ACT participou ao Ministério Público substituição de grevistas pela easyJet em 2023

  • Lusa
  • 19 Agosto 2024

A ACT confirmou que desenvolveu uma ação inspetiva durante aquela paralisação, tendo concluído pela violação do artigo do Código do Trabalho.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) avançou com participação ao Ministério Público contra a easyJet, após concluir que a companhia aérea substituiu grevistas durante uma paralisação de cinco dias, no ano passado, o que viola a lei. A notícia foi avançada pelo jornal Negócios e refere-se à greve de tripulantes e membros de cabine na easyJet, em Portugal, entre 21 a 25 de julho do ano passado.

Questionada pela Lusa, a ACT confirmou que desenvolveu uma ação inspetiva durante aquela paralisação, tendo concluído pela violação do artigo do Código do Trabalho que estabelece a proibição de substituição de grevistas por pessoas que, à data do aviso prévio, não trabalhavam no respetivo estabelecimento ou serviço e/ou a admissão, desde essa data, de trabalhadores para aquele fim.

“Tal violação da lei, não só constitui contraordenação muito grave, punível com coima, como também constitui responsabilidade penal, punível com pena de multa até 120 dias”, apontou a autoridade, explicando que “esta última responsabilidade só pode ser determinada pelo tribunal, pelo que a verificação do incumprimento, por parte da ACT, originou participação ao Ministério Público”.

Questionada pela Lusa, a easyJet disse que “procura sempre cumprir as regras que regem as ações de greve”. Na semana passada, os tripulantes de cabine da easyJet com base em Portugal cumpriram novamente uma greve de três dias, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

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Deco alerta para violação dos direitos dos passageiros aéreos na Madeira

  • Lusa
  • 19 Agosto 2024

Se o voo for cancelado ou adiado, o cliente "tem direito à assistência”, que inclui “refeições e bebidas, de forma gratuita", indica a Deco. Esta segunda foram cancelados dois voos oriundos Lisboa.

Os direitos dos passageiros aéreos não estão a ser respeitados no aeroporto da Madeira, onde os ventos fortes obrigaram ao cancelamento de voos desde o fim de semana, alertou esta segunda-feira a associação Deco.

Em declarações à Lusa, Paulo Fonseca, coordenador do Departamento Jurídico e Económico da Deco (associação portuguesa para a defesa do consumidor), realçou que as autoridades competentes do Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo, no Funchal, não estão a prestar a devida informação aos passageiros afetados pelas condições meteorológicas adversas que se fizeram sentir na ilha e que resultaram em múltiplos cancelamentos e atrasos de voos.

durante esta segunda foram cancelados dois voos oriundos Lisboa, às 00:15 e 01:10, ambos operados pela TAP. Consultada a página oficial do aeroporto da Madeira, está já também cancelado o voo que sairia do Porto, com destino ao Funchal, às 17:30, igualmente operado pela TAP.

Até ao momento a Deco ainda não recebeu reclamações formais, mas têm sido “diversos” os contactos telefónicos com pedidos de esclarecimento, quer junto da estrutura regional da associação na Madeira, quer através de ferramentas online.

Ressalvando que os direitos dos passageiros aéreos não suspendem com circunstâncias excecionais, como é o caso das condições meteorológicas adversas, Paulo Fonseca sublinhou que “o consumidor tem o direito à informação, a ser informado, efetivamente, [sobre] se existe um atraso, se existe um cancelamento e essa informação tem que ser dada em tempo útil”.

Simultaneamente, “o consumidor que tenha uma situação de cancelamento ou de atraso, independentemente […] de o reencaminhamento ocorrer logo no imediato ou não, tem direito à assistência”, acrescentou o jurista. Essa assistência – especificou – inclui “refeições e bebidas, de forma gratuita, pelo tempo proporcional de espera até efetivamente ocorrer o reencaminhamento”.

A assistência alimentar é devida “quer seja uma situação da responsabilidade da transportadora aérea ou não”, ou seja, numa situação de “ventos e tempestades, de cataclismos, o consumidor mantém sempre este direito”, esclareceu. Da mesma forma, o passageiro “mantém o direito ao alojamento, caso tenha que pernoitar no aeroporto”. É neste ponto que “começam os grandes problemas” no aeroporto da Madeira, onde, frequentemente, o voo cancelado só será assegurado “alguns dias mais tarde”, destacou Paulo Fonseca.

Segundo a DECO, os passageiros “não obtêm qualquer informação por parte da transportadora aérea”, à qual cabe assegurar o alojamento, que é “gratuito pelo período necessário à realização do próximo voo”. Na ausência dessa informação, a DECO aconselha os consumidores a procurarem alojamento e guardarem todas as faturas (incluindo transporte de e para o aeroporto, bem como refeições), de forma a pedirem reembolso posteriormente.

