Miranda Sarmento descarta cortes no Estado Social para financiar defesa

Ministro das Finanças considerou que aumento do investimento em defesa não "pode colocar em causa aquilo que é o Estado Social" e defendeu cooperação entre Estados-membros.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, descartou esta segunda-feira cortes nas políticas sociais para aumentar o investimento português em defesa e considerou que a proposta da Comissão Europeia para flexibilizar as regras orçamentais para apostar nesta área “não é particularmente” relevante para Portugal.

“Se nos mantivermos dentro da razoabilidade de gastos, daquilo que é exequível poder gastar no curto e médio prazo (…), creio que não colocará, nem pode colocar em causa aquilo que é o Estado Social que conhecemos, nem os compromissos sociais e de outra natureza que os Estados têm com as suas populações“, afirmou o governante em declarações aos jornalistas à entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.

Miranda Sarmento defendeu que é fundamental que exista cooperação entre os 27 Estados-membros para garantir o aumento do investimento em defesa sem comprometer as contas públicas. “Temos de cooperar do ponto de vista militar, procurar dentro dos instrumentos que existem a nível europeu e dentro de novos instrumentos ter respostas adicionais para aquilo que é a necessidade de reforçar a capacidade militar da Europa“, disse.

O titular da pasta das Finanças apontou ainda a necessidade de procurar dentro dos atuais “instrumentos orçamentais criar a flexibilidade necessária para responder a estes desafios”.

Mantemos o compromisso de equilíbrio das contas públicas, mas naturalmente que é necessário um reforço das capacidades militares e dos gastos em defesa“, acrescentou.

Quando questionado sobre o anúncio que a Comissão Europeia irá propor a flexibilização das regras orçamentais para permitir que os Estados-membros aumentem os gastos com defesa, Miranda Sarmento sublinhou que é preciso conhecer os detalhes da proposta.

Contudo, considerou que “neste momento para Portugal não é particularmente relevante”, uma vez que o país está longe de ter um défice orçamental de 3% – motivo pelo qual Bruxelas abre um Procedimento por Défice Excessivo – e, portanto, a medida à partida terá mais impacto para países com défices elevados.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu no início deste mês um financiamento comum para a defesa europeia, inspirado no modelo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “Defendemos a capacidade da Europa ter um processo de financiamento comum, porque o projeto também é comum”, afirmou em declarações aos jornalistas, no final do primeiro retiro informal de líderes da União Europeia, em Bruxelas.

O Chefe do Executivo português adiantou que transmitiu aos restantes Estados-membros que “o Governo defende um PRR para a área da defesa“, que “possa evoluir num modelo semelhante ao que esteve em cima da mesa durante a pandemia” e que “pode passar, eventualmente, por dívida comum que possa servir como o alicerce” para ser “efetivamente consequentes, porque senão daqui a dois ou três anos” ainda se está “a discutir as mesmas coisas”.

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União Europeia produziu 4 363 milhões de euros em jóias em 2023

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 17 Fevereiro 2025

Segundo dados do Eurostat, em 2023 a produção total de jóias na UE atingiu os 4.363 milhões de euros, assinalando um aumento de 1% face aos 4.321 milhões de euros registados em 2022.

O mundo da joalharia dá mostras de resiliência face à crise que afeta outros setores industriais europeus. De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat na passada sexta-feira, o valor da produção total de jóias na União Europeia atingiu 4,363 mil milhões de euros em 2023, um aumento de 1% face aos 4,321 mil milhões de euros de 2022.

Itália manteve-se como o principal produtor de joalharia entre os 27, com um valor de produção de 1 559 milhões de euros em 2023, representando 36% do total da UE, embora a produção Made In Italy tenha recuado 8% face a 2022. França ocupa o segundo posto com 1.444 milhões de euros (33%), à frente da Alemanha com 507 milhões de euros (12%). Espanha (444 milhões) e Grécia (51 milhões) completam o Top 5 europeu.

Em comparação com 2022, os maiores aumentos relativos no valor da produção de joalharia foram reportados na Croácia (+26%), na República Checa (+25%) e na Irlanda (+20%). Em contrapartida, as descidas mais acentuadas registaram-se na Lituânia (-36%), Letónia (-16%) e Itália, como já referido.

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Banco de Fomento quer atribuir 14,6 mil milhões em garantias este ano

Empresas que ficam de fora do Portugal 2030, mas têm projetos de mérito, vão ter linha de mil milhões de euros, a oito anos, com período de carência de dois anos.

