Governo anuncia no Canadá “revolução” nos serviços consulares

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

A "segunda grande revolução" nos serviços consulares passa pela introdução de novos passaportes e equipamentos tecnológicos para reforçar a proximidade às comunidades.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, anunciou esta terça-feira, em Toronto, uma “segunda grande revolução” nos serviços consulares, com a introdução de novos passaportes e equipamentos tecnológicos para reforçar a proximidade às comunidades.

“Estamos a trabalhar para que, dentro de um ano a um ano e meio, possamos ter novos passaportes com validade de dez anos e novos equipamentos portáteis para os funcionários consulares”, afirmou José Cesário, que é cabeça de lista da Aliança Democrática – PSD/CDS pelo círculo Fora da Europa às próximas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Segundo Cesário, esta modernização permitirá “aproximar ainda mais os consulados das comunidades, com condições de proximidade quase total”. A medida segue o modelo iniciado em 2011 com as primeiras permanências consulares, que permitiram levar os serviços do Estado português a regiões como Winnipeg, Thunder Bay, Kitchener, Cambridge, Leamington e London, no Canadá.

As declarações de José Cesário surgiram durante a entrega, no Consulado-Geral de Portugal em Toronto, da Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas a Fernando Couto, primeiro padre português ordenado no Canadá, e a António do Forno, histórico dirigente associativo de Chatham, Ontário.

Fernando Couto, que recebeu o título de Monsenhor em 2019 por decisão do Papa Francisco, destacou o papel da comunidade no seu percurso: “Na vida, tiramos aquilo que colocamos dentro. Esta medalha é também deles”.

Já António do Forno, de 90 anos, cofundador do Portuguese Canadian Social Club of Chatham e promotor do ensino da língua portuguesa na região, apelou ao reforço da ligação entre os luso-descendentes e a cultura de origem: “É importante que os mais jovens continuem a fortalecer a nossa comunidade.”

José Cesário reiterou a necessidade de incentivar a participação dos jovens luso-descendentes no movimento associativo para garantir a continuidade e vitalidade das comunidades no estrangeiro. “Precisamos de novas referências, jovens que assumam papéis ativos na vida comunitária. Só assim poderemos assegurar o futuro destas magníficas comunidades”, concluiu.

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📹 Rendas e juros de crédito à habitação dão alívio no IRS. Saiba como

Famílias podem deduzir até 600 euros das despesas com rendas e até 296 euros dos juros de empréstimos, anteriores a 2011. Já os senhorios têm de pagar imposto, explica o fiscalista Ricardo Reis.

Inquilinos ou famílias com empréstimo bancários, contraídos até 31 de dezembro de 2011, podem deduzir as despesas com a casa no IRS até um determinado limite, desde que se trata de habitação própria e permanente, como explica o fiscalista Ricardo Reis, da Deloitte, ao ECO.

No caso das rendas, é possível abater ao imposto a pagar 15% das despesas até a um máximo 600 euros, valor que é majorado para 900 euros, se a família tiver rendimentos anuais inferiores ao primeiro escalão de IRS, que corresponde a 7.703 euros de matéria coletável. Se tiver um empréstimo bancário, anterior a 31 de dezembro de 2011, pode deduzir 15% dos juros até 296 euros. Este teto sobe para 450 euros, caso os ganhos anuais não atinjam o primeiro escalão do IRS.

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“O contribuinte deve ir ao quadro 6 C do anexo H, relativo às deduções à coleta, e verificar, em primeiro lugar, se, no pré-preenchimento da declaração, as despesas com rendas, no caso de inquilinos, e de juros, no caso de créditos à habitação, já se encontram inseridas. Se estiver tudo bem, basta assinalar que aceita o pré-preenchimento”, indica Ricardo Reis.

“Se detetar algum erro pode, em alternativa, inserir manualmente os custos com rendas, no código 654, e com juros, no código 655”, sugere o fiscalista. No entanto, alerta que, “se optar por esta via, terá também de inserir manualmente todas as outras despesas e não apenas as relacionadas com habitação”. Ou seja, “terá de colocar igualmente os gastos com educação, saúde ou as despesas gerais e familiares”, sublinha.

