Aprovado dividendo extra de 9 cêntimos na Corticeira Amorim, pago a partir de 18 de dezembro

Assembleia geral aprova dividendo extraordinário bruto de 9 cêntimos por ação proposto pela administração liderada por António Rios de Amorim, uma tradição iniciada pela empresa em 2012.

A assembleia geral da Corticeira Amorim aprovou esta segunda-feira o pagamento de um dividendo extraordinário bruto de 9 cêntimos por ação, proposto pela administração da empresa.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por António Rios de Amorim confirmou que o valor será colocado à disposição dos acionistas a partir do dia 18 de dezembro e será processado “através da Central de Valores Mobiliários, sendo agente pagador o Banco BPI”.

A Corticeira Amorim iniciou esta tradição de pagar este dividendo extraordinário em 2012, tendo sido apenas interrompida durante a pandemia. Os acionistas que “não tenham ainda procedido à conversão das suas ações tituladas em ações escriturais não poderão exercer o respetivo direito a dividendos até que efetuem a referida conversão, sendo tais dividendos pagos logo que efetuada a conversão”, salienta.

“Os senhores acionistas, para efeitos de isenção, dispensa de retenção na fonte ou redução da taxa de retenção na fonte de IRS ou de IRC, deverão fazer prova dos factos de que dependem as referidas exceções, até ao dia do início do pagamento dos dividendos, junto do intermediário em que se encontram registadas as respetivas ações”, acrescenta na mesma nota.

A Corticeira Amorim fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 47,8 milhões de euros, uma redução de 28,6% face ao período homólogo. O grupo de Santa Maria da Feira reportou ainda uma quebra de 4,8% nas vendas até setembro, para 726,2 milhões de euros, assinalando que os resultados foram “penalizados também pela inclusão de custos não-recorrentes (5,3 milhões) bem como pelo aumento dos encargos financeiros em consequência do maior endividamento médio”.

Apesar de a atividade continuar condicionada pela baixa visibilidade e pela pressão sobre os volumes, e a rentabilidade afetada pelos elevados preços de consumo de cortiça, o CEO e presidente da empresa assegurou ao mercado que “estas adversidades não constituem um obstáculo à ambição de garantir uma gestão eficiente dos recursos e de continuar a crescer no futuro”.

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Alemanha vai conceder 650 milhões de euros em ajuda militar a Kiev

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou o novo apoio durante uma visita surpresa à Ucrânia, a primeira em mais de dois anos.

Chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou novo apoio a KievLusa

A Alemanha vai conceder à Ucrânia uma nova ajuda militar de 650 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o chanceler Olaf Scholz durante uma visita surpresa que está a realizar a Kiev.

A Alemanha vai continuar a ser o principal apoiante da Ucrânia na Europa“, declarou o chanceler alemão, que neste momento se encontra em plena campanha eleitoral na Alemanha. “A Ucrânia pode confiar na Alemanha — nós dizemos o que fazemos e fazemos o que dizemos”, afirmou.

Esta segunda-feira, Scholz apresentou-se em Kiev como o “chanceler da paz e defensor da contenção” para evitar o agravamento das tensões entre o Ocidente e a Rússia. Trata-se da primeira visita de Scholz à Ucrânia em mais de dois anos.

A visita, que não foi anunciada previamente, ocorre poucas semanas depois de ter sido criticado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por ter estabelecido um contacto telefónico com o Presidente russo Vladimir Putin. O telefonema ocorreu numa altura de especulação generalizada sobre o que a nova Administração norte-americana do Presidente eleito Donald Trump pode significar para a Ucrânia.

Domingo “duplamente simbólico” com instituições da UE juntas em Kiev

A deslocação surpresa de Olaf Scholz acontece depois de o presidente do Conselho Europeu, António Costa, ter visitado Kiev no seu primeiro dia no cargo. Costa descreveu o dia de domingo como “duplamente simbólico” por ter passado na capital ucraniana o seu primeiro dia em funções, garantindo apoio à Ucrânia, e acompanhado por membros da Comissão Europeia.

“Acho que foi duplamente simbólico: primeiro, porque foi a primeira iniciativa que tivemos em conjunto — presidente do Conselho Europeu, Alta Representante e a Comissão, através da comissária do Alargamento — e, portanto, para quem tinha dúvidas, […] sim, estamos a trabalhar em conjunto”, declarou António Costa em declarações à Lusa e à CNN Portugal, que acompanharam esta deslocação a Kiev.

