Liliane Spiridon é a nova CEO da Aon France

  • ECO Seguros
  • 6 Maio 2025

A escolha de Spiridon para suceder Franck le Vallois marca o encerramento de um período de transição de quase seis meses, conduzido pelo CEO da corretora para Portugal, França, Espanha e Marrocos.

Liliane Spiridon é a nova diretora-geral da Aon France sucedendo a Franck le Vallois, que deixou a corretora em outubro de 2024. “A nomeação tem efeito imediato” e a nova CEO vai reportar a Alfonso Gallego de Chaves, CEO da corretora para Portugal, França, Espanha e Marrocos, indicou a empresa em comunicado citada pelo News Assurances PRO.

Liliane Spiridon entrou na corretora em 2022 como líder do departamento de consultoria, serviços, colocação. Três anos depois, é nomeada CEO da Aon France.

A escolha de Spiridon marca o encerramento de um período de transição de quase seis meses, conduzido por Alfonso Gallego de Chaves.

“A sua sólida experiência em corretagem, a sua dupla competência comercial e técnica, a sua liderança e a qualidade da equipa que a rodeia serão trunfos para apoiar os nossos clientes de capital de risco e de capital humano na gestão dos seus riscos”, afirma Laurent Belhout, Presidente da Aon França, Espanha, Portugal e Marrocos.

Mestre em gestão de empresas e administração pela Université Paris Dauphine-PSL, Liliane Spiridon iniciou a sua carreira em 1991 em consultoria antes de se juntar à equipa de gestão os clientes da Groupama em 2006.

Foi nomeada gestora de projetos na Groupama Gan Vie em 2011 e, dois anos depois, assumiu a função de gestora de apoio ao desempenho operacional da seguradora. No final de 2013, ingressou na Gras Savoye (atualmente WTW France) responsável pela gestão de clientes de grande dimensão no segmento de seguros pessoais, sendo promovida em 2018 a diretora da área de seguros de vida e saúde na corretora.

Em 2022, passou a integrar a Aon France como diretor do departamento de consultoria, serviços, colocação e desenvolvimento na área de seguros de vida e saúde em França, Bélgica, Luxemburgo e Marrocos. Desde março de 2024, ocupava o cargo de diretora-geral de Capital Humano da corretora.

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IL garante que terá “ímpeto reformista” que Passos Coelho pede e que AD não teve

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Rui Rocha diz que a AD falhou na estabilidade “na medida em que conduziu o país a uma situação de eleições legislativas, de crise política” e falhou também as "medidas reformistas”.

O líder da IL assegurou esta terça-feira que o seu partido terá o “ímpeto reformista” que Pedro Passos Coelho pediu, considerando que as palavras do ex-líder do PSD foram dirigidas à AD, que não trouxe “a mudança necessária” ao país.

Em declarações aos jornalistas após ter visitado uma empresa de vestuário em Mangualde, distrito de Viseu, Rui Rocha jurou não ter “combinado nada” com Pedro Passos Coelho, que esta tarde pediu reformismo ao PSD, uma das mensagens da IL nesta campanha. “Parece-me muito relevante que Passos Coelho identifique duas questões que são fundamentais. Por um lado, a questão da estabilidade e, por outro lado, a do reformismo, que são precisamente duas questões em que a AD falhou”, afirmou.

Para Rui Rocha, a AD falhou na estabilidade “na medida em que conduziu o país a uma situação de eleições legislativas, de crise política” e, ao longo da legislatura, “falhou também do ponto de vista das medidas reformistas”.

“Portanto, parece-me que esse alerta de Pedro Passos Coelho é um alerta muito justo e que se dirige a quem nesta legislatura não conseguiu entregar nenhuma destas duas questões ao país”, referiu. Questionado se a IL trará essa capacidade reformista pedida pelo ex-primeiro-ministro do PSD, Rui Rocha respondeu: “É precisamente essa a nossa marca”.

“Aquilo que nós temos para dar aos portugueses é precisamente esse ímpeto reformista, essa capacidade de olhar para as áreas onde a AD não foi capaz de introduzir a mudança absolutamente necessária e urgente no país”, disse. Sobre se considera que houve uma aproximação de Passos Coelho em relação à IL, Rui Rocha disse que o seu partido “está sempre no mesmo sítio”.

“Está sempre a dizer que temos as pessoas, as ideias, as competências, os quadros para reformar o país. Esse é o nosso discurso e parece muito importante que Pedro Passos Coelho venha ter dado esse alerta, como quem diz: ‘aquilo que não aconteceu nesta legislatura, tem de acontecer na próxima’”, disse.

O antigo líder do PSD Passos Coelho pediu hoje que o partido continue a sua “tradição reformista” e que o país “não se alheie” do que se passa no mundo, sem responder se Luís Montenegro tem essas qualidades. À entrada para o almoço com vários ex-líderes do PSD para assinalar os 51 anos do partido, na sede nacional, Passos Coelho disse não querer “intervir no desenrolar da campanha eleitoral” nem pronunciar-se sobre temas da ordem do dia, dizendo pretender apenas fazer “uma brevíssima reflexão”.

