Sonae conta 41% de mulheres em posições de liderança

  • Capital Verde
  • 7 Março 2025

O grupo pretende alcançar 45% de mulheres em funções de liderança até 2026.

A Sonae encerrou 2024 com 41% de mulheres em funções de liderança, um crescimento de sete pontos percentuais face aos 34% registados em 2019, ano em que foi definida uma nova estratégia para impulsionar a inclusão e diversidade no grupo.

A informação foi partilhada pela empresa através de um comunicado. No último ano, a Sonae estabeleceu a ambição de alcançar 45% de mulheres em funções de liderança em 2026. “Estamos focados em alcançar a paridade de género a médio prazo, garantindo a igualdade de oportunidades para todos”, afirma o responsável de Pessoas e Liderança da Sonae, Miguel Tolentino.

No sentido de atingir os objetivos, o grupo empresarial indica que reforçou a sua aposta em programas de desenvolvimento de talento para o género sub-representado, assim como programas de flexibilidade no trabalho.

Já em 2015, a Sonae assinou o compromisso com o Governo de Portugal de manter acima de 30% o nível de representação do género sub-representado no conselho de administração.

Em 2023, a Sonae integrou o Bloomberg Gender-Equality Index, que distingue 485 empresas cotadas de 45 países pelo seu compromisso com a transparência e as boas práticas na promoção da igualdade de género, recorda a empresa.

Com uma pontuação global de 85,64% – acima da média mundial de 72,94% –, a Sonae é uma das 43 empresas do índice lideradas por uma mulher, representando menos de 8,5% do total.

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Kiev recebe primeiros ativos russos congelados no valor de 900 milhões

  • Lusa
  • 7 Março 2025

É a primeira entrega a partir do território britânico no âmbito da iniciativa do G7, explicou o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal.

As autoridades ucranianas anunciaram esta sexta-feira que o Reino Unido lhe entregou ativos russos congelados no valor de 752 milhões de libras (895 milhões de euros), com Moscovo a denunciar uma “grave violação” do direito internacional.

A entrega foi feita um dia depois de a Bélgica, país onde se encontra a maior parte destes ativos na Europa, ter manifestado as suas reticências. Trata-se da primeira entrega a partir do território britânico no âmbito da iniciativa do G7, explicou o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, numa mensagem na conta pessoal na rede social Telegram.

Utilizaremos os fundos para reforçar as capacidades de defesa da Ucrânia. Agradecemos ao Governo do Reino Unido e aos nossos parceiros do G7 por este mecanismo que faz com que os fundos russos funcionem para a Ucrânia”, afirmou. Shmigal mostrou-se confiante de que todos os ativos detidos pela Rússia noutros países continuarão a entrar nos cofres ucranianos num futuro próximo.

“[Que] sejam confiscados e transferidos para benefício do nosso Estado”, escreveu. Embora um número crescente de Estados-membros da União Europeia (UE) se tenham manifestado de acordo com a entrega à Ucrânia os ativos russos congelados, a Bélgica alertou para os riscos económicos e jurídicos que tal decisão implica.

Em consequência das sanções impostas pela UE, a Euroclear acumula pagamentos de cupões bloqueados e reembolsos devidos a entidades sancionadas, com um balanço que, no final de junho de 2024, ascendia a 207.000 milhões de euros, dos quais 173.000 milhões correspondem a ativos russos sancionados.

Por seu lado, Moscovo denunciou a transferência e considerou-a como uma “grave violação do direito internacional” e avisou que o Reino Unido terá de dar explicações e devolver o que agora “distribui tão alegremente”.

O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, observou que as autoridades britânicas serão forçadas a recuar e comparou esta medida às “decisões absurdas” da anterior administração norte-americana, liderada por Joe Biden, relativamente à guerra na Ucrânia, que o atual residente na Casa Branca, Donald Trump, teve de reverter.

“Isso prejudicará a confiança no sistema financeiro britânico para sempre, porque o que aconteceu destrói o princípio da inviolabilidade da propriedade em que todo o sistema financeiro global se baseia”, disse Volodin.

Volodin defendeu a capacidade da Rússia de responder na mesma moeda e confiscar todos os bens e propriedades britânicos. Desconhece-se o valor dos bens e propriedades britânicas em território russo.

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Caso das gémeas. Proposta de relatório aponta para “abuso de poder” de Marcelo

  • Lusa
  • 7 Março 2025

A proposta de relatório do inquérito parlamentar critica a conduta "especialmente censurável" do Presidente da República no caso das gémeas luso-brasileiras.

A proposta de relatório do inquérito parlamentar ao caso das gémeas luso-brasileiras, da autoria do Chega, acusa o Presidente da República de “abuso de poder”, considerando a sua conduta “especialmente censurável”.