Do lado dos senhorios, há imposto a pagar relativo à categoria de rendimentos prediais, que podem ser sujeitos a uma taxa autónoma ou englobados com os restantes ganhos, o que depois irá influenciar na taxa efetiva de IRS. É preciso simular uma e outra situação para saber qual a mais vantajosa.

Se escolher a taxa especial, tem de preencher o quadro 4 do anexo F. O imposto começa nos 28%, para contratos anteriores a 1 de janeiro 2019 e que nunca foram renovados. Depois dessa data, há uma redução da tributação para 25%, caso se trata de habitação própria e permanente, e que pode baixar para 5% para contratos de muito longa duração, com mais de 20 anos. Segundas habitações são sempre tributadas à taxa de 28%.

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Lucros da Farminveste crescem cerca de 8% em 2024

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Em 2024, a área cuja evolução foi mais significativa foi a da distribuição farmacêutica que cresceu 1,9% face a 2023, “seguida da área de sistemas de informação, que cresceu 2,2 milhões de euros".

A Farminveste SGPS registou, no ano passado, lucros de 11,2 milhões de euros, uma subida de perto de 8% em relação ao valor obtido no período homólogo, adiantou, num relatório e contas divulgado esta terça-feira.

Esta melhoria do resultado líquido consolidado da Farminveste SGPS (+0,8 milhões de euros) resultou da evolução dos indicadores operacionais correntes, verificáveis ao nível do EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações], onde a evolução face a 2023 foi superior à evolução dos gastos de financiamento”, lê-se no documento.

No ano passado, o volume de negócios da empresa foi de 844,7 milhões de euros, “o que representa um crescimento de 2,1% face ao ano anterior”, destacou. Em 2024, referiu o grupo, a área cuja evolução foi mais significativa foi a da distribuição farmacêutica que cresceu 1,9% face a 2023, “seguida da área de sistemas de informação (Glintt Global), que cresceu 2,2 milhões de euros (+1,8% do que em 2023)”.

Já a área de desenvolvimento da atividade da farmácia “contribuiu positivamente, com um crescimento de 700 milhões de euros (+3,5% do em quem 2023)”. Por sua vez, o segmento de inteligência sobre o mercado farmacêutico “apresentou uma diminuição do seu volume de negócios em Portugal de 600 mil euros”.

“O setor imobiliário manteve a sua atividade enquanto a área corporativa, cujas receitas são maioritariamente internas, teve um decréscimo de atividade devido à internalização de serviços por parte das empresas, que até então eram assegurados na modalidade de serviços partilhados”, refere a empresa.

Em termos consolidados, o EBITDA da Farminveste SGPS foi de 46,9 milhões de euros, um aumento de 4,2% face ao período homólogo. A dívida líquida reduziu-se em 2,5 milhões de euros em 2024, para 212,5 milhões de euros, no final de 2024.

 

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Perdas seguradas podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha, menores em Portugal

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Os pagamentos das seguradoras devem ser mitigados porque a energia voltou em menos de 12 horas - apenas após esse período estão cobertas a maioria das perdas por interrupções de negócios.

As perdas relacionadas com interrupções de negócios após o apagão desta segunda-feira podem levar a grandes indemnizações das seguradoras, que podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal, calcula a DBRS.

Numa nota enviada esta terça-feira, a DBRS sinaliza que a falha de energia que afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha pode gerar um aumento nas reivindicações relacionadas com seguros residenciais, comerciais, de viagem e de interrupção de negócios.

“Embora seja difícil fornecer uma estimativa das perdas seguradas na situação atual, a nossa expectativa inicial é que as perdas seguradas variem entre 100 e 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal“, aponta a agência de notação financeira, destacando que “as perdas económicas totais serão várias vezes maiores que essas estimativas”.

Apesar de admitir que as seguradoras provavelmente vão considerar as perdas financeiras derivadas deste evento geríveis, “as seguradoras espanholas e portuguesas provavelmente receberão um volume excecional de sinistros após o apagão, o que poderá colocar as suas capacidades operacionais sob pressão”.

Mario de Cicco, vice-presidente de Seguros Globais e Classificações de Pensões da Morningstar DBRS, sinaliza, citado em comunicado, que apesar das perdas relacionadas com interrupções de negócios poderem “ser graves e possivelmente levar a grandes indemnizações”, a “maioria das apólices de seguro normalmente começa a cobrir danos decorrentes de interrupções de negócios apenas após 12, 24 ou até 48 horas”.

