento solidário para idosos e as prestações de desemprego.

No que respeita ao investimento (14,6%), “salienta-se o encetado pela Administração Local e Regional, nomeadamente na área da habitação e outras construções, bem como o realizado no setor da Defesa, em particular os relacionados com a aquisição da aeronave KC-390 e de navios de patrulha oceânicos”, de acordo com a EO.

(Notícia atualizada às 16h17)

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Estado relança obrigações para o retalho e desafia aforradores com alternativa aos Certificados de Aforro

Sete anos depois, Tesouro volta a emitir obrigações para retalho (OTRV) com emissão a 6 anos que paga taxa indexada à Euribor a 6 meses mais prémio de 0,25%, adensando concorrência aos Certificados.

O Estado regressa ao mercado de obrigações dirigidas ao retalho após um hiato de sete anos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai emitir uma nova série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) – as “OTRV julho 2031” – numa operação que combina uma oferta pública de subscrição com uma operação de troca das OTRV que vencem já no próximo mês, com o intuito de o Tesouro se financiar em mil milhões de euros a seis anos.

Esta operação marca o retomar de um instrumento de financiamento que esteve ausente da oferta de poupança do Estado desde 2018, altura em que o Estado se financiou em mil milhões de euros por via da emissão das últimas OTRV, precisamente as que agora chegam ao vencimento em julho.

O regresso surge num contexto de normalização das taxas de juro, oferecendo aos aforradores uma alternativa aos Certificados de Aforro numa altura em que estes produtos têm registado menor procura.

A taxa de juro das “OTRV julho 2031” é variável e revista semestralmente com base na taxa Euribor a 6 meses. Com este indexante a situar-se atualmente em cerca de 2,036%, a remuneração bruta das OTRV julho 2031 andará pelos 2,286% no primeiro semestre.

As “OTRV julho 2031” oferecem uma taxa de juro variável de acordo com a Euribor a 6 meses acrescida de 0,25 pontos percentuais, com uma taxa mínima garantida de 0,25%, segundo o memorando de informação destes títulos publicado na sexta-feira. O valor nominal unitário é de 1.000 euros por obrigação, sendo este também o investimento mínimo exigido, podendo os investidores subscrever até um máximo de 1 milhão de euros (correspondente a mil obrigações).

A emissão tem um valor nominal global inicial de até mil milhões de euros, montante que poderá ser aumentado por opção do IGCP até 10 de julho, caso a procura assim o justifique, refere o documento. O prazo da emissão é de seis anos, com vencimento a 18 de julho de 2031, e os juros são pagos semestralmente a 18 de janeiro e 18 de julho de cada ano.

A operação que decorre entre as 8h30 de quarta-feira e as 15h00 de 15 de julho, tendo a decorrer em paralelo uma oferta pública de subscrição para novos investidores e uma operação de troca para quem detém as OTRV que vencem este mês.

  • Na operação de subscrição, qualquer investidor pode adquirir as novas obrigações pelo preço de 1.000 euros por unidade.
  • Já na operação de troca, os detentores das OTRV julho 2025 podem trocar diretamente as suas obrigações pelas novas, numa base de uma para uma, recebendo ainda os juros corridos no valor de 17,63 euros por cada obrigação trocada.

Alternativa aos Certificados de Aforro

As Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável são instrumentos de dívida pública que permitem ao Estado financiar-se junto dos particulares, oferecendo, em contrapartida, uma remuneração indexada às taxas de mercado.

Ao contrário dos Certificados de Aforro, as OTRV são transacionáveis em mercado secundário, o que significa que os investidores podem vendê-las antes do vencimento na Euronext Lisboa, onde estão previstas ser admitidas à negociação em 18 de julho.

Além disso, enquanto os Certificados de Aforro têm atualmente um prazo de 15 anos e podem ser resgatados a partir dos três meses sem penalizações, as OTRV que serão disponibilizadas aos investidores nos próximos dias têm um prazo fixo de seis anos, mas podem ser vendidas em mercado secundário.

Em termos de remuneração, os Certificados de Aforro da atual série (Série F) oferecem uma fórmula baseada na Euribor a 3 meses, acrescida de prémios de permanência a partir do segundo ano. Já as OTRV julho 2031 baseiam-se na Euribor a 6 meses com um prémio de apenas 0,25%, sem prémios de permanência.