“A conduta do Presidente da República é especialmente censurável por se tratar do chefe de Estado e, como tal, qualquer pedido feito por si ou em seu nome tem inerente uma convicção de obrigatoriedade de cumprimento por parte de quem recebe o pedido, ainda que não seja necessariamente uma ordem, revelando assim a eventual prática de abuso de poder”, lê-se no documento ao qual Lusa teve acesso.

O documento refere ainda que “ficou provado que Nuno Rebelo de Sousa pediu ajuda ao pai, o Presidente da República, para salvar as gémeas luso-brasileiras, tendo ficado provado que este tomou diligências acrescidas face ao que costuma fazer com outros cidadãos que a ele recorrem”.

As conclusões foram apresentadas pela deputada relatora, Cristina Rodrigues (Chega), numa conferência de imprensa na Assembleia da República, na qual esteve também o presidente daquele partido, André Ventura. O relatório foi distribuído aos partidos durante essa conferência de imprensa.

A deputada do BE, Joana Mortágua, acusou entretanto o Chega de “partidarização e instrumentalização” com fins eleitorais da comissão de inquérito ao caso das gémeas e indicou que enviou um protesto ao presidente desta comissão.

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, a coordenadora do BE na comissão de inquérito ao caso das crianças luso-brasileiras indicou que enviou ao presidente – Rui Paulo Sousa, do Chega – um protesto “em relação à forma como André Ventura e a deputada Cristina Rodrigues se aproveitaram dos trabalhos desta comissão e de um relatório que não lhes pertence, mas que pertence à discussão e ao contraditório no âmbito da comissão, para fazer uma conferência de imprensa partidarizada e que não reflete as conclusões da comissão de inquérito”.

É um assalto institucional, é uma partidarização e uma instrumentalização de uma comissão de inquérito para efeitos eleitorais”, acusou Joana Mortágua. A deputada falava aos jornalistas pouco depois de a relatora, Cristina Rodrigues, e o líder do Chega, terem apresentado o relatório preliminar em conferência de imprensa e o documento ter chegado aos partidos quase ao mesmo tempo.

Joana Mortágua afirmou que só a Cristina Rodrigues, do Chega, “cabe apresentar o relatório” e que o documento “foi apresentado em conferência de imprensa por ela e pelo presidente do Chega antes de a comissão de inquérito e os seus membros terem conhecimento” do mesmo.

Isto revela um enorme desrespeito e deslealdade institucional para com o parlamento. As comissões de inquérito não servem os interesses eleitorais e partidários de ninguém, são assuntos sérios e, portanto, é absolutamente inaceitável que, por ter falhado duas vezes a entrega do relatório a que estava obrigada, a deputada Cristina Rodrigues queira depois apresentar conclusões que são apenas suas e do seu partido como sendo conclusões da comissão de inquérito”, criticou.

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O Chip do Benfica, o Braga x FC Porto e a deslocação difícil do Sporting

No sábado, FC Porto vai a Braga com partida marcada para as 20h30 e o Benfica recebe, às 18h00, o Nacional da Madeira. No domingo, às 18h00, o Sporting vai jogar fora de casa com o Casa Pia.

Por razões diferentes os três grandes vão ter bons testes na jornada 25 da Primeira Liga. Primeiro, o Benfica vai receber este sábado às 18h00 o Nacional da Madeira e, embora o adversário seja acessível e joguem em casa, há o pormenor de ser entre uma eliminatória do Barcelona. O objetivo é que isso não tenha interferência.

Já o FC Porto vai deslocar-se a Braga com partida marcada para as 20h30 deste sábado. Um dia depois, a partir das 18h00, o Sporting vai jogar fora de casa com o Casa Pia de João Pereira, que tem feito uma grande caminhada. A não perder.

Quanto à última jornada, os principais destaques foram: a primeira vitória do Boavista no Bessa nesta temporada e emoção do treinador Lito Vidigal no final do encontro; derrota do Braga com o Rio Ave por 2-1; vitória do FC Porto sobre o Arouca por 2-0; triunfo do Sporting sobre o Estoril-Praia por 3-1. O Gil Vicente x Benfica foi adiado para o final do mês.

Benfica x Nacional: Não dividir foco para continuar a somar pontos

O maior erro do Benfica seria agora continuar com o foco no Barcelona. É normal – e exigido – que tenham ambição e queiram passar aos quartos-de-final da Champions League, mas cada coisa a seu tempo. Dado esta constante mudança de chips, Bruno Lage tem a tarefa crucial de assegurar que ele e todo o plantel do Benfica não dividem as atenções para não sofrerem as consequências nos dois desafios.