“Como resultado, os pagamentos das seguradoras devem ser amplamente mitigados pelo facto de o fornecimento de energia ter sido quase totalmente restabelecido em menos de 12 horas”, concluiu.

No que diz respeito aos detentores de seguro de viagem, estes deverão ter “direito a alguma indemnização devido às grandes interrupções no transporte ferroviário e aos cancelamentos de voos, contudo, isso poderá ser amplamente atenuado devido ao lento retorno aos serviços normais no dia seguinte”.

Já a incidência de acidentes de carro “parece ser pequena”, nota a DBRS.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu esta terça-feira de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

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Pagamentos na rede Multibanco caíram 40% com o apagão. Foi “em linha com o domingo de Páscoa”

O apagão reduziu para quase metade o número de transações na rede da SIBS. Números recuperaram entretanto para níveis normais.

Apesar da rede da SIBS não ter sido afetada pelo apagão, o encerramento de estabelecimentos comerciais e de acesso às máquinas de multibanco levou a uma queda de 40% nas transações na segunda-feira.

“O número de transações processadas na Rede Multibanco foi aproximadamente de 8 milhões de operações, em linha com o domingo de Pascoa, e 40% inferior ao expectável num dia normal“, afirma a SIBS em resposta ao ECO.

O gráfico partilhado pela empresa de sistemas de pagamentos mostra uma quebra significativa após o apagão, que ocorreu às 11h33. Seguiu-se uma ligeira recuperação, voltando depois o número de transações a cair progressivamente até ao final do dia.

“Com os constrangimentos provocados pela falha geral de energia, verificou-se um decréscimo gradual da atividade económica e de utilização dos serviços, a par do encerramento da atividade comercial e dos locais de instalação/ serviço dos equipamentos”, informa a SIBS.

A atividade regressou, entretanto, aos níveis habituais. “Hoje às 14:40, já tinha sido atingido o mesmo número de operações, em linha com o expectável num dia normal comparável“, afirma a empresa liderada por Madalena Cascais Tomé.

A SIBS salienta ainda que “os serviços prestados estiveram sempre operacionais e a funcionar durante todo o dia” de segunda-feira, tal como acontece esta terça-feira: “O dia de hoje recomeçou com os serviços da SIBS integralmente disponíveis e, com a retoma da falha de energia e da atividade comercial, também com os terminais da Rede Multibanco com atividade na quase totalidade das localizações”.

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Mais de 60 mil crianças inscritas no Portal das Matrículas para o pré-escolar e 1.º ciclo

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

As matrículas das crianças que em setembro vão para o pré-escolar ou para o 1.º ano de escolaridade começaram há exatamente uma semana e terminam no final de maio.

Os encarregados de educação realizaram mais de 60 mil inscrições de crianças para o pré-escolar e 1.º ano de escolaridade na primeira semana de funcionamento do Portal de Matrículas, segundo dados do Ministério da Educação.

Até ao momento, já foram submetidas 62.048 matrículas/renovações relativas à Educação Pré-Escolar e ao 1.ºano do Ensino Básico, cujo prazo se prolonga até 31 de maio”, avançou o gabinete de comunicação do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), esta terça-feira.

Alguns encarregados de educação revelaram estar com dificuldades no acesso ao portal, mas segundo a tutela o problema existe apenas quando se tenta a autenticação via Autoridade Tributária, que “está indisponível temporariamente, uma vez que o Portal das Finanças se encontra em baixo”. No entanto, “o acesso ao Portal das Matrículas continua operacional via Gov.Pt”, acrescentou o ministério.

As matrículas das crianças que em setembro vão para o pré-escolar ou para o 1.º ano de escolaridade começaram há exatamente uma semana e terminam no final de maio, sendo as colocações conhecidas a 1 de julho. As famílias que não consigam um lugar na rede pública poderão candidatar-se às vagas que venham a surgir na sequência dos concursos que estão a decorrer para a abertura de mais vagas em estabelecimentos de ensino particulares e cooperativos e instituições de solidariedade social.