“O meu desejo profundo é que, nestes anos que temos por frente, o PSD possa fazer pleno jus à sua tradição reformista em Portugal”, disse.

Rocha acusa Pedro Nuno de ter levado Portugal a bater contra “várias paredes”

O líder da IL acusou ainda o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de ter feito com que Portugal batesse contra “várias paredes”, apontando o seu balanço enquanto ministro em áreas como a habitação ou a ferrovia.

Esta manhã, sentado no cockpit de um carro de corrida, em Leiria, Pedro Nuno Santos foi confrontado com o ‘slogan’ de campanha da IL – ‘acelerar Portugal’ – e considerou que Rui Rocha “acelerava era contra a parede”. Em reação a estas declarações, o líder da IL considerou que é Pedro Nuno Santos quem tem “toda a responsabilidade de ter trazido Portugal contra várias paredes”.

“Na habitação, falhou, trouxe uma crise profundíssima à habitação. Foi ministro das Infraestruturas, foi contra uma parede, mas é mesmo uma única parede porque, depois, não temos telhados, não temos alicerces, portas, janelas, porque não temas casas. Pedro Nuno Santos prometeu casas aos portugueses e elas não apareceram”, criticou. Sobre a ferrovia, Rui Rocha considerou que o balanço de Pedro Nuno Santos também foi “um falhanço”.

“Mais uma parede. Depois de anos no Ministério das Infraestruturas, deixou mais um quilómetro em exploração do que aquilo que havia quando entrou e aqui esta zona [Viseu] sabe bem disso, porque temos aqui linhas que demoram muitos anos, muito para lá daquilo que seria de esperar, a serem remodeladas”, disse. O líder da IL considerou assim que “as paredes de Pedro Nuno Santos foi ele próprio que as criou, foi ele próprio que embateu nelas.”

“Foi ele próprio que criou as condições para não poder ser primeiro-ministro, porque não foi um bom ministro das Infraestruturas”, afirmou. Rui Rocha gracejou ainda que, no dia de hoje, houve dois Pedros que reagiram a mensagens da IL: Pedro Passos Coelho ao falar em necessidade de reformismo e Pedro Nuno Santos ao abordar o ‘slogan’ da IL.

“As ideias fazem o seu caminho, nós estamos a influenciar já a política portuguesa”, ironizou. Interrogado se considera que Pedro Nuno Santos está a fazer estes ataques devido a sondagens desfavoráveis para o PS, Rui Rocha disse que isso parece-lhe evidente, acusando a esquerda de estar passar “mais tempo a criar fantasmas e ataques” do que a apresentar soluções.

“Nós não podemos passar a vida a lamentar que o país não atingiu os níveis de prosperidade e sistematicamente depois adotar as políticas que Pedro Nuno Santos e a esquerda defendem e que foram incapazes, ao longo destas décadas que levamos desde o 25 de Abril, de diminuir a pobreza no país, de trazer prosperidade, autonomia, dar liberdade às pessoas de fazerem as suas escolhas”, sustentou.

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Carlos Osório de Castro, sócio da Morais Leitão, pede exoneração do cargo, depois de acusação por fraude fiscal

Carlos Osório de Castro pediu a exoneração de sócio da Morais Leitão, que foi aceite. Em causa a acusação de que foi alvo pelo Ministério Público, de um crime de fraude fiscal qualificada.

O sócio da Morais Leitão, Carlos Osório de Castro, pediu a exoneração do cargo ao escritório de advogados, que foi aceite. Em causa a acusação de que foi alvo pelo Ministério Público (MP) de um crime de fraude fiscal qualificada.

“A Morais Leitão recebeu um pedido, por parte de Carlos Osório de Castro, de exoneração da qualidade de sócio à sua Assembleia Geral, justificado com a vontade de não criar constrangimentos à sociedade e de ter maior disponibilidade para preparar a sua defesa. Este gesto de enorme dignidade e de respeito pela nossa sociedade foi aceite, mantendo a Morais Leitão toda a confiança em Carlos Osório de Castro e no seu trabalho. Estaremos a acompanhar o processo, com a serenidade e a discrição habituais, incluindo na defesa dos nossos clientes por todos os meios legais e nas instâncias próprias”, disse fonte oficial do escritório ao ECO/Advocatus.

O advogado foi acusado na mesma investigação que envolve o empresário Jorge Mendes e a mulher Sandra Mendes, também acusados pelo MP por um crime de fraude fiscal relativo a uma doação, na chamada “Operação Fora de Jogo”. Rui Patrício, também sócio da Morais Leitão, é o advogado do agente de futebol e Manuel Magalhães e Silva tem a seu cargo a defesa de Carlos Osório de Castro.

No despacho de acusação, os procuradores alegam que se tratou de uma doação fictícia que serviu para o casal evitar pagar 18 milhões de euros em IRS. Factos que estão relacionados com a doação de 49,9% da Start SGPS, a holding portuguesa de Jorge Mendes, à sua mulher em outubro de 2012 e o que aconteceu a seguir — com a recompra dessas ações por uma nova holding criada na Holanda, a Start BV.

