Governo prevê excedentes acima de 1% a partir de 2027 e crescimento abaixo do cenário eleitoral

Plano orçamental estrutural de médio prazo entregue em Bruxelas inscreve excedentes orçamentais ao longo de todo o horizonte da legislatura e crescimento abaixo de 2% a partir de 2027.

Depois de defender que o país não está em condições de ter excedentes orçamentais elevados, o Governo prevê que o país registe novamente um saldo positivo acima de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2027 e 2028 e um crescimento da economia abaixo das metas do programa eleitoral da Aliança Democrática (AD) ao longo do horizonte de legislatura. As previsões estão inscritas no Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025 – 2028, divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia, após de ter sido remetido pelo Ministério das Finanças na sexta-feira.

O plano incorpora para o próximo ano o cenário macroeconómico subjacente ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), ou seja, admite o impacto das medidas de política previstas no documento, mas utiliza a partir de 2026 uma base de políticas invariantes, isto é, caso se mantenham as medidas em vigor, e que exclui o impacto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Isto porque Bruxelas quer perceber qual a resistência da economia e das contas públicas.

No plano de médio prazo, o Governo prevê passar de excedente orçamental de 0,4% este ano para 0,3% em 2025, reduzindo-se – sem novas medidas – para 0,1% em 2026. Esta evolução resulta do impacto negativo no saldo da execução de projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) financiados através de empréstimos e, em 2025, do impacto das medidas discricionárias aprovadas em 2024 e das novas medidas incluídas no OE2025.

No entanto, aponta para uma melhoria das contas públicas a partir daí, contando com um excedente orçamental de 1,1% em 2027 e 1,3% em 2028. O Ministério das Finanças justifica a melhoria do saldo projetado como sendo “estrutural e concentrado no lado das despesas”.

De acordo com os dados, o saldo orçamental ao longo do plano aumenta 0,9 pontos percentuais (pp.) do PIB. “Esta evolução é explicada em grande parte pelo ajustamento do saldo primário estrutural, reforçado por um contributo cíclico mais favorável“, indica o Ministério das Finanças, acrescentando que a contribuição das medidas pontuais e dos pagamentos de juros é relativamente pequena.

A influenciar negativamente o saldo primário estrutural em 2025 e 2026 está impacto das medidas financiadas por empréstimos do PRR. Excluindo este efeito, o saldo primário estrutural aumentaria ligeiramente acima de 0,1 pp. a cada ano, nos cálculos das Finanças.

No plano, o Executivo prevê que a despesa total do Estado caia de 45,2% do PIB em 2025 para 41,3% em 2028, pelo que o ajustamento orçamental para 2025-2028 é impulsionado principalmente pela evolução do lado das despesas. A despesa primária deverá diminuir cerca de 3 pp., com aproximadamente metade da redução decorrente da eliminação progressiva da implementação do PRR e, em menor escala, a diminuição gradual da inflação e a dissipação dos efeitos que aumentaram as despesas em 2024.

O ajustamento orçamental para 2025-2028 é impulsionado principalmente pela evolução do lado das despesas. A despesa primária deverá diminuir cerca de 3 pp., com aproximadamente metade da redução decorrente da eliminação progressiva da implementação do PRR e, em menor escala, a diminuição gradual da inflação e a dissipação dos efeitos que aumentaram as despesas em 2024.

Fonte: Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo 2025-2028

Prevê ainda que a receita total se reduza de 45,5% no próximo ano para 42,7% no final da legislatura, refletindo parcialmente o impacto das medidas para reduzir a carga fiscal e menores transferências da UE. Além de 2024 e 2025, o Governo compromete-se que “de 2026 em diante, a tributação sobre o rendimento das famílias e das empresas também será reduzida”.

Crescimento abaixo de 2% na segunda metade da legislatura

O Ministério das Finanças prevê que após uma desaceleração do crescimento da economia de 2,5% em 2023 para 1,8% em 2024, a taxa volte a recuperar para 2,1% em 2025 e, num cenário de políticas invariantes, 2,2% em 2026. Contudo, aponta para uma nova desaceleração em 2027 e 2028 para 1,7% e 1,8%, respetivamente.

As projeções fixam-se abaixo das inscritas no programa eleitoral da Aliança Democrática (AD): 2,5% em 2025; 2,7% em 2026, 3% em 2027 e 3,4% em 2028.