O Banco Português de Fomento quer reforçar a área das garantias. Em causa estão 14,6 mil milhões de euros, quase 5% do Produto Interno Bruto, distribuídos em quatro programas de garantia que devem chegar à economia ainda este ano. As primeiras garantias serão atribuídas já em março.

O presidente executivo do Banco de Fomento, na apresentação do Plano de Ação esta segunda-feira, explicou que vai lançar um novo programa de garantias pré-aprovadas, que está já a ser operacionalizado junto de 50 mil empresas de todos os setores de atividade, do comércio ao retalho, passando pela tecnologia e pela saúde.

“Com esta pré-aprovação, as empresas podem falar com os bancos comerciais e descontar esse crédito para investimento”, explicou Gonçalo Regalado. “Criámos modelos à semelhança do que acontece na banca comercial para saber qual o limite de crédito que estão disponíveis a conceder a cada empresa. Fizemos o mesmo exercício, mas para o limite de garantia”, explicou.

O objetivo é abranger, num primeiro lote 50 mil empresas no início março, a quem será comunicado o valor de garantia que, em função dos resultados poderá ter em 2025. Outras 50 mil empresas serão notificadas em abril e depois outras 50 mil em maio, precisou.

Outro programa de garantias passa pelo lançamento da linha de financiamento com garantia do Banco de Fomento e com incentivo PRR com subvenção empresarial. Batizado PRR Inovação Empresarial, o programa deverá ser lançado no segundo trimestre deste ano

Já a Fomento PT 2030, com uma dotação de três mil milhões de euros, tem por objetivo não deixar de fora bons projetos que concorrem ao Portugal 2030 e acelerar a execução dos fundos europeus. A linha pretende financiar todos os projetos cujas candidaturas receberem uma nota superior a três até ao limite onde é feito o corte (normalmente em torno dos 4,15). “Para que nenhum investimento fique para trás”, explicou Gonçalo Regalado, frisando que “se as empresas se candidatam a fundos europeus é porque têm vontade de investir”.

Em causa estão quatro linhas de financiamento para o Portugal 2030 (Compete e programas operacionais): mil milhões de garantias técnicas, 500 milhões de modelo híbrido, 500 milhões de subvenções no financiamento e mil milhões de garantias para capitais alheios. Esta linha específica será a oito anos com dois anos de carência. Este programa também está previsto ser operacionalizado no segundo trimestre deste ano.

“O Banco de Fomento quer ser o braço direito dos fundos europeus a apoiar projetos do PT2030”, disse o responsável, que está a trabalhar com o Compete para operacionalizar as quatro linhas, frisando que “não é tolerável que um banco com a dimensão do BPF demore meses a respostas aos empresários”. Por isso, o objetivo é “melhorar a governance interna e externa”.

No plano de ação apresentado esta segunda-feira Gonçalo Regalo revelou que a meta é “concluir, até ao final do ano, o processo de fusão das sociedade de garantia mútua”, mas também trazer a Sofid para o interior da instituição. Ao fazê-lo, o BPF pretende assumir um papel de banco da lusofonia, passando a ser um dos dez bancos com acesso ao programa europeu Global Gateway da União Europeia e aos 300 mil milhões de euros disponibilizados. “O objetivo é dar aos nossos empresários um novo músculo para investir no exterior”, disse.

Outras das linhas do programa é aprofundar a parceria entre o Banco de Fomento e o Fundo Europeu de Investimento. Portugal será o oitavo país da União Europeia a subscrever o member state compartment. “Dedicámos 450 milhões de euros do PRR e estamos a apontar para 500 milhões no país para o poder subscrever e ter acesso aos 6500 milhões de garantias a um preço muitíssimo competitivo”, explicou o responsável.

Portugal é o terceiro país, depois da Roménia e de Espanha, muito próximo da Grécia, em dimensão, a fazer esta subscrição. Mas, em termos de impacto, os sete países que já fizeram esta subscrição com quase dois mil milhões de euros têm 11.400 milhões de euros de garantias, embora Portugal pretenda ter um duplicador que é o dobro face ao europeu (13x contra 6X a nível europeu). “Com 500 milhões de euros queremos chegar aos 6.500 milhões”, disse o responsável revelando que “o processo está bem lançado” e que já teve reuniões com a comissão executiva do FEI no Luxemburgo e que o processo de candidatura está em curso.

A nossa ambição é poder fechar as negociações no primeiro semestre e ter a capacidade de mais para o final do ano ter esta disponibilidade de garantias“, disse.

Estas garantias vão ser distribuídas em quatro pilares: inovação e digitalização onde estão apontados 50% do montante; para a área da sustentabilidade e do ESG, com cerca de 30% do montante; para a competitividade das PME com 12% e cerca de 500 milhões de euros para a agricultura.