As famílias mais carenciadas terão prioridade e a ideia é reforçar a oferta nos concelhos com mais procura, que se situam maioritariamente na zona de Lisboa, como é o caso de Sintra, Seixal, Amadora, Odivelas, Lisboa e Barreiro. O plano do ministério prevê a abertura de novas salas com o mínimo de 20 crianças e um máximo de 25 ou então adaptar as existentes para receber mais crianças.

Entretanto, a associação representativa do ensino privado alertou para o facto de o valor apresentado pelo Governo para suportar o custo de cada aluno (pouco mais de 200 euros) não ser suficiente para cobrir os custos. Segundo a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), as escolas de pré-escolar privado deverão optar por abrir apenas vagas para lotar as turmas já existentes, sendo financeiramente difícil abrir novas salas.

A matrícula deve ser feita online no Portal das Matrículas, mas continua a ser possível fazê-lo presencialmente nas escolas. Antes do pré-escolar, as crianças podem beneficiar de creche gratuita, que abrange todas as crianças nascidas a partir de setembro de 2021.

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Capital de risco cria cinco vezes mais emprego que a média europeia

Mais de 300 mil empregos foram criados por empresas financiadas por capital de risco em 2023. Mais de 28 mil empresas, em vários setores e regiões, foram apoiadas, aponta a Invest Europe.

Em 2023 a indústria de private equity e de venture capital criou 339.149 novos postos de trabalho, mais 5% em relação ao ano anterior e acima do 1% de crescimento registado em toda a economia europeia no mesmo ano, aponta o relatório anual “Private Equity at Work”, da Invest Europe. Energia e ambiente, seguido das tecnologias de informação e comunicação (TIC) foram os setores que mais cresceram.

“Este desempenho prova que o setor é decisivo para a reindustrialização da Europa e para garantir a sua independência e autonomia económica”, afirma Stephan de Moraes, presidente da Associação Portuguesa De Capital De Risco (APCRI), citado em comunicado.

Mais de 500 mil milhões de euros (576 mil milhões) foram investidos, entre 2019 e 2023, por private equity localizadas na Europa. Tendo 213 mil milhões sido injetados diretamente por fundos de pensões e seguradoras nas private equity no mesmo período.

Capital que foi injetado na economia europeia. Mais de 28 mil empresas (28.610), em vários setores e regiões, foram apoiadas, das quais 21.536, estima o estudo da Invest Europe, são PME que empregam 1.042.013 pessoas.

Investimento com impacto na criação de emprego. Um total de 11,2 milhões de pessoas trabalhavam em empresas financiadas por private equity, o que representa 5% da força de trabalho na Europa, aponta o relatório. “Outros três milhões de pessoas estão empregadas nos setores dos produtos e serviços às empresas e dos produtos e serviços ao consumidor. Mais de 1,6 milhões de profissionais trabalham nas TIC e quase 1,4 milhões na biotecnologia e nos cuidados de saúde, elenca.

O setor da Energia e do Ambiente foi o que cresceu mais, 9,5% (mais 21.397 trabalhadores, para um total de 402.039 trabalhadores), seguido das TIC (+5,8%). O setor da biotecnologia e dos cuidados de saúde registou um crescimento de 5,5%, o equivalente a quase 49 mil novos trabalhadores.

Desde 2017, as TIC têm sido o setor mais dinâmico em termos de emprego, crescendo a uma taxa média anual de 11,2%, aponta o relatório.

Fonte: “Private Equity at Work”, da Invest Europe.

 

“O desempenho da indústria de capital de risco vem provar, mais uma vez, que este é um setor decisivo para promover a reindustrialização da Europa e garantir a sua independência e autonomia económica face à China e aos Estados Unidos da América”, diz Stephan de Moraes, presidente da APCRI. “As empresas investidas por fundos de private equity e de venture capital têm desempenhos muito acima dos respetivos setores e criam mais e melhor emprego, contribuindo para a competitividade europeia no mercado global”, defende.

“Tendo em conta os desafios que a economia europeia enfrenta e a necessidade imperiosa do aprofundamento do Mercado Único, é importante que as associações de capital de risco dos vários países europeus se coordenem de forma a possibilitar o crescimento da indústria na Europa”, defendeu Stephan de Moraes na abertura da conferência que a Luxembourg Private Equity & Venture Capital Association – LPEA, que se realizou esta terça-feira em Lisboa.