No plano de médio prazo, o Executivo projeta que a economia avance em média 1,9%. Em 2025, espera que a atividade económica beneficie do consumo, impulsionado pelas medidas que contribuem para o aumento do rendimento das famílias, assim como do investimento, enquanto em 2026 espera o impacto desfasado destas medidas e do efeito da redução do IRC.

No entanto, prevê que em 2027 e 2028 o crescimento real do PIB modere à medida que os estímulos do PRR diminuem. “Este impacto será parcialmente amortecido pelas medidas previstas para reduzir a carga fiscal sobre as empresas e as famílias, juntamente com uma aceleração do investimento financiado a nível nacional e do investimento financiado por outros instrumentos da União Europeia”, refere.

Ao longo dos quatro anos as exportações portuguesas deverão continuar a impulsionar a economia, com um crescimento médio de 3,2% entre 2025-2028, apoiada também pelo dinamismo do mercado de trabalho.

(Notícia atualizada às 18h07, com a informação de que o cenário macroeconómico a partir de 2026 é em políticas invariantes)

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Qual o impacto da tecnologia nas infraestruturas? Veja aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

A inovação tecnológica e o impacto nas infraestruturas e segurança foi um dos temas debatidos no evento Outlook Auto.

O segundo painel do primeiro dia do Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO para discutir o futuro do setor automóvel, teve como tema a “Inovação Tecnológica e o Impacto nas Infraestruturas (e segurança)”.

André Azevedo, CEO da WingDriver; Luís Barroso, CEO MOBI.E; Vasco Azevedo, Gestor de Rede Glassdrive; Verónica Pestana, Iberia Country Manager da RYD foram os convidados desta mesa redonda.

Assista aqui:

 

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Brasileira transforma em Sintra resíduos das pedreiras em peças de design

Depois de 20 anos a trabalhar na indústria da pedra, Gisella Tortoriello teve a ideia de dar segunda vida aos resíduos. Das criações da Olivah, 60% são exportadas e já estão nos EUA, México e França.

Gisella Tortoriello, com “sangue brasileiro, mas coração português”, é arquiteta de formação, mas trabalha há mais de duas décadas na indústria da pedra natural. Está em Portugal há 17 anos a representar no mercado internacional as pedras nacionais de mármore, calcário e granito. Com a pandemia da Covid-19, a empreendedora teve a ideia de transformar os resíduos das pedreiras de mármore em peças de design. E assim nasce a Olivah. Passados três anos, 60% das criações da startup localizada em Sintra são exportadas para mercados como os EUA, México e França.

“Durante a pandemia comecei a juntar as duas coisas: a reaproximação à arquitetura e ao design, que é uma paixão e a minha área de formação, com a pedra natural que já está no meu caminho há muitos anos“, começa por contar ao ECO Gisella Tortoriello, que começou o percurso nas pedras no Brasil, depois em Nova Iorque e posteriormente foi convidada para vir para Portugal para a Eurogranipex, uma empresa luso brasileira que abriu na altura um armazém em Pero Pinheiro.

Durante a pandemia comecei a juntar as duas coisas: a reaproximação à arquitetura e ao design, que é uma paixão e a minha área de formação, com a pedra natura que já está no meu caminho há muitos anos.

Gisella Tortoriello

Fundadora da Olivah

Já com a ideia em mente, continuou a deslocar-se às pedreiras e às fábricas, algo que faz parte da sua rotina diária, e a olhar para os desperdícios com outros olhos. Arregaçou as mangas, e em 2021 começou dar uma segunda vida aos resíduos das pedreiras de mármore e de pedra que estavam armazenados. “Vou fazendo a seleção das pedras maravilhosas que encontro pelo caminho nas minhas visitas semanais às pedreiras”, diz Gisella Tortoriello, que emprega cinco pessoas e fatura 600 mil euros.

Vasos, mesas, comedouros para cães, banheiras e secretárias são apenas alguns dos artigos desenvolvidos através dos resíduos de pedra natural extraídos do Alentejo (mármore), Santarém (calcário), Vila Nova de Foz Côa (xisto) e região norte (granito). As peças podem ser por medida ou através de um catálogo com coleção própria. A título de exemplo, um par de comedouros custa 380 euros e uma mesa de centro pode custar entre 400 euros e dez mil euros. No portefólio tem uma banheira, enviada para Miami, que custou cerca de sete mil euros.