Paulo Fonseca realçou que esta situação não é “extraordinária” no aeroporto da Madeira e que a Deco já alertou o Governo Regional para circunstâncias semelhantes no passado. “Muitas vezes os consumidores acabam por pernoitar no próprio aeroporto, não têm qualquer informação, os balcões estão encerrados, […] são condicionados para formulários eletrónicos e muitas vezes […] as páginas estão sobrecarregadas”, contou o responsável.

Ao mesmo tempo, acrescentou, “os consumidores não conseguem efetuar a reclamação” e “não existem mecanismos de apoio” para os apoiar, mecanismos esses que “têm que estar disponíveis e têm que ser acionados de imediato”.

A DECO ressalva que tem alertado regularmente o Governo e a Assembleia da República, bem como as autoridades regionais madeirenses, “para a necessidade de se criarem planos de contingência” nos aeroportos de forma a “acautelar que os consumidores, sempre que existam situações que provoquem cancelamentos maciços de voos ou atrasos consideráveis […], não sejam prejudicados e possam ter de imediato direito à assistência”.

A ilha da Madeira é a única zona do país a estar sob aviso laranja para tempo quente, até às 18:00 de hoje (na ilha do Porto Santo vigora o nível amarelo), o segundo na escala, emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) quando existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.

O vento tem estado também a dificultar o combate ao incêndio rural que deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.

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Sindicatos, individualismo e desigualdade. Como se ligam?

Estudo conclui que negociação sindical apenas reduz a desigualdade salarial entre trabalhadores qualificados e não qualificados em sociedades com níveis moderados de individualismo.

A negociação sindical exerce uma “influência substancial” sobre a desigualdade salarial apenas em sociedades moderadamente individualistas. A conclusão é dos economistas Óscar Afonso, Daniel Santos e Paulo Vasconcelos, num artigo publicado no jornal científico Economic Systems, cujas conclusões evidenciam que os sindicatos perderam influência à medida que as sociedades se tornam menos coletivistas.

Os economistas olharam para o progresso tecnológico e para a desigualdade salarial entre trabalhadores qualificados e não qualificados, utilizando um modelo no qual as decisões de consumo, poupança e acumulação de capital humano são influenciadas pelo nível de individualismo. Em declarações ao ECO, Óscar Afonso, economista e diretor da Faculdade de Economia do Porto (FEP), explica que a análise coloca os Estados Unidos como uma sociedade altamente individualista, seguindo-se os países da Europa nórdica, enquanto os países da América Latina se situam no polo oposto, como uma sociedades mais coletivista.

Embora o artigo “Individualism, innovation, and inequality: exploring the nexus” seja um retrato macro e não se dedique a Portugal, Óscar Afonso, em declarações ao ECO, coloca “a sociedade portuguesa a meio, mas mais a tender para o coletivista”, embora “cada vez menos”.

Os três economistas concluem que as culturas mais individualistas registam um maior prémio por trabalhadores altamente qualificados e maior crescimento. “As economias mais individualistas são mais competitivas e querem mais formação. Isso motiva-os a ter preferência perante o capital humano mais qualificado”.

De acordo com os autores, “a negociação sindical apenas reduz a desigualdade salarial entre trabalhadores qualificados e não qualificados em níveis moderados de individualismo”, já que “a acumulação assimétrica de capital humano” entre trabalhadores qualificados e não qualificados “é menos pronunciada em comparação com sociedades altamente individualistas e a representação de trabalhadores não qualificados dentro dos sindicatos é ligeiramente mais forte do que em sociedades com um individualismo muito baixo”.

“A acumulação assimétrica de capital humano entre trabalhadores qualificados e não qualificados é menos pronunciada em comparação com sociedades altamente individualistas e a representação de trabalhadores não qualificados dentro dos sindicatos é ligeiramente mais forte do que em sociedades com um individualismo muito baixo”

Isto dá aos sindicatos mais poder para negociar salários mais elevados para os trabalhadores não qualificados, reduzindo assim a disparidade salarial de forma mais eficaz”, apontam. O mesmo não se verifica “tanto nos níveis baixos como nos altos de individualismo”, nos quais o efeito da negociação sindical sobre as diferenças salariais é menos proeminente devido ao contrapeso de duas forças opostas”.

Por um lado, apontam, em sociedades altamente individualistas, onde há uma forte ênfase na realização pessoal, os sindicatos que negociam salários mais elevados para trabalhadores não qualificados conduzem a custos acrescidos para as empresas que os contratam. Consequentemente, as empresas orientam-se para setores qualificados, aumentando a procura de trabalhadores qualificados e resultando num aumento do prémio de qualificação.