“Só assim o continente europeu será independente, tanto em termos financeiros e industriais, como em termos de inovação, realizando o potencial da força da economia deste continente”, argumenta o presidente da APCRI.

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Seguradora Aspen lança IPO vendendo ações da Apollo

A resseguradora e seguradora com sede nas Bermudas vai cotar ações na NYSE e começa a operação vendendo ações da Apollo esperando arrecadar 392 milhões de dólares.

A seguradora e resseguradora Aspen Insurance Holdings anunciou esta terça-feira o lançamento de uma oferta pública inicial (IPO) de 11 milhões de ações a serem vendidas por entidades geridas por filiadas da Apollo Global Management. Esta gestora de fundos tinha comprado a totalidade da Aspen em 2019 num negócio em dinheiro, avaliando a empresa em 2,6 mil milhões de dólares e retirando-a das bolsas de Nova Yorque (NYSE) e das Bermudas.

Agora a Aspen vai voltar à NYSE com venda de um bloco de ações representativas de 13,5% do capital, que poderão render 392 milhões de dólares à Apollo, avaliando o conjunto da empresa em 2,9 mil milhões de dólares. Os acionistas vendedores concederam ainda aos subscritores do IPO uma opção de 30 dias para adquirir até 1.650.000 ações adicionais, o que dará, a concretizar-se, um total de 15% das ações da Aspen nas mãos dos novos proprietários.

A Aspen Insurance é uma holding sediada nas Bermudas, com atividades de comercialização e subscrição de seguros e resseguros especializados. Tem subsidiárias integrais na Austrália, Bermudas, Canadá, Singapura, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

A holding opera através de dois segmentos, tem a Aspen Re que fornece resseguro a companhias cedentes, incluindo resseguro de catástrofes patrimoniais, responsabilidade civil e resseguros especializados. No outro segmento, a Aspen Insurance, oferece produtos de seguros de primeira linha e especializados, seguros de responsabilidade civil e seguros financeiros e profissionais.

Enquanto grupo, a Aspen obteve um volume de prémios emitidos de 4,6 mil milhões de dólares em 2024, mais 16% que um antes, com 381 milhões de resultados técnicos, correspondente a um rácio combinado de 86% (acima de 100% é considerado prejuízo no negócio segurador).

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Eclipse no Algarve: quatro chefs Michelin iluminam o Solalua

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 29 Abril 2025

Pedro Pinto junta-se a nomes como Vasco Coelho Santos, Henrique Sá Pessoa, Alexandre Silva e Louise Bourrat para criar jantares únicos no Viceroy at Ombria Algarve.

Há lugares que pedem silêncio. Outros, memória. O Solalua, restaurante gastronómico do novo Viceroy at Ombria Algarve, convida a ambos — e acrescenta algo mais: tempo para sentir. Entre maio e novembro, este refúgio entre colinas será palco de Eclipse, um ciclo de jantares a quatro mãos que junta o chef residente Pedro Pinto a quatro nomes maiores da cozinha portuguesa contemporânea: Vasco Coelho Santos, Henrique Sá Pessoa, Alexandre Silva e Louise Bourrat.

Cada noite de Eclipse será uma celebração de criatividade e respeito pelo território, com dois universos gastronómicos a tocarem-se como num eclipse — o nome não foi escolhido ao acaso. Cada dupla propõe um menu de 10 momentos, onde cinco pratos nascem das mãos de Pedro Pinto, e cinco do chef convidado. A experiência é íntima, para apenas 25 pessoas, e inclui harmonização vínica (por 225 euros por pessoa).

O primeiro encontro está marcado já para este fim-de-semana, 2 e 3 de maio, com Vasco Coelho Santos (Euskalduna Studio, 1 estrela Michelin). Seguem-se Henrique Sá Pessoa (Alma, 2 estrelas) a 11 e 12 de julho, Alexandre Silva (Loco, 1 estrela) a 12 e 13 de setembro, e Louise Bourrat (BouBou’s) a 7 e 8 de novembro.