Nos planos da empreendedora está a abertura da loja online da Olivah, que ficará disponível no final do ano e continuar a afirmar-se no mercado nacional, não descurando o mercado internacional, que pesa mais de metade das vendas.

Gisella Tortoriello está ainda envolvida no projeto Broot – Dialogues from Within, liderado pela Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais (Assimagra), cujo propósito é de representar alguns dos principais materiais tradicionais portugueses nas mais importantes feiras do setor. “É um projeto incrível que junta as pedras naturais a outros produtos nacionais como a cortiça, burel, vime e barro”, explica, com entusiasmo, a empreendedora.

Gisella Tortoriello, fundadora da OlivahOlivah

Nesta primeira edição da coleção Broot serão apresentadas 25 peças originais criadas por cinco artistas contemporâneos, entre os quais designers e arquitetos. Com curadoria de Gisella Tortoriello, a primeira coleção de cinco peças intitula-se “Dialogues” e estreou-se em meados de setembro INDEX Saudi Arabia. Segue-se, em janeiro, a Maison et Objet, a Milan Design Week (abril 2025), a NYCxDesign (maio 2025) e, de abril a outubro, a Expo Osaka.

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BCP paga 3,125% para emitir 500 milhões a cinco anos

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"A elevada procura e o perfil dos investidores envolvidos na emissão possibilitaram o estreitamento do spread em 30 pontos base durante a fase de execução", sublinhou o banco liderado por Miguel Maya.

O BCP BCP 0,00% concretizou esta segunda-feira uma emissão de 500 milhões de euros em dívida sénior preferencial a cinco anos e pela qual pagou uma taxa de juro fixa de 3,125%, ao ano, durante os primeiros quatro anos, o que corresponde a um spread de 0,85% sobre a taxa midswaps de quatro anos.

No quinto ano, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a três meses com um spread de 0,85%, ao ano, adiantou o banco liderado por Miguel Maya em comunicado divulgado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A colocação da emissão foi feita “numa base muito diversificada de investidores institucionais, tendo a procura superado em mais de três vezes o montante da operação”, adiantou.

“A elevada procura e o perfil dos investidores envolvidos na emissão possibilitaram o estreitamento do spread em 30 pontos base durante a fase de execução, refletindo também uma excelente resposta do mercado aos recentes upgrades do rating do banco”, adiantou o BCP.

O Bank of America, o BNP Paribas, o J.P. Morgan, o Millennium BCP e o UniCredit são os bookrunners da emissão, segundo informação divulgada pela Bloomberg.

(Notícia atualizada às 19h09)

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Quais os cenários da mobilidade sustentável? Saiba aqui

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

"Cenários de Mobilidade Sustentável – Presente e Futuro" foi o mote do primeiro painel de debate do Outlook Auto.

O presente e o futuro da mobilidade sustentável foram debatidos no evento Outlook Auto, um evento organizado pelo ECO, que discutiu o futuro do setor automóvel.

Carlos Barbosa, Presidente ACP; Mário Alves, Especialista em Transportes e Mobilidade; e Tiago Farias, Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico, foram os especialistas presentes no debate.

Assista aqui:

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Governo quer porto comercial das Flores mais resiliente a tempestades

  • Lusa
  • 14 Outubro 2024

A ministra do Ambiente e Energia defendeu hoje que o novo porto comercial das Flores, destruído após a passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, apelou à rapidez na adjudicação da obra.

A ministra do Ambiente e Energia defendeu hoje que o novo porto comercial das Flores, destruído após a passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, deve ser “mais resiliente” aos fenómenos naturais e apelou à rapidez na adjudicação da obra.

É evidente a necessidade de uma intervenção mais profunda. Uma intervenção que permita não apenas recuperar as condições que existiam antes dos desastres naturais, como para proporcionar à ilha um novo porto com maior capacidade e principalmente mais resiliente aos fenómenos resultantes das alterações climáticas e outros fenómenos naturais”, afirmou Maria da Graça Carvalho.

A ministra discursava após a apresentação do projeto de reconstrução do porto das Lajes das Flores, integrada na visita da governante à ilha açoriana.

Graça Carvalho destacou o “esforço significativo” do Governo dos Açores para “responder aos desafios” provocados pela precariedade daquela infraestrutura por onde é assegurado o abastecimento às Flores.

