Nova rede de embaixadores quer tornar emprego no setor dos transportes mais diverso

Participação feminina no emprego no setor dos transportes ainda é baixa. Nova rede de embaixadores coordenada pela portuguesa TIS está a trabalhar para reforçar diversidade no setor.

Há uma nova rede composta por 92 embaixadores (de 23 países europeus) apostada em tornar o setor dos transportes mais inclusivo e diverso, do ponto de vista do emprego e da utilização. A TIS, consultora portuguesa especializada em mobilidade, foi contratada pela Comissão Europeia para criar esta rede, da qual deverão sair pistas para potenciais novos regulamentos europeus.

“Entre os embaixadores, temos operadores, utilizadores e membros da academia. A composição é muito diversa. Da discussão entre os embaixadores, vão sair propostas de ação, que, depois, poderão originar medidas, projetos e políticas da Comissão Europeia, que facilitem e acelerem a diversidade no setor“, explica ao ECO Daniela Carvalho, diretora de projetos internacionais da TIS.

De acordo com a responsável, o Executivo comunitário já tem um plano de ação para a diversidade nos transportes e para dar resposta à escassez de mão de obra no setor, mas este poderá vir a ser afinado, fruto do trabalho desta nova rede de embaixadores.

Dos referidos 92 embaixadores, quatro são portugueses. Além de Daniela Carvalho, fazem parte Rita Filipe, doutoranda em transportes e mobilidade, Olga Pereira, vereadora do Município de Braga, e Diogo Martins, conselheiro da CP para os clientes com necessidades especiais.

No âmbito desta rede, já foram organizadas duas conferências internacionais com o alto patrocínio da Comissão Europeia e a próxima deverá acontecer já neste trimestre, em Bruxelas.

Até lá, questionado sobre o que é preciso hoje mudar nas profissões dos transportes para as tornar mais atrativas para as mulheres, Daniela Carvalho refere, em conversa com o ECO, as condições dos veículos e das infraestruturas. “São precisos parques seguros com condições para condutoras de veículos pesados“, apela a responsável.

Importa explicar que, neste momento, apenas 22% dos trabalhadores do setor dos transportes são mulheres, e em algumas profissões, como pilotos e maquinistas, essa percentagem é ainda menor (2 a 5%).

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Mota-Engil espera “estabilidade” do próximo Governo

No rescaldo das eleições, o CFO da construtora fala na necessidade de "ter algum modo de previsibilidade, num contexto bastante conturbado da economia mundial”.

A Mota-Engil espera que o próximo Governo tenha “estabilidade” para permitir “previsibilidade” às empresas, disse esta quarta-feira o administrador financeiro da construtora.

“Depois deste evento eleitoral recente, a Mota-Engil não espera coisas diferentes de todas as outras empresas e daquilo que espera a economia: estabilidade para podermos ter algum modo de previsibilidade, num contexto bastante conturbado da economia mundial”, afirmou o Chief Financial Officer (CFO) da Mota-Engil.

É a previsibilidade trazida pela estabilidade que dá às empresas a capacidade de nos ajustarmos e fazermos os nossos investimentos e pensar a mais largo prazo sobre o desenvolvimento da nossa atividade”, referiu José Carlos Nogueira, em declarações aos jornalistas durante a sessão de apresentação de resultados da mais recente emissão obrigacionista da empresa.

Questionado sobre as recentes alterações na gestão, da qual António Mota deixou a vice-presidência e saíram outros quatro administradores, o CFO desdramatizou e disse que “tem a ver com um caminho traçado há uma década”.

“É uma transação geracional que se quis fazer de forma sólida, tranquila e com tempo. Foi só mais um passo, executado agora com toda a naturalidade”, caracterizou José Carlos Nogueira. “Não estamos sozinhos. Continuamos a contar com os mesmos, independentemente dos cargos institucionais que cada um tenha”, sublinhou o CFO.

Em relação à estrutura acionista, mais concretamente o terço do capital que está na posse da China Communications Construction Company (CCCC), referiu que o cenário é de tranquilidade e a empresa tem encontrado “ângulos” em conjunto que lhe “têm permitido continuar a crescer”. Aliás, para o próximo ano espera-se um novo crescimento da Mota-Engil, embora não ao ritmo recordista de 2024.

“Sabemos que este tipo de investimentos, na ótica do seu país de origem, são sempre vistos numa ótica de longo prazo. Não sentimos nenhuma instabilidade”, assegurou o CFO da Mota-Engil, acrescentando que, no próximo exercício fiscal, o foco estará na melhoria da rentabilidade.