A curadoria é de Nelson Marques, autor da coleção Chefs Sem Reservas, e o conceito reflete a alma do próprio restaurante: Solalua — sol e lua — dois astros que raramente se encontram, mas quando o fazem, geram magia.

Pedro Pinto é o chef residente do Solalua.

 

A cozinha de Pedro Pinto é feita dessa mesma matéria rara. Poética, sensorial e profundamente ancorada no território. A “bola de Berlim” recheada com creme de caranguejo, o beignet com sorvete de leite de cabra e mel ou o cocktail de ostra, Pêra Rocha e hortelã-do-rio (uma planta selvagem descoberta nas redondezas), são alguns exemplos dessa narrativa comestível, desenhada em conjunto com a chef residente Diana Nunes e o barman João Felicidade.

O cenário não podia ser mais inspirador. O Viceroy at Ombria Algarve, inaugurado em outubro de 2024, é o primeiro hotel da marca norte-americana em Portugal. Aqui, a arquitetura funde-se com a natureza, os materiais respiram autenticidade e o luxo veste-se de calma. Rodeado por colinas verdes, olivais e caminhos de xisto, o hotel é uma ode ao sul secreto do país, onde o tempo corre devagar e cada detalhe tem alma. No Solalua, janta-se sob as estrelas. E até outubro, também com elas.

Jantares Eclipse no Solalua
Viceroy at Ombria Algarve
Reservas: +351 289 078 300
E-mail: [email protected]

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INE adia publicação do crescimento da economia e da taxa de inflação devido ao apagão

Publicações previstas para quarta-feira foi adiada para sexta-feira. Organismo de estatística justifica com a "falha de energia que impediu a conclusão dos trabalhos".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) adiou a publicação do crescimento da economia no primeiro trimestre e a taxa de inflação em abril, devido ao apagão que paralisou na segunda-feira o país. A divulgação prevista inicialmente para quarta-feira foi adiada para sexta-feira.

No calendário do organismo de estatística surge a indicação de que a publicação foi adiada “devido à falha de energia que impediu a conclusão dos trabalhos“.

No quarto trimestre do ano passado, a atividade acelerou 1,5% face ao trimestre anterior e 2,8% na comparação homóloga. Na globalidade, em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% em 2024, após a subida de 2,6% em 2023.

De acordo com o INE, na comparação face ao trimestre anterior, a evolução no final do ano deveu-se à aceleração da procura interna, com o consumo privado (crescimento de 5% face a 3,8% no trimestre anterior) a compensar a queda de 0,9% do investimento (face a um crescimento de 1,9%).

Por seu lado, o consumo público desacelerou ligeiramente para uma variação de 0,9% (1,0% no trimestre precedente). Por sua vez, o contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi menos negativo, devido a um crescimento de 4,1% das exportações de bens e serviços e de 4,7% das importações de bens e serviços.

Comparando com o trimestre anterior, o PIB avançou 1,5%, após uma taxa de 0,2% no trimestre anterior. O contributo da procura externa líquida para a taxa de variação em cadeia do PIB passou a positivo, tendo as importações de bens e serviços registado uma diminuição no quarto trimestre.

Já o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB diminuiu para 0,6 pp. devido à redução do investimento, refletindo “sobretudo o contributo negativo da variação de existências associado em grande medida ao comportamento dos fluxos de comércio internacional”.

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Já abriu o concurso para criar rede de fornecedores para acelerar produtos inovadores na indústria

As empresas interessadas podem apresentar a candidatura, “submetendo um plano estratégico detalhado que demonstre o impacto positivo esperado na economia regional e nacional”.

O concurso para criar redes de fornecedores inovadores foi lançado esta terça-feira. Em causa está uma manifestação de interesse de empresas para integrar a Rede de Fornecedores Inovadores, uma medida que integra o programa Acelerar a Economia. O objetivo é apoiar a criação de consórcios de inovação para desenvolver e fornecer bens e serviços inovadores de média e alta tecnologia a polos de produção industrial.

Os consórcios serão liderados por empresas nucleares de maior dimensão, em colaboração com os seus fornecedores, nomeadamente PME, Small Mid Caps e/ou Entidades Não Empresariais do Sistema de Investigação e Inovação (ENESII).

“Nesta fase inicial, as empresas nucleares são convidadas a manifestar interesse em liderar os consórcios, que poderão, numa etapa subsequente, beneficiar de financiamento através de avisos específicos no âmbito do Portugal 2030”, explica o comunicado do Compete 2030, complementando o despacho publicado a 17 de abril que explicava que as empresas nucleares, que atuem em polos de especialização, inseridas em cadeias de valor internacionais e com forte vocação exportadora, serão selecionadas através de um processo aberto e competitivo.

Assim, as despesas efetuadas a partir da aprovação desta manifestação de interesse já são elegíveis para apoio do Portugal 2030, ou seja, muito antes do momento em que a candidatura do consórcio propriamente dito será aprovada.

As empresas interessadas podem apresentar a candidatura, “submetendo um plano estratégico detalhado que demonstre o impacto positivo esperado na economia regional e nacional”, explica o comunicado do Compete 2030. A candidatura é efetuada através de formulário eletrónico, disponível na página dos avisos do Compete, sendo o prazo limite 30 de setembro.

As propostas serão avaliadas com base em critérios objetivos como: grau de inovação, incorporação de bens e serviços nacionais na cadeia de produção visada, potencial de aumento das exportações ou capacidade de criação de emprego qualificado.

Após o processo de seleção, numa segunda fase, serão lançados avisos específicos para apresentação de projetos, no âmbito das diversas tipologias dos sistemas de incentivos do Portugal 2030 (PT2030), para financiar as empresas que irão integrar os consórcios e desenvolver os projetos, acrescentava o mesmo despacho.

Os apoios poderão incidir em áreas como a formação, qualificação ou inovação, permitindo aos fornecedores dar um salto qualitativo e alinhar-se com os padrões de exigência das empresas nucleares.

O objetivo central deste concurso é “capacitar estes fornecedores para que se afirmem como parceiros estratégicos nas cadeias de valor nacionais” nos fabricantes de equipamento original, “facilitando a sua integração nas cadeias de fornecimento globais e tirando partido do efeito de arrastamento gerado por estas empresas”.

Veja os seis objetivos da medida:

  • Promover a colaboração entre PME e a densificação dos seus níveis de competitividade, de inovação nos seus processos produtivos e de internacionalização;
  • Promover a adaptação aos requisitos tecnológicos dos processos e produtos que proporcionem know-how especializado, recursos e conhecimento crítico, maior produtividade, mais flexibilidade e maior qualidade dos produtos;
  • Substituir importações, aumentando o valor acrescentado nacional e as exportações de bens e serviços;
  • Criação de novas empresas (corporate ventures, por exemplo) e criação de novos postos de trabalho;
  • Capacitar as PME para integrar redes de fornecedores globais, inovadores e internacionalmente competitivos e
  • Potenciar a atividade das nucleares instaladas em Portugal e inseridas em cadeias globais de produção, enquanto catalisadores da economia nacional.

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Trump suaviza tarifas sobre importações automóveis

  • ECO
  • 29 Abril 2025

A administração Trump vai oferecer aos fabricantes, que finalizam a produção automóvel nos EUA, um desconto de 15% este ano, compensando uma parte do custo das tarifas.

Donald Trump vai assinar, esta terça-feira, uma ordem executiva que permitirá aos fabricantes de automóveis nos Estados Unidos um alívio nas novas tarifas de 25% sobre carros e componentes automóveis, avança a Reuters. O objetivo é dar às empresas nos EUA, com produção em outros países, mais tempo para trazerem o negócio “de volta a casa”.

A administração Trump vai oferecer aos fabricantes, que finalizam a produção nos EUA, um desconto de 15% este ano, compensando uma parte do custo das tarifas. Esse desconto será reduzido para 10% no segundo ano, dando aos fabricantes tempo para transferirem a produção de peças de fora do país para os Estados Unidos. Os descontos incluem fabricantes norte-americanos e estrangeiros, desde que tenham produção no mercado dos EUA.

“Queremos dar aos fabricantes de automóveis um caminho para o fazerem de forma rápida, eficiente e criar o máximo de empregos possível”, avançou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, esta terça-feira.

Os fabricantes de automóveis já tinham garantido que as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos poderiam aumentar os preços, reduzir as vendas e tornar a produção norte-americana menos competitiva a nível mundial.

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