A última emissão de OTRV ocorreu em julho de 2018, no valor de mil milhões de euros, com as obrigações a oferecerem então uma taxa de Euribor a 6 meses acrescida de 1%.

A principal vantagem das OTRV é a possibilidade de negociação em mercado secundário, o que oferece liquidez aos investidores que queiram desinvestir antes do vencimento. Por outro lado, os Certificados de Aforro garantem o resgate antecipado ao valor nominal, enquanto as OTRV estão sujeitas às flutuações do mercado secundário.

A taxa de juro das “OTRV julho 2031” é variável e revista semestralmente com base na taxa Euribor a 6 meses. Com este indexante a situar-se atualmente em cerca de 2,036%, a remuneração bruta das OTRV julho 2031 andará pelos 2,286% no primeiro semestre.

A última emissão de OTRV ocorreu em julho de 2018, no valor de mil milhões de euros, com as obrigações a oferecerem então uma taxa de Euribor a 6 meses acrescida de 1%. Essas obrigações, que vencem precisamente agora a 23 de julho, proporcionaram aos investidores uma remuneração que variou ao longo dos sete anos conforme a evolução das taxas de mercado.

O programa de financiamento do Estado para 2025 já previa o regresso das OTRV este ano, com o Governo a planear financiar-se em 1,5 mil milhões de euros através destes títulos dirigidos às famílias – algo que foi reforçado com o programa de financiamento do Estado para o terceiro trimestre, divulgado esta segunda-feira.

As OTRV posicionam-se assim como uma alternativa aos tradicionais Certificados de Aforro, mas apresentando algumas diferenças relevantes para os aforradores que devem ser consideradas antes da sua subscrição. Desde logo por exigirem comissões para a sua negociação, podendo “existir despesas de custódia e comissões sobre o pagamento de juros e de reembolso”, destaca o memorando de informação que acompanha esta emissão de OTRV.

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Abrantes foi Capital da Segurança Digital

  • Conteúdo Patrocinado
  • 30 Junho 2025

O Congresso Segurança & Integridade Digital marcou presença em Abrantes, onde estiveram reunidos vários especialistas para discutirem as vantagens e os desafios que a transição digital traz.

Abrantes foi o centro da tecnologia e da proteção digital no dia 26 de Junho. O lema foi o de como a tecnologia já deixou de ser uma opção e as dúvidas que agora surgem estão relacionadas com as vantagens que o digital pode trazer, mas também os cuidados a ter para que esta ferramenta seja apenas uma aliada e não um perigo.

Foi isso mesmo que afirmou Susana Silva, da organização do Congresso, destacando a presença no Congresso de especialistas de áreas diversificadas do mundo digital, para apresentarem os seus pontos de vistas sobre as novas tecnologias. O mesmo referiu Jorge Valamatos, Presidente do Município de Abrantes, assinalando que a realização deste evento de caráter nacional é a prova que os territórios do interior estão prontos para serem parte ativa na transformação digital.

Ao longo do dia houve espaço para vários painéis de debate. O primeiro, dedicado ao tema “O Futuro do Desenvolvimento do Território”, contou com a moderação de André Telheiro Santos (Empresário e Dirigente Associativo) e a participação de Pedro Costa (Comentador Televisivo da CNN Portugal e Diretor Geral da GCI Media Group), Rui Gomes da Silva (ex-Ministro dos Assuntos Parlamentares) e Nobre Francisco (Inspetor Chefe da Polícia Judiciária).

Seguiu-se a discussão sobre “A Transição Digital”, moderado por Susana Silva, coordenadora de Projetos da Telheiro e Gonçalves, com a participação de Fernando Santos Pereira, Vice-Presidente da ANAM (Associação Nacional das Assembleias Municipais), Miguel Borges, Presidente do Município de Sardoal, Margarida Lopes, Presidente do Município de Mação, Luís Filipe Dias, Vereador do Município de Abrantes e Pedro Clemente, Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

O painel final “Secure Regions e Inteligência Artificial – O futuro da segurança no território?” foi moderado por Bruno Batista (Chairman da GCI e comentador televisivo), Hernâni Borges (Coordenador de projetos CCTV SYTEMS IT), Ricardo Mendes (KEENFINITY GROUP) e Silvia Esteves (Inspetora da ASAE UOX Santarém).

O Congresso Segurança & Integridade Digital contou com o apoio institucional do jornal ECO, que esteve representado na sessão de encerramento, pelo seu COO, Diogo Agostinho, que ressalvou a importância de acesso a meios de comunicação fidedignos para refutar informações e como a tecnologia hoje é essencial no apuramento da informação real.