José Carlos Nogueira falou à imprensa após serem apresentados os resultados da mais recente emissão obrigacionista da empresa. A Mota-Engil financiou-se em 95 mil milhões de euros por via de um empréstimo obrigacionista sustentável a cinco anos junto de mais de quatro mil investidores. A procura total pelas obrigações atingiu os 106,58 milhões de euros, mais 12% do que a oferta disponível.

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Novobanco? “Não nos preocupa quem compra, quem fica maior ou não”

Miguel Maya frisa que não joga o "campeonato do powerpoint" e que não lhe preocupa se os rivais ficarem maiores com a aquisição do Novobanco.

O líder do BCP diz que não está preocupado com a possibilidade de o Novobanco vir a ser vendido a um concorrente direto e criando um grande banco no mercado nacional. “Não estamos no campeonato do powerpoint”, atirou Miguel Maya.

Não estamos preocupados em quem compra, quem fica maior ou não, se é um IPO… estamos no mercado e a concorrer pela preferência dos clientes”, afirmou aos jornalistas durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre do ano.

Mais tarde explicou o termo ‘powerpoint’ dizendo que não lhe importa a dimensão. “Se conseguimos garantir ou se estamos confiantes que a operação criaria valor, neste momento não estamos”, destacou.

Nas últimas semanas cresceu a especulação de que o Caixabank, dono do BPI, pode avançar para a aquisição do Novobanco, sendo que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) também já admitiu interesse.

Miguel Maya voltou a frisar que a estratégia do BCP passa pelo crescimento orgânico e que o banco que lidera ‘joga’ o “campeonato de criação de valor para o acionista”.

Sobre a Polónia, depois de o Santander ter vendido a operação polaca, o CEO do BCP reiterou que o Bank Millennium é um “ativo estratégico” para o banco português.

O BCP fechou os três primeiros meses do ano com lucros de 243,5 milhões de euros, subindo quase 4% em termos homólogos.

(Notícia atualizada às 18h22)

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Queda eleitoral custa 1,6 milhões por ano ao PS. Saiba quanto rende o seu voto aos partidos

Antes dos votos e deputados da emigração, cheque do Estado para o Chega já vai em 6,3 milhões por ano. Livre encaixa 254 mil extra e escapa à austeridade na esquerda. Veja as subvenções aos partidos.

É mais uma dor de cabeça para o sucessor de Pedro Nuno Santos no Largo do Rato. Entre a subvenção paga ao partido consoante o número de votos obtidos e a que lhe é atribuída por cada deputado eleito, o PS vai ter de viver na próxima legislatura com menos 1,6 milhões de euros por ano face ao valor que os socialistas recebiam até agora, acima de oito milhões.

Também o Bloco de Esquerda, que em 2022 já tinha perdido metade do financiamento, encerrado sedes e despedido 30 trabalhadores (incluindo duas mães que ainda amamentavam), vai ter de voltar a apertar os cordões à bolsa em 627 mil euros anuais. Com a sangria nas urnas e ao baixar de cinco para um único mandato, protagonizado por Mariana Mortágua, passa a receber ‘apenas’ 443 mil euros.

Outro derrotado em termos orçamentais é o PCP, que voltou a perder votos e um deputado, desta feita no círculo de Lisboa. Apesar de, na noite eleitoral, o secretário-geral Paulo Raimundo ter festejado a “resistência” da coligação com os Verdes (CDU) nestas legislativas, os comunistas veem novamente o financiamento público descer de 797 mil para 715 mil euros.

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Pelo contrário, de acordo com os cálculos do ECO com base nos resultados provisórios, com 15 caras novas no Parlamento, o cheque anual do Estado para o Chega vai engordar, pelo menos, 1,24 milhões de euros, para 6,3 milhões. É que ainda faltam os votos da emigração, que só serão contados a 28 de maio, e que há um ano foram maioritários para o partido de André Ventura, que ficou com dois desses quatro mandatos.

Na lista dos vencedores está também o PSD, que liderou a coligação de direita AD e poderá contar com a atribuição suplementar de um milhão de euros. Enquanto os partidos da oposição ‘deixarem o Luís trabalhar’ nesta segunda versão em São Bento, o orçamento dos social-democratas vai beneficiar da transferência estatal de 9,1 milhões de euros anuais.