Além disso, jogando em casa e depois de uma grande produção ofensiva que não foi traduzida em golo diante do Barcelona, ganhar o Nacional por uma boa vantagem seria importante para dar confiança à equipa. O plano pelo menos tem de ser esse. Pode ainda assim
haver gestão.

Em antevisão à partida, Bruno Lage confirmou que Ángel Di María continua indisponível e que o Florentino Luís e o Tomás Araújo estão em dúvidas. Já do outro lado, Tiago Margarido disse que quer «surpreender o Benfica» e vai procurar explorar os seus pontos menos bons. O plano, para os madeirenses, também tem de ser esse, independentemente das dificuldades que possam encontrar. E fora de casa, o Nacional da Madeira não tem tido vida fácil. É neste momento a segunda pior equipa da Primeira Liga a jogar fora de portas: tem apenas seis pontos em 12 jogos, somente melhor do que o Gil Vicente. Quanto à posição geral, ocupa o 12.º lugar com 26 pontos.

Braga x FC Porto: O Filme da Semana

O FC Porto e o Braga têm jogado à apanhada um com o outro nos últimos tempos. Neste momento, os dragões levam avanço no 3.º lugar com 50 pontos, enquanto os arsenalistas cheiram as suas costas com 47 pontos no 4.º posto. A verdade é que ambos querem é jogar à apanhada com o Benfica (2.º) e o Sporting (1.º) e a verdade é que também, olhando as contas da Primeira Liga, não estão completamente fora do jogo.

O FC Porto está a seis pontos da liderança e o Braga a nove. À medida que se aproxima o fim da corrida, cada pé em falso pode comprometer e jogos entre os quatro primeiros classificados ganham importância acrescida. Esta foi a primeira semana larga do FC Porto sem jogos pelo meio e vai continuar a acontecer, pois a Primeira Liga é a única competição em que estão presentes.

Óbvio que é importante lutar por títulos, mas, não estando, isso é claramente um elemento de vantagem para Martín Anselmi em comparação com os rivais Benfica e Sporting. Permite descansar jogadores, afinar dinâmicas e construir o melhor futebol possível na luta máxima pela Primeira Liga.

Agora contra o Braga, Rodrigo Mora (lesão) e Fábio Vieira (castigo) não vão poder jogar pelo FC Porto, à semelhança das restantes baixas Pepê, Marko Grujic e Vasco Sousa. Do lado contrário, Carlos Carvalhal confirmou que Robson Bambu está recuperado e que Rodrigo Zalazar e Niakaté tiveram alta clínica, mas que podem não ser convocados. «Vamos falar com o departamento de performance e perceber se podem jogar ou não», referiu o técnico dos arsenalistas.

Casa Pia x Sporting: Deslocação complicada

O Sporting trouxe uma grande novidade em 2025 após bater o Estoril-Praia. Foi a primeira vez este ano que os leões ganharam dois jogos consecutivos. O objetivo é agora dar seguimento ao registo e continuar a proteger o 1.º lugar, até porque o Benfica está à porta. Antes da última jornada, partilhavam a liderança com os mesmos pontos, mas, entretanto, o Sporting ganhou (56P) e o Benfica não jogou (mantém-se com 53P).

Uma questão que não é novidade alguma são as diversas lesões que assolam o universo verde e branco. Tanto que, frente ao Arouca, Eduardo Felicíssimo foi titular pela primeira vez no meio-campo do Sporting. Rui Borges continua a remendar o plantel do Sporting com vários jovens da equipa B. Alexandre Brito, Kauã Oliveira, Eduardo Felicíssimo e Afonso Moreira (entre outros) são dos que têm sido mais chamados à equipa A.

Ainda sobre esta questão física, Geny Catamo já regressou e somou minutos contra o Gil Vicente (Taça de Portugal) e Estoril (Liga). Dos restantes titulares, Morten Hjulmand e Hidemasa Morita devem ser os próximos a regressar. De acordo com o jornal A Bola, Hjulmand não deverá ser opção contra o Casa Pia e pode voltar contra o Famalicão.

Atenção ao Casa Pia de João Pereira que tem feito uma grande caminhada nesta Primeira Liga 24/25. Os Gansos, apesar de terem perdido com o Vitória SC por 1-0 no último jogo, estão à frente do conjunto de Guimarães e levam 36 pontos no 6.º lugar. Não subestimar este adversário e a deslocação não se perspetiva fácil de todo.

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Rádio Comercial celebra relação com os ouvintes em campanha desenvolvida in-house

  • + M
  • 7 Março 2025

A criatividade da campanha, no ar até 19 de março, foi desenvolvida internamente pela equipa da Rádio Comercial. O planeamento de meios ficou a cargo da Nova Expressão.