O orador final e organizador do Congresso, Miguel Silva (Presidente da ACE) afirmou: “Como representante do tecido empresarial da região, não posso deixar de sublinhar a importância estratégica que este congresso tem para as nossas empresas. A digitalização já não é um “extra” ou uma tendência do futuro – é uma necessidade do presente. E se queremos que as nossas PME resistam, inovem e cresçam, temos de as apoiar nesta transição, de forma prática, esclarecida e segura”.

O Congresso Segurança & Integridade Digital transformou Abrantes na Capital da Segurança Digital, demonstrando que a tecnologia, a segurança, o território e a comunidade têm de construir o futuro em conjunto.

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Preço da meia dúzia de ovos aumentou quase 28% desde janeiro

  • Lusa
  • 30 Junho 2025

O preço da meia dúzia de ovos estava em 1,61 euros no dia 1 de janeiro e atingiu os 2,06 euros em 25 de junho, segundo dados da Deco.

A meia dúzia de ovos ficou mais cara quase 28% desde janeiro, atingindo os 2,06 euros no final de junho, segundo dados da Deco enviados à Lusa.

O preço da meia dúzia de ovos estava em 1,61 euros no dia 01 de janeiro e atingiu os 2,06 euros em 25 de junho, verificando-se, assim, um aumento de 27,95% ou de mais 45 cêntimos, revelaram os dados compilados pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.

O maior aumento verificou-se no primeiro trimestre, com o preço a agravar-se 27,3% desde janeiro e até 26 de março. Neste período, a meia dúzia de ovos encareceu 44 cêntimos. Ainda assim, desde o início do ano e até 12 de maço, este valor não passou dos 1,70 euros.

Entre 26 de março e 16 de abril, o valor manteve-se estável nos 2,05 euros. Já no dia 23 de abril atingiu um máximo de 2,07 euros, que se repetiu em 14 de maio, 11 e 18 de junho. No segundo trimestre, o preço de uma caixa com meia dúzia de ovos aumentou um cêntimo, passando de 2,05 para 2,06 euros.

A subida do preço dos ovos começou a sentir-se nos EUA, devido a escassez deste alimento, potenciada, desde logo pela gripe das aves, que originou o abate de milhões de galinhas.

No início de março, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o seu antecessor, Joe Biden, de deixar o país numa “catástrofe económica e um pesadelo de inflação”, incluindo com falta de ovos em muitos supermercados ou com preços muito elevados.

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A melhor publicidade do mundo, segundo o Cannes Lions

Conheça os grandes vencedores da edição de 2025 do Cannes Lions, o mais importante festival de criatividade da indústria.

Terminada a 72ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, foram entregues, como habitualmente, vários prémios, tendo Portugal conseguido arrecadar este ano dois ouros, duas pratas e cinco bronzes. Mas as grandes estrelas do festival são as campanhas vencedoras dos Grand Prix.

Conheça os vencedores dos mais de 30 grandes prémios atribuídos este ano no mais importante festival de criatividade do mundo e as campanhas que lhes valeram a distinção.

Audio & Radio

“One Second Ads”, da Africa Creative para a Budweiser, foi a vencedora do Grand Prix na categoria de Audio & Radio. Na campanha, a marca de cerveja desafiava o público a reconhecer canções famosas através de vídeos de apenas um segundo. O conceito baseou-se na ideia de que verdadeiros amantes de música conseguem reconhecer as suas favoritas quase instantaneamente, transformando cada anúncio seu num desafio envolvente para os fãs. A marca recorreu ainda a influenciadores digitais para amplificar o engagement da ação.

Brand Experience & Activation e Digital Craft

“Caption For Intention”, projeto criado pela FCB Chicago, em colaboração com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a Chicago Hearing Society e a Rakish Entertainment, foi a campanha vencedora do Grande Prémio nas categorias de Brand Experience & Activation Lions e de Digital Craft. A campanha apresenta um sistema de legendas que ajuda o público com deficiência auditiva a vivenciar não apenas as palavras, mas também a emoção, o tom e o ritmo das cenas.

Creative B2B

Na categoria de Creative B2B (business to business) a grande vencedora foi a campanha “Act Like You Know”, da Quality Meats para a GoDaddy. A campanha transformou o ator Walton Goggins num empreendedor, para provar o poder da inteligência artificial do novo GoDaddy Airo, tendo sido construído um ecossistema completo, como um site funcional, e-commerce e conteúdos nas redes sociais. O objetivo era transmitir a ideia de que a plataforma de IA GoDaddy Airo permite que qualquer empresa, por mais pequena que seja, pareça grande, mesmo sem “saber o que está a fazer”.

Creative Business Transformation e Dan Wieden Titanium

A Publicis Conseil, com o trabalho “Three Words”, para a Axa, foi a grande vencedora de duas categorias do festival: Creative Business Transformation e Dan Wieden Titanium. Na campanha, a Axa transformou uma cláusula de seguro — que ninguém lê — numa arma concreta contra a violência doméstica, ao incluir a expressão “e violência doméstica” nas apólices de seguro obrigatórias para a habitação em França. A proteção entrou de forma obrigatória em 3,5 milhões de contratos em 2024.

Creative Commerce

A ideia vencedora do grande prémio em Creative Commerce passou por dar uma nova vida aos cupões já fora de validade, permitindo aos consumidores renovar os seus descontos, caso também comprassem produtos Ziploc. A criatividade de “Preserved Promos” foi da VML New York.

Creative Data

A categoria de Creative Data destaca-se desde logo pelo facto de a campanha vencedora do Grand Prix se encontrar sob investigação por suspeitas de manipulação de dados e uso indevido de partes de reportagens que colocam em causa a sua veracidade, refere a Ad Age. Trata-se da campanha “Efficient Way to Pay”, da DM9 para a Consul, que propõe um modelo inédito de aquisição de eletrodomésticos, que vincula o seu pagamento à poupança conseguida na conta da luz conseguida através da troca por aparelhos mais eficientes.

Creative Effectiveness

A campanha da TBWA\Media Arts Lab para a Apple foi a vencedora do grande prémio em Creative Effectiveness, que usa a ideia “ridiculamente simples” de posicionar o iPhone como a única ferramenta necessária para fotografar algo incrível.

Creative Strategy e Glass: The Lion for Change

A campanha “Real Beauty: How a Soap Brand Created a Global Self‑Esteem Movement”, da Ogilvy London para Dove, conseguiu uma distinção dupla em termos de grande prémio, ao conquistar o prémio principal tanto na categoria de Creative Strategy como de Glass: The Lion for Change. O trabalho destaca o impacto da marca na luta pela valorização da beleza real e inclusão social, ao mostrar como se tornou um ícone global no combate à baixa autoestima feminina.

Entertainment

Foi com a curta-metragem “Night Fishing” para a Hyundai que a Innocean Seoul conquistou a maior distinção do festival na categoria de Entertainment. A campanha, um thriller de curta duração filmado integralmente a partir de sete câmaras fixas instaladas num automóvel, foge aos formatos publicitários tradicionais, apresentando uma narrativa cinematográfica sem elementos promocionais diretos.

Entertainment for Gaming

Já na categoria Entertainment Lions for Gaming, foi o trabalho “Call of Discounts”, da GUT São Paulo para o Mercado Livre, a vencedora do Grand Prix. A campanha contou com Neymar, que entrou no jogo de Call of Duty com o objetivo de sobreviver o máximo de tempo possível disfarçado de objetos, enquanto os espectadores de uma live na Twitch podiam entrar e “caçar” o jogador, desbloqueando descontos reais no Mercado Livre.

Entertainment for Music

“Tracking Bad Bunny”, da DDB Latina Porto Rico para Rimas Music, foi a campanha vencedora na categoria de Entertainment for Music. O projeto conduziu os fãs de Bad Bunny a uma caça ao tesouro digital, ao substituir os títulos das suas músicas no Spotify por coordenadas. Ao inserirem essas coordenadas no Google Maps, os fãs descobriam locais icónicos de Porto Rico — país de origem do cantor — bem como a verdadeira lista de faixas do álbum “Debí Tirar Más Fotos”.

Entertainment for Sport

A David New York recebeu o Grand Prix pela campanha “Haaland Payback Time” para o jogo Clash of Clans da Supercell. Reconhecendo a popularidade e veia goleadora de Erling Haaland, a Supercell transformou Haaland na primeira pessoa real a ser retratada no Clash of Clans, oferecendo aos jogadores a oportunidade de poderem derrotar o jogador.

Film Craft

Criada pela agência Bear Meets Eagle On Fire (Sidney) para a Telstra, a campanha “Better on a Better Mobile Network”, vencedora do grande prémio em Film Craft, é composta por 26 filmes em stop-motion, onde cada um apresenta versões animadas de animais das diferentes regiões australianas que são servidas pela rede Telstra.

Film

O trabalho “The Final Copy of Ilon Specht”, da McCann Paris para a L’Oréal Paris, foi o vencedor do grande prémio na categoria de Filme. A campanha presta homenagem a Ilon Specht, responsável pelo icónico slogan da L’Oréal ‘Porque Eu Mereço’.

Grand Prix for Good e Lions Health and United Nations Grand Prix for Good

A campanha “The Best Place in the World to Have Herpes”, da Finch (Sidney) e Motion Sickness (Auckland) para a New Zealand Herpes Foundation conquistou o Grand Prix for Good e o Lions Health and United Nations Grand Prix for Good. A mesma tinha como objetivo desmistificar o estigma em relação ao herpes atarvés de um supsoto vídeo de publicidade turística.

Health & Wellness e Social & Creator

“Vaseline Verified”, da Ogilvy Singapore para a Vaseline, foi a grande vencedora das categorias de Health & Wellness e de Social & Creator, ao validar cientificamente dicas engenhosas dadas por consumidores que se tornaram virais e que demonstravam a versatilidade de Vaseline.

Industry Craft

A brasileira Artplan conseguiu arrecadar o Grand Prix em Industry Craft com a campanha “Corpo Preto”, criada para o IDOMED, e que acompanha a jornada de um homem negro que enfrenta a negligência e invisibilidade no atendimento médico brasileiro.

Innovation

Na categoria de Innovation, o grande prémio foi conquistado pela campanha “Sounds Right”, da AKQA Copenhagen para o Museu das Nações Unidas. A campanha apresentou a “Nature” (ou seja, a Natureza) como uma artista, passando a ser considerada como tal no Spotify, onde conta com mais de 1.705.000 ouvintes mensais, transformando as transmissões de música (sons da Natureza) em mecanismos de arrecadação de fundos destinados à conservação ambiental.

Luxury

A Havas Play Paris foi a agência vencedora do Grand Prix da categoria de Luxo. A distinção foi obtida com o trabalho ‘The Partnership That Changed Everything’, para a LVMH. No projeto, o grupo de luxo francês, em vez de patrocinar os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, optou por se tornar cocriadora do evento, tendo conseguido, com várias das suas marcas, “misturar artesanato, desporto e orgulho nacional numa história singular contada por cada uma de suas Maisons”.

Media

Já na categoria de Media, a distinção máxima foi atribuída à Mindshare New York e Droga5 São Paulo pelo trabalho “Dove Real Beauty Redefined for the AI Era”. No âmbito do projeto, a Dove, depois de identificar que uma em cada três mulheres se sentia pressionada em alterar a sua aparência por causa de imagens idealizadas por IA, decidiu hackear o algoritmo do Pinterest, para substituir os resultados de buscas por imagens editadas por fotos reais de mulheres.

Outdoor

O grande prémio da categoria de outdoor foi dividido entre dois trabalhos. “Phone Break”, da VML Praga para a KitKat mostrou cartazes sem logos que espelhavam o público viciado em telemóvel, convidando-o a fazer um “break”. Já no caso da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, um consórcio de agências francesas (Paname 24, Auditoire, Double 2, Obo e Havas Paris-Havas Events) apostou em instalações ao ar livre na capital francesa, transformando os próprios monumentos da cidade em veículos de mensagem, a propósito do evento desportivo.

Pharma

“Make Love Last”, da Ogilvy Shanghai para a Viagra, arrecadou o grande prémio em Pharma. A campanha, que procurou humanizar o tema da disfunção erétil, misturando vídeo, fotografia time-lapse e depoimentos de casais reais que convivem com este problema, conseguiu escapar aos limites da regulação ao transformar o ato sexual em silhuetas desfocadas.

PR

Na categoria de PR, a grande vencedora foi campanha “Lucky Yatra”, desenvolvida pela FCB India para a Indian Railways. Para incentivar à compra de viagens de comboio, tendo em conta que 41% dos passageiros na Índia viajam sem pagar, cada bilhete de viagem ferroviária foi “transformado” num bilhete de lotaria.