“Em segundo lugar, a prioridade foi, claramente, a Ucrânia […] porque a paz hoje é uma questão central na Europa para a Ucrânia e, no fundo, para todos nós”, acrescentou, após se ter encontrado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com membros do Parlamento da Ucrânia e representantes da sociedade civil.

De acordo com o novo líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), esta foi, assim, uma “visita muito impressiva”. “Ajudou, aliás, a perceber como quando falamos de guerra, não falamos só de armas, de tiros, mas, de facto, de dramas humanos, porque nós podemos testemunhar das vidas que se perderam de pessoas que sofreram, que estão a sofrer, e é isso que está em causa nesta guerra e é por isso que é preciso travar a guerra de agressão da Rússia e assegurar a Ucrânia o direito que tem uma paz justa e uma paz duradoura”, adiantou António Costa à Lusa e à CNN.

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“A menos que haja um milagre”, extrema-direita vai juntar-se à esquerda para derrubar Governo francês

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

Governo liderado por Michel Barnier pode tornar-se o mais curto da V República Francesa caso seja aprovada uma moção de censura, a ser votada na quarta ou quinta-feira na Assembleia Nacional.

O partido de extrema-direita francês União Nacional (RN, na sigla em francês) anunciou esta segunda-feira que vai votar a favor da moção de censura ao Governo do primeiro-ministro, Michel Barnier, a menos que ocorra “um milagre”.

A União Nacional vai aprovar, esta semana, a moção de censura “a menos, claro, que haja um milagre de última hora”, anunciou o presidente do partido, Jordan Bardella, após o impasse nas discussões com o Executivo sobre o Orçamento.

Se a esquerda e a União Nacional, o maior grupo da Assembleia, unirem os votos, o Governo francês cairá, na primeira vez desde a queda do Governo de Georges Pompidou em 1962. O Governo de Barnier tornar-se-ia então o mais curto da história da Quinta República.

“Sim, está decidido (…) sou obrigado a anunciar hoje a moção de censura do Governo”, declarou Bardella à rádio francesa RTL.

A União Nacional votará uma moção de censura, com a esquerda, para derrubar o Governo, “a menos, é claro, que, por um milagre de última hora, Michel Barnier reveja a cópia até às 15:00 [hora local]. Mas tenho poucas esperanças”, disse Bardella.

A Assembleia Nacional vai votar a leitura final do Orçamento da Segurança Social, resultado de um compromisso entre uma comissão de senadores e deputados. Na ausência de uma maioria, o Governo deverá anunciar o recurso ao artigo 49.3 da Constituição, numa tentativa de aprovar o texto sem votação. Tal abriria caminho para uma moção de censura, que poderá ser votada na quarta ou na quinta-feira.

Depois de ter conseguido que o Governo abandonasse o aumento dos impostos sobre a eletricidade e reduzisse a ajuda médica do Estado aos emigrantes sem documentos, o partido de Bardella exigiu novas concessões, nomeadamente no que se refere à reavaliação das pensões de reforma e à inversão da redução do reembolso de certos medicamentos.

Mas “o ministro do Orçamento, Laurent Saint-Martin, disse no domingo que o Governo já não tencionava ceder”, observou Bardella.

Em declarações à Bloomberg TV, o ministro das Finanças francês, Antoine Armand, afirmou esta segunda-feira que a França não aceitará prazos orçamentais artificiais por parte do partido de Marine Le Pen. “O Governo francês não aceita ultimatos (…). Nós estamos comprometidos em reduzir o défice”, disse o governante.

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LEGENDS Museum e LALIGA TWENTYNINE’S oferecem uma experiência alternativa para quem quer viver o futebol de uma forma diferente

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

O LALIGA TWENTYNINE'S é um espaço que funde a paixão pelo futebol com uma oferta gastronómica de qualidade.

O museu LEGENDS, The Home of Football, apresentado pela LALIGA e o bar desportivo LALIGA TWENTYNINE’S oferecem uma experiência alternativa para aqueles que desejam viver o futebol de uma forma diferente na capital.

Madrid, como capital da tradição futebolística, prepara-se para receber os visitantes nacionais e internacionais com propostas que combinam história, inovação e gastronomia. Durante o próximo fim de semana prolongado, os adeptos poderão mergulhar no legado do futebol e desfrutar de experiências que vão para além do campo de jogo.

LEGENDS, The Home of Football, apresentado pela LALIGA, é um museu que apresenta uma exposição interativa que abrange os marcos mais significativos do futebol espanhol com uma mostra de 600 objetos. Situada no coração de Madrid, na Puerta del Sol, a exposição oferece aos visitantes a oportunidade de reviver momentos históricos, conhecer a história de lendas do desporto e mergulhar em experiências audiovisuais que celebram a essência do futebol.