O Ministério Público acredita que “através da atuação típica, ilícita e culposa dos arguidos Sandra Mendes, Jorge Mendes e Carlos Osório de Castro, estes dois últimos na qualidade de legais representantes das sociedades arguidas START, os arguidos cometeram um crime de fraude fiscal qualificada”, segundo a acusação, avançada pelo Correio da manhã e a que o ECO teve acesso. Acrescentando que o arguido Carlos Osório de Castro “nunca declarou, nas declarações de IRS de 2015 e 2016, as transferências que recebeu de Jorge Mendes de 110 mil euros em 2013 e de 700 mil euros em 2016, num total de 810 mil euros, tendo em concurso real, conforme descrito, cometido um crime de fraude fiscal qualificada”.

Carlos Osório de Castro é sócio da ML desde 2006. Integra a equipa de comercial e M&A e mercado de capitais. É um dos advogados mais bem referenciado na área do mercado de capitais e fusões e aquisições. Foi Assistente da Católica Faculdade de Direito – Escola do Porto entre 1982 e 2002, a partir de 1996 com a regência da cadeira de Mercado de Capitais.Foi ainda membro da Comissão de Revisão do Código do Mercado dos Valores Mobiliários e sócio fundador da Osório de Castro, Verde Pinho, Vieira Peres, Lobo Xavier e Associados – Sociedade de Advogados (1989 – 2005).

À Lusa, Jorge Mendes refutou a acusação do Ministério Público, considerando-a “incorreta, infundada e injusta”, sublinhando tratar-se de um processo relacionado com a sua vida pessoal e não profissional.

Jorge MendesWikimedia Commons

“Refutamos totalmente esta acusação, porque não existiu qualquer fraude fiscal, e será apresentada defesa por todos os meios legais e nas instâncias próprias. A acusação é incorreta e infundada; e é injusta, quer em si mesma, quer, também, tendo em conta o percurso de vida de Jorge Mendes e o contributo que tem dado ao país, e também o seu histórico de contribuinte por si e pelas suas empresas”, refere o advogado de defesa do empresário, Rui Patrício.

No mesmo comunicado, o advogado explica que “estão em causa factos estritamente relacionados com a esfera pessoal, familiar e sucessória” do seu constituinte, “não se tratando da área profissional”.

A defesa de Mendes lembra que a matéria em causa “já havia sido analisada pela Autoridade Tributária (AT) em 2014 (há cerca de 11 anos, portanto), tendo também havido várias inspeções e análises posteriores”.

“Ora, apesar disso, e durante muitos anos, nunca foi levantado qualquer eventual problema sobre estes factos, nem foi liquidada qualquer quantia ou enviada qualquer notificação para o efeito; o que ainda torna mais estranho e objetivamente incompreensível este processo e, agora, esta acusação, parecendo-nos que o processo-crime foi usado pela AT, de forma abusiva, para finalidades estritamente fiscais”, sustenta Rui Patrício.

No europeu do ano passado, dos 26 atletas que Roberto Martínez selecionou para vestirem a camisola da Seleção nacional, 18 eram agenciados pela Gestifute, a empresa de Jorge Mendes. Nunca o “super agente” teve tanta influência na Seleção nacional como agora. Nas últimas duas grandes competições internacionais de seleções – Campeonato Europeu de 2022, em França, e Campeonato Mundial, no Qatar –, a Gestifute agenciava 62% dos atletas. Agora, esse rácio sobe para 69%.

No grupo de jogadores representados por Jorge Mendes pontificam nomes como Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Rúben Dias, assim como o jogador mais velho do grupo (Pepe, com 41 anos) e o mais jovem (João Neves, com 19 anos).

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Fórum para a Competitividade estima PIB em “valores inferiores a 2%” este ano

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

"Os dados do PIB de Portugal do 1.º trimestre, somados ao apagão, reforçam a necessidade de revisão em baixa para o PIB anual, para valores inferiores a 2%", indica o organismo.

O Fórum para a Competitividade estimou esta terça-feira uma revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano “para valores inferiores a 2%”, depois dos dados do 1.º trimestre, deterioração das perspetivas internacionais e dos efeitos do apagão.

“Com a deterioração das perspetivas internacionais, os dados do PIB de Portugal do 1.º trimestre, somados ao apagão, reforçam a necessidade de revisão em baixa para o PIB anual, para valores inferiores a 2%”, regista a nota de conjuntura referente a abril, divulgada pelo Fórum para a Competitividade.

No mês passado, este fórum estimava um crescimento da economia para este ano entre 1,5% e 2%, após a subida de 1,9% em 2024. Agora, e após o PIB português ter desacelerado “muito fortemente em cadeia” no primeiro trimestre, de 1,4%, para uma contração de 0,5%, os autores já admitem um crescimento abaixo de 2%. Em termos homólogos, o PIB recuou 1,2 pontos percentuais no primeiro trimestre, para 1,6%.