Print & Publishing

Já em Print & Publishing, o galardão máximo foi entregue à campanha “Price Packs”, desenvolvida pela Serviceplan Germany para a Penny. Numa altura em que a inflação subiu de forma intensa, a loja de descontos alemã Penny concentrou-se em manter alguns produtos a preços estáveis. A forma de comunicar isso passou por alterar a identidade visual dos produtos, passando as próprias embalagens a mostrar os preços.

Sustainable Development Goals

“The Amazon Greenventory”, da Africa Creative para a Natura, conseguiu o grand prix em Sustainable Development Goals depois de, recorrendo a drones e inteligência artificial, ter mapeado cerca de 400 km² da Amazónia (área equivalente a 100 mil campos de futebol), contribuindo depois para práticas de extração sustentável.

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Ministério Público pede prisão efetiva superior a cinco anos para Madureira

  • Lusa
  • 30 Junho 2025

O Ministério Público pediu penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para os arguidos Fernando e Sandra Madureira, Vítor 'Catão', Hugo Polaco, Vítor 'Aleixo', e o seu filho.

O Ministério Público (MP) pediu esta segunda-feira penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para os arguidos Fernando e Sandra Madureira, Vítor ‘Catão’, Hugo Polaco, Vítor ‘Aleixo’, e o seu filho, que tem o mesmo nome, no âmbito da Operação Pretoriano.

A procuradora Susana Catarino defendeu ainda penas suspensas para os restantes seis arguidos e condenações mais gravosas para Fernando e Sandra Madureira, por liderarem a alegada planificação dos distúrbios da Assembleia Geral (AG) do FC Porto de novembro de 2023.

Nas alegações finais, no Tribunal de São João Novo, no Porto, a magistrada do MP começou por caracterizar um “interesse desmedido” do antigo líder da claque portista na aprovação dos estatutos em votação, motivado pelos rendimentos que auferia ao abrigo da então direção do clube.

Fernando Madureira explicou que tem rendimentos relativos à venda de merchandising do clube. Fernando e Sandra Madureira queriam garantir que continuavam a ter financiamento direto. A não aprovação da proposta de revisão dos estatutos era vista como uma derrota, tinham um interesse desmedido no apoio a Pinto da Costa”, alegou.

Apontou também que a provocação do clima intimidatório partiu de um conluio com a Mesa da AG e a segurança privada contratada pelo emblema ‘azul e branco’, que terão permanecido passivos e coniventes com os desacatos que se verificavam numa ação concertada.

Ademais, o MP enalteceu as testemunhas da acusação por terem “dado voz” às imagens de videovigilância, destacando a sua “coragem” para contrariar versões que classifica de incoerentes por parte dos arguidos.

A procuradora fez uma leitura extensiva de mensagens em grupos dos Super Dragões na rede social whatsapp, com incentivos à entrada ilícita por parte de não sócios na AG e à criação de um clima de coação para com os apoiantes da putativa candidatura de André Villas-Boas à presidência dos ‘dragões’.

Sustentou que Fernando Madureira distribuiu pulseiras de credenciação e coordenou as entradas no pavilhão Dragão Arena, enquanto Sandra Madureira se encarregou sobretudo de impedir adeptos de filmarem dentro do recinto, entre outras alegações.

É altura de fazer justiça perante os que nem os olhos podiam levantar, os que tiveram de ir para o hospital, os que vivem ainda hoje com medo dos arguidos. É importante passar a mensagem aos arguidos de que não podem fazer o que querem”, concluiu.

Durante a manhã, decorreram ainda as alegações do FC Porto, que se constituiu assistente no processo, com o clube a destacar que a prova testemunhal foi limitada por muitos dos presentes na AG se sentirem intimidados em depor.

“Se a acusação pecou, foi por defeito. A prova produzida é cabal, havia um plano traçado”, reiterou a advogada do FC Porto, concordando com as penas pedidas pelo MP.

Corroborando a tese da acusação, criticou a forma como as defesas operaram em todo o processo, desde a forma como se dirigiam às testemunhas ao pedido de sessões para visualização integral das 18 horas de imagens de videovigilância, durante a fase instrutória.

“Jamais se podem normalizar comportamentos violentos no desporto. A atuação dos arguidos é conhecida e publicitada. Em fase de inquérito, Fernando Madureira disse que era líder de claque e não dos escuteiros. A forma de atuação de Fernando Madureira terá ficado impune no passado e sido desvalorizada”, avaliou.

Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira, começaram em 17 de março a responder por 31 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto, sob forte aparato policial nas imediações.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023.

Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases.

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