“Faço votos para que esta obra seja rapidamente adjudicada e se outra oportunidade não surgir mais cedo, espero regressar a esta ilha num futuro próximo para assistir à inauguração do novo porto das Lajes das Flores, mesmo que não esteja em funções”, reforçou.

O porto das Lajes das Flores foi destruído pela passagem do furacão Lorenzo em outubro de 2019, tendo sido novamente afetado pela tempestade Efrain em dezembro de 2022.

A ministra do Ambiente lembrou que o Governo da República alterou o limite máximo de apoio relativo aos prejuízos causados pelo furacão Lorenzo nos Açores, que passou a ser de cerca de 270 milhões de euros.

“No âmbito do Sustentável 2030 decidimos reforçar o valor que já se encontrava lançado para a construção deste porto. Aumentamos o valor na quota nacional sem que isso prejudique os outros projetos previstos para a região dos Açores”, recordou.

A ministra, que visitou o porto das Lajes, defendeu tratar-se de um “investimento significativo, mas absolutamente necessário” e disse ter uma “grande esperança” de que os florentinos poderão usufruir do novo porto “daqui a cinco anos”.

“A condução ultraperiférica das regiões autónomas, com todos os desafios adicionais que isso implica, exigem do governo de Portugal e da própria União Europeia uma diferenciação pela positiva”, assinalou.

E concluiu: “Como disse numa confidência à senhora secretária regional, este projeto tem tudo para correr bem porque é um projeto gerido por mulheres e, portanto, vamos cumprir como sempre cumprimos”, assinalou.

Da parte do Governo dos Açores, a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou que o executivo está a “conjugar todas as variáveis” para dar início à obra “em breve”.

“[O processo] está no bom caminho porque o projeto está praticamente concluído, estão a terminar a avaliação de impacto ambiental. Está já a concurso a questão da empreitada. Está nas mãos do júri a avaliação dos vários concorrentes”, detalhou.

Alertando que o “futuro é já amanhã”, Berta Cabral realçou que a reconstrução do porto das Lajes vai ser a “maior obra que já se fez nos Açores”.

“É um esforço enorme do ponto de vista da execução física e é um esforço enorme do ponto de vista da execução financeira. Estão mais de 50 milhões já investidos nas obras que foram feitas para garantir o abastecimento à população das Flores e temos o porto que irá para além dos 200 milhões”, salientou.

Na noite de 01 para 02 de outubro de 2019, os Açores foram fustigados pelo furacão Lorenzo, tendo sido registados prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago e decretada a situação de calamidade.

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IRS Jovem dá via aberta para quem vem do estrangeiro

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

Governo diz que o que importa é o número de anos de obtenção de rendimentos do trabalho em Portugal, sempre com o limite de dez anos e 35 anos de idade.

Quem vem do estrangeiro para Portugal, sejam portugueses que emigraram e regressam ao país ou estrangeiros que nunca apresentaram qualquer declaração de rendimentos por cá, poderá beneficiar do IRS Jovem na totalidade dos dez anos, mesmo que já tenham começado a trabalhar noutro país, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

“O que importa é o número de anos de obtenção de rendimentos do trabalho em Portugal, sempre com o limite de dez anos e 35 anos de idade”, segundo esclareceu o Ministério das Finanças.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 traz benefícios fiscais para os jovens com o objetivo de atrair e reter talentos no país, com uma redução de IRS durante dez anos (em vez dos atuais cinco anos) aplicável a todas as pessoas com idade até 35 anos (em vez dos atuais 30 anos), independentemente do grau de ensino.

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Montenegro defende aumento das contribuições dos países para orçamento da UE

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

Numa carta enviada a Ursula von de Leyen, Luís Montenegro defende que é preciso evitar cortes nos montantes destinados às “políticas vitais da UE” no próximo ciclo orçamental.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defende que se deve ultrapassar a barreira de 1% do Rendimento Nacional Bruto para o próximo quadro financeiro plurianual, a partir de 2028. Numa carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von de Leyen, o chefe do Governo português quer evitar cortes nos montantes destinados às “políticas vitais da UE” no próximo ciclo orçamental, escreve o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira.

“Maiores níveis de integração, associados à adesão de novos países, bem como o reforço de novas áreas políticas, implicam um orçamento de dimensão substancialmente reforçada, tendo de ser forçosamente ultrapassada a barreira de 1% do Rendimento Nacional Bruto como suficiente”, escreve Montenegro.