Legislativas 2025, noite eleitoral da Aliança Democrática - 18MAI25

Para a Iniciativa Liberal, que ambiciona avançar com uma proposta de revisão constitucional após obter mais 18 mil votos e um mandato (sobe para 9), e para o PAN, que perdeu mais de 37 mil votos, mas conseguiu manter a sua líder como deputada única na Assembleia da República, as oscilações são menos significativas: o partido de Rui Rocha terá direito a 1,4 milhões de euros e o de Inês de Sousa Real a reclamar 310 mil euros.

Finalmente, o Livre, único partido que saiu vitorioso à esquerda nas eleições do passado domingo, verá as suas contas ficarem mais folgadas com 254 mil euros extra. O partido liderado por Rui Tavares vai embolsar acima de 1 milhão de euros a cada ano desta nova legislatura, escapando às medidas de austeridade que terão de ser aplicadas nas restantes organizações do mesmo espetro político.

Questionados sobre as consequências deste rombo na subvenção pública anual atribuída ao partido e ao grupo parlamentar, nomeadamente no corte de custos e despedimento de trabalhadores, através de fonte oficial, PS e Bloco de Esquerda recusaram responder. Numa nota enviada aos militantes, citada pelo Expresso, Mariana Mortágua já pediu mais “militância” também na angariação de fundos.

ADN de Joana Amaral Dias recebe mais que dois partidos no Parlamento

Nas eleições legislativas deste ano, segundo a fórmula prevista na lei do financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, cada voto valeu 3,483 euros por ano aos que conseguiram eleger para a Assembleia da República ou que obtiveram mais de 50 mil votos.

Além disso, às forças com representação parlamentar é ainda atribuída uma “subvenção para encargos de assessoria, para a atividade política e partidária em que participem e para outras despesas de funcionamento”. Desta vez equivale a 28.215 euros anuais por cada deputado.

Ambas as subvenções são pagas em duodécimos, por conta de dotações especiais para esse efeito inscritas no orçamento da Assembleia da República, como previsto na legislação.

Composição do Parlamento português entre 1991 e 2025

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Na sequência das eleições antecipadas de domingo – e sem incluir ainda as subvenções de campanha que vão comparticipar parte das despesas realizadas antes da votação –, o financiamento aos partidos passará a custar todos os anos 26,4 milhões de euros aos cofres do Estado nesta legislatura.

Na folha de pagamentos vão estar 11 partidos, uma vez que além dos dez que passam a estar representados na Assembleia da República (a divisão do dinheiro entre PSD e CDS é proporcional aos deputados eleitos), por ter obtido novamente mais de 50 mil votos, o ADN de Joana Amaral Dias vai encaixar 275 mil euros por ano. Mais do que o CDS (209 mil) e que o estreante madeirense JPP (98 mil euros).

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Portuguesa Salsa Jeans entra no leste europeu com primeira loja na Bulgária

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

Com a entrada na Bulgária, a empresa dá os primeiro passos no leste europeu e assim estabelece "uma relação próxima com um novo perfil de consumidor”.

A Salsa Jeans anunciou esta terça-feira a abertura da sua primeira loja na Bulgária, num centro comercial na capital Sófia, marcando a entrada no leste europeu da marca, que está já presente em cerca de 50 países.

Em comunicado, a Salsa – que integra a Zeitreel, unidade de negócio do grupo Sonae para a moda – avança que o novo espaço, com 145,53 metros quadrados (m2), foi inaugurado em modelo de franchising no Serdika Center, em Sófia, a capital e principal cidade da Bulgária.

O espaço disponibiliza a coleção completa de vestuário, calçado e acessórios para homem e mulher, com especial destaque para a linha feminina, que representa mais de 60% da oferta. Segundo destaca, a nova loja marca a entrada da Salsa no leste europeu, “uma região em crescimento, cada vez mais alinhada com a sua proposta de valor e com elevado potencial de consumo de moda”.

A entrada na Bulgária representa um novo capítulo para a Salsa Jeans, com a chegada ao leste europeu – uma região onde vemos um forte alinhamento com os valores da marca e um grande potencial de crescimento. Esta nova loja é o primeiro passo para estabelecermos uma relação próxima com um novo perfil de consumidor”, afirma o presidente executivo (CEO) da Salsa Jeans, Hugo Martins, citado no comunicado.