Gonçalo Regalado assumiu o compromisso de apresentar resultados trimestralmente, à semelhança do que fazem os restantes bancos comerciais e dar nota da evolução da implementação deste Plano de Ação.

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Sismo que abanou Lisboa derrubou site do IPMA

Site do Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) indisponível logo após o sismo desta segunda-feira em Lisboa, levantando dúvidas do ponto de vista da preparação para uma situação de maior gravidade.

O sismo sentido na região de Lisboa ao início da tarde desta segunda-feira não terá, para já, causado vítimas nem danos materiais. Mas foi suficientemente forte para derrubar o site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A situação obrigou mesmo o IPMA a relançar o portal numa “versão simplificada”, devido a “um volume de tráfego excecionalmente elevado”.

Passavam 24 minutos da uma da tarde quando a terra tremeu na região da capital. O abalo sentiu-se durante poucos segundos, mas muitos dos cidadãos que terão tentado saber mais informação dirigindo-se ao site do IPMA não foram bem-sucedidos, pois a página não carregava.

Portal do IPMA voltou numa “versão simplificada”

O problema foi causado pelo elevado volume de acessos em simultâneo ao site do instituto que é a principal fonte de informação meteorológica e sísmica do país.

A situação levanta dúvidas do ponto de vista da preparação do país para um terramoto de maior intensidade, sobretudo na região de Lisboa, onde é público o elevado risco sísmico.

Entretanto, o site do IPMA voltou a ficar acessível alguns minutos depois do terramoto, mas a página normal foi substituída por uma “versão simplificada”.

Esta medida foi tomada “devido a um volume de tráfego excecionalmente elevado ou por ações de manutenção”, de acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA. “Assim que a situação o permita, retornará à página original”, lê-se no portal.

O sismo teve uma intensidade de 4,7 na escala de Richter e teve epicentro ao largo do Seixal, a sete quilómetros de profundidade. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avançou, na rede social X que “não há registo de danos pessoais ou materiais”.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, fará “declarações” e um “balanço” pelas 16h00. A conferência de imprensa, entretanto antecipada, esteve inicialmente marcada para as 16h30.

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AICEP realiza Fórum Económico na Galiza para atrair novos investimentos

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2025

a Galiza é o primeiro cliente de Portugal, com cerca de 16% do total das importações espanholas com origem em Portugal", descreveu presidente da AICEP.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) inicia na quarta-feira, na Galiza, uma abordagem descentralizada ao mercado espanhol para “reforçar oportunidades de negócio” e “atrair novos investimentos”, disse esta segunda-feira o presidente da instituição.

“O objetivo deste Fórum Portugal-Galiza é reconhecer a importância económica e comercial que a relação bilateral entre Portugal e Galiza representa. Galiza é o principal destino das exportações portuguesas para Espanha. Ou seja, se considerarmos as regiões autónomas espanholas, a Galiza é o primeiro cliente de Portugal, com cerca de 16% do total das importações espanholas com origem em Portugal”, descreveu Ricardo Arroja, em declarações à Lusa.

Em causa estão exportações portuguesas “de valor superior a 2.500 milhões de euros em 2024” que se espera fomentar no Fórum Económico Portugal-Galiza, que se realiza na quarta-feira em Vigo.

“Vemos, por estes números, que há uma relação muito forte entre Portugal e Galiza e que tem vindo a intensificar-se nos últimos anos”, frisou o presidente da AICEP.

Na jornada económica do Fórum Portugal — Galiza vão estar em foco “três fileiras consideradas estratégicas para Portugal, alinhadas com o perfil económico da Galiza”, descreve a AICEP numa nota de imprensa.

Em causa estão a metalomecânica, com foco na digitalização do setor, indústria 4.0, inovação, automação e eficiência energética; a economia do mar, centrada nos biorecursos marinhos, cadeias logísticas, portos, transição energética e construção naval; e os têxteis técnicos, com aplicações na indústria automóvel, construção e saúde.

O fórum promove ainda encontros empresariais para fortalecer parcerias entre empresas portuguesas e galegas, bem como sessões de networking, tendo em vista a interação entre instituições científicas e outros agentes ligados a projetos transfronteiriços nas áreas em destaque.

De acordo com Ricardo Arroja, este Fórum Portugal — Galiza inicia uma nova estratégia da AICEP, de uma abordagem descentralizada a Espanha que vai passar também por outras comunidades autónomas do país vizinho.

“Com este fórum pretende-se descentralizar a abordagem que a AICEP procura ter em Espanha. Até pela proximidade, Espanha merece abordagem descentralizada da AICEP”, observou o responsável.

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Há 1.313 empresas com linhas Covid por converter em subvenção. Processo deve ficar concluído a 31 de março

Portal da Banca para submissão de todo o pack documental para a conversão da subvenção abriu a 10 de fevereiro. Processo será encerrado a 16 de março e a até 31 de março deverá estar tudo pago.

O Banco de Fomento quer ter concluído o processo de pagamento das verbas a fundo perdido que resultam do cumprimento dos requisitos das linhas Covid até 31 de março. Há 1.313 empresas que ainda não converteram o seu financiamento em subvenção a fundo perdido num total de 45 milhões de euros, revelou o CEO, Gonçalo Regalado, na apresentação do Plano de Ação do Banco Português de Fomento.

Quando o Governo lançou as linhas de crédito Covid para ajudar as empresas a lidar com os impactos da pandemia, foi decidido que seria possível a conversão de até 20% do crédito concedido em subsídio a fundo perdido. O Banco de Fomento começou a pagar essa regalia às empresas que cumprem os requisitos necessários em dezembro de 2022, mas, quase um ano depois, havia centenas de empresas a aguardar decisão.

O banco anunciou em dezembro de 2024, ainda sob a liderança de Ana Carvalho, que ia iniciar uma reapreciação dos processos de conversão em valores não reembolsáveis que apresentaram “irregularidades na submissão documental”, tendo já recebido as autorizações necessárias do Governo para reabrir o chamado Portal Banca.

Estava previsto que a plataforma, acessível exclusivamente aos bancos comerciais, seria reaberta em janeiro deste ano para a “submissão de documentação corretiva e probatória necessária à regularização dos processos”. Mas o Portal acabou por abrir apenas a 10 de fevereiro.

Há 1.313 empresas que ainda não converteram o seu financiamento em subvenção a fundo perdido, num total de 45 milhões de euros, revelou Gonçalo Regalado, sublinhando que o objetivo é eliminar divergências entre bancos comerciais, empresas e o Banco de Fomento, mas também garantir a estabilidade nos reembolsos. Em causa estão, sobretudo, “empresas da indústria e do turismo, os motores da exportações em Portugal”.

“Ao dia de hoje já pagámos 35 operações logo na primeira semana e já apoiámos mais de seis bancos”, disse o novo CEO, acrescentando que, “ao dia de hoje, há mais de 500 processos a serem instruídos”.

No dia 3 de fevereiro foi comunicado aos bancos e aos empresários o processo de avaliação destas elegibilidades, “um processo que é para ser feito com rigor” e a 10 de fevereiro foi aberto o Portal da Banca para a submissão de todo o pack documental para a conversão da subvenção. “Encerraremos esse processo a 16 de março e a até 31 de março queremos ter contas acertadas com os empresários. Pagar aquilo que é a nossa responsabilidade”, explicou Gonçalo Regalado.

Esta decisão resulta da conclusão de que “ao nível das subvenções era preciso dar um sinal de confiança e de reputação do BPF a todo o mercado”.

Cabia às empresas manifestar o interesse junto do banco para que parte do crédito fosse convertido em subvenção, devendo para isso facultar os elementos para futura verificação da condição relativa à manutenção dos postos de trabalho” e preencher uma declaração.

Isto porque, segundo as regras definidas nas linhas Covid, as empresas poderiam ter “uma parte do empréstimo convertida em subvenção não reembolsável, tendo como limite 20% do valor do financiamento” desde que mantivessem “a totalidade dos postos de trabalho face aos verificados na última folha de remuneração entregue à Segurança Social com detalhe de todos os trabalhadores antes da data da contratação da operação com a banca, durante pelo menos 12 meses a contar da data de contratação”.

Caso não mantivessem todos os empregos, então, a taxa máxima de conversão do empréstimo em subvenção a fundo perdido seria “reduzida na proporção correspondente à redução dos postos de trabalho”. Mas se a não manutenção de postos de trabalho fosse superior a 30%, então, este benefício não se aplicava.

Além disso, para ver parte do apoio ser convertido num subsídio a fundo perdido, a empresa teria de ter a situação fiscal e contributiva regularizada e respeitar os montantes máximos de auxílio por beneficiário de acordo com as regras definidas por Bruxelas. Isto é, o valor não reembolsável não poderia ser superior a 800 mil euros e a 120 mil euros por empresa ativa no setor das pescas e da aquicultura ou 100 mil euros por empresa ativa na produção primária de produtos agrícolas.