A revisão em baixa do teto da previsão é ainda consequência dos efeitos das tarifas aduaneiras impostas pelo Governo do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, no início de abril. Suspensas na generalidade dos países por 90 dias, estas tarifas contribuíram para “dois dos piores aspetos”: uma deterioração das perspetivas internacionais e um claro aumento da incerteza.

Já a nível internacional, “um dos poucos aspetos positivos da atual conjuntura, embora pelas piores razões” prende-se com a previsão de que o Banco Central Europeu (BCE) possa continuar a trajetória de descida das taxas de juro. O Fórum para a Competitividade antecipa que a incerteza política em Portugal se dissipe nas próximas semanas, embora as sondagens sugiram “uma grande dificuldade na constituição de um governo com apoio parlamentar maioritário”.

Em Portugal, um dos pontos que afeta a previsão do crescimento económico é o apagão energético de dia 28 de abril. “Admitindo uma fração reduzida de perdas não recuperáveis, teríamos uma redução do PIB do 2.º trimestre entre 0,1% e 0,2% em resultado ao apagão”, assinala. Os autores da nota apontam que o contributo da administração pública não foi afetado em termos de contas nacionais e que na agricultura e construção as perdas “terão sido limitadas”.

Num cenário em que muitas das atividades “foram simplesmente adiadas” – como na generalidade dos consumos – e em que as empresas deverão tentar compensar a queda na produção através de horas extraordinárias ou maior rigor no funcionamento, estima-se que as maiores perdas tenham sido em alguns serviços, como a restauração.

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Bazuca tem falhas nos resultados e na transparência, diz Tribunal de Contas Europeu

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Comissão Europeia confia nos países da UE para detetarem e corrigirem os erros graves e garantirem o respeito pelas regras nacionais e europeias, critica o Tribunal de Contas Europeu.

A bazuca para ajudar a União Europeia (UE) a recuperar das consequências económico-financeiras da pandemia apresenta “falhas ao nível dos resultados, da prestação de contas e da transparência”, denunciou esta terça-feira o Tribunal de Contas Europeu (TCE).

De acordo com uma auditoria do TCE, o programa que está na origem de todos os Programas de Recuperação e Resiliência (PRR) dos países da UE “tem falhas ao nível dos resultados, da prestação de contas e da transparência”, na sequência de uma análise às despesas de 650 mil milhões de euros.

O TCE reconheceu a importância deste mecanismo para a recuperação da União Europeia depois da pandemia, mas alertou que “há poucas informações sobre os resultados e nenhumas sobre os custos reais”. “Assim, as pessoas não conseguem saber como foi aplicado o dinheiro”, advertiu o Tribunal de Contas Europeu.

Por isso, o TCE “pediu a quem decide em Bruxelas que retire lições destes factos quando pensar ligar os orçamentos futuros mais aos resultados do que aos custos”.

O Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) foi criado em 2021 para debelar as consequências económico-financeiras e os efeitos sociais decorrentes da pandemia, que ‘parou’ vários setores de atividade durante meses, numa tentativa de evitar a propagação da Covid-19.

Quem toma as decisões em Bruxelas tem de aprender com o MRR e não aceitar eventuais instrumentos semelhantes sem ter informações sobre os custos reais e os destinatários finais nem uma ideia clara do que será feito com o dinheiro das pessoas”, considerou Ivana Maletic, um dos membros do TCE que fez esta análise.

TCE referiu que é importante “elaborar e gerir os próximos programas de despesas de forma a não prejudicar a prestação de contas”.

Considerando que houve melhorias recentemente, o tribunal sustentou que “os mecanismos de controlo do MRR ainda deixam a desejar”.

“Por exemplo, a Comissão Europeia confia sobretudo nos países da UE para detetarem e corrigirem os erros graves e garantirem o respeito pelas regras nacionais e europeias. Mas os sistemas dos países têm falhas. Além disso, Bruxelas não pode impor correções financeiras (como a recuperação das verbas) devido a violações das regras de contratação pública, exceto nos casos de problemas graves como a fraude”, defendeu.

“Assim, a Comissão Europeia pode fazer os pagamentos na totalidade mesmo que os contratos não tenham respeitado todas as regras, desde que se tenham cumprido os marcos e metas”, criticou o TCE.

Na avaliação, o Tribunal de Contas Europeu advertiu ainda que a execução do MRR “está atrasada”.

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Há mais 36.972 votantes do que em 2024

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Dos 10,85 milhões de eleitores, 1.578.890 votam nos dois círculos da emigração – 947.217 dos quais na Europa e 631.673 Fora da Europa.

O número de eleitores recenseados para as eleições de 18 de maio é de 10.850.215, mais 36.972 votantes do que nas legislativas do ano passado, segundo a atualização final do recenseamento eleitoral.

O número final de eleitores para as eleições legislativas antecipadas foi atualizado pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), depois de um período de reclamações de eventuais irregularidades.