“Contudo, nessas sociedades, a acumulação contínua de capital humano, relativamente mais elevada para os trabalhadores qualificados, leva a uma maior oferta de mão-de-obra qualificada, atenuando o aumento inicial do prémio de qualificação. Portanto, o prémio de qualificação aumenta, mas em menor grau”, explicam.

Paralelamente, consideram que “em sociedades com um individualismo muito baixo, onde existe uma assimetria reduzida na acumulação de capital humano entre trabalhadores qualificados e não qualificados, a menor representação de trabalhadores não qualificados enfraquece o poder de negociação dos sindicatos na negociação de salários”.

“Como resultado, os sindicatos poderão apenas conseguir reduzir a disparidade salarial marginalmente”, concluem. Certo é que, segundo Óscar Afonso, “os sindicatos foram perdendo influência porque as sociedades se foram tornando mais individualistas”.

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EDP avança com a reconversão da central a carvão de Aboño para a produção de hidrogénio verde

  • Capital Verde
  • 19 Agosto 2024

Depois de ter recebido 78 milhões de euros do Governo espanhol, em julho, a EDP vai dar início ao processo de reconversão da central térmica de Aboño que dará lugar ao Asturias H2 Valley.

A EDP já arrancou com a reconversão da central a carvão em Aboño, perto de Gijón (Astúrias), numa central de produção de hidrogénio verde. De acordo com a notícia avançada pelo Cínco Dias, esta segunda-feira, a concretização do Asturias H2 Valley vai contar com uma ajuda de 78 milhões de euros do Governo espanhol que foram aprovados no passado dia 9 de julho, em sede de Conselho de Ministros.

Com a reconversão desta infraestrutura, que durante quase 50 anos garantiu a estabilidade do abastecimento elétrico à indústria asturiana, a EDP espera instalar 150 megawatts (MW) de eletrolisadores até 2026 que irão produzir hidrogénio verde a uma cimenteira e a várias siderurgias situadas a cerca de três quilómetros, bem como ao centro industrial de Avilés, escreve o jornal espanhol.

Recorde-se que a reconversão desta central já tinha sido considerada pela Comissão Europeia como um Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI), sendo o único na Europa que já dispõe de uma Autorização Ambiental Integrada (AIA). Os 78 milhões de euros juntam-se aos 48 milhões de euros que a EDP já tinha obtido através do Programa Energias Renováveis de Espanha e ainda ao apoio de 18 milhões de euros do Fundo de Inovação da União Europeia.

Além do projeto nas Astúrias, a energética portuguesa tem de momento no seu portefólio o projeto GreenH2Atlantic de 100 megawatts, em Sines e, em Espanha, o projeto Green H2 Los Barrios de 130 MW.

Até 2030, a EDP pretende atingir uma capacidade de 1,5 gigawatts de hidrogénio verde e, de acordo com um levantamento de março deste ano, conta com projetos de mais de 500 megawatts em estágio avançado de desenvolvimento. A EDP Brasil produziu a primeira molécula de hidrogénio verde do grupo em dezembro de 2022, e tem servido como piloto, para apurar questões técnicas e da cadeia de fornecimento.

Em Portugal, os projetos estão numa fase inicial e têm um horizonte de execução de médio prazo, indicou o CEO da EDP Renováveis na Europa e América Latina, Duarte Bello, numa entrevista recente ao ECO/Capital Verde.

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OMS contabiliza 1.940 ataques a serviços de saúde da Ucrânia desde início da invasão russa

  • Lusa
  • 19 Agosto 2024

Até agora, este ano, já morreram 34 pessoas em ataques a unidades de saúde – um claro aumento em relação às 24 mortes, entre profissionais de saúde e doentes, registadas nos 12 meses de 2023.

Os serviços de saúde da Ucrânia sofreram 1.940 ataques desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o maior número já registado durante uma crise humanitária, indicou esta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Num comunicado emitido por ocasião do Dia Mundial da Ajuda Humanitária, a agência especializada da ONU alertou para o facto de 42% destes ataques terem afetado os cuidados de saúde primários, dificultando o acesso da população ucraniana aos serviços de saúde essenciais. Destes ataques, 86% tiveram como alvo instalações de saúde, como hospitais e centros médicos, ao passo que os restantes visaram ambulâncias, com uma média de 200 veículos deste tipo anualmente destruídos na guerra russa na Ucrânia.

Os dados da OMS revelam que estes ataques se intensificaram consideravelmente a partir de dezembro de 2023, ocorrendo com uma frequência quase diária. Até agora, este ano, já morreram 34 pessoas em ataques a unidades de saúde – um claro aumento em relação às 24 mortes, entre profissionais de saúde e doentes, registadas nos 12 meses de 2023.