Situada no sudeste da Europa, a Bulgária é membro da União Europeia (UE) desde 2007. A capital, Sófia, é o principal centro económico, comercial e cultural do país, com uma população superior a 1,2 milhões de habitantes. De acordo com a Salsa, a escolha desta cidade como “ponto de entrada” no país e no leste europeu “reforça o posicionamento da marca em centros urbanos dinâmicos e com forte potencial de consumo”.

A abertura da nova loja na Bulgária integra-se no plano de expansão internacional da marca, que em 2024 a levou a estrear-se em dois novos mercados estratégicos: a Jordânia, no Médio Oriente, e a Índia, na Ásia. Com presença em cerca de 50 países, a Salsa Jeans assume como estratégia “continua[r] a consolidar-se como uma marca global de referência no segmento de jeanswear”.

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Lucros da Sonae sobem 77% para 43 milhões e vendas atingem recorde de 2,6 mil milhões de euros

Subida do volume de negócios foi suportada pela integração dos negócios adquiridos no último ano, que incluem a nórdica Musti, a espanhola Druni e a francesa BCF Life Science.

A Sonae fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido de 43 milhões de euros, 77% acima dos 25 milhões de euros reportados no período homólogo. Já as receitas atingiram os 2,6 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 23% face ao valor reportado nos primeiros três meses de 2024 e um novo recorde, impulsionadas pela integração dos novos negócios comprados nos últimos 12 meses.

A empresa da Maia destaca que, “no primeiro trimestre de 2025, a Sonae prosseguiu com a sua estratégia de gestão de portefólio, tendo investido no desenvolvimento dos seus negócios em Portugal e procedido à integração das aquisições estratégicas realizadas nos últimos 12 meses, com destaque para a espanhola Druni e a francesa BCF Life Science, já depois da integração da finlandesa Musti e da sua nova participada nos países bálticos, Pet City”.

Depois de um 2024 que a CEO Cláudia Azevedo apelidou de “memorável” e que foi marcado por um investimento histórico em compras no exterior, em várias áreas de negócio – empresa destinou 1.121 milhões de euros a financiar as aquisições , as novas empresas integradas no portefólio estão já a refletir-se positivamente nas receitas.

Já o crescimento orgânico foi sobretudo impulsionado pela MC, “que registou uma evolução de volumes robusta e reforçou a sua liderança de mercado, e pela Worten, que beneficiou de um desempenho online resiliente”, explica. Excluindo o impacto das aquisições, o volume de negócios consolidado registou um crescimento homólogo de 6%.

O EBITDA cresceu 39%, para 250 milhões de euros, com destaque para a contribuição robusta da MC e das recentes aquisições, destaca a empresa. “Todos os nossos negócios cresceram e reforçaram as suas quotas de mercado, em setores muito competitivos e num contexto marcado por elevada volatilidade”, realça Cláudia Azevedo, citada no comunicado.

A líder do grupo destaca que “as vendas do segmento de retalho alimentar da MC aumentaram 7%, suportadas por um notável crescimento de 5% numa base comparável, apesar dos efeitos desfavoráveis de calendário (uma vez que 2024 foi um ano bissexto e este ano a Páscoa ocorreu apenas em abril)”.

Em relação aos supermercados Continente, a empresária diz que a liderança “foi claramente reforçada”, mantendo-se otimista para os próximos meses.

No retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, o volume de negócios da MC cresceu 22,5% em termos homólogos, para dois mil milhões de euros no trimestre, “ou 8% considerando a contribuição proforma da Druni, que passou a ser consolidada a partir do terceiro trimestre de 2024”, explica o comunicado.

Em relação à aquisição da Druni, cujo investimento foi concluído em julho de 2024, a CEO do grupo explica que “a integração das equipas foi finalizada e as sinergias estão a ser progressivamente concretizadas“.

“As perspetivas continuam positivas, uma vez que a MC detém uma posição de liderança num mercado ibérico em forte crescimento”, acrescenta.

No retalho de eletrónica, “a Worten [volume de negócios subiu para 323 milhões de euros] registou um crescimento significativo das vendas de 4% em termos homólogos, suportado por uma melhoria do desempenho nos diferentes segmentos – nomeadamente eletrónica e eletrodomésticos, mas também em novas categorias de produto”, justifica a líder do grupo.

Cláudia Azevedo assinalou ainda o primeiro aniversário após a conclusão da aquisição da finlandesa Musti, notando que “após um início desafiante, a Musti tem vindo a retomar a sua trajetória de crescimento, registando sucessivas melhorias mensais nas suas vendas LfL, com a equipa a conduzir a empresa a ganhos contínuos de quota de mercado desde o nosso investimento”.

Já a integração da Pet City, adquirida em novembro de 2024, “foi concluída este trimestre e representa um primeiro movimento inorgânico da Musti, alinhado com a sua estratégia de crescimento e com a ambição de capturar oportunidades no atrativo mercado de cuidados para animais de estimação”. A empresa de artigos para animais fechou o trimestre com vendas de 120 milhões de euros, representando um aumento de 12%, impulsionado pela consolidação da Pet City.

No setor imobiliário, a Sierra aumentou o resultado líquido em 15% para 29 milhões de euros.

Quanto à Nos, Cláudia Azevedo reforça que, “num contexto de crescente pressão competitiva, a Nos alcançou um crescimento das vendas de 4,5%, reforçando a sua quota de mercado”, o que considera um desempenho “notável”.

“O trimestre ficou marcado pela aquisição estratégica da Claranet, que veio reforçar o posicionamento da empresa no segmento empresarial, permitindo-lhe oferecer uma proposta de valor mais abrangente em termos de tecnologias de informação. Relativamente ao futuro, estou confiante que a Nos está bem posicionada para continuar a ter sucesso, disponibilizando soluções de telecomunicações distintivas e de qualidade para as famílias e empresas portuguesas“, sublinha ainda.

A empresa mantém elevado níveis de investimento. Segundo o mesmo comunicado, o investimento consolidado atingiu 947 milhões de euros nos últimos 12 meses, “com destaque para a expansão orgânica dos negócios de retalho, com uma forte aposta no mercado português, bem como para as aquisições e desenvolvimento do portefólio internacional do grupo”.

(Notícia atualizada às 18h04)

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Águas de Portugal teve lucro de 102,7 milhões em 2024, em linha com 2023

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

O Grupo AdP, liderado por Carmona Rodrigues, reduziu em 120 milhões de euros a dívida financeira líquida e o investimento totalizou 196,2 milhões de euros em 2024.

O grupo Águas de Portugal (AdP) teve um lucro consolidado de 102,7 milhões de euros em 2024, um resultado em linha com o registado no ano anterior.

Em comunicado, enviado às redações esta quarta-feira, a empresa indica que o volume de negócios do grupo ascendeu a 830,2 milhões de euros, o que traduz um crescimento homólogo de 5%, devido essencialmente ao aumento das atividades de saneamento.

No ano em análise, os gastos operacionais aumentaram 3,3% (mais 14,8 milhões de euros) face a 2023, tendo esta evolução sido condicionada, refere a empresa, pelos efeitos da crise geopolítica e também pela subida dos gastos com a manutenção e conservação de infraestruturas e aumento do gasto com pessoal, na sequência do efeito da massa salarial por efeito do Acordo de Rendimentos e do Acordo de Empresa.

Por seu lado, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 7,7%, para 357,7 milhões de euros. Em 2024, o Grupo AdP reduziu em 120 milhões de euros a dívida financeira líquida e o investimento totalizou 196,2 milhões de euros. Segundo a mesma informação, grande parte do investimento realizado visou a requalificação de infraestruturas de abastecimento ou de saneamento, tendo ainda sido realizados novos investimentos nas áreas da transformação digital, transição energética e economia circular.

Citado no comunicado, o presidente da AdP, António Carmona Rodrigues, refere que a intensificação dos fenómenos extremos e a escassez hídrica representam uma das “maiores ameaças à segurança” do abastecimento de água e que o grupo que lidera “tem procurado responder a estes desafios com soluções estruturais, alicerçadas em investimento, inovação e compromisso com o bem público”, sendo que o futuro “exigirá mais ambição, mais cooperação e uma visão clara”.

Detido integralmente pelo Estado português, o Grupo AdP – Águas de Portugal foi fundado em 1993, sendo atualmente integrado por 19 empresas, incluindo 13 entidades gestoras de sistemas multimunicipais e parcerias, que operam em 222 municípios de Portugal continental, servindo cerca de oito milhões de pessoas.

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Startup das caravanas Indie Campers fecha nova ronda de 27,5 milhões

Extensão de ronda eleva para 62,5 milhões o capital levantado pela Indie Campers em menos de um ano. Startup quer recrutar mais 100 pessoas para apoiar expansão.

Hugo Oliveira, fundador e CEO da Indie Campers.D.R.

A Indie Campers, startup que atua no arrendamento de caravanas, fechou uma nova ronda de 27,5 milhões de euros, uma extensão de ronda que eleva para 62,5 milhões o capital levantado em menos de um ano.

“Este investimento irá permitir-nos acelerar o desenvolvimento da nossa plataforma digital e alimentar os nossos esforços de recrutamento de talento de topo”, diz Hugo Oliveira, fundador e CEO da Indie Campers, citado em comunicado.

Liderada pela Indico VC, a ronda conta com a participação do Banco de Fomento Português (BFP) — a operação, segundo uma publicação do BFP no LinkedIn, foi feita ao abrigo do programa de Coinvestimento Deal-by-Deal, do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) —, e da Buenavista Equity Partners Portugal.

Trata-se de uma extensão da ronda de julho passado, na ordem dos 35 milhões de euros, igualmente liderada pela Indico, elevando para 62,5 milhões o capital levantado em menos de um ano.

“A conclusão da segunda fase da ronda de financiamento anunciada no ano passado é um passo chave para posicionar a Indie Campers, já hoje uma grande empresa, a tornar-se um líder global na categoria”, diz Stephan de Moraes, managing general partner da Indico, citado em comunicado.

Fundada em 2013, a Indie Campers tem uma frota de mais de 8.000 caravanas, operando em três continentes e em mais de 20 países. Tem mais de 600 colaboradores e quer recrutar mais 100 para a sede em Portugal e para cargos de gestão regional para apoiar a sua expansão internacional, segundo comunicado.

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Lucro da Glintt Global cresce 23,7% até março

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

A dívida líquida da tecnológica portuguesa no final de março ascendia a 23,8 milhões de euros, traduzindo uma redução de cerca de 7,6 milhões de euros, face a 31 de dezembro de 2024.

A Glintt Global encerrou o primeiro trimestre deste ano com um resultado líquido de 1,8 milhões de euros, um crescimento de 23,7% face aos 1,5 milhões registados no mesmo período de 2024.

O lucro operacional (EBITDA) totalizou 5,7 milhões de euros, um crescimento de 3,6% face ao período homólogo de 2024, segundo um comunicado publicado esta quarta-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios consolidado atingiu os 33,9 milhões de euros, o que representa um aumento de 14% face aos 29,8 milhões registados no mesmo período de 2024. Este desempenho foi impulsionado tanto pelo mercado nacional, que cresceu 9,3%, como pelo mercado internacional, cuja evolução foi mais expressiva, com um crescimento de 22,6%.

A evolução fora de portas foi sobretudo impulsionada pelo crescimento orgânico da Glintt Life em Espanha, com destaque para as áreas de farmácia e hospitalar. A dívida líquida da tecnológica portuguesa no final de março ascendia a 23,8 milhões de euros, traduzindo uma redução de cerca de 7,6 milhões de euros, face a 31 de dezembro de 2024.

Para o restante ano de 2025, a administração da Glintt Global perspetiva manter um crescimento sustentado no que respeita ao volume de negócios, ao EBITDA e ao resultado líquido.

“A sólida posição de tesouraria e um nível de endividamento moderado suportam o equilíbrio financeiro existente e que permitirá aproveitar oportunidades de investimento”, sustenta a empresa.

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Presidente da Águas de Gaia arguido e suspenso de funções por crimes económicos

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

O inquérito, instaurado em 2019, investiga a atividade de Miguel Lemos Rodrigues, enquanto presidente da empresa municipal e a sua relação com empresas da área da comunicação e imagem.

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Águas de Gaia (ADGAIA), Miguel Lemos Rodrigues, foi suspenso de funções no âmbito de um inquérito do Ministério Público (MP) que investiga a alegada prática de crimes económicos, nomeadamente corrupção.

Fonte judicial disse esta quarta-feira à agência Lusa que o PCA da ADGAIA “está fortemente indiciado” da prática de vários crimes económicos, nomeadamente de abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção passiva para ato ilícito e tráfico de influências.

O inquérito em causa, instaurado em 2019, investiga a atividade de Miguel Lemos Rodrigues, enquanto presidente do CA desta empresa municipal e a sua relação com empresas da área da comunicação e imagem, no âmbito da contratação pública.

Segundo a mesma fonte, o arguido usou, alegadamente, o cargo e a ADGAIA para “promover os seus interesses políticos e empresariais”, tendo agido “em conluio com vários empresários”, alguns também arguidos, no sentido de viciar os contratos públicos, através de diversas maneiras, como a atribuição de ajustes diretos, o fracionamento de concursos ou a simulação de falsa concorrência.

A Lusa tentou contactar Miguel Lemos Rodrigues, mas até ao momento não foi possível. Em 19 de março deste ano, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto aplicou ao arguido as medidas de coação de suspensão de funções, a proibição de contactos com outros visados no processo e a prestação de uma caução de 10 mil euros.

Um despacho do TIC do Porto, a que a Lusa teve acesso, refere que, além do arguido, foi também notificado desta decisão, no dia seguinte, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (CMVNG), Eduardo Vítor Rodrigues (PS), a quem cabia executar a suspensão de funções aplicada ao arguido, por se tratar de uma empresa detida a 100% pelo município.

Na sua posição junta ao despacho do TIC do Porto, o MP sustenta que o autarca não cumpriu a ordem judicial a que estava obrigado, classificando de “inação” a atuação de Eduardo Vítor Rodrigues.

O presidente da CMVNG, em vez de dar imediata execução a uma ordem judicial que conheceu no próprio dia em que lhe foi dada a conhecer, sem qualquer motivo assente em razões objetivas, sem tal lhe ser pedido, notifica o arguido da decisão, e vem a indicar ao Tribunal – sem nunca apresentar resposta ao Ministério Público – mais de 30 dias depois de ser destinatário de uma decisão judicial, que o arguido recorreu e requereu efeito suspensivo. Como que explicando, de um modo que só se pode ter como inédito, a inação”, frisa o procurador do MP.

Nesse sentido, o TIC do Porto ordenou o presidente da câmara de Gaia a dar “imediata execução do estatuto coativo” imposto ao arguido “com suspensão imediata de funções do mesmo”, pedindo que Eduardo Vítor Rodrigues remeta, no prazo de cinco dias, as diligências tomadas.

O procurador do MP solicitou também explicações a Eduardo Vítor Rodrigues, pedindo ao autarca que “mencione os motivos pelos quais não respondeu aos ofícios do Ministério Público e não deu imediata execução a ordem judicial que conheceu” a 20 de março deste ano. Independentemente disso, o MP admite extrair certidão para abrir uma investigação autónoma à “inação” do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia.

Questionado pela Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues indica, em resposta escrita, ter-lhe sido comunicada a “existência de uma suspensão de exercício de funções do Presidente da Águas de Gaia”, por um processo que disse ignorar e que “decorre de uma denúncia anónima”. Segundo o autarca, “no próprio dia em que teve conhecimento”, notificou por escrito o Presidente da Águas de Gaia.

“Tendo dado entrada nos Serviços Municipais um ofício do Tribunal Judicial da Comarca do Porto – Juízo de Instrução Criminal do Porto – Juiz 2 (…) datado de 20 de março de 2025, serve o presente para notificar V. Exa (…) da aplicação ao arguido Miguel Marquesa de Lemos Rodrigues, da medida de coação de suspensão de funções”, lê-se na comunicação datada de 21 de março, a que a Lusa teve acesso, enviada pelo autarca ao presidente do CA da Águas de Gaia.

Eduardo Vítor Rodrigues explica que, “uns dias depois”, o próprio lhe comunicou que “havia recorrido da decisão e que o recurso teria efeito suspensivo”.

“Na passada quinta-feira, é comunicado que o recurso não tem efeito suspensivo, mas efeito devolutivo (não suspende a medida), coisa de que notifiquei o presidente da empresa”, acrescenta Eduardo Vítor Rodrigues, que assegura ter respondido isso mesmo ao tribunal e que Miguel Lemos se encontra suspenso de funções.

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Lucro do BCP sobe 4% para 243,5 milhões no primeiro trimestre

"Foi um resultado bastante razoável", admitiu o CEO do banco, Miguel Maya. Margem financeira resistiu à descida dos juros. Recursos de clientes superam fasquia dos 100 mil milhões.

O BCP registou lucros de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de quase 4% em relação ao mesmo período de 2024. “Foi um resultado bastante razoável”, assumiu o CEO do banco, Miguel Maya, em conferência de imprensa.