Dos 10.850.215 eleitores, 1.578.890 votam nos dois círculos da emigração, 947.217 dos quais na Europa e 631.673 Fora da Europa. Em comparação com as legislativas do ano passado, votam para as eleições de 18 de maio mais 32 mil portugueses a residir no estrangeiro.

Os mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro serão chamados votar e escolher a força política que consideram que deve formar o próximo Governo ou que pensam que os representa melhor, elegendo os 230 lugares de deputados da Assembleia da República para a próxima legislatura.

Concorrem à legislativas um total de 21 partidos e/ou coligações, estreando-se nestas eleições o Partido Liberal Social.

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Lucros da Nos caem 13% para 59 milhões no primeiro trimestre

O grupo liderado por Miguel Almeida, que no trimestre passado concluiu a aquisição da Claranet Portugal, viu as receitas consolidadas crescerem 4,5%, após uma subida nos vários segmentos de negócio.

Os lucros da Nos caíram 13% no primeiro trimestre, para 59 milhões de euros. O resultado líquido da operadora de telecomunicações foi penalizado “por efeitos não recorrentes”, de acordo com o relatório financeiro divulgado esta terça-feira.

Apesar da queda nos lucros, as receitas consolidadas da Nos cresceram 4,5%, em termos homólogos, para 421,4 milhões de euros, sendo que as receitas de telecomunicações, o principal negócio da empresa, melhoraram 4,6%, para 406,7 milhões de euros.
Já as receitas do negócio de cinema progrediram 1,5% — para 23,1 milhões de euros — e as de audiovisuais aumentaram 15,2%. A empresa liderada por Miguel Almeida também viu o número de serviços crescer 187,8 mil, para 10,7 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fixou-se nos 192,3 milhões de euros, o que significou uma subida de 4,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A percentagem de acréscimo foi precisamente a mesma para o lucro operacional da área das telecomunicações, que aumentou para os 181,4 milhões de euros.

Quanto ao investimento, a Nos seguiu a tendência de contração que se tem verificado no último ano, em linha com a generalidade do setor, após um intensivo período de implementação da rede 5G. O capex total diminuiu 1,8%, para 90,3 milhões de euros, nos primeiros três meses de 2025, segundo o documento publicado esta terça-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na mensagem publicada no relatório e contas, o CEO da Nos destacou a principal façanha do trimestre: a conclusão da compra da tecnológica Claranet Portugal por 152 milhões de euros. “Um passo decisivo no nosso objetivo de liderança nos serviços ICT [tecnologias da informação e comunicação] em Portugal, e que reforça o nosso papel enquanto parceiro de referência na transformação digital das empresas em Portugal”, referiu Miguel Almeida, enumerando ainda o lançamento de serviços 5G+ (standalone) e a realização da primeira chamada Voice over New Radio (VoNR) em Portugal, através do chamado 5G ‘puro’.

Segundo o CEO da Nos, estes são alguns dos “avanços que abrem caminho a experiências de conectividade ainda mais avançadas” – e que requerem defesa a nível jurídico. “Pelo segundo ano consecutivo, fomos reconhecidos como a entidade nacional que mais pedidos de patentes submeteu a nível europeu”, assinalou Miguel Almeida. A Nos Inovação submeteu 22 pedidos, o dobro da Altice Labs (11).

Atualmente, a rede de fibra da Nos cobre 5,8 milhões de casas, após chegar a mais 311,4 mil lares no primeiro trimestre, e o 5G da marca cobre 99,6% da população nacional.

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Adiada decisão sobre plano de insolvência da dona da Visão. Credores têm 10 dias para enviar voto por escrito

Com o adiamento, os votos por escrito da Segurança Social e Autoridade Tributária, que são decisivos para o futuro da Trust in News, terão de ser entregues ao tribunal até dia 16 de maio.

A decisão sobre o plano de insolvência da Trustin News (TIN), dona da Visão e de outros títulos como a Exame, a Caras ou o Jornal de Letras, foi adiada. O pedido de adiamento da votação por parte de alguns credores, como a Autoridade Tributária e a Segurança Social, foi aceite pela juíza do processo na assembleia de credores desta terça-feira. Os votos, por escrito, terão assim de ser enviados ao tribunal no prazo de dez dias.

O pedido de adiamento surgiu uma vez que Luís Delgado, acionista único da empresa, disponibilizou uma nova versão do plano na sexta-feira, dia 2 de maio, pelo que, na prática, os credores só tiveram um dia para analisar o documento.

A entrega de um novo plano por Luís Delgado tinha sido feita com o objetivo de tentar acomodar as exigências dos credores, entre as quais se encontra a do pagamento dos impostos referentes a dezembro. Este é o único atraso no pagamento de impostos desde a declaração de insolvência, a 4 de dezembro, segundo já tinha avançado o Expresso, o qual Luís Delgado se comprometeu a pagar mas que ainda não o fez.

Só o pagamento deste imposto, dentro de 10 dias, deverá levar a AT e Segurança Social a darem o seu voto favorável ao plano de insolvência. Recorde-se que, sozinhas, estas duas entidades detêm mais de 50% dos créditos.