Um reforço que “exige que sejam equacionadas novas formas de financiamento, quer através de novos recursos próprios, com base no acordo interinstitucional de 2020, quer considerando as mais valias reconhecidas de experiências como o Next Generation EU”, acrescenta

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Stellantis admite fecho de fábricas na Europa devido a concorrência chinesa

  • Lusa
  • 14 Outubro 2024

"Se os chineses conquistarem 10% da quota de mercado na Europa no final da sua ofensiva isso significa que produzirão 1,5 milhões de automóveis. Representa sete fábricas de montagem", diz Tavares.

O presidente executivo da construtora automóvel Stellantis, Carlos Tavares, admitiu a possibilidade de virem a encerrar fábricas de montagem na Europa, na sequência da instalação de fabricantes chineses no continente.

Fechar as fronteiras aos produtos chineses é uma armadilha. Eles vão contornar os obstáculos, investindo em fábricas na Europa que serão parcialmente financiadas por subsídios estatais, em países de baixo custo”, declarou o empresário português, numa entrevista ao jornal francês Les Echos e citada pela AFP.

Os veículos elétricos chineses vendidos na Europa terão de pagar impostos de importação até 45% a partir do final de outubro.

Alguns fabricantes chineses, incluindo a BYD, já anunciaram que vão abrir unidades na Europa para evitar estas sobretaxas, situação que pode ser encarada como uma ameaça para a Stellantis, admitiu Carlos Tavares.

“Nada deve ser excluído. Se os chineses conquistarem 10% da quota de mercado na Europa no final da sua ofensiva isso significa que produzirão 1,5 milhões de automóveis. Isto representa sete fábricas de montagem. Os fabricantes europeus terão então de fechá-las ou transferi-las para os chineses”, alertou.

A Volkswagen foi a primeira a ceder, ao mencionar o encerramento de fábricas na Alemanha.

“Da nossa parte não há motivos para aceitar uma quebra do nosso desempenho. Se os chineses progredirem na Europa, mesmo que mantenhamos o nosso ponto de equilíbrio abaixo do limiar de 50% de atividade”, apontou.

Entretanto, o grupo já confirmou que Carlos Tavares, de 66 anos, se irá reformar em janeiro de 2026.

A Stellantis já tinha revisto significativamente em baixa as suas metas de margem para 2024, embora tivesse publicado margens superiores a 10% desde a sua criação em 2021. “Se o contexto torna a concretização deste objetivo completamente estúpido, não nos vamos agarrar a ele a todo o custo”, observou.

A Stellantis é um conglomerado multinacional de automóveis que resultou da fusão da Fiat Chrysler Automobiles com a francesa PSA Group. Em Portugal, a Stellantis detém o Centro de Produção de Mangualde, no distrito de Viseu.

De acordo com o site da empresa, com cerca de 900 colaboradores divididos por três turnos, este centro produz uma média de 363 viaturas por dia.

O Centro de Produção de Mangualde foi a primeira fábrica de montagem de automóveis estabelecida em Portugal, em 1962. Já produziu mais de 1,5 milhões de veículos, de 24 modelos diferentes.

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Feira de emprego reúne mais de 500 alunos na Católica de Lisboa a partir de terça-feira

  • ECO
  • 14 Outubro 2024

A feira de emprego anual da Faculdade de Direito da Universidade Católica decorre terça e quarta-feira. Presentes, 57 entidades e cerca de 500 alunos. O evento visa juntar estudantes e recrutadores.

O Campus de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa será palco da 22ª edição da JobShop’24, feira de emprego anual do setor jurídico. O evento vai decorrer nos dias 15 e 16, com a presença de 57 entidades ligadas à área de direito e cerca de 500 alunos.

A feira pretende a interação direta entre os estudantes dos cursos de direito e os recrutadores para possibilitar a criação de novas oportunidades de carreira.

Na JobShop’24 vão ser desenvolvidas atividades como mesas-redondas, nas quais marcarão presença figuras da advocacia. Esta edição vai ter um canal virtual, que permite o acompanhamento em tempo real de todas as atividades, tanto para alunos quanto para recrutadores, e um recruiting lounge, onde os alunos poderão interagir e conhecer os responsáveis das várias entidades presentes no evento.