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Galp tomba 4,4% após divulgar perspetivas em baixa para 2025

A Galp espera atingir um EBITDA de, pelo menos, 2,5 mil milhões de euros em 2025, comparando em baixa com os 3,297 mil milhões de euros em 2024.

A Galp GALP 0,00% está a desvalorizar 4,37% para os 15,33 euros, e já chegou a tocar os 15,27 euros. Uma quebra justificada por algumas perspetivas em baixa e resultados que defraudaram também as expectativas.

A ação está a reagir às perspetivas fracas para 2025 tendo em conta a manutenção pesada nos segmentos de upstream e downstream e também cenários de preços em baixa para a refinação“, aponta Ahmed Ben Salem, analista da Oddo BHF, em declarações ao ECO/Capital Verde.

Num vídeo no qual a co-CEO, Maria João Carioca, se debruça sobre os resultados divulgados esta segunda-feira, a mesma indica que a Galp espera atingir um EBITDA de, pelo menos, 2,5 mil milhões de euros em 2025, comparando em baixa com os 3,297 mil milhões de euros obtidos em 2024. Já a previsão da empresa para o cashflow operacional é de 1,6 mil milhões de euros em 2025, também abaixo dos 2,1 mil milhões atingidos em 2024.

Em 2025, a produção do grupo deverá cifrar-se nos 105 mil barris por dia, descrito por Carioca como “ligeiramente” abaixo dos níveis de 2024, na sequência de um processo de manutenção extraordinário que decorrerá este ano.

Em paralelo, a folha de resultados mostra que o EBITDA ajustado caiu 4% para os 688 milhões de euros no quarto trimestre, abaixo da média de 715 milhões de euros que era apontada por 20 analistas, aponta a Reuters. O aumento de dividendos maior que o esperado, o quarto trimestre fraco e as perspetivas para 2025 vão levar a downgrades“, afirma a casa de investimento Jefferies, citada pela mesma agência noticiosa.

“Embora os resultados sejam satisfatórios, não foram brilhantes (nem péssimos) o que poderia levar a um aumento na volatilidade no preço das ações”, complementa Henrique Tomé, analista na XTB. O mesmo acredita que o preço das ações está a corrigir “ao mesmo tempo que o preço do Brent também tem vindo a corrigir”.

João Queiroz, responsável de Trading no Banco Carregosa, afirma que os itens nos quais a petrolífera pode colher uma apreciação mais negativa são o Ebitda e margens em declínio. “A deceção dos mercados está relacionada com o declínio de lucros e margens, apesar do forte cash flow e da forte redução de dívida (…). O mercado tende a reagir negativamente a reduções no lucro”, escreve Queiroz.

O lucro do quarto trimestre caiu 75% face ao período homólogo, para 71 milhões de euros. A Galp fechou 2024 com lucros de 961 milhões de euros, menos 4% do que em 2023, ano em que tinha alcançado um resultado líquido recorde superior a mil milhões de euros, revelou a empresa esta segunda-feira.

O Ebitda caiu 7% entre 2023 e 2024, dada a produção e preços mais baixos. A produção reduziu 11% entre os dois anos, “sobretudo tendo em conta a venda de ativos em Moçambique e e o declínio natural dos ativos no Brasil”, observa o responsável do Banco Carregosa. Em paralelo, as margens de refinação decresceram de 6,1 dólares por barril de óleo equivalente, no terceiro trimestre, para 5,2 dólares por barril.

A agravar o cenário está o desempenho da área de renováveis, cujo Ebitda desceu 64% de 2023 para 2024, para 9 milhões de euros, tendo apresentado um “pobre desempenho”, considera João Queiroz.

“Apesar dos ventos contrários atuais e das perspetivas, a posição financeira da Galp mantém-se robusta, com redução da dívida e retornos ‘amigáveis’ para os investidores. Se os preços do Brent estabilizarem e as margens de refinação melhorarem, e as renováveis retomarem o momentum, a ação pode ver subidas em 2025″, conclui.

(Notícia atualizada às 16:41 com mais informação)

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Sismo de 4,7 na escala de Richter sentido na região de Lisboa

  • ECO
  • 17 Fevereiro 2025

Um sismo foi sentido esta segunda-feira, pelas 13h24, na região de Lisboa e Setúbal. O abalo teve origem ao largo do Seixal. Não há registo de danos.

Um sismo de 4,7 na escala de Richter foi sentido na região de Lisboa e Setúbal esta segunda-feira, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O tremor de terra foi sentido pelas 13h24, sendo que o epicentro do abalo foi registado ao largo do Seixal, distrito de Setúbal.

O site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) esteve temporariamente indisponível logo após o sismo. Contudo, o instituto confirmou que “pelas 13h24 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente um sismo de magnitude 4.7 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 14 km a Oeste-Sudoeste de Seixal”.

“De acordo com a informação disponível, este sismo foi sentido, devendo em breve ser emitido novo comunicado com informação instrumental e macrossísmica atualizada”, refere ainda o mesmo comunicado.

O sismo foi sentido com intensidade máxima em Sintra (Lisboa) e Almada (Setúbal) e com menor intensidade nalguns concelhos da região Centro ao Algarve, revelou entretanto o IPMA, num segundo comunicado.

O abalo “até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima V (escala de Mercalli modificada) nos concelhos de Sintra (Lisboa) e Almada (Setúbal)”, explicou.

“Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Odemira (Beja), Coimbra (Coimbra), Albufeira, Portimão (Faro), Alcobaça, Leiria (Leiria), Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Oeiras, Vila Franca de Xira, Amadora, Odivelas (Lisboa), Abrantes (Santarém), Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Sines (Setúbal)”, informou o IPMA num comunicado divulgado às 14:11.

Apesar deste sismo ter sido sentido nalguns concelhos da região Centro ao Algarve, “até ao momento, a intensidade máxima observada foi de V (escala de Mercalli modificada)”, expôs o IPMA, referindo que, se a situação o justificar, serão emitidos novos comunicados.

A intensidade V na escala de Mercalli — que varia entre 1 e 12 pontos — modificada significa que o sismo foi “percetível no exterior” e pode ainda ter como efeito a queda de pequenos objetos e pessoas a acordar, se estiverem a dormir.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil já tinha avançado, na rede social X que “não há registo de danos pessoais ou materiais até ao momento“.

De visita ao Brasil, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adiantou que, o primeiro relatório que recebeu do primeiro-ministro Luís Montenegro, dava conta que “até àquele momento não havia registo de danos pessoais ou materiais significativos“. “E as informações que foram chegando a seguir, de Lisboa, iam no mesmo sentido”, acrescentou, questionado pelos jornalistas no Recife.

“[O sismo] foi sentido em Belém, por exemplo, posso dizer. Foi sentido na grande Lisboa”, realçou, destacando que hoje “há uma grande diferença que é que tem havido mais cuidado na construção em geral” e Portugal tem atualmente “uma escola de especialistas em matéria sísmica muito boa”.

Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, fará “declarações” e um “balanço sobre o sismo sentido” esta segunda-feira na região pelas 16h00.

(Notícia atualizada pela última vez às 16:00)

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Politécnico de Leiria forma técnicos das Comunidades Intermunicipais na área predial

Cadastro predial, ordenamento do território, ambiente, floresta, recursos hídricos e direito registral são as áreas da formação destinada a técnicos de várias Comunidades Intermunicipais.

Instituto Politécnico de Leiria17 fevereiro, 2025

Capacitar com competências na área do cadastro predial os técnicos dos municípios da Região do Pinhal do Interior, nomeadamente das Comunidades Intermunicipais (CIM) da Região de Coimbra, Leiria, Médio Tejo, Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela. É este o objetivo principal da parceria entre o Centro de Competências para a Informação Geoespacial (CGEO) e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL).

As duas entidades assinam esta terça-feira, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPL, o protocolo de colaboração para capacitar e formar recursos humanos nos setores empresarial e público, com foco especializado na área do cadastro predial. A cerimónia conta com as intervenções de Emílio Torrão, na liderança da CIM da Região de Coimbra, e Carlos Rabadão, presidente do IPL.

As competências a adquirir pelos formandos versam sobre as áreas de cadastro predial, ordenamento do território, ambiente, floresta, recursos hídricos e direito registral, com vista a uma gestão mais eficiente e integrada destes setores.

Liderado pela CIM da Região de Coimbra, o CGEO foi criado no âmbito do Programa de Valorização do Interior de modo a apoiar a expansão do Sistema de Informação Cadastral Simplificado (eBUPi).

“Tem como missão impulsionar a inovação no tratamento e conservação de dados geoespaciais, promovendo também a capacitação de recursos humanos e a implementação de políticas públicas”, explana o CGEO em comunicado.

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CEO da Mota-Engil defende “movimentos de fusão” no setor da construção

O presidente-executivo da Mota-Engil sublinha que a estandardização dos concursos para habitação a custos controlados e a industrialização da construção são essenciais para resolver a falta de casas.

Perante uma plateia recheada de protagonistas do setor da construção, Carlos Mota Santos, presidente da Mota-Engil, defendeu que tem de existir uma maior consolidação do setor e uma estratégia de internacionalização ordenada. Apoiou também uma maior estandardização para os projetos de habitação a custos controlados, com recurso a elementos pré-fabricados, de forma a acelerar a construção.

“É importante ganhar dimensão no setor. As empresas têm de aproveitar esta onda de investimento público para duas coisas: terem um balanço mais saudável e serem capazes de enfrentar o desafio da Internacionalização; para ganhar escala devia haver movimentos de fusão no setor“, defendeu o CEO da maior construtora portuguesa. “Para a Mota-Engil era importante ter uma concorrência mais saudável e com mais competitividade”, acrescentou.

Esta segunda-feira, durante a conferência “Portugal 2030 Futuro Estratégico para o setor da Construção”, organizada pela AICCOPN, a associação do setor, Carlos Mota Santos afirmou que “em relação ao setor em Portugal há um maior otimismo, independentemente de todos os desafios”. E sublinhou a importância de aproveitar o ciclo atual de investimento em infraestruturas.

Não creio que haverá muito mais oportunidades destas no futuro. É melhor aproveitar esta do que esperar por uma próxima.

Carlos Mota Santos

CEO da Mota-Engil

“O que é que o setor quer fazer com a oportunidade que existe com o investimento em infraestruturas nos próximos anos? Quer internacionalizar-se? Quer ganhar dimensão? Quer trabalhar de forma simbiótica com outros atores para essa internacionalização? Não creio que haverá muito mais oportunidades destas no futuro. É melhor aproveitar esta do que esperar por uma próxima”, apelou. “O que queremos ser no contexto da economia nacional e em termos internacionais — é esse o desafio”, assinalou.

Carlos Mota Santos fez um raio-x à evolução do setor desde a crise financeira. “Há 15 anos o setor teve uma debacle. Olhando para o ‘top’ 20 de há 15 anos e o atual, cerca de 70% das empresas já não existem. Isso deveu-se a, de um dia para o outro, ter desaparecido o mercado da construção e as as empresas à altura não estavam preparadas. Havia um elevadíssimo investimento em infraestruturas que, de repente, se descontinuou”.

Para o gestor, em Portugal prevaleceu uma “visão muito individualista”, em vez de fazer como noutros países, nomeadamente em Espanha, onde “as empresas se juntaram para terem sinergias”. “Em Portugal, infelizmente não tivemos esse caminho e muitas empresas acabaram por desaparecer”, lamentou.

A crise no setor levou “a alguma fuga de recursos humanos, mais e menos qualificados” e a um “desinvestimento na formação”. A resposta à falta de mão-de-obra “passa pela imigração, com critério e qualidade”, defendeu o CEO da Mota-Engil, acrescentando que a construtora consegue trazer com facilidade pessoas de Angola, Moçambique ou Brasil, com contrato de trabalho, alojamento e garantia de repatriamento em caso de necessidade. Outra prioridade é a formação, com o gestor a defender que “é importante voltar a ter o conceito de escolas profissionais para ensino técnico“.

Maior aposta na estandardização e industrialização

Carlos Mota Santos defendeu, por outro lado, a standardização e a industrialização como um dos eixos para ter maior celeridade na execução de projetos, seja na construção de habitação a custos controlados, seja para infraestruturas.

O código de contração pública é bizarro porque inibe a inovação e práticas mais sustentáveis.

Carlos Mota Santos

CEO da Mota-Engil

Se existir estandardização na habitação de custos controlados, entre três a quatro tipos de projeto, as empresas terão uma capacidade de resposta muito maior. Não é isso que acontece. Cada projeto e cada município têm o seu critério”, criticou. O gestor apelou também “a concursos estandardizados de maior dimensão. É a única maneira de tentar começar a mitigar o problema da habitação”, disse.

Outro eixo é “uma simplificação muito grande do licenciamento municipal”, afirmou o CEO da Mota-Engil, defendendo que “não é necessário às câmaras aprovarem todos os projetos de especialidade”, uma responsabilidade que deve recair apenas nos responsáveis do projeto. “Em Espanha os projetos têm uma celeridade muito maior porque não há duplicação de funções e quase desresponsabilização dos engenheiros e arquitetos que fazem o projeto”, exemplificou.

O gestor considerou ainda que o código de contração pública “é bizarro porque inibe a inovação e práticas mais sustentáveis”, ao vedar a apresentação de soluções de construção diferentes das que constam do projeto, levando ao chumbo das propostas.