O BCP e a advogada que representa os trabalhadores da TiN também pediram o adiamento da votação. Entre os grandes credores que decidiram votar já esta terça-feira, a Impresa absteve-se, enquanto o Novobanco votou contra o plano apresentado.

Os votos por escrito, e que serão decisivos para o futuro da Trust in News, serão assim entregues até ao dia 16 de maio, cabendo depois ao tribunal divulgar a sua contagem.

O plano da TiN prevê a injeção de um valor de até 1,5 milhões de euros pelo acionista único, Luís Delgado, “faseadamente e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, bem como o encerramento da delegação do Porto e a procura por soluções para publicações deficitárias.

Quanto ao pagamento das dívidas proposto, este será faseado, no caso da Autoridade Tributária e Segurança Social em 150 prestações, além de um “plano de pagamento de 12 a 15 anos para credores comuns e garantidos” e da “possibilidade de permuta de publicidade para pagamento de parte das dívidas”.

Para aumentar receitas, o documento entregue por Luís Delgado ao qual o +M teve acesso, prevê o “aumento de assinaturas digitais e melhoria da plataforma de e-commerce”, parcerias “estratégicas com outros grupos editoriais”, a “exploração de novos formatos de conteúdo, como podcasts e vídeos”, e o “licenciamento de marcas para gerar receita adicional”.

O plano prevê também a “criação imediata de uma ‘Task Force’ com dois diretores editoriais, diretora comercial, diretora financeira e diretor de recursos humanos, com a tarefa de reanalisar todos os custos e contratos passíveis de serem renegociados ou cessados, sem qualquer penalização para a empresa, e apresentar medidas e sugestões para aumentar as receitas, tendo em conta os recursos existentes” e os melhores exemplos nacionais e internacionais. As sugestões deste órgão “serão implementadas após aprovação da gerência e do administrador da insolvência”.

O plano de insolvência propõe uma solução estruturada para garantir a sobrevivência da Trust in News, adaptando-se às mudanças do setor editorial. O sucesso exige uma execução rigorosa das medidas propostas“, refere-se no documento.

O documento propõe também um corte de custos operacionais, nomeadamente com a suspensão/licencimento/venda de publicações deficitárias como a TV Mais, Telenovelas, Caras Decoração, Prima, Visão Saúde, Visão Surf e This Is Portugal, sendo que, “com exceção da Telenovelas, todas as outras publicações já estão suspensas”.

Previsto no plano está também o ajuste na periodicidade, se necessário, de algumas revistas, mantendo apenas as mais rentáveis, a redução de 70% do espaço físico (sendo que 50% já foi reduzido) e o encerramento da delegação no Porto e a redução do quadro de funcionários, proporcional à suspensão publicações, com reestruturação interna.

A TIN estima ainda que “os custos com pessoal não poderão ultrapassar os 250 mil euros/mês, objetivo alcançável, com o apoio e intervenção do Administrador da Insolvência”. Ainda segundo o novo documento, a TiN conta agora com um total 98 trabalhadores – o que espelha a saída de cerca de metade dos 200 trabalhadores da empresa há cerca de um ano –, “mas com mais pedidos de saída”.

Por pagar aos trabalhadores, desde que a TiN entrou em insolvência, está 70% do salário de abril. Em dívida estão também outros montantes, referentes a um período anterior ao de a empresa ter sido declarada insolvente, a 4 de dezembro, nomeadamente seis meses de subsídios de refeição (junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro), o salário de outubro (que só foi recebido por cerca de 58 trabalhadores e o restante consolidado na massa insolvente), o salário de novembro (nenhum trabalhador recebeu), o subsídio de férias (nenhum trabalhador recebeu) e parte subsídio de Natal.

No entanto, os trabalhadores têm já na sua posse as declarações com os valores brutos destes salários em falta, entregue pelo administrador de insolvência, para poderem pedir o seu pagamento através do Fundo de Garantia Salarial (FGS).

Para isso, os trabalhadores tiveram de expor o caso à juíza, uma vez que o administrador de insolvência, André Correia Pais, entendia que os valores deveriam ser líquidos de impostos e dos descontos para a Segurança Social, tendo passado uma declaração nesse sentido. Receando uma dupla tributação, os trabalhadores da empresa denunciaram essa situação à juíza do processo, que acabou por determinar que os valores a declarar sejam brutos, tendo o administrador de insolvência já entregue aos trabalhadores novas declarações com os valores brutos.

Em relação às razões que determinaram a situação de insolvência, a empresa aponta que o volume de negócios teve um decréscimo de cerca de 56%, passando de 17,5 milhões de euros em 2019 para um valor estimado em 2024 de cerca de 7,7 milhões de euros. A esta redução do volume de negócios, junta-se “a subida do custo dos fatores de produção, nomeadamente o custo das matérias-primas, em particular o custo da tonelada de papel“.