A organização está a cargo do Gabinete de Carreiras da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito (ELFDUCP). O evento vai ter como temas “Percursos Profissionais” e “Candidatos Perfeitos”, em forma de debates, no dia 15, e “Vida no Escritório”, a 16. Ali, será discutida a forma como funcionam os escritórios de advocacia, as tendências emergentes e a dinâmica entre parceiros e estagiários.

A licenciatura em Direito da Universidade Católica de Lisboa tem a maior taxa de empregabilidade do país, assegura a instituição. Dos seus licenciados, 99% estão inseridos no mercado de trabalho, indica o comunicado da Católica.

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A Pro Liga belga adquire a ferramenta de análise de dados desportivos da LALIGA

  • Servimedia
  • 14 Outubro 2024

A partir da próxima época, as equipas da Pro League belga de futebol masculino, feminino e juvenil terão acesso a dados desportivos de alta qualidade e a capacidades analíticas acrescidas.

Graças a uma nova gama de soluções de dados e de monitorização que serão centralizadas na plataforma de visualização e análise de dados Mediacoach, comercializada pela Sportian Perfomance, que a competição belga acaba de adquirir à LALIGA.

Assim, a partir da época 2025-26, serão instaladas pelo menos 12 câmaras automatizadas em cada estádio da primeira divisão, a Jupiler Pro League, e 8 câmaras na segunda divisão, a Challenger Pro League. Esta nova tecnologia fornecerá imagens muito mais precisas, essenciais para a análise tática e a recolha de dados de eventos e de monitorização. Graças a estas câmaras avançadas, será possível não só mapear melhor os jogadores, mas também analisar mais pormenorizadamente as suas ações e desempenhos físicos.

Graças à utilização de câmaras automatizadas avançadas como parte da solução criada pela LALIGA há mais de uma década, será possível monitorizar e analisar tanto o jogo coletivo como o desempenho individual dos jogadores com muito maior precisão. Esta atualização permitirá avanços significativos na análise tática, na recolha de dados e até na determinação de momentos cruciais como o fora de jogo.

Todos os dados recolhidos das equipas jovens, femininas e da equipa principal serão centralizados numa única plataforma: Mediacoach. Esta plataforma, desenvolvida pela LALIGA com recurso à tecnologia de Machine Learning e inteligência artificial da Microsoft Azure, permitirá aos clubes efetuar análises de vídeo e de dados, proporcionando uma visão completa do desempenho e evolução dos jogadores em todos os escalões etários e competições.

Alejandro Scannapieco, CEO da Sportian, reconheceu que “estamos orgulhosos de formar este projeto único com a Pro League, que permitirá às suas equipas, a todos os níveis, melhorar o seu jogo através de informações sobre o desempenho e da tomada de decisões inteligentes. A nossa plataforma de desempenho nasceu de uma visão para elevar o nível competitivo das competições desportivas através do aproveitamento de dados inteligentes e foi aperfeiçoada ao longo de anos de desenvolvimento com os especialistas em treino da LALIGA e os seus clubes participantes. Esta plataforma, como parte do ecossistema mais vasto da Sportian e da Globant, oferece um conjunto integrado de soluções que não só melhoram o desempenho, como também criam uma base sólida para a inovação e o crescimento no mundo do desporto. Trabalhando em conjunto com a Pro League, estamos confiantes de que esta nova solução trará resultados duradouros em todo o seu ecossistema de futebol.”

O Mediacoach é o projeto emblemático da LALIGA em termos de inovação na análise de dados, uma ferramenta pioneira na altura a nível mundial que revolucionou a preparação e a gestão dos jogos de futebol. O Mediacoach é um conjunto de produtos e serviços centrados na análise do jogo e das ações técnico-tácticas e físicas que ocorrem numa partida. Especificamente, recolhe mais de 3,5 milhões de dados obtidos por jogo graças às 16 câmaras de seguimento ótico e 3 câmaras táticas em cada estádio da LALIGA.

A partir de agora, também chegará aos estádios da Pro League, incluindo a tecnologia de deteção de membros. Enquanto anteriormente eram recolhidos apenas 50 pontos de dados por fotograma, as novas câmaras da Jupiler Pro League captarão nada menos que 10 000 pontos de dados por fotograma. Assim, será possível seguir com precisão até os movimentos mais pequenos das partes do corpo de cada jogador. Para a Challenger Pro League, trata-se de uma estreia absoluta, uma vez que os dados de seguimento serão recolhidos pela primeira vez utilizando o mesmo sistema avançado da Jupiler Pro League.