A OMS alertou para o uso crescente da chamada técnica de “duplo ataque”, em que um bombardeamento inicial é seguido de um segundo bombardeamento, destinado a matar as equipas de socorro que acorrem em auxílio das vítimas do primeiro. “As equipas de socorro e de transporte de saúde têm três vezes mais probabilidades de sofrer danos em consequência de ataques quando comparadas com outro pessoal”, afirmou o responsável da OMS na Ucrânia, Jarno Habicht.

O responsável aproveitou também a data para pedir à comunidade internacional que mantenha o financiamento para cobrir as necessidades humanitárias dos civis no país. “Em 2024, vamos concentrar os nossos principais esforços nas necessidades humanitárias de 3,4 milhões de pessoas em todo o país”, sublinhou Habicht.

Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro de 2022, a OMS distribuiu cerca de 3.750 toneladas de material médico, incluindo ambulâncias, geradores e medicamentos, que cobriram as necessidades de cuidados de saúde de 15 milhões de pessoas em toda a Ucrânia.

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De Fernando Ruas a Manuel Frexes: os mandatários distritais de Montenegro à presidência do PSD

Entre os mandatários de Luís Montenegro à presidência do PSD contam-se autarcas, deputados e alguns ex-parlamentares como Manuel Frexes e José Mendes Bota.

Sete presidentes de câmaras municipais, seis deputados e alguns antigos parlamentares, com nome no partido, como Manuel Frexes e José Mendes Bota estão entre os mandatários distritais escolhidos pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, na recandidatura à presidência do PSD. Ao contrário do passado recente, a campanha não terá mandatários nacionais, adiantou fonte do PSD ao ECO.

A lista de mandatários regionais, divulgada esta segunda-feira, conta com 24 sociais-democratas, entre os quais se destacam presidentes de câmaras municipais do Norte e Centro do país. Em 2020 (Margarida Balseiro Lopes e Luís Reis) e 2022 (Miguel Albuquerque) Montenegro escolheu mandatários nacionais para a campanha, mas este ano tal não irá ocorrer, segundo fonte do PSD.

“Não haverá mandatários a nível nacional, tendo-se optado por uma estrutura mais simplificada desse ponto de vista”, disse. A campanha de Luís Montenegro, que terá Rui Rocha, coordenador do Conselho Estratégico Nacional para a área da Segurança e Proteção Civil, como diretor e o deputado Almiro Moreira como mandatário financeiro.

Entre os mandatários regionais estão históricos como Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, ao qual se juntam outros autarcas sociais-democratas como João Manuel Esteves (presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez), Fernando Queiroga (presidente da Câmara Municipal de Boticas), José Luís Gaspar (presidente da Câmara Municipal de Amarante) ou Carlos Condesso (presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo).

Destacam-se ainda os nomes do presidente da distrital de Castelo Branco, Manuel Frexes, depois de em fevereiro o Tribunal de Castelo Branco ter absolvido o antigo presidente da Câmara Municipal do Fundão das acusações dos crimes de prevaricação, peculato, participação económica em negócio e falsificação de documentos, bem como do antigo deputado e ex-eurodeputado José Mendes Bota.

Entre os atuais deputados estão Silvério Regalado, Maurício Marques, Andreia Bernardo, Sónia dos Reis, Gonçalo Valente e Flávio Martins.

As diretas para eleição do presidente da Comissão Política Nacional têm lugar a 6 de setembro, realizando-se o 42.º Congresso nos dias 21 e 22 de setembro, em Braga.

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Despesa com seguros de saúde dos sócios-gerentes é dedutível no IRC

Para que as empresas possam abater este tipo de gastos ao lucro, usufruindo assim de uma redução do imposto, é preciso que a apólice seja igual para todos os trabalhadores e administradores seguros.

A despesa que uma empresa incorre com seguros de saúde oferecidos aos seus sócios-gerentes também é dedutível no IRC, desde que as apólices sejam iguais para todos os trabalhadores, de acordo com uma informação vinculativa publicada, esta segunda-feira, pela Autoridade Tributária (AT) no Portal das Finanças.

A resposta surge na sequência de um pedido de esclarecimento de “uma entidade, com sede em território português” que “pretende atribuir um seguro de saúde aos dois sócios-gerentes, que são os únicos trabalhadores e respetivo agregado familiar”, descreve o Fisco na mesma ficha doutrinária.

Neste sentido, esta empresa questiona se “o seguro de saúde pode ser considerado gasto para a empresa e, caso não seja, se deverá ser considerado rendimento da categoria A”, de trabalho dependente, “na esfera do trabalhador”.