Recentemente, a LEGENDS acrescentou uma exposição temporária sobre futebol feminino, Delving into the history of Real Madrid – FC Barcelona. Os visitantes poderão explorar exposições dedicadas às pioneiras e às atuais estrelas do futebol feminino, reconhecendo o seu contributo para o crescimento e a popularidade do futebol em Espanha e no mundo.

A exposição utiliza tecnologia de ponta para oferecer uma experiência imersiva única. Desde instalações interativas a conteúdos exclusivos, LEGENDS mostra o impacto do futebol na sociedade, bem como a diversidade e a riqueza da sua história.

SANTIAGO BERNABEU

Outra paragem para os adeptos é uma visita ao Estádio Santiago Bernabéu, um dos templos do futebol mais emblemáticos do mundo. O estádio do Real Madrid oferece uma visita guiada que permite aos visitantes mergulharem na sua história e conhecerem os troféus e momentos que marcaram o clube.

A visita inclui o acesso a zonas exclusivas como o relvado, os balneários, a sala de imprensa e o camarote presidencial. Os visitantes podem mergulhar na grandeza de um dos clubes mais bem sucedidos do futebol internacional. Além disso, com as recentes inovações e melhorias, a experiência incorpora elementos interativos e audiovisuais.

LALIGA TWENTYNINE’S

O LALIGA TWENTYNINE’S é um espaço que funde a paixão pelo futebol com uma oferta gastronómica de qualidade. Inspirado nos valores e emoções que este desporto desperta, o estabelecimento oferece um ambiente onde os adeptos podem viver o futebol de uma perspetiva diferente, combinando o entretenimento desportivo – com numerosos ecrãs para assistir aos jogos de futebol da LALIGA e outras competições desportivas – com uma proposta culinária. Esta gastronomia pode ser desfrutada tanto nas suas próprias instalações na Gran Vía como na exposição LEGENDS, com um terraço com vista para a Plaza del Sol.

O menu do LALIGA TWENTYNINE presta homenagem à diversidade e riqueza da cozinha espanhola e internacional, com pratos inovadores que refletem a multiculturalidade presente no mundo do futebol. Além disso, a sua decoração e ambiente temáticos permitem aos comensais partilhar a sua paixão enquanto desfrutam de eventos ao vivo, encontros com personalidades desportivas e outras atividades relacionadas com o futebol.

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Lucros da Vista Alegre quebram 27% até setembro. Marca expande para Chéquia, Noruega e Emirados

Volume de negócios do Grupo Vista Alegre sobe ligeiramente para 97 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Exportações pesam 72% das vendas, com subidas expressivas na Alemanha e nos EUA.

A Vista Alegre fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 3,7 milhões de euros, o que representa uma descida de 27% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com a informação publicada esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Até ao final do terceiro trimestre, o resultado operacional caiu 3,6% em termos homólogos, para 9,8 milhões de euros, justificado pelo grupo detido pela Visabeira com o “impacto negativo” dos recentes investimentos realizados pelas empresas da Vista Alegre, com as amortizações a aumentarem perto de 800 mil euros.

Por outro lado, a empresa que este ano passou a ter Cristiano Ronaldo como sócio refere que os produtos de marca de porcelana e cristal da Vista Alegre e faiança artística Bordallo Pinheiro sustentaram a evolução positiva no mix de vendas contribuindo para o incremento de 1,7% do EBITDA, que atingiu os 19,9 milhões de euros, com a margem EBITDA a manter-se nos 20,5%.

O volume de vendas consolidado do grupo de Ílhavo atingiu os 97 milhões de euros até setembro, 1,7% acima do período homólogo. O mercado externo vale 72% das vendas, com a empresa a destacar os crescimentos na Alemanha (45,4%) e nos EUA (23,6%), além da expansão da marca para a Chéquia, Noruega e Emirados Árabes Unidos.

Em termos de segmentos, o crescimento das receitas na faiança (13,2%) e no grés 8,2%) compensou as quebras ao nível da porcelana e complementares – justificada com a redução na venda de produtos de private label e no canal horeca (hotelaria e restauração) – e também no cristal e vidro (-7,4%).

“Nos primeiros nove meses de 2024, os produtos da marca Vista Alegre e Bordallo Pinheiro apresentaram uma evolução positiva no retalho (físico e online) a nível nacional e internacional resultando num crescimento de 1,3% face ao mesmo período do ano 2023″, salienta na mesma nota ao mercado.

Com os investimentos de 12,3 milhões de euros no período em análise a serem canalizados sobretudo para a descarbonização das fábricas do grupo, a dívida líquida consolidada ascendia a 76,2 milhões de euros a 30 de setembro (vs. 71,8 milhões no final do ano passado), “fruto de um primeiro semestre mais exigente em termos de necessidade de fundo de maneio, resultando num ligeiro aumento do rácio de dívida líquida sobre EBITDA” (2,67 vezes no final do terceiro trimestre).

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Restauração do serviço militar na Europa poderá afetar mobilidade laboral e desenvolvimento económico dos Estados-Membros da UE, afirma ICER

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

Em muitos países, o restabelecimento do serviço militar está a ser discutido como uma medida excecional em tempos de crise, gerando um debate sobre o seu impacto nas economias nacionais.

O Instituto de Ciências do Emprego e das Relações Laborais (ICER), uma organização internacional, científica e técnica, independente, que analisa e investiga o mercado de trabalho, analisa no seu relatório “Europe: Foresight in a Conflict Scenario” a crescente reconsideração do serviço militar obrigatório em vários países europeus, como resposta à instabilidade geopolítica provocada pelo conflito na Ucrânia. Uma medida que já começou a tomar forma ou a ser discutida em alguns Estados-Membros e que poderá ter repercussões importantes na estrutura do mercado de trabalho e na mobilidade dos trabalhadores na União Europeia, segundo o documento.

De acordo com o relatório do ICER “Europe: Foreseeing a conflict scenario”, países como a Suécia, a Letónia e a Lituânia já reintroduziram ou estão em vias de reintroduzir o serviço militar obrigatório como parte dos seus esforços para reforçar a defesa nacional face ao aumento das tensões no continente.

A Lituânia introduziu o serviço militar obrigatório em 2015, depois de o ter suspendido em 2008, em resposta direta à crise na Ucrânia e às tensões com a Rússia. Na Suécia, o serviço militar foi reintroduzido em 2017, depois de ter sido abolido em 2010, em resposta direta à perceção de ameaças no Mar Báltico. A Letónia, por sua vez, anunciou recentemente o regresso do serviço militar obrigatório, a fim de reforçar as suas capacidades defensivas face à situação na Ucrânia.

Outros países europeus, como a Finlândia, nunca chegaram ao ponto de abolir o serviço militar obrigatório e consideram-no um instrumento fundamental para a manutenção da segurança nacional. No caso da Finlândia, o serviço militar é obrigatório para os homens e voluntário para as mulheres, com uma elevada taxa de participação e aceitação social. Ou a Noruega, que, desde 2015, se tornou um dos poucos países que obriga as mulheres a cumpri-lo.

Em muitos países, o restabelecimento do serviço militar está a ser discutido como uma medida excecional em tempos de crise, gerando um debate sobre o seu impacto nas economias nacionais. Países como a Alemanha têm debatido a possibilidade de restabelecer o serviço militar, abolido em 2011, face às crescentes tensões com a Rússia que aumentaram as preocupações em matéria de segurança, sem que até à data tenha sido tomada uma decisão definitiva. Enquanto os apoiantes argumentam que tal reforçaria a defesa e a coesão social, os opositores apontam para os custos e a eficiência de um exército de voluntários. Também em Itália, o debate está aberto, embora por enquanto continue a ser voluntário desde a sua suspensão em 2005.

MERCADO DE TRABALHO

O relatório ICER analisa os efeitos que o restabelecimento do serviço militar obrigatório poderia ter no mercado de trabalho, especialmente nos países que dependem fortemente de uma mão-de-obra jovem. Globalmente, o serviço militar obrigatório criaria um reequilíbrio do mercado de trabalho, com uma redução temporária da oferta e potenciais desafios na reintegração laboral, mas também oportunidades em setores específicos e na preparação da população para futuras crises.

Com a convocação dos jovens para o serviço militar, verificar-se-ia uma redução temporária da mão-de-obra que poderia conduzir a uma escassez temporária de mão de obra em determinados setores. Esta situação afetaria tanto a produtividade como a evolução da carreira dos jovens, que poderiam ser obrigados a interromper a sua formação e a interromper a sua experiência profissional.

Além disso, o serviço militar obrigatório poderia limitar a mobilidade transnacional dos jovens trabalhadores na UE, o que poderia levar a uma escassez de talentos qualificados. O relatório chama igualmente a atenção para o impacto de uma eventual implementