Beneficiários de prestações de desemprego recuam em março

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

O recuo em cadeia do número de beneficiários de prestações de desemprego registado em março interrompeu um ciclo de quatro aumentos mensais consecutivos.

O número de beneficiários de prestações de desemprego subiu 4,9% em março em termos homólogos, totalizando 204.937, mas recuou 3,2% relativamente ao máximo de três anos atingido em fevereiro, segundo dados da Segurança Social hoje divulgados.

Face ao período homólogo, registou-se um acréscimo de 9.578 beneficiários, o que representa uma subida de 4,9%, enquanto o recuo de 3,2% em cadeia correspondeu a uma diminuição de 6.832 beneficiários, detalha a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

De acordo com dados disponibilizados no site da Segurança Social, o recuo em cadeia do número de beneficiários de prestações de desemprego registado em março interrompeu um ciclo de quatro aumentos mensais consecutivos, mas o total mantém-se desde janeiro acima da barreira dos 200 mil beneficiários, tendo atingido em fevereiro o valor mais alto desde janeiro de 2022: 211.769 beneficiários, face a 225.410 no primeiro mês de 2022.

No que se refere ao subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou os 163.371 em março, um aumento homólogo de 6,6% (mais 10.163), mas uma diminuição em cadeia de 2,1% (menos 3.465 beneficiários). Segundo o GEP, o valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 689,72 euros, representando uma variação anual positiva de 7,7%.

Quanto ao número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial, caiu 3,6% comparativamente com março de 2024 (menos 402 subsídios processados) e recuou 8,0% face a fevereiro (um acréscimo de 953 beneficiários), totalizando os 10.892. Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 21.672 beneficiários em março, o que corresponde a uma redução homóloga de 2,4% (menos 525 beneficiários), mas um aumento de 0,2% em termos mensais (mais 52 beneficiários).

À semelhança do que tem sucedido, as prestações de desemprego foram maioritariamente pedidas por mulheres, correspondendo a 114.616 beneficiárias (55,9%) e a 90.321 beneficiários (44,1%).

Trabalhadores em lay-off registam queda homóloga de 48% em março

O número de trabalhadores em lay-off recuou quase 48% em março face ao período homólogo, mas aumentou 0,9% face a fevereiro, para 5.61.

O número total de situações de lay-off com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) registou em março uma diminuição de 5.154 prestações processadas face ao mesmo mês de 2024, correspondendo a um decréscimo de 47,9%.

Já na comparação em cadeia, relativamente a fevereiro, observou-se um ligeiro acréscimo de 50 prestações de lay-off, o equivalente a uma subida de 0,9%. Esta ligeira subida acontece após se ter registado em fevereiro o primeiro recuo do número de trabalhadores em lay-off desde outubro de 2024, altura em que este indicador voltou a subir.

Segundo o GEP, o regime de redução de horário de trabalho abrangeu 3.494 pessoas, um recuo de 43,4% (menos 2.676 prestações processadas) face a março de 2024 e uma redução de 7,1% (269 prestações) face a fevereiro. Já o regime de suspensão temporária registou uma redução homóloga de 53,9% (menos 2.478 processamentos), totalizando em março os 2.118. Já em termos mensais, registaram‐se mais 319 processamentos, o que representa um crescimento de 17,7%.

Em março, as prestações de lay-off foram processadas a 355 entidades empregadoras, o que representa uma diminuição de 278 face ao período homólogo e um aumento de 23 face a fevereiro.

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Roma espera milhares de fiéis e prepara medidas de segurança especiais

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

Meloni terá pedido que sejam ativados todos os dispositivos necessários para garantir toda a segurança na afluência e presença de fiéis em Roma para as últimas homenagens e funeral do Papa.

A cidade de Roma está a preparar medidas de segurança especiais para os próximos dias, tendo em conta os milhares de fiéis esperados para participar nas para as cerimónias fúnebres do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos

O chefe do departamento de Proteção Civil da capital romana, Fabio Ciciliano, convocou para a tarde desta segunda-feira uma reunião urgente para a tomada de medidas excecionais na cidade, onde já foi montado um sistema de segurança especial nas imediações da Praça de São Pedro, no Vaticano.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, terá pedido a Ciciliano que ative todas os dispositivos necessários para garantir toda a segurança na afluência e presença de fiéis em Roma para as últimas homenagens e funeral do Papa, que deverão decorrer nos próximos nove dias.

Para terça-feira de manhã foi convocado um Conselho de Ministros, no qual Fabio Ciciliano deverá ser nomeado coordenador de toda a operação de segurança relacionada com as cerimónias fúnebres de Francisco, tal como aconteceu em 2005, quando morreu o Papa João Paulo II.

A presidência do Conselho de Ministros de Itália ordenou que todas as bandeiras de edifícios públicos sejam colocadas a meia-haste, tendo comunicado a mesma ordem às forças armadas e policiais e às representações diplomáticas.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral e teve alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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Câmara de Mafra com resultado líquido de 12,9 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

Município registou um acréscimo de 11,9 milhões na receita. Executivo destaca o "empenho municipal no aproveitamento das oportunidades de financiamento decorrentes do PRR".

A Câmara de Mafra fechou o ano de 2024 com um resultado líquido de 12,9 milhões de euros, num crescimento anual superior a 50%, face aos 7,8 milhões de 2023, mas piorou a execução orçamental, segundo o Relatório de Contas aprovado nesta segunda-feira.

A execução orçamental da receita foi de 101,4%, abaixo da de 2023 (105,2%), já que, de um orçamento corrigido de 133,8 milhões de euros, foram cobrados 135,6 milhões, de acordo com o Relatório de Contas a que a agência Lusa teve acesso.

Comparando os dois anos, registou-se um acréscimo de 11,9 milhões na receita. Para esse aumento, contribuíram sobretudo os proveitos de capital (7,3 milhões em 2023 para 20,6 milhões no ano passado), impulsionados pelos mais 1,3 milhões das transferências de capital, para 8,7 milhões.

“Destaque para o significativo aumento das receitas provenientes das transferências de capital em 297,3%, o que evidencia o empenho municipal no aproveitamento das oportunidades de financiamento decorrentes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a concretização de investimentos estruturantes para o concelho”, justificou o presidente da câmara, Hugo Luís.

Entre os projetos financiados, destacou a construção da escola básica de 2.º e 3.º ciclos do Milharado, a ampliação das escolas básicas e secundárias da Malveira e Ericeira, a construção do centro de saúde Mafra Oeste e das piscinas municipais da Póvoa da Galega, a instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra, a empreitada de conservação deste monumento e a construção de habitação municipal.

As receitas correntes também subiram, por influência dos impostos diretos (44,6 para 47,4 milhões de euros), devido ao Imposto Municipal sobre Transmissão Onerosa de Imóveis (19,5 para 21,8 milhões) e à derrama (subida de 400 mil euros, para 2,7 milhões).

Já as receitas do Imposto Municipal sobre Imóveis (19,8 milhões) e do Imposto Único de Circulação (3,1 milhões) apresentaram-se estáveis. Dentro das receitas correntes, aumentaram também as transferências correntes (23,3 para 25,3 milhões), com mais 1,8 milhões de euros de transferências de competências do Estado para o município nas áreas da Saúde e Educação, a venda de bens e serviços e a rubrica de taxas, multas e outras penalidades.

A execução orçamental da despesa foi de 84%, abaixo da de 2023 (87,5%), já que, de um orçamento corrigido de 133,8 milhões, foram gastos 112,3 milhões, um acréscimo de 8,8 milhões face a 2023.

Entre as despesas correntes, aumentaram as referentes ao pessoal (mais dois milhões, para 27,5), com a aquisição de bens e serviços (26,3 milhões para 27,7 milhões) e as transferências correntes (mais de 15%, para 9,3 milhões).

Os proveitos correntes foram superiores em 24,5 milhões de euros aos gastos correntes, cumprindo as contas o princípio do equilíbrio orçamental.

O município do distrito de Lisboa encerrou o ano com uma dívida total de 112,2 milhões de euros, dos quais 88,3 contam para a capacidade de endividamento, que foi cumprida. Por outro lado, 70,1 milhões de euros por pagar são relativos a empréstimos de médio e longo prazo.

Em reunião pública, o executivo municipal aprovou por maioria, com os votos favoráveis do PSD e a abstenção do PS, as contas da Câmara e por unanimidade as contas dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Mafra (SMAS).

Os SMAS tiveram 1,8 milhões de euros de resultado líquido positivo e obtiveram uma execução de 92,6% na receita e de 80,1% na despesa.

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Governo suspende extinção da empresa que gere o SIRESP e atribui até 19,5 milhões

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

Governo justifica a decisão de suspensão com a marcação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio.

O Governo suspendeu a extinção da empresa que gere o SIRESP, decidindo atribuir a esta entidade uma indemnização compensatória de até 19,5 milhões de euros para que continue a funcionar em 2025, segundo um diploma publicado esta segunda-feira.

Na resolução aprovada em Conselho de Ministros em 10 de abril e publicada esta segunda-feira, em Diário da República, o Governo justifica a decisão de suspensão com a marcação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio.

A extinção da empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), passando as atribuições para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), tinha sido determinada pelo anterior Governo de António Costa e já tinha sido suspensa uma primeira vez devido à realização das eleições legislativas antecipadas de 10 de março de 2024.

Na altura, o Executivo atribuiu à empresa SIRESP, S.A. uma indemnização compensatória das obrigações de serviço público, para 2024, de até 26 milhões de euros.

Segundo o diploma, após tomar posse em abril de 2024, o Governo de Luís Montenegro decidiu “recuperar processos anteriores relacionados com projetos de extinção da SIRESP, S. A., e de criação de uma nova entidade da administração indireta do Estado, tutelada pela área governativa da administração interna, cuja efetivação se previa ocorrer neste primeiro trimestre do ano de 2025”.

Face ao prazo estabelecido para a transformação institucional, o executivo optou, em vez de atribuir nova indemnização compensatória, por autorizar “dois pedidos de aplicação de saldos de gerência de anos anteriores da SIRESP, S. A.”, num total de 6.440.994 euros, que se esgotarão este mês.

Neste quadro, cuja gravidade é reforçada pela “iminência da época de empenhamento operacional reforçado para o combate aos incêndios rurais”, o Governo considera “urgente, inadiável e indispensável” atribuir àquela empresa uma “indemnização compensatória pelo cumprimento das obrigações de serviço público” de até 19.559.006 euros.

A verba está “devidamente orçamentada no orçamento” para 2025 da SGMAI.

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Das viagens de jato privado ao almoço a dois num museu, as extravagâncias dos milionários

Portugal tem-se afirmado como um destino de luxo. Conheça algumas das extravagâncias milionárias: viajar de avião e iate privados, fechar um museu para almoçar ou uma loja da Avenida da Liberdade.

Sílvia Ferreira, CEO Luxury Tours Portugal19 abril, 2025

 

Viajar a bordo de um avião e iate privados, para depois seguir ao volante de um Aston Martin ou Lamborghini, passear de balão e à chegada desfrutar de uma refeição com assinatura de um chef de renome acompanhada de vinhos escolhidos a dedo por um sommelier. Tudo isto enquanto explora as regiões vinícolas do Douro e do Alentejo pela quantia de 35 mil euros por pessoa. Pode parecer coisa de filme, mas há milionários dispostos a pagar este valor em Portugal e não estamos a falar só de turistas, ainda que o mercado americano tenha aqui um grande peso.

As excentricidades não ficam por aqui no portfólio da agência portuense Luxury Tours Portugal, do Grupo Wine Tourism in Portugal, que lança charme aos clientes com roteiros exclusivos e desenhados à medida que colocam o país no mapa mundial. Pretende posicionar-se no mercado como uma marca de concierge de luxo. “Já fechámos o Palácio da Bacalhôa só para um casal ter um almoço mais intimista”, ou um museu para um jantar a dois num ambiente fora da caixa, conta Sílvia Ferreira, CEO do Grupo Wine Tourism in Portugal, que já tem na mira uma parceria com o Museu do Tesouro Real.

Acostumada que está a concretizar os mais inusitados desejos dos clientes que procuram um programa com charme e fora de série, Sílvia Ferreira nota que há casais a gastar entre 40 e 50 mil euros em várias experiências sensoriais e memoráveis. Não é preciso muito para atingir este valor. Contas feitas, detalha, “um cruzeiro privado de meia hora pode custar três mil euros, dependendo do iate e do tipo de vinhos que forem selecionados. E depois há todo o tipo de condicionantes que podem fazer com que o produto seja ou não mais caro”.

Podem não passar de um sonho para a maioria das pessoas, mas estas excentricidades são uma realidade para um nicho de mercado em Portugal, assegura Sílvia Ferreira. Num só dia podemos viver um programa de encher as medidas que começa com uma viagem de iate até ao Douro Vinhateiro, com um copo de um bom vinho que desperta as nossas papilas gustativas, ao som de um violino e com uma paisagem de tirar o fôlego como pano de fundo.

Regressamos depois de helicóptero ou jato particular à cidade Invicta, onde almoçamos num ambiente intimista numa cave do Vinho do Porto com assinatura de um chef de alta gastronomia. E até porque o dia ainda vai a meio, há tempo de sobra para darmos um pulinho a uma loja na Avenida da Liberdade, em Lisboa, como se fosse mesmo ali ao lado. Não é o caso, mas temos a sorte de, mais uma vez, ter o helicóptero à disposição.

Uma vez na loja, temos um consultor de moda só para nós e o espaço de portas fechadas ao público. É mesmo caso para dizer “uau”, como expressa, entre risos, Sílvia Ferreira. Para terminar em grande, viajamos até ao Algarve onde pernoitamos numa villa com direito a mordomo, chef privado e um sommelier que nos aconselha e dá a provar vinhos mais requintados.

São experiências como estas, desenhadas ao pormenor para um segmento premium, algumas delas feitas à medida dos desejos do cliente milionário. E este não é um público qualquer: “São clientes que dão muito valor ao dinheiro, apesar de comprarem este tipo de experiência. Muitos deles já vivem rodeados de conforto no seu quotidiano”. Mas querem viver um momento de sonho, inesquecível, que um dia possam contar à família e aos amigos.

No caso do itinerário desenhado para as regiões vinícolas do Douro e Alentejo, com um custo de 35 mil euros por pessoa, batizado de “Portugal Signature Wine Journey”, o programa conta com a parceria de entidades como a Quinta do Paral (Alentejo) e a Quinta da Vacaria (Douro). Promete um mergulho num cardápio tão variado como viagens de avião privado e em carros de luxo e balão, assim como passeios de jipe pelas vinhas até refeições em restaurantes estrela Michelin.

Sílvia Ferreira confessa-nos que é “uma privilegiada por poder viver estas experiências no próprio país”. Agora, o grupo que representa pisca o olho aos milionários com extravagâncias inusitadas e fora da caixa, num mercado que acredita estar em crescente expansão. Além de Portugal, o Grupo Wine Tourism in Portugal tem como principais mercados os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, França, Espanha, Brasil, Suíça, Itália e Holanda.

Entretanto, há uma outra marca do mesmo grupo a posicionar-se no segmento de luxo, mas desta vez de olho no mercado corporativo. Chama-se “Experiencea” e está a preparar um grande evento de lançamento para maio deste ano que ainda está no segredo dos Deuses. Tal como acontece com os roteiros ou momentos exclusivos que o grupo delineia ou tem em carteira, a CEO do grupo promete algo memorável e surpreendente nesta iniciativa.

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Terra Nostra aposta em “cowfluencers” nas redes sociais

  • + M
  • 21 Abril 2025

No ano em que assinala os 10 anos do Programa Leite das Vacas Felizes, cada rede social da Terra Nostra será "comandada" por uma diferente vaca.

A Terra Nostra “entregou” a gestão das redes sociais às suas Vacas Felizes, que se tornaram assim “cowfluencers” da marca. No ano em que assinala os 10 anos do Programa Leite das Vacas Felizes, cada rede social da marca passa a ser “comandada” por uma vaca diferente, “cada uma com uma personalidade própria e alinhada ao perfil da plataforma“.

Assim, e numa estratégia desenvolvida pela VML com a Public, para o TikTok a Terra Nostra “conta com uma criadora de conteúdos trendy, com um perfil jovem e criativo. Sempre a par das últimas trends da internet, está sempre pronta para novas aventuras”.

O Instagram, por sua vez, “será gerido por uma influencer, foodie, preocupada com a sustentabilidade, que adora partilhar a beleza dos Açores e o seu lifestyle no pasto“. Já para o Facebook, a marca aposta numa “vaca sábia e experiente, que valoriza a tradição, a família e a comunidade”.

“Ao entregar as nossas redes sociais às Vacas Felizes, estamos a reforçar de forma criativa e envolvente o nosso propósito de fazer ‘o Bem, bem feito’. As Vacas Felizes já conquistaram o coração dos portugueses e, no ano em que comemoramos 10 anos do Programa Leite de Vacas Felizes, faz todo o sentido que sejam elas as grandes protagonistas das redes sociais de Terra Nostra. Queremos sobretudo que os nossos consumidores se divirtam, se aproximem da marca e conheçam melhor a vida no pasto“, diz Yvan Mendes, marketing manager da Terra Nostra, citado em comunicado.

Com esta abordagem, a marca pretende reforçar a sua ligação à comunidade digital, “promovendo conversas genuínas sobre sustentabilidade, bem-estar animal e o Programa Leite de Vacas Felizes — sempre com a autenticidade e proximidade que definem a marca“, descreve em comunicado.

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Corretora Verspieren concluiu aquisição da Macedo’s Seguros

Joaquim Macedo explica os motivos para o processo de três anos que levou à aquisição da mediadora de seguros da sua família pela corretora francesa Verspieren ter corrido bem.

Joaquim Macedo: “O mais difícil foi, provavelmente, delegar parte do controlo operativo — mas era essencial para crescer”.

No passado dia 8 de abril concluiu-se a fusão jurídica entre as empresas Macedo’s e a Verspieren Portugal – Corretores de Seguros (VCS), um caso de uma mediadora de seguros familiar a ser adquirida por uma multinacional francesa de corretagem de seguros que pretende crescer a sua presença em Portugal. A pequena mediadora, cerca de 150 mil euros de comissões em 2024, tornou-se, para Rogério Dias, CEO da VCS, um exemplo de como um processo de consolidação pode ter sucesso. Em entrevista a ECOseguros, Joaquim Macedo, fundador da Macedo’s descreve os passos e os factos, de uma transição que durou três anos.

Como descreve o início do processo de aquisição da Macedo’s pela VCS, há três anos?

Foi um momento de grande reflexão. Queríamos garantir a continuidade e evolução da empresa. A proposta da VCS foi recebida com entusiasmo, embora naturalmente existissem dúvidas. Felizmente, desde o início, percebemos um forte alinhamento de valores.”

O que significou pessoalmente?

Assinala o culminar de uma longa jornada profissional que iniciei em 1986, quando dei os primeiros passos no setor da mediação de seguros, então a convite da Portugal Previdente. Sem experiência prévia nem contactos no setor, foi um desafio que exigiu coragem, resiliência e espírito empreendedor. Fascinou-me a liberdade de construir algo meu, com responsabilidade e equilíbrio entre a vida profissional e familiar. Daí que, em 2004, fundei a sociedade Macedo’s, em conjunto com a minha família, alicerçada na dedicação e proximidade com os clientes.

Esta integração correspondeu às suas expectativas?

Em vários aspetos até superou o que esperava. Fomos sempre ouvidos, respeitados e integrados de forma muito natural. Claro que houve desafios, mas foram ultrapassados com diálogo e espírito de equipa.

Quais foram as decisões, à primeira vista, mais difíceis que teve de tomar ou concordar?

Houve decisões estruturais, nomeadamente relacionadas com a centralização de algumas funções ou redefinição de processos internos, que exigiram alguma ponderação. A mais difícil foi provavelmente delegar parte do controlo operativo — mas era essencial para crescer.

A relação com as seguradoras tornou-se mais estratégica e menos operacional. Permite melhores condições comerciais e uma voz mais ativa nas negociações

Como reagiram os colaboradores? Como se adaptaram?

Com muita maturidade e espírito de colaboração. Houve, naturalmente, alguma ansiedade inicial, mas procurámos comunicar com clareza e envolver toda a equipa. Sentiram que o projeto era de todos e hoje posso dizer que estão ainda mais alinhados com os nossos objetivos.

Pensa que existiram vantagens junto das seguradoras?

Sim, de forma clara. A nossa escala aumentou, o que nos permite melhores condições comerciais e uma voz mais ativa nas negociações. A relação com as seguradoras tornou-se mais estratégica e menos operacional.

Os clientes não notaram? Reagiram bem? Manteve todos ou uma nova realidade fez alguns refletir sobre o futuro da relação?

Notaram, claro, sobretudo pela melhoria nos processos e no apoio ao cliente. A grande maioria reagiu de forma muito positiva. Houve casos isolados de clientes que procuraram perceber melhor o que mudava, mas acabaram por se manter. A confiança que construímos ao longo dos anos foi essencial nesse processo.

Notei que em 2024 os resultados líquidos melhoraram em relação a 2023 e a faturação subiu, mas menos proporcionalmente. Pode explicar?

Crescemos em faturação, mas com maior eficiência, fruto da consolidação de processos e redução de custos. A estrutura da VCS trouxe-nos ferramentas que nos permitiram ser mais eficazes, o que se refletiu positivamente na rentabilidade.

Que conselhos daria a quem adquire e a quem é adquirido na indústria seguradora?

Diria que o segredo está no respeito mútuo. Quem adquire deve ouvir e valorizar a cultura da empresa integrada. Quem é adquirido deve estar disponível para se adaptar, mas sem perder a sua identidade. É um processo de cedência e crescimento de ambas as partes.

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Universidade de Aveiro destaca biotecnologia azul no Pavilhão de Portugal na Expo2025

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

O diretor do Centro de Estudos do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro, Amadeu Soares, considera a Expo2025 uma oportunidade única para mostrar os progressos de Portugal na biotecnologia azul.

O diretor do Centro de Estudos do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro, Amadeu Soares, afirmou nesta segunda-feira que a Expo2025 é uma oportunidade única para mostrar os progressos de Portugal na biotecnologia azul.

“Esta é uma chance única para mostrar a nossa ciência ao mundo e inspirar novas ligações sobre futuros verdes para o oceano”, disse à Lusa o diretor do CESAM.

Segundo aquele académico, o pavilhão português “mostra os progressos de Portugal no uso verde dos biorrecursos marinhos, na criação de novos bioprodutos e em soluções do oceano para os desafios globais”.

A Universidade de Aveiro, através do CESSAM, participou na conceção do Pavilhão de Portugal na Expo 2025, que decorre até 13 de outubro no Japão, onde são esperados mais de 28 milhões de visitantes.

Sob o mote “O Oceano como Futuro Global”, o Pavilhão de Portugal proporciona aos visitantes uma experiência interativa, revelando como o oceano “molda culturas, sustenta economias e é a base da resiliência do planeta”.

“A nossa participação na Expo2025 é prova do apoio da Universidade de Aveiro (UA) ao saber do oceano, à inovação na frente da biotecnologia azul e à cooperação global”, disse Helena Vieira, investigadora no CESAM e líder da equipa no projeto.

O CESAM “ajudou no desenvolvimento da ideia e da Ciência do Pavilhão, com base na investigação e na inovação feita na Universidade de Aveiro, fornecendo vários materiais, como textos, fotos e vídeos”.

Através dos materiais do CESSAM, “os visitantes globais poderão ver como os seres marinhos estão a ser usados na criação de novos fármacos, cosméticos, alimentos e tecnologias ambientais novas, com exemplos reais da investigação e indústria portuguesas”.

O pavilhão nacional na Expo2025 Osaka pretende mostrar “a liderança de Portugal na exploração científica e económica do oceano, evidenciando o seu papel chave no passado, presente e futuro, na construção das relações internacionais e na promoção do desenvolvimento sustentável”.

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Portugueses já a receber e-mail da Meta para uso de dados para IA

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, quer usar as informações públicas dos utilizadores adultos da União Europeia (UE) para treinar a sua ferramenta de IA.

Os utilizadores portugueses das redes sociais da Meta já começaram a receber um e-mail de consentimento sobre o uso dos seus dados públicos para treino das ferramentas de inteligência artificial (IA) da empresa.

Depois de na semana passada a Meta ter anunciado que usaria as informações públicas dos utilizadores adultos da União Europeia (UE) para treinar a sua ferramenta de IA, Meta AI, alguns utilizadores portugueses, contactados pela agência Lusa, já receberam um e-mail onde se podem opor ao uso dos seus dados para este fim.

“Vamos utilizar as tuas interações com as funcionalidades de IA na Meta e as tuas informações públicas, como publicações e comentários de contas de pessoas com 18 anos ou mais, com base em interesses legítimos”, lê-se no e-mail, no qual a empresa acrescenta que esta estratégia visa desenvolver e melhorar a IA da Meta.

Entre as informações públicas estão o nome de utilizador, foto de perfil, a atividade em grupos públicos, canais e páginas do Facebook, bem como comentários, classificações ou críticas no Marketplace ou numa conta do Instagram pública.

A Meta refere ainda que quando recolhe informações públicas da internet ou dados licenciados de outros fornecedores para treinar os modelos, estes podem incluir informações pessoais.

Para não autorizar o uso das informações, a empresa diz ser necessário preencher um questionário ‘online‘, disponível através da seguinte ligação: https://www.facebook.com/help/contact/510058597920541, ou aceder ao centro de ajuda da sua conta nos produtos Meta.

“Se a tua oposição for aceite, não vamos utilizar as tuas interações com as funcionalidades de IA da Meta nem as tuas informações públicas”, diz a empresa.

Mesmo opondo-se ao uso dos seus dados, a empresa pode sempre usar informações do utilizador que apareçam em qualquer local, como, por exemplo, numa imagem partilhada publicamente nos produtos da empresa ou por alguém que os utilize.

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Desempregados inscritos nos centros de emprego sobem 1,5% em março

  • Lusa
  • 21 Abril 2025

Em relação a março do ano passado, são mais 4.905 desempregados, embora tenha havido uma descida de 9.214 face a fevereiro último, segundo os dados mais recentes do IEFP.

O número total de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 1,5% em março, em termos homólogos, mas baixou 2,7% face a fevereiro, para 329.521, de acordo com dados hoje divulgados pelo IEFP.

Segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de março estavam registados nos serviços de emprego de Portugal continental e nas regiões autónomas 329.521 desempregados, “número que representa 69,0% de um total de 477.683 pedidos de emprego”.

Em relação a março do ano passado, são mais 4.905 desempregados, embora tenha havido uma descida de 9.214 face a fevereiro último.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, e para a variação absoluta, destacaram-se os contributos dos inscritos há menos de 12 meses (mais 2.656), os que procuram um novo emprego (mais 4.481) e os adultos (mais 5.057).

No que aos grupos profissionais diz respeito, o IEFP salientou que trabalhadores não qualificados (29,7%), trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores (20,5%) e especialistas das atividades intelectuais e científicas (10,1%) tiveram a maior expressão entre os desempregados registados no continente.

Em termos homólogos, o IEFP registou, entre os grupos com maior expressão, “um acréscimo no desemprego nos grupos profissionais dos trabalhadores não qualificados (10%), especialistas das atividades intelectuais e científicas (1,5%) e trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores (2,9%)”.

Em sentido inverso, registou-se uma redução no desemprego no pessoal administrativo (descida de 8,7%) e de agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca e floresta (menos 16,6%).

O desemprego no continente apresentou um aumento de 1,9% em março, em termos homólogos, ao contrário do registado nas regiões autónomas de Madeira (-12,5%) e Açores (-2,2%).

No final de março, as ofertas de emprego por satisfazer totalizavam 15.453, aumentando 27,6% em termos homólogos e 23,2% em cadeia.

No acumulado do mês, o IEFP recebeu 15.029 ofertas de emprego (mais 35,6% do que no mesmo mês do ano passado e mais 36,8% face a fevereiro), tendo efetuado 9.617 colocações (crescimento de 15,7% em termos homólogos e de 32,3% em cadeia).

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“A Mastercard vai ajudar-nos a tornar a Bleap global”

Os ex Revolut João Alves e Guilherme Gomes arrancaram no final do ano passado com uma app de pagamentos self-custody que permite aos clientes gastarem stablecoins diretamente com um cartão de débito.

Da esquerda para a direita, Guilherme Gomes e João Alves, fundadores da BleapDepois de no final do ano passado ter captado 2,3 milhões de dólares (cerca de 2,2 milhões de euros) para criar uma conta bancária na blockchain, a Bleap, fundada por João Alves e Guilherme Gomes, acaba de fechar uma parceria com a Mastercard.

Os ex-Revolut arrancaram no final do ano passado com uma app de pagamentos self-custody que permite aos clientes gastarem stablecoins diretamente com um cartão de débito, sem taxas e com até 2% de cashback nas compras. Desde então, “centenas” de utilizadores têm aderido à app, que processou mais de cinco milhões de transações, gerando mais de 100 mil dólares em poupanças, segundo informação partilhada pela startup, com uma filial na Polónia e registada como um Virtual Asset Service Provider (VASP) na UE. Agora fechou uma parceria com a Mastercard.

“O principal benefício é a escala. A Mastercard vai ajudar-nos a tornar a Bleap global. Neste momento o cartão só está disponível na Europa, mas estamos a trabalhar para o levar nos próximos meses já para Brasil, Colômbia, Argentina e México. Ou seja, dá-nos escala e permite-nos chegar a novos mercados muito mais rápido”, diz João Alves, cofundador da Bleap, ao ECO.

A parceria permite um melhor efeito de rede pois “pessoas em mais países a usar Bleap faz com que seja muito mais fácil enviar dinheiro para esses países instantaneamente e gratuitamente através da Bleap”, acrescenta. E a maior escala — há cerca de 150 milhões de comerciantes que aceitam cartões Mastercard em todo o mundo — permite “continuarmos a oferecer melhores produtos gratuitamente”.

Reconhecimento na “30 under 30” Forbes Europa

A tecnologia desenvolvida pela Bleap foi destacada no “30 under 30” da Forbes Europa, com o reconhecimento atribuído a Guilherme Gomes, um dos quatro portugueses a ser referido na lista.

“É uma honra enorme estar na lista Forbes 30 Under 30. É um marco importante — não só a nível pessoal, mas também para aquilo que estamos a construir na Bleap. Temos trabalhado muito para criar um novo tipo de banco — onde o dinheiro circula mais rápido, gera mais rendimento e é acessível a qualquer pessoa, em qualquer lugar. Sem intermediários. Sem comissões. Verdadeiramente nosso. E é incrível ver a Forbes reconhecer o trabalho que estamos a fazer”, diz Guilherme Gomes, ao ECO.

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Desapareceu o “Papa extraordinário” de “abraço caloroso”. As reações à morte de Francisco

Da esquerda à direita, figuras da política portuguesa elogiam o percurso do Papa Francisco e a proximidade às pessoas. Defensor dos imigrantes e de uma economia mais justa e humana.

As reações à morte do Papa Francisco, aos 88 anos, não se fizeram esperar. Figuras da política portuguesa elogiaram o legado de humanismo e proximidade às pessoas, considerando que o argentino “foi a voz dos pobres” e que “sempre foi um defensor de uma economia mais justa”.

Desde logo, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, defendeu que “Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas”.

“As suas visitas a Portugal, no centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade”, disse Montenegro, numa publicação na rede social X, acompanhada de uma fotografia onde aparece a apertar a mão do líder da Igreja Católica.

“Os portugueses e o mundo despedem-se do Papa Francisco com gratidão, o seu legado e a sua vida serão fonte de inspiração para gerações futuras dentro e fora da igreja”, disse Luís Montenegro, recordado que Portugal vai decretar três dias de luto nacional, na data “coincidente com as cerimónias fúnebres”, que serão anunciadas pelo Vaticano.

Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que falará esta segunda-feira ao país às 20h sobre a morte do Papa Francisco.

Já o presidente do PS, Pedro Nuno Santos, recordou que Francisco “foi um Papa dos pobres, dos excluídos, dos que não têm voz”. “Um defensor incansável do meio ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa”, apontou.

“Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi uma voz inflamada em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz. A sua liderança espiritual transcende fronteiras religiosas e políticas, tornando-se uma referência ética e moral para milhões em todo o mundo”, acrescentou Pedro Nuno Santos numa publicação na rede social X.

Pedro Nuno Santos recordou a célebre frase de Francisco que disse que o “único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para ajudá-la a levantar-se”. “Esta mensagem de amor é uma mensagem poderosa que o Papa Francisco nos deixou”, disse o líder do partido socialista.

O líder do PS recordou que o líder da igreja católica foi um “crítico do populismo, um defensor da paz, um crítico do liberalismo e da economia que mata como ele dizia, uma economia que produz desigualdade e pobreza”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que “Francisco era o Profeta do Exemplo”. “Todos, todos, todos, sentiremos, não a sua falta, mas a sua presença“, apontou.

“Como pessoa, como cristão, como católico, devo-lhe tanto. Devemos-lhe tanto”, disse ainda Paulo Rangel, numa publicação na rede social X em reação à morte do Papa Francisco.

Também o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, lamentou “profundamente a notícia da morte do Papa Francisco”. Já Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco, lembrou que o Pontífice, “nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento”: “Condenou o ódio contra imigrantes e a ‘economia que mata’. Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança”, escreveu a líder do BE, também no X.

André Ventura, líder do Chega, lembrou que “o Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade e simplicidade que a todos tocou profundamente”. “Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública”, indicou.

O patriarca de Lisboa, Rui Valério, recordou esta segunda-feira o “abraço caloroso, os gestos incansáveis, a alegria contagiante” do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, que teve lugar na capital portuguesa em agosto de 2023.

“O seu magistério e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar”, realçou Rui Valério.

O cardeal Américo Aguiar disse “sentir uma profunda tristeza” pela morte do Papa Francisco. “O homem em quem o mundo confia, o homem que o mundo respeita, o homem que o mundo lê, procurando em cada uma das suas palavras uma luz que nos ilumine, peço (…) que nos ajude a construir este presente, tão atribulado, tão incerto”, disse o cardeal português.

A Câmara Municipal de Lisboa “manifestou o mais profundo pesar pelo falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco, um líder espiritual cuja vida foi dedicada à paz, à justiça social e à defesa incansável dos mais vulneráveis”.

“A morte do Papa Francisco deixa-nos uma imensa tristeza, mas também uma marca única de uma herança de humanidade, proximidade e coragem, que perdurará”, disse Carlos Moedas. “Uma voz única, firme e de equilíbrio num mundo tantas vezes marcado pela indiferença. Um farol para milhões de crentes e não crentes, com a sua capacidade única de a todos convocar para os desafios em nome de um mundo melhor”, refere o autarca de Lisboa, em comunicado.

Lá fora, líderes homenageiam “humildade” e “amor ao próximo”

Ursula von der Leyen também reagiu ao anúncio da morte do Papa Francisco. “Inspirou milhões, muito além da Igreja Católica, com a sua humildade e amor tão puro pelos menos fortunados. Os meus pensamentos estão para aqueles que sentem esta perda profunda”, escreveu a presidente da Comissão Europeia, também no X.

O Presidente francês elogiou a “resiliência” do Papa Francisco e o “amor ao próximo”. O Papa Francisco posicionou-se sempre ao lado dos mais vulneráveis e frágeis, e fê-lo com muita humildade. Em tempos de guerra e brutalidade, tinha um senso de proteção ao próximo”, escreveu Emmanuel Macron no X.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, elogiou o “sorriso contagioso” do Papa Francisco, elencando que “será recordado pelo seu amor à vida, esperança pela paz, compaixão pela igualdade e justiça social”.

Os seus esforços incansáveis ​​para promover um mundo mais justo para todos deixarão um legado duradouro. Em nome do povo do Reino Unido, partilho as minhas mais sinceras condolências a toda a Igreja Católica”, escreveu o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, recorda o “compromisso incansável com os mais frágeis, pela justiça e pela reconciliação”. “O primeiro latino-americano na Santa Sé tocou pessoas em todo o mundo e além-fronteiras”, disse Merz.

Numa breve mensagem na rede social X, a Casa Branca prestou homenagem ao líder da igreja católica: “Que o Papa Francisco descanse em paz”. O vice-presidente, JD Vance, também enviou condolências “aos milhões de cristãos de todo o mundo que o amavam”.

O Dalai Lama, líder espiritual dos budistas do Tibete, expressou que Jorge Mario Bergoglio “dedicou a vida a servir os outros”, destacando que o Papa Francisco dava “regularmente o exemplo de como levar uma vida simples, mas significativa”.

(Notícia atualizada)

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