Este desenvolvimento também chegará à competição feminina na Bélgica, a Lotto Super League, que será apoiada pelas tecnologias de dados de eventos e de localização da SciSports a partir da próxima época. No futebol juvenil, a SciSports também irá monitorizar e analisar o desempenho das equipas sub-13 e superiores.

Além disso, a tecnologia de fora de jogo semi-automatizada será também introduzida nos estádios da Jupiler Pro League. Alimentado pelo GeniusIQ, a próxima geração de dados desportivos e de inteligência artificial da Genius Sports, este novo sistema foi construído com base nos princípios-chave da velocidade e da precisão para minimizar a perturbação do jogo e proporcionar precisão. A IA selecionará automaticamente o melhor ângulo de câmara e o enquadramento correto do momento do passe, e traçará a linha de fora de jogo, tudo numa questão de segundos. Esta tecnologia não só permite decisões mais rápidas, como também uma maior transparência para os adeptos, ao apresentar as imagens de forma clara.

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Cox acelera a sua OPI ao garantir o apoio de investidores estratégicos para um terço da oferta

  • Servimedia
  • 14 Outubro 2024

O início bem sucedido do processo e o forte interesse de investidores estratégicos, financeiros e institucionais apoiam o calendário da empresa para os seus planos de IPO.

A Cox, empresa de abastecimento de água e energia, anunciou que, após ter confirmado no início da semana passada a sua intenção de proceder a uma oferta pública inicial das suas ações ordinárias a investidores qualificados, recebeu compromissos vinculativos de investidores estratégicos, que representam aproximadamente 30% da oferta total, incluindo a AMEA Power, a Corporación Cunext, Alberto Zardoya e Enrique Riquelme.

Para além disso, o Attijariwafa Bank e outros investidores financeiros também confirmaram a sua participação na oferta. Tudo isto está sujeito à aprovação final do prospeto de admissão à cotação pela CNMV e, no caso do Attijariwafa Bank, ao cumprimento dos regulamentos e processos internos aplicáveis, bem como à legislação marroquina.

A AMEA Power é uma das empresas de energias renováveis mais relevantes e de mais rápido crescimento no Médio Oriente, África e Ásia, com um pipeline de energias renováveis de mais de 6 GW em mais de 20 países, um excelente historial e posicionamento na região.

O Attijariwafa Bank é o principal grupo financeiro de Marrocos. Faz parte do Grupo Al Mada, um dos maiores fundos de private equity em África, que investe em setores de capital intensivo como a banca, seguros, retalho, minas, construção, energia, telecomunicações, imobiliário e turismo, entre outros.

A Corporación Cunext é um dos grupos industriais mais importantes de Espanha e um dos principais fornecedores de produtos transformados de cobre e alumínio no Sul da Europa e no Noroeste de África.

Alberto Zardoya, empresário espanhol de reconhecido prestígio e acionista da Cox desde os seus inícios. Enrique Riquelme é o fundador da Cox e o principal acionista da empresa. Com o investimento que anuncia, confirma a sua confiança e o seu compromisso com a atividade a longo prazo, bem como o seu empenho máximo no plano de crescimento da empresa.

A oferta consistirá numa oferta primária de novas ações emitidas pela empresa, com o objetivo de angariar fundos até aproximadamente 270 milhões de euros (excluindo a opção de atribuição suplementar). A oferta será efetuada a investidores qualificados, incluindo uma colocação nos EUA a compradores institucionais qualificados ao abrigo da Regra 144A.

O Prospeto, que será apresentado para aprovação e registo junto da Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) no âmbito da Oferta e da Admissão, e que substituirá integralmente o presente anúncio, conterá informações mais detalhadas sobre a Oferta proposta. O processo de aprovação do Prospeto está em curso e incluirá todos os detalhes da Oferta e o calendário previsto para a mesma. Após a aprovação, o Prospeto será publicado e disponibilizado na subsecção IPO do website da Sociedade (“www.grupocox.com”) e no website da CNMV (“www.cnmv.es”).

A aquisição de ações da sociedade deve basear-se exclusivamente nas informações contidas no prospeto aprovado pela CNMV e registado pela CNMV. A aprovação do prospeto pela CNMV não constitui uma avaliação dos benefícios da oferta.

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