Foi sob a direção criativa de Vasco Palmeirim que a Rádio Comercial lançou uma nova campanha para celebrar a sua relação com os ouvintes. Lançada também em antecipação ao seu 46º aniversário, que se celebra a 12 de março, a campanha pretende reforçar “o humor, a energia e a proximidade” da estação.

A Rádio Comercial é uma espécie de clã, de família para os ouvintes, e esta campanha é um reflexo disso. Celebramos a nossa liderança, baseada numa relação muito especial que temos com o nosso público e, claro, com quem se junta a nós, a cada dia. Há uma cumplicidade e uma proximidade com o nosso auditório que constitui a nossa maior força em, ao mesmo, tempo, o maior incentivo para continuarmos a dar o nosso melhor. Em casa, no carro, em todo a lado”, diz Pedro Ribeiro, diretor da Rádio Comercial, citado em comunicado.

A nova campanha reforça assim “a identidade da Rádio Comercial enquanto estação de referência em Portugal, apostando numa comunicação vibrante, próxima e envolvente”, refere-se em nota de imprensa. A estação do grupo Bauer Media destaca a comunicação de “As Manhãs Mais Ouvidas do País”, protagonizada por Nuno Markl, Pedro Ribeiro, Vasco Palmeirim, Vera Fernandes e Manuel Cardoso, acompanhada de expressões como “Bonitos e Adultos” e “No ar”, numa “abordagem leve e irreverente”.

A criatividade foi desenvolvida internamente pela equipa da Rádio Comercial e o planeamento de meios ficou a cargo da Nova Expressão, com a campanha a marcar presença em rádio, out of home, rede multibanco, digital e redes sociais, até 19 de março.

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CTT entregam encomenda nas ondas gigantes da Nazaré em campanha

  • + M
  • 7 Março 2025

Com criatividade da Havas, a ativação pretende dramatizar, de forma criativa, a "capacidade de entrega dos CTT e a proximidade de clientes cada vez mais exigentes".

Os CTT – Correios de Portugal quiseram reforçar o seu novo posicionamento enquanto operador logístico e de e-commerce, realizando uma entrega nas ondas gigantes da Nazaré.

No âmbito desta campanha, o surfista Tony Laureano, após perder a sua prancha a surfar as ondas da Nazaré, recebe uma nova prancha através de uma encomenda entregue pela mão de um carteiro dos CTT, que se desloca numa mota de água.

A ativação, que marca presença nas redes sociais e que contou com a criatividade da Havas, pretende assim dramatizar, de forma criativa, a “capacidade de entrega dos CTT e a proximidade de clientes cada vez mais exigentes, dois pilares essenciais do posicionamento da marca”, refere-se em nota de imprensa.

Esta é uma ideia simples de uma marca que, apesar de ter mais de 500 anos de história, se reinventa e se mantém relevante não só através do serviço que presta, mas também das histórias que conta“, diz Filipa Nascimento, diretora de comunicação e marca dos CTT, citada em comunicado.

Já Paulo Pinto, diretor criativo executivo da Havas, refere que a Nazaré, sendo o palco da maior onda do mundo e um lugar onde poucos ousam entrar, “é o spot ideal para demonstrar a capacidade de entrega do CTT onde for preciso, no momento em que ela é mais necessária”.

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Judas lança ciclo de colaborações com diretores criativos convidados

  • + M
  • 7 Março 2025

O designer Diogo Potes é o primeiro convidado da iniciativa da Judas que pretende "reforçar o seu compromisso com a criatividade, a troca de conhecimento e o desenvolvimento do design em Portugal".

A Judas lançou o CoLab, um ciclo de colaborações com diretores criativos convidados. O objetivo passa pela promoção da troca de experiências entre designers portugueses e a equipa da agência, “num ambiente dinâmico e colaborativo”.

Cada edição do CoLab terá a duração de “vários meses”, durante os quais os diretores criativos convidados vão “trabalhar de forma intensa e colaborativa com a equipa da agência”. O projeto pretende possibilitar a exploração de novas perspetivas, abordagens e processos, criando um “espaço fértil para a renovação criativa”, explica-se em nota de imprensa.

Diogo Potes é o primeiro convidado a integrar a iniciativa. Com mais de 20 anos de carreira, o designer português colaborou com estúdios de design como RMAC, Alva e Solid Dogma, onde foi diretor criativo e chefe de design durante sete anos. Em 2023, fundou o Studio Potes, focado na tipografia experimental e na direção de arte.