“O preço médio da tonelada de papel, matéria-prima essencial para a produção de revistas, teve uma subida a partir do segundo semestre de 2021 de mais de 70 %, passando de 643 euros a tonelada para cerca de 1.115 euros”, refere-se no documento, onde se acrescenta que também “a subida verificada nos custos energéticos, nomeadamente no gás e combustíveis, e os custos com a impressão nas gráficas conduziram a um desajustamento incomportável na operação da empresa“.

A Trust in News foi declarada insolvente a 4 de dezembro de 2024, depois de o processo especial de revitalização (PER) ter sido chumbado pela Segurança Social e Autoridade Tributária, que têm a maioria dos créditos (8,98 milhões e 8,13 milhões de euros, respetivamente). As dívidas da TiN ascendiam a mais de 32 milhões de euros.

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Gestor Carlos Tavares propõe “Partido do Bom Senso” e diz que “problemas da saúde não são ideológicos”

Carlos Tavares propõe a criação de um "Partido do Bom Senso" para evitar perder votos para os extremos e manter a coesão social. E defende menos burocracia na Administração Pública e nas empresas.

Com o país a viver o frenesim de mais uma campanha eleitoral, Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, diz que é preciso “criar o Partido do Bom Senso” com foco no pragmatismo e com menos burocracia, sob pena de os portugueses votarem nos extremos. Nesse sentido, o gestor deixa um conselho: “Os partidos do centro-esquerda e centro-direita, que representam 60% dos que votam, têm a obrigação de se entenderem sobre a resolução dos problemas” que afetam os portugueses.

“Só posso aconselhar os líderes políticos do país e nomeadamente os do centro [político] – que eu respeito muito, porque é um trabalho muito difícil e muito ingrato –, que se entendam na aproximação pragmática da resolução dos problemas concretos dos portugueses“, recomenda o gestor à margem do jantar anual da Associação Comercial do Porto (ACP), que aconteceu na noite desta segunda-feira, no Palácio da Bolsa.

Afastando qualquer intenção de fundar o Partido do Bom Senso, Carlos Tavares assiste à campanha eleitoral que saiu à rua “com os olhos daquele que está à procura de pragmatismo, não de ideologia”, de modo a resolver com eficiência os problemas dos portugueses nas áreas da educação, economia, saúde a segurança. Mas, acima de tudo, num país onde acredita que ainda existe coesão social.

Se não libertarmos o centro dos constrangimentos jurídicos e burocráticos em que estão armadilhados, não vão atingir o nível de eficiência que os nossos compatriotas necessitam para evitar que eles votem nos extremos.

Carlos Tavares

Gestor e ex-presidente da Stellantis

Na realidade, defende o gestor, “os problemas da saúde não são ideológicos, nem os da educação, ou os da segurança. São de funcionamento”, chamando a atenção para o excesso de burocracia: “Se eu quiser uma consulta médica e só a tiver dentro de seis meses, o meu problema não é ideológico. Eventualmente será ideológica a forma de o resolver, mas os problemas da saúde não são ideológicos, nem os da educação, ou os da segurança. São de funcionamento”.

Carlos Tavares é perentório nas suas propostas, a duas semanas da eleição de um novo Governo: “Se não libertarmos o centro dos constrangimentos jurídicos e burocráticos em que estão armadilhados, não vão atingir o nível de eficiência que os nossos compatriotas necessitam para evitar que eles votem nos extremos”.

Carlos Tavares no jantar anual da Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCIP)6 maio, 2025

Para o ex-presidente Stellantis, “não há necessidade neste país de se ir buscar posições extremas que vão criar tensões inúteis e a fragmentação da sociedade, porque o centro [partidos políticos] tem capacidade para fazer isso desde que não se deixe armadilhar pelo excesso de burocracia”. Até porque, alerta, “os portugueses não gostam destas eleições porque eles sabem que se perdem seis meses”.

Carlos Tavares acrescenta ainda a necessidade de haver menos burocracia na Administração Pública e nas empresas, com recurso ao talento para criar valor e mais riqueza para a sociedade. Parte do princípio de que a burocracia pode gerar “uma carga de trabalho que não produz riqueza, mas que permite dar ao dirigente, se económico ou político, a sensação de que está a controlar a situação“.

A este propósito, o gestor avisa que “numa sociedade com um problema grave de demografia não nos podemos dar ao luxo de consumir uma tal quantidade de recursos básicos para a burocracia”, nota, sustentando que “a sua redução tem de acompanhar a redução da população ativa”.

Dando ainda conta dos 50 anos que viveu no estrangeiro, Carlos Tavares deixa um recado: “Vê-se uma quantidade de coisas boas que os portugueses ignoram. Está óbvio que os portugueses não sabem a qualidade do país que têm e é uma pena porque certas situações deveríamos criticar mais e trabalhar mais”.

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Bruxelas rejeita ‘culpar’ renováveis e saúda resposta de Portugal ao “pior apagão das últimas décadas”

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Há "muitos países com um nível muito elevado de energias renováveis no seu cabaz energético que têm muito menos minutos de apagão por ano do que outros países que não o têm", diz o comissário.