No despacho, assinado pela subdiretora-geral da Área da Gestão Tributária – IR, Maria Helena Pegado Martins, o Fisco começa por explicar que “a possível dedutibilidade fiscal dos gastos relativos a um seguro de saúde encontra-se estabelecida no n.º 2 do artigo 43.º do Código do IRC (CIRC), segundo o qual, são igualmente considerados gastos do período de tributação, até ao limite de 15% das despesas com o pessoal contabilizadas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao período de tributação, os suportados com […] contratos de seguros de doença ou saúde em benefício dos trabalhadores, reformados ou respetivos familiares”.

No entanto, “a aceitação de tal gasto encontra-se condicionada à verificação cumulativa” de alguns “pressupostos”: “os benefícios têm que possuir caráter geral, têm que ser estabelecidos através de um critério objetivo e idêntico para todos os trabalhadores permanentes, ainda que não pertencentes à mesma classe profissional […] e não podem ser considerados rendimentos do trabalho dependente”.

Para a AT, “o requisito do caráter geral consiste em aferir, diante de uma determinada realização de utilidade social, se um mesmo universo de pessoas beneficia, em condições de igualdade, da mesma oferta“. Assim, “o que verdadeiramente importa não é se todos estão usufruindo do benefício”, uma vez que o trabalhador pode sempre prescindir da oferta de seguro de saúde, “mas se à generalidade dos trabalhadores foi dada a possibilidade da sua fruição”.

É preciso ainda cumprir com outro critério para que as empresas possam abater ao lucro tributável, e assim pagar menor IRC, os gastos com seguros de saúde. Esta oferta não pode ser considerada rendimento de trabalho por conta de outrem (categoria A). A este respeito o Código do IRS (CIRS) determina que “as importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença, em benefício dos seus trabalhadores ou respetivos familiares” não têm “a natureza de trabalho dependente, desde que a atribuição dos mesmos tenha caráter geral (ainda que sejam individualizados)”.

Mas qual o conceito de “caráter geral?” Para a AT, um seguro de saúde “terá caráter geral se for atribuído a todos os trabalhadores em condições idênticas, não podendo a sua atribuição estar sujeita a outras condições adicionais impostas pela entidade empregadora”.

Caso os seguros sejam diferenciados, atribuindo um benefício maior a um trabalhador em detrimento do outro, o Fisco considera que estamos perante um rendimento de trabalho dependente, uma vez que se trata de uma espécie de compensação pelo desempenho específico do um determinado funcionário. Nesta circunstância, o seguro é tributado em sede de IRS, na esfera do trabalhador.

Por outro lado, é necessário que o trabalhador seja “permanente”, ou seja, que tenha um contrato por tempo indeterminado com a empresa, o que exclui os funcionários com vínculo a termo. Nesta aceção, a AT indica que, segundo a Lei Geral do Trabalho, “o conceito de ‘trabalhadores’ utilizado abrange, igualmente, os gerentes de uma sociedade (sócios ou não sócios), que, para efeitos fiscais, são considerados trabalhadores dependentes”.

Assim, e na situação analisado pela subdiretora-geral Maria Helena Pegado Martins, o seguro de saúde atribuído aos dois sócios-gerentes, que são os únicos trabalhadores da empresa, e respetivo agregado familiar poderão ser dedutíveis no IRC, “desde que cumpridos os requisitos referidos anteriormente, como parece ser o caso”.

“Ou seja, terá enquadramento nesta norma desde que a opção seja dada aos dois sócios-gerentes e as condições sejam idênticas para essas duas pessoas seguras, uma vez que a sua atribuição não é considerada rendimento do trabalho dependente, […] pois os seguros de saúde ou de doença não estão aqui contemplados”, conclui o Fisco.

Quando só há um sócio não é possível abater o custo do seguro no IRC

Caso a empresa só tivesse um sócio-gerente e não empregasse mais trabalhadores, a despesa com o seguro de saúde atribuída a esse administrador não poderia ser dedutível no IRC, porque não cumpre o requisito do princípio do “caráter geral”, de acordo com uma interpretação da AT vertida em informação vinculativa e publicada em maio deste ano no Portal das Finanças.

“Numa empresa em que o sócio gerente remunerado se constitui como o único trabalhador (por não existirem outros trabalhadores), o seguro de saúde a contratar em seu benefício não tem caráter geral, o qual pressupõe um universo plural”, isto é, a existência de mais trabalhadores e atribuição de idêntico seguro a todos os funcionários, explica o Fisco.

Aliás, o Fisco considera antes que estamos perante “um benefício de caráter individual, perfeitamente identificável, que é tributado em sede de IRS a título de rendimento da categoria A”. “Assim, não tendo caráter geral, os gastos associados à contratação do seguro em benefício do sócio gerente remunerado também não podem ser aceites como gastos fiscais (na esfera da empresa)”, conclui.

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Fim das direções-gerais da agricultura é um “problema funcional”. “Não nos vamos calar”, diz CAP

“Se a solução não era boa com o Governo anterior, também não é boa com este”, diz secretário-geral da CAP sobre as direções-gerais da agricultura. “Ainda vamos decidir onde e quando vamos protestar”.

O problema é grave e funcional. Não se trata de uma diferença de ideologias.” É desta forma que o secretário-geral da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP) responde ao presidente da CCDR Norte que diz não perceber a oposição dos agricultores à integração das direções-gerais de agricultura nas CCDR, a “não ser que seja por lógicas corporativas”.

Muito sinceramente não percebo a pressão dos agricultores”, disse António Cunha no ECO dos Fundos o podcast quinzenal do ECO sobre fundos europeus. “Desde que houve a integração das antigas direções regionais de agricultores e pescas nas comissões de coordenação só houve melhorias face à resposta que os agricultores tinham. Nada piorou. Uma coisa diferente é dizer se as coisas estão bem. As coisas não estão bem, ainda não estão bem, mas estavam pessimamente mal porque durante 30 anos as direções regionais de agricultura foram-se degradando e são algo difícil de explicar”, denuncia o responsável.

O secretário-geral da CAP concorda em absoluto com a falta de meios de que padece o Ministério da Agricultura e que ditava o mau funcionamento das direções-gerais, mas é aí que residia o problema, considera Luís Mira, reiterando que a solução não é passar as direções-gerais para as CCDR.

“As coisas hoje ainda não estão bem, mas estão bastante melhores. Tenho muita, muita dificuldade, a não ser que seja por lógicas corporativas, em perceber o discurso dos agricultores. Os agricultores só têm a ganhar com a integração das antigas direções-gerais de agricultura nas CCDR. Acredito imenso neste processo. Espero mesmo que não haja retrocesso”, defendeu ainda António Cunha.

Luís Mira sublinha que subjacente às críticas dos agricultores não está uma “lógica corporativa”, mas sim o facto de “a política agrícola ser do continente e não regional, de cinco programas regionais” (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve). “A política agrícola tem uma dimensão centralizada que é o IFAP que executa, não funciona cada região dizer uma coisa”, alerta o responsável.

Para o secretário-geral da CAP, as CCDR defendem tão acerrimamente a passagem das direções-gerais de agricultura para as suas estruturas porque isso “representa mais meios, mais pessoas e mais poder”. Luís Mira dá o exemplo da CCDR Cento que “tinha cerca de 200 quadros e passou a ter 470”.

“Se a solução não era boa com o Governo anterior, também não é boa com este”, sublinha o responsável. “Não nos vamos calar”, garante. “Ainda vamos decidir onde e quando vamos protestar”, disse.

O primeiro-ministro fez uma promessa e agora vai ter de tomar uma decisão”, acrescentou Luís Mira, explicando que o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, é a favor da integração das direções-gerais de agricultura, e já disse que não haverá recuo, mas o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, admitiu que a reversão estava a ser ponderada. “Castro Almeida está a advogar em causa própria”, atira Luís Mira numa referência ao facto de o ministro ter sido quadro da CCDR Norte.

O primeiro-ministro, enquanto candidato pela AD, disse em agosto de 2023, em Mirandela: “Aquilo que precisamos é de uma política agrícola que demande do Ministério da Agricultura e que depois tenha os seus executantes nas várias regiões, atendendo às particularidades de cada uma das regiões e dos seus territórios. E aquilo que vejo é muitas queixas, muito afastamento entre os decisores e a vida real, para já não falar na burocracia”, referiu.

No programa eleitoral da AD não existe uma referência às direções-gerais de agricultura, mas, nas Grandes Opções do Plano, o Governo diz pretender que o Ministério da Agricultura e Pescas “retome gradualmente as estruturas que perdeu” e que se acelere o ritmo de investimento de fundos europeus.

Luís Mira lembra declarações de Montenegro nesse sentido, que foram secundadas por Nuno Melo, em Santarém, perante centenas de agricultores. É por isso que exige que o primeiro-ministro vai ter de esclarecer a posição do Governo.

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Estação Coimbra B do Metrobus ganha obra de arte de Paul de Gobert

  • Lusa
  • 19 Agosto 2024

A obra “Les Palissades” está na posse do artista belga, que se encontra “disposto a cedê-las à Metro Mondego (MM), para que sejam instaladas nos muros da praça da estação Coimbra do Metrobus".

A Estação Terminal de Coimbra do Sistema de Mobilidade do Mondego vai receber uma obra do artista plástico Paul de Gobert, um conjunto de painéis em madeira com uma extensão de aproximadamente 100 metros.

A obra “Les Palissades” está atualmente na posse do artista belga, que se encontra “disposto a cedê-las à Metro Mondego (MM), para que sejam instaladas nos muros da praça da estação Coimbra do Metrobus”, podendo assim ser apreciadas pelo público e reforçar a qualificação do novo espaço envolvente desta estação, revelou a MM, em nota enviada hoje à agência Lusa.

Criada em 1975/76, aquando da construção de um novo edifício sede do banco belga “Crédit Communal”, em Bruxelas, a obra resultou de preocupações artísticas e urbanas dos promotores da empreitada, que levaram à encomenda da pintura das paliçadas protetoras e minimizadoras do impacte visual do estaleiro de construção, contextualizou a MM.

Protegidas desde o final da empreitada, e após restauro realizado em 2005, algumas das Palissades têm integrado diversas exposições, designadamente em Bruxelas. O artista plástico encontra-se em Coimbra para realizar um estudo do local de colocação da obra que permita a elaboração do projeto de instalação dos painéis, bem como para conhecer o antigo Museu dos Transportes Urbanos de Coimbra, onde os painéis vão ser restaurados.

Segundo a MM, a visita será acompanhada pelo presidente do conselho de administração das Águas de Coimbra, Alfeu Sá Marques, que cedeu o espaço para este propósito. O CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património, a pedido da MM, irá apoiar Paul de Gobert no restauro da obra.

Está ainda prevista uma primeira reunião com a Câmara Municipal de Coimbra, que se associa a esta iniciativa promovendo uma exposição do artista e patrocinando a publicação de um libreto sobre a obra que será instalada na estação do Metrobus, afirma a MM. A cerimónia pública de assinatura do contrato a celebrar entre a Metro Mondego e Paul de Gobert, onde vão ficar estabelecidas as condições desta colaboração, decorre na manhã de terça-feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Coimbra.

O percurso artístico de Paul De Gobert, que desde 1966 se profissionalizou nas artes plásticas, inclui, entre outros murais, toda a estação Vandervelde do metro de Bruxelas, frescos e exposições em todo o mundo, tendo publicado vários livros de viagens ilustrados, de que são exemplo ‘Visages de Mongolie’, ‘Ma Traversée de Bruxelles’ e ‘Jardin Sauvage’, tendo sido objeto de diversos artigos e monografias, como a de Pierre Loze”, informa a MM.

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Líder indiano visita Kiev pela primeira vez na sexta-feira

  • Lusa
  • 19 Agosto 2024

Durante a visita do primeiro-ministro indiano a Moscovo, defendeu que "a paz deve ser estabelecida o mais rapidamente possível".

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, vai visitar a Ucrânia na sexta-feira, anunciou esta segunda-feira a Presidência ucraniana, depois de Modi se ter encontrado em julho com o Presidente russo, Vladimir Putin. “No dia 23 de agosto (…), o primeiro-ministro indiano Narendra Modi efetuará uma visita oficial à Ucrânia”, declarou a Presidência, em comunicado de imprensa.

Trata-se da primeira visita de Estado de Modi à Ucrânia, onde se deverá encontrar com o Presidente Volodymyr Zelensky. Esta manhã, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, país que mantém tradicionalmente laços de amizade com a Rússia, já tinha avançado informação sobre a deslocação, mas sem especificar datas.

A diplomacia indiana deu conta de uma visita do chefe do executivo “à Polónia e à Ucrânia”, mas os meios de comunicação social indianos sugeriam o final da semana. Na deslocação a Moscovo, no início de julho, Putin agradeceu a Modi os esforços para resolver pacificamente a crise ucraniana.

Agradeço-lhe pelas suas tentativas de encontrar soluções para a crise ucraniana, em primeiro lugar, de forma pacífica”, disse Putin, no início da reunião entre os dois governantes, no Kremlin, agradecendo ainda a atenção dada a outros “problemas candentes”. Esta foi a primeira visita de Modi à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Nova Deli tem evitado censurar oficialmente a Rússia, defendendo a neutralidade e a necessidade de resolver o conflito diplomaticamente.

Em Moscovo, o líder indiano destacou que, para “um futuro melhor para a próxima geração, a paz é da maior importância”, manifestando ainda preocupação com a morte de crianças. “As bombas, os mísseis e as armas não podem garantir a paz, é por isso que estamos a insistir no diálogo”, disse o indiano. E notou: “Quando crianças inocentes são assassinadas, quando as vemos morrer, o nosso coração dói e essa dor é insuportável”.

De acordo com Modi, que falou com Putin durante várias horas na residência do chefe do Kremlin, nos arredores de Moscovo, os dois dirigentes concordaram que “a paz deve ser estabelecida o mais rapidamente possível”. A Rússia é um dos principais fornecedores de petróleo e armas baratas à Índia. Mas o isolamento de Moscovo pelo Ocidente e os seus laços crescentes com Pequim tiveram um impacto na sua parceria com Nova Deli.

Nos últimos anos, as potências ocidentais têm vindo a reforçar os laços com a Índia, para contrariar a crescente influência da China na Ásia-Pacífico, ao mesmo tempo que pressionam Nova Deli a distanciar-se de Moscovo. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

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DN com nova direção. Filipe Alves e Nuno Vinha assumem as rédeas do jornal da Global Media

A direção do DN era assumida, de forma interina, por Bruno Contreiras Mateus (diretor) e Leonídio Paulo Ferreira e Valentina Marcelino (diretores adjuntos), desde um despedimento coletivo no grupo.

O Diário de Notícias (DN) conta com uma nova direção liderada por Filipe Alves, ex-diretor do Jornal Económico, cuja saída do grupo Media9par foi conhecida esta segunda-feira. Também vindo do Jornal Económico, onde era subdiretor, Nuno Vinha será o subdiretor do jornal do Global Media Group.

“Esta nomeação confirma a aposta no Diário de Notícias enquanto título incontornável do panorama noticioso nacional, garantindo a sua renovação e modernização enquanto prepara o seu 160º aniversário”, diz o grupo em comunicado.

Recorde-se que a direção do Diário de Notícias tinha sido assumida, de forma interina, por Bruno Contreiras Mateus (diretor) e Leonídio Paulo Ferreira e Valentina Marcelino (diretores adjuntos), após o despedimento coletivo em março que ocorreu na Global Media.

Este despedimento incluiu as saídas do então diretor José Júdice e da subdiretora Ana Cáceres Monteiro, que tinham sido contratados pela administração de José Paulo Fafe, aquando a entrada do World Opportunity Fund (WOF) na Global Media.

Esta segunda-feira soube-se que Filipe Alves ia deixar de ser diretor do Jornal Económico e que ia prosseguir a sua carreira profissional fora do grupo Media Nove. O jornalista será substituído interinamente por Ricardo Santos Ferreira.

Além do Jornal Económico, Filipe Alves passou também pelo Diário Económico, Thomson Reuters, semanário Sol e agência Lusa. Já Nuno Vinha foi também editor de economia do Observador, jornalista da agência Lusa e assessor do ministério da Economia e do Emprego.

Os dois jornalistas saídos do Jornal Económico vão assim assumir a direção do Diário de Notícias, um dos títulos que ficou no grupo Global Media – a par do Açoriano Oriental, das revistas Men’s Health e Women’s Health e da marca Dinheiro Vivo – após a compra do Jornal de Notícias, Jornal de Notícias História, sites NTV e Delas, Notícias Magazine, O Jogo, Volta ao Mundo, Evasões e também a TSF pela Notícias Ilimitadas.

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Empresário britânico Mike Lynch desaparecido após naufrágio de iate em Itália

  • ECO
  • 19 Agosto 2024

O empresário britânico Mike Lynch está desaparecido depois de um iate de luxo se ter afundado no largo da capital siciliana, Palermo, após ser atingido por uma violenta tempestade.

O empresário britânico Mike Lynch está desaparecido, depois de um iate de luxo de 56 metros, o Bayesian, se ter afundado ao largo da capital siciliana, Palermo, após ser atingido por uma violenta tempestade na madrugada desta segunda-feira, segundo a Reuters. A informação foi avançada por uma pessoa familiarizada com a operação de salvamento.

Mike Lynch tem 59 anos e tinha sido absolvido em junho por acusações de fraude relacionadas com a venda da sua empresa de software, Autonomy, à HP por 11 mil milhões de dólares em 2011.

Segundo avança o Financial Times, a mulher de Lynch, Angela Bacares, foi resgatada, mas ainda existem várias pessoas desaparecidas. A bordo estavam 12 convidados e dez tripulantes, dos quais 15 foram resgatados pela guarda costeira italiana. Os bombeiros locais revelaram que um corpo foi recuperado, enquanto seis pessoas continuam desaparecidas.

A empresa que gere o iate, a Camper and Nicholsons, declarou que o Bayesian “enfrentou condições climatéricas adversas e subsequentemente afundou-se”. A guarda costeira italiana disse que o Bayesian afundou-se a uma profundidade de aproximadamente 50 metros.

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