Entre os seus trabalhos, contam-se colaborações com o Lux Frágil, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Berardo, Festival Iminente e Red Bull. “O seu talento tem sido amplamente reconhecido, com menções em publicações como It’s Nice That e IdN, além de participações como jurado e premiado em eventos como ADCE, D&AD, RedDot e OFFF Barcelona”, lê-se em nota de imprensa.

Ao longo dos próximos meses, Diogo Potes vai assim trabalhar com a equipa criativa da Judas, “trazendo a sua vasta experiência para intensificar a inovação nos projetos da agência”, numa parceria que “promete ser um marco na evolução da Judas, com processos criativos revigorados e uma nova abordagem ao design e à comunicação visual”.

Com esta iniciativa, a Judas “reforça o seu compromisso com a criatividade, a troca de conhecimento e o desenvolvimento do design em Portugal“, refere a agência.

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Lucros da principal concessão da Brisa sobem 18%. Portagens renderam 806,5 milhões em 2024

Resultados da BCR - Brisa Concessão Rodoviária beneficiam do crescimento da economia, que "continuou a impactar positivamente o tráfego” rodoviário. Circulação subiu 5,2% na rede com 11 autoestradas.

A BCR – Brisa Concessão Rodoviária fechou o ano passado com lucros de 325,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 17,8% face a 2023, de acordo com a informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os resultados beneficiaram do “crescimento do PIB português [que] continuou a impactar positivamente o tráfego” rodoviário.

Em 2024, o tráfego médio diário foi de 24.386 veículos (93,7% ligeiros), um aumento de 4,9% em comparação com o período homólogo. Já a circulação subiu 5,2%, beneficiando do facto de ter sido um ano bissexto, salienta a principal concessão do Grupo Brisa, que abrange a ‘espinha dorsal’ do sistema rodoviário português, num total de 11 autoestradas e 1.124 quilómetros.

Esta evolução positiva permitiu à empresa melhorar os seus resultados operacionais, com o EBITDA a atingir os 689,9 milhões de euros, mais 8,9% do que no ano anterior, enquanto o EBIT se situou nos 523,7 milhões de euros em 2024, um aumento de 15,3% face ao período homólogo.

A 31 de dezembro, a dívida bruta da BCR ascendia a 1.384 milhões de euros (ótica nominal), com um custo médio ponderado estável em 2,9%. No último ano, destaca a companhia, foram reembolsados 25 milhões referentes a um empréstimo obrigacionista, 39 milhões de um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI) e 147 milhões de dívida de curto prazo.

Dívida financeira e liquidez

Impulsionados pela subida de 7,6% nas receitas de portagem (806,5 milhões de euros) e de 4,7% nas relacionadas com as áreas de serviço (30,6 milhões), os rendimentos operacionais totalizaram 843,4 milhões de euros no final do ano passado. A 1 de janeiro de 2025, a empresa aumentou os preços em 52 portagens. Lisboa-Porto passou a custar mais 70 cêntimos.

Uma subida de 7,4% neste indicador que compara com a progressão de 1,2% nos gastos operacionais – excluindo amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões – que atingiram os 153,4 milhões, pressionados pela subcontratação dos serviços de operação e manutenção de autoestradas pela cobrança eletrónica de portagens.

Na mesma nota, a principal unidade de negócio do grupo Brisa – detido pela Rubicone, um consórcio de investidores institucionais holandeses, sul-coreanos e suíços – contabiliza que o investimento (CAPEX) na conservação e melhoria da infraestrutura manteve-se a rondar os 62 milhões de euros.

A maior fatia do investimento realizado no último ano, equivalente a 40,3 milhões de euros, foi destinada a “grandes reparações, maioritariamente relacionadas com trabalhos de pavimentação na A1, A2, A3 e A6, mas também com intervenções em viadutos e outras estruturas”.

Finalmente, no capítulo do desempenho ESG, a empresa salienta a diminuição de 56,3% no número de vítimas mortais (total de 14) em acidentes rodoviários na rede BCR face a 2019, que aponta como o ano de referência para esta década. Também o número de feridos graves caiu 40,2% face ao ano anterior à pandemia (61 em 2024 vs. 102 em 2019).

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Universidade do Minho lança minifoguete experimental

Com o desenvolvimento deste minifoguete, a Universidade do Minho pretende contribuir para "os avanços no setor aeroespacial em Portugal e além-fronteiras”.

Equipa que está a desenvolver o minifoguete na Universidade do Minho7 março, 2025

A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) vai lançar, a 9 de maio, Dia da Europa, um minifoguete experimental que inova na propulsão sólida e no sistema de eletrónica e sensores da direção do voo.