Em Portugal, o lucro avançou 7,6% para 218,9 milhões de euros. O banco polaco também teve um trimestre positivo, com um resultado de 42,8 milhões, “apesar dos encargos significativos” de 130,81 milhões associados à carteira de créditos hipotecários francos suíços. Moçambique pesou por conta da revisão em baixa do rating do país, mas Miguel Maya sinalizou o “compromisso forte” num mercado onde já está há três décadas.

Contas feitas, fecha os três primeiros meses do ano com uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de quase 14%.

Apesar da inversão dos juros no ano passado, que já está a condicionar as contas do setor, o banco manteve ainda um crescimento da margem financeira no arranque do ano: somou 3,6% para 721,1 milhões de euros. Foi um “comportamento muitíssimo resiliente”, notou Miguel Maya. As comissões aumentaram 2,1% para 201,4 milhões, possibilitando um aumento de 3,1% do produto bancário para 922,5 milhões.

Os custos tiveram um disparo de 10% para 339,7 milhões. Miguel Maya disse que teve uma gestão “muito rigorosa”, mas o impacto da inflação ainda se está a fazer sentir. Ainda assim, o cost to income de 37% mantém o banco dentro do objetivo do plano estratégico (abaixo dos 40%).

Recursos superam 100 mil milhões

Ao nível do balanço, o BCP superou a marca dos 100 mil milhões de euros de recursos de clientes, que tiveram um crescimento de 6%. Aqui incluem-se depósitos (85,1 mil milhões) e recursos fora de balanço (18 mil milhões). Portugal conta para 70% do total dos recursos.

A carteira de crédito subiu 2,2% a nível do grupo, sendo que em Portugal cresceu 1,3% para 38,9 mil milhões.

Fruto da recuperação realizada nos últimos anos, o BCP continua em forte alta na bolsa de Lisboa, negociando em máximos de nove anos depois de uma valorização de 36% desde o início do ano, que lhe confere um valor de mercado de 9,5 mil milhões de euros.

“É o reconhecer de um trabalho de muitos anos, de reinvenção do banco e de alinhar o banco com os interesses da sociedade”, frisou o CEO.

O banco tem em curso um plano de recompra de ações próprias no valor de 200 milhões de euros no âmbito da política de remuneração acionista que visa distribuir até 75% do resultado pelos acionistas.

20% da garantia usada

Miguel Maya adiantou ainda que o banco já alocou 20% dos 185 milhões de euros de garantia pública para a concessão de crédito à habitação para os jovens.

O BCP já aprovou mais de 280 milhões de euros em crédito para os jovens ao abrigo da linha do Estado, tendo já recebido mais de 5.700 pedidos.

O CEO diz que está a usar a linha “com rigor” e que por isso não espera incumprimentos da parte dos mutuários. “Vai ser muito baixo [o nível de default], os clientes vão pagar os seus créditos. Não houve facilitação da aferição da capacidade dos clientes para pagarem os empréstimos”, assegurou Miguel Maya.

(Notícia atualizada às 18h55 com dados sobre a garantia pública)

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Suiça ordena Booking a baixar comissões cobradas aos hotéis em cerca de 25%

  • Lusa
  • 21 Maio 2025

A plataforma Booking vai recorrer da decisão porque o custo do serviço reflete o valor “imenso” que trazem aos parceiros de alojamento.

A autoridade que supervisiona os preços na Suíça considera que a Booking, uma das maiores agências de viagens online, cobra comissões excessivas aos hotéis do país e ordenou que sejam reduzidas em 25%.

Fontes da Booking disseram à EFE que vão recorrer da decisão, porque o custo do serviço reflete o valor “imenso” que trazem aos parceiros de alojamento. “Não concordamos com a redução forçada do custo de um produto que é totalmente opcional”, disseram.

A redução da taxa deve ser implementada dentro de três meses e será aplicada por um período de três anos, de acordo com um comunicado do Conselho Federal que foi emitido durante a reunião semanal do órgão executivo superior.

O organismo suíço de controlo dos preços tinha contactado a Booking (com sede nos Países Baixos) para pôr termo a esta “prática abusiva”, mas não chegou a acordo, refere o comunicado.

Com esta medida, da qual a Booking ainda pode recorrer para o Tribunal Administrativo Federal, as autoridades procuram melhorar a competitividade do setor hoteleiro suíço e, ao mesmo tempo, “reduzir os encargos económicos para os clientes”.

As fontes da plataforma acrescentaram que os seus parceiros têm muitas formas de comercializar as propriedades junto dos clientes, pelo que podem escolher se querem anunciar neste site ou noutro.

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