O comissário europeu da Energia rejeitou esta terça-feira atribuir o corte de eletricidade na semana passada na Península Ibérica ao excesso de produção energética renovável, elogiando a resposta das autoridades portuguesas e espanholas ao “pior apagão das últimas décadas”.

“Não há razão para acreditar que isto [apagão da semana passada] se deve às energias renováveis”, afirmou o comissário europeu da Energia, o dinamarquês Dan Jørgensen, em conferência de imprensa à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

No dia em que a Comissão Europeia propôs um roteiro para a UE eliminar gradualmente as importações de energia russas, Dan Jørgensen comparou: “Podemos apontar muitos países com um nível muito elevado de energias renováveis no seu cabaz energético que têm muito menos minutos de apagão por ano do que outros países que não o têm“. O comissário europeu da tutela aproveitou para “saudar a forma como as autoridades de Espanha e Portugal lidaram com esta crise“.

Trata-se do pior apagão das últimas décadas e é obviamente uma situação muito difícil. O Parlamento Europeu também avaliou a forma como a situação foi gerida e felicitou os dois governos em questão pela gestão da crise”, observou Dan Jørgensen. Já quanto às causas de tal incidente, ainda “é muito cedo” para o saber, de acordo com o responsável europeu.

Ainda assim, garantiu que a Comissão Europeia “está a acompanhar tudo isto de muito perto e também está pronta a ajudar com os especialistas”, numa altura em que se realizam investigações internas em Portugal e Espanha e também ao nível europeu. “Estamos, naturalmente, a aguardar as conclusões e esperamos também algumas recomendações. Se houver alguma coisa que possamos fazer ao nível europeu para evitar que situações como esta se repitam, […] então estamos prontos a ajudar”, concluiu Dan Jørgensen na conferência de imprensa.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico deixou, na semana passada, Portugal continental, Espanha e Andorra praticamente sem eletricidade, bem como uma parte do território de França. Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão. A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou a criação de um comité para investigar as causas deste apagão, que classificou como “excecional e grave”, e que deixou Portugal e Espanha às escuras. A organização vai investigar as causas essenciais, elaborar uma análise exaustiva e avançar com recomendações num relatório final sobre o incidente.

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Lucro do Grupo Cooprofar sobe 43% em 2024

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

O grupo fechou o ano passado com 483 milhões de euros de volume de negócios, um crescimento de mais de 10% face ao ano anterior.

O Grupo Cooprofar terminou 2024 com um lucro de 7,6 milhões de euros, um crescimento de cerca de 43% face aos 5,3 milhões obtidos no ano anterior, anunciou esta terça-feira a cooperativa nacional de distribuição farmacêutica.

O grupo fechou o ano passado com 483 milhões de euros de volume de negócios, um crescimento de mais de 10% face ao ano anterior, e um lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda) que ascendeu a 12 milhões de euros.

Desde 2021, altura em que a nova administração tomou posse, o volume de negócios cresceu 93 milhões de euros, avançou a comercializadora de produtos farmacêuticos, em comunicado. No mesmo período, o grupo aumentou o número de cooperadores de 612 para 712, fornecendo atualmente 1.116 farmácias em todo o país e empregando 304 colaboradores diretos.

“Volvidos quatro anos de trabalho, é possível fazer um balanço muito positivo: um crescimento constante anual e muito significativo de novos cooperadores, aumento substancial do volume de negócios, e, pela primeira vez na sua história, a Cooprofar começou a distribuiu excedentes aos cooperadores”, referiu o presidente da cooperativa, Hélder Mesquita.

Depois de 2024, a Cooprofar distribuiu excedentes no valor de 266.328 euros e, em 2025, o valor aumentou para 381.630 euros.

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Rewatt aposta em nova identidade de marca

  • + M
  • 6 Maio 2025

O rebranding pretende representar uma "abordagem mais próxima, dinâmica e centrada no cliente", bem como "refletir um compromisso renovado com a transição energética".

A Rewatt, empresa portuguesa dedicada à promoção da energia solar descentralizada, apresentou um novo posicionamento e imagem de marca. O objetivo é “refletir um compromisso renovado com a transição energética e com um futuro mais sustentável”.

Com o rebranding da Rewatt, colocamo-nos mais próximos dos nossos clientes, acompanhando-os desde o nascer até ao pôr do sol. Queremos estar cada vez mais presentes no quotidiano dos nossos parceiros, trazendo-lhes todas as vantagens da nossa proposta de valor”, diz Miguel Trindade, diretor comercial & business development, citado em comunicado.

A nova identidade da participada do grupo suíço Smartenergy pretende assim representar uma “abordagem mais próxima, dinâmica e centrada no cliente”, num processo de rebranding desenvolvido ao nível interno, refere-se ainda em nota de imprensa.

A Rewatt, que se posiciona como um facilitador da transição energética para empresas e comunidades sob o mote ‘Energia Solar, Simplificada’, “desenvolve, instala e opera centrais fotovoltaicas para autoconsumo e comunidades de energia renovável, oferecendo modelos flexíveis, adaptados à realidade de cada cliente”.

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