O motor do foguete usará uma formulação específica de propelente, composta por um oxidante, um combustível e uma carga retardadora, otimizando a combustão, melhorando o desempenho do sistema e gerando o impulso necessário para assegurar a descolagem e o controlo de altitude de voo”, explana o professor Joaquim Carneiro, do Departamento de Física da ECUM. Coordena este projeto “pioneiro” juntamente com o também professor Manuel Filipe Costa e o investigador Iran Rocha Segundo.

Segundo a universidade minhota, também será construída uma célula de carga de baixo custo, para medir o impulso total da câmara de combustão e a força propulsora máxima do motor. “O foguete subirá até um ponto máximo, antes de regressar à Terra devido à gravidade”, detalha a instituição de ensino superior.

“Lançarmos este foguete no Dia da Europa tem um simbolismo especial e reafirma também o compromisso da UMinho com o desenvolvimento e a inovação, contribuindo para os avanços no setor aeroespacial em Portugal e além-fronteiras”, assinala Joaquim Carneiro.

Equipa que está a desenvolver minifoguete na Universidade do Minho7 março, 2025

Este projeto conta ainda com a colaboração dos alunos Bianca Marcelo e Leandro de Freitas, da licenciatura em Física, e Orlando Lima, do doutoramento em Física da UMinho. José Cardoso, do curso técnico de Eletrónica, Automação e Comando da Escola Profissional CIOR, em Vila Nova de Famalicão, também faz parte da equipa.

Esta iniciativa surge numa altura de crescente investimento europeu ao nível da investigação e tecnologia espacial, nomeadamente a colocação de satélites em órbita, como aconteceu com o satélite Prometheus-1, a partir do porto espacial Vanderberg, na Califórnia, EUA, “à boleia” de um foguetão da Space X, de Elon Musk.

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Com aterros no limite, Governo lança plano de emergência de 2,1 mil milhões de euros

Os aterros estão a chegar ao limite, com alguns a esgotar a capacidade já em 2025. O Governo lançou um plano para melhorar o setor que espera começar a executar "já amanhã".

O Governo avançou um plano para o setor dos resíduos, que pressupõe um investimento de 2,1 mil milhões até 2030, e que pretende diminuir a produção de resíduos e a fatia que chega aos aterros, numa altura em que estes estão a chegar ao seu limite de capacidade: alguns não vão conseguir aceitar mais resíduos já no final deste ano.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e o Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, apresentam esta sexta-feira o plano para o setor dos resíduos em Portugal, “que estabelece uma nova visão para uma gestão eficiente e inovadora”, lia-se na nota de agenda enviada à imprensa. O plano chama-se TERRA – Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Ambientais.

Há poucos temas em que seja tão evidente a urgência como os resíduos“, introduziu a ministra, salientando que Portugal tem estado a aumentar a produção de resíduos em vez de a manter ou, como seria desejável, diminuir, e que os aterros estão no limite.

De 2022 para 2023, registou-se um aumento de 0,28% na produção de resíduos urbanos no país, que chegou às 5.338 milhões de toneladas, o equivalente a cerca de 500 quilos por habitante. Destes, 59% acabam depositados em aterro, 14% são reciclados, 12% são usados para valorização energética e 8% para valorização orgânica, de acordo com a apresentação feita pelo secretário de Estado.

De momento, dos 35 aterros existentes no país, apenas 13 têm capacidade disponível superior a 20%, tendo em conta a capacidade licenciada. E em algumas regiões como Algarve, Norte e Lisboa e Vale do Tejo, a capacidade de deposição pode esgotar-se até 2027. Em Braga, a capacidade da célula de aterro deverá esgotar-se já em 2025, assim como em Coimbra. Mais a sul, em Palmela e no Seixal, o esgotamento está previsto para 2026.

O Alentejo é a região que apresenta um melhor cenário, tendo sido elogiada por Emídio Sousa pela gestão que foi feita. Nesta parte do território, prevê-se um esgotamento apenas em 2030 e, com otimizações, esta data pode ser atrasada em 11 anos. A expansão de células, explicou a ministra, “parece a solução mais fácil, mas não é”, já que enfrenta a resistência das populações.

Plano prevê investimentos de 2,1 mil milhões

“Vivemos [anteriormente] no tempo resíduo-lixeira, depois resíduo-aterro e agora queremos passar para o tempo do resíduo-recurso” resumiu o secretário de Estado do Ambiente. Questionado sobre quando deverá iniciar a execução do plano, Emídio Sousa foi perentório: “já amanhã”. As CCDR “ficaram conscientes” e levam “o trabalho de casa”.