Sobre a lei dos solos, recentemente aprovada na Assembleia da República, considerou positivo o facto de facilitar a oferta de terrenos para a construção, mas alerto que “há outro tipo de regras, seja no arrendamento, seja na reconversão de espaços para habitação, que podem ser mais céleres”.

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Chinesa Tencent testa próprio modelo de inteligência artificial

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2025

Alguns utilizadores do seu robô de conversação Yuanbao poderão agora dirigir perguntas ao DeepSeek ou ao seu novo modelo interno de raciocínio de IA, o "Hunyuan Thinker".

O grupo tecnológico chinês Tencent disse esta segunda-feira ter começado a testar o seu próprio modelo de inteligência artificial, depois de ter integrado o DeepSeek nos seus produtos.

A multinacional afirmou em comunicado que alguns utilizadores do seu robô de conversação Yuanbao poderão agora dirigir perguntas ao DeepSeek ou ao seu novo modelo interno de raciocínio de IA, o “Hunyuan Thinker”.

“Graças a estes dois modelos de raciocínio profundo, a resposta às perguntas é mais profissional, o raciocínio é mais avançado e as respostas parecem mais humanas”, afirmou o grupo.

Sediada em Shenzhen (sul da China), a Tencent é proprietária da aplicação WeChat (mensagens, redes sociais, pagamentos em linha), omnipresente no país, tendo também presença nos jogos de vídeo e na distribuição de conteúdos.

Recentemente a empresa tem procurado desenvolver as suas atividades no mercado da inteligência artificial.

A empresa terá começado a integrar o DeepSeek em vários dos seus produtos, tendo alguns utilizadores do WeChat notado a adição de uma função de pesquisa baseada em IA no domingo.

Um porta-voz da Tencent confirmou à AFP que a aplicação, que tem mais de mil milhões de utilizadores mensais ativos, tinha “lançado recentemente um teste beta para acesso ao DeepSeek”.

Outro interveniente chinês no campo da tecnologia, o Baidu, anunciou no domingo que ia integrar o DeepSeek no seu motor de busca tradicional.

Na semana passada, o gigante chinês dos veículos elétricos BYD afirmou também que iria integrar o DeepSeek nos seus automóveis, seguindo os passos de outros rivais nacionais como a Geely, a Great Wall Motors e a Leapmotor.

Apesar da sua proeminência na China, o DeepSeek continua a suscitar preocupações em alguns países devido ao tratamento dos dados pessoais dos utilizadores.

Esta segunda-feira, as autoridades sul-coreanas anunciaram que o DeepSeek seria temporariamente retirado das lojas de aplicações locais enquanto investigam a forma como esta lida com os dados.

Países como Itália, Austrália e alguns Estados americanos já adotaram medidas semelhantes.

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LoopOS levanta 3 milhões para promover economia circular

Expandir a operação em Portugal, Espanha e França entre os objetivos desta injeção de capital liderada pelo fundo de impacto da 3XP Global, com a participação da Beta Capital e da FundBox.

A LoopOS, que ajuda as empresas nos seus esforços de economia circular, concluiu a ronda de investimento de 3 milhões de euros para expandir a operação nos mercados português, espanhol e francês.

“A LoopOS foi criada para revolucionar a forma como empresas adotam a economia circular, permitindo-lhes transformar processos complexos em soluções simples e eficientes,” afirmou João Bernardo Parreira, CEO da LoopOS, em comunicado. “Este investimento é um passo essencial para levar a nossa tecnologia a mais mercados e promover um impacto ambiental e económico positivo.”

A injeção de capital, liderada pelo Impact Innovation Fund, fundo de impacto da 3XP Global, com a participação da Beta Capital e da FundBox, tem como objetivo “acelerar o desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial, com foco em algoritmos avançados de pricing, visão por computador e a criação de canais automáticos baseados em prompts” e, em paralelo, permitir à startup “expandir a sua presença em novas geografias europeias, com foco em mercados como Espanha e França”.

A LoopOS desenvolveu uma plataforma modular e escalável que permite às empresas gerir “qualquer tipo de canal de economia circular, como retomas, reparações, devoluções, aluguer ou C2C, de forma flexível e rastreável”.

Fidelidade, MC Sonae, Auchan, Fnac, CTT e Decathlon são alguns dos 100 clientes da LoopOS, cuja plataforma opera em mais de 50 categorias de produtos, estimando-se que tenha “gerado uma economia circular superior a 1,5 milhões de euros e um impacto ambiental significativo, evitando cerca de 20,6 toneladas de emissões de CO2”, informa em comunicado.

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