Para isso, o Governo estima que seja necessário investir 2,1 mil milhões até 2030. À margem do evento, Emídio Sousa explicou: “[Os 2,1 mil milhões] são o custo total. Desses 2,1 [mil milhões] temos 700 milhões de fundos. Temos de arranjar o resto: é financiamento bancário essencialmente ou tarifa. A ideia é ir ao BEI [Banco Europeu de Investimento] para que o BEI financie com garantias de Estado, mas depois os sistemas [também] têm que o pagar”, esclareceu.

São três as linhas de atuação: a prevenção da produção de resíduos, a ampliação da capacidade dos aterros (através de otimização e não de expansão) e ações institucionais.

Da ótica da prevenção, o Governo prevê implementar o Plano de Ação para a Economia Circular 2024-2030 e lançar uma campanha nacional de sensibilização. Do primeiro, que está em circuito legislativo, prevê ter a aprovação “muito em breve”, enquanto a campanha deverá avançar no segundo trimestre.

No que diz respeito à ampliação de infraestruturas, o Governo propõe-se a promover mudanças legislativas que simflifiquem o licenciamento da ampliação, “por alteração” dos aterros existentes e avançar com a “reengenharia das capacidades” desses mesmos aterros, assim como desbloquear diferentes situações identificadas que não permitem o uso da capacidade existente.

O ministério pretende também promover a partilha de infraestruturas, reforçar a capacidade de triagem, a valorização orgânica e a valorização energética. O secretário de Estado assinala que existe interesse de privados em investir neste último segmento e planeia criar mecanismos de concessão de garantias do Estado que permitam o acesso das entidades promotoras de projetos de valorização energética a linhas de financiamento junto da banca

Por fim, o plano prevê ações “a nível institucional” que passam por reforçar o investimento, acelerar processos administrativos e rever instrumentos legais, como é o caso do Regime Geral da Gestão de Resíduos, da Taxa de Gestão de Resíduos, do Regime Jurídico de Partilha de Infraestruturas, da Regulamentação da produção de biometano e digestão anaeróbia e, finalmente, do Sistema Pay as You Throw e da transparência tarifária.

Notícia atualizada pela última vez às 18h26 com mais informação.

 

 

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Festival CCP anuncia presidentes de júri da sua 27ª edição

  • + M
  • 7 Março 2025

Icaro Doria, Miguel Viana, Adriano Esteves, Andrea Siqueira e João Nuno Pinto são os presidentes de júri da nova edição do festival, que se centra no tema da inteligência artificial.

Depois de já ter anunciado o tema e o presidente de júri para a categoria de Publicidade, o Festival do Clube da Criatividade de Portugal (CCP) divulga agora os profissionais que vão liderar os grupos de júri das restantes categorias.

A Icaro Doria (diretor criativo da agência DM9) que lidera o júri para a categoria de Publicidade, junta-se assim Miguel Viana (co-CEO, chief creative officer e co-founder da Unlock Brands) para presidir à categoria de Design. Já Adriano Esteves (fundador e diretor criativo da Bürocratik) é responsável por liderar a categoria de Digital, enquanto a de Experiências de Marca é presidida por Andrea Siqueira (partner e CCO da AMPFY). A responsabilidade de liderar o júri da categoria de Craft em Publicidade? é entregue, por sua vez, a João Nuno Pinto (realizador e fundador da Garage, Do You Play?).

Já no caso da categoria Integração, esta é composta por todos os presidentes de júri das cinco categorias a concurso. As biografias dos presidentes de júri do 27º Festival CCP 2025 estão disponíveis aqui.

Nesta edição, os grupos de júri de cada categoria são compostos por um presidente, cinco jurados e um anunciante, com a exceção da categoria de Publicidade, que mantém um presidente, sete jurados e um anunciante. Cada grupo de júri vai ainda integrar um elemento júnior, sem direito a voto. Já as sub categorias de Meios passam a vigorar dentro da categoria de Publicidade.

“Em breve” serão anunciados todos os profissionais que integram os grupos de júri, refere o CCP.

No caso da categoria de Publicidade, esta recebe o patrocínio da Worten, enquanto o Pingo Doce é sponsor da categoria de Design. Já a categoria de Digital é apoiada pela Nos, a de Experiências de Marca pela Betclic, a de Craft em Publicidade pela Leroy Merlin, e a de Integração recebe o sponsor da EDP.

O CCP vai também revelar “em breve” o programa do 27º Festival CCP e da 12ª Semana Criativa de Lisboa, que decorre entre 16 a 23 de maio de 2025, na Fábrica do Pão do Beato Innovation District, sob o tema “Há aí alguém?”.

A 27ª edição do Festival do CCP centra-se no tema da inteligência artificial — que “avança rapidamente, trazendo benefícios e desafios à humanidade” — e no equilíbrio que é necessário encontrar entre a inovação e o controlo humano. A identidade gráfica da edição deste ano é assinada por José Albergaria, designer açoriano baseado em Paris.

As inscrições de trabalhos para o festival podem ser feitas até ao dia 10 de abril, com a votação online do festival a decorrer entre 18 de abril e 4 de maio e a entrega de peças físicas entre 5 e 9 de maio. O fecho da shortlist pelos presidentes de júri acontece entre 8 e 14 de maio, e a votação presencial decorre nos dias 14, 15 e 16 de maio. Já a Gala de Entrega de Prémios acontece a 23 de maio. O +M é media partner.

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Portal dos TVDE já está em funcionamento

  • Lusa
  • 7 Março 2025

Dos 21.443 operadores atualmente licenciados, apenas 11.875 estiveram ativos no mês de fevereiro. Já quanto a veículos, durante o mesmo mês, estiveram em atividade 34.604, indica a plataforma.

A plataforma para partilha de dados sobre motoristas, veículos e operadores TVDE a operar em Portugal já entrou em funcionamento, encontrando-se certificados, atualmente, cerca de 76 mil motoristas e mais de 21 mil operadores, foi hoje anunciado.

Em comunicado, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que desenvolveu a plataforma conjuntamente com a Uber e a Bolt, informou do funcionamento da plataforma desde 28 de fevereiro, de forma a permitir “uma supervisão mais informada e dinâmica” no setor.

O cruzamento de dados entre as três entidades permitiu verificar que, dos 76.014 motoristas certificados pelo IMT, 37.318 prestaram serviço através da Uber e da Bolt, no mês de fevereiro.

A partilha de dados deu ainda conta que dos 21.443 operadores atualmente licenciados, apenas 11.875 estiveram ativos no mês de fevereiro. Já quanto a veículos, durante o mesmo mês, estiveram em atividade 34.604.

Segundo a nota, após o período inicial de recolha de dados, as entidades vão agora “despistar eventuais não-conformidades” que, a existir, serão comunicadas aos motoristas e operadores tendo como objetivo a sua correção.

De acordo com o presidente do conselho diretivo do IMT, João Jesus Caetano, citado na nota, a partilha automatizada de informação vai permitir ao organismo levar a cabo “uma supervisão dinâmica sobre a atividade TVDE baseada em dados reais e atualizados”.

“Para além de reforçar a integridade de todos os agentes e a confiança dos utilizadores e dos profissionais, a informação produzida por este instrumento é de grande utilidade no quadro do debate em curso sobre a revisão da legislação do setor TVDE, sobre o qual dispomos agora de um retrato atualizado e fiel”, defendeu.

Por seu turno, o diretor-geral da Uber Portugal, Francisco Vilaça, referiu que na sua empresa acreditam que a tecnologia deve ser “um motor de transparência e confiança no setor da mobilidade”, considerando que a plataforma representa “um avanço significativo” na supervisão da atividade TVDE, permitindo uma monitorização baseada em dados fidedignos e atualizados.

“O compromisso da Uber é continuar a trabalhar de forma colaborativa com as autoridades e parceiros para garantir uma operação segura, eficiente e dentro do quadro legal vigente”, afirmou.

Já Mário Morais, da Bolt, apontou que a parceria foi estabelecida “com o objetivo primário de melhorar a qualidade do setor no país”, reconhecendo ser “algo pioneiro na Europa” que junta a partilha de dados entre plataformas de mobilidade e organismos reguladores.

Para o responsável, trata-se de “desmistificar a realidade do setor TVDE em Portugal”, proporcionando uma perceção fundamental do “número total de motoristas parceiros ativos — que é apenas perto de metade do total de licenças emitidas —, e que demonstra, assim, que este setor está ainda no início do seu contributo para transformar a mobilidade nacional”.

Lei das TVDE em discussão

O regime jurídico do setor TVDE publicado em agosto de 2018 previa uma avaliação três anos depois da sua entrada em vigor, após um relatório do IMT, que foi tornado público no final de 2022, e de um parecer da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) com propostas de alteração à lei.

A primeira alteração àquela que também ficou conhecida como “lei Uber”, em dezembro passado, estabeleceu normas para a obtenção e renovação do certificado de motorista, garantindo o conhecimento das regras da atividade e “competências para conduzirem de forma segura”.

Em meados de janeiro, baixaram à comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, sem votação na generalidade, projetos de lei do PSD e da IL para alteração ao regime jurídico dos TVDE.

O PCP e o Chega tinham também apresentado iniciativas legislativas sobre a matéria, mas foram rejeitadas.

No final de fevereiro começaram a ser ouvidas na Comissão de Economia, Habitação e Obras Públicas entidades ligadas ao setor dos TVDE e do Táxi a propósito das alterações à lei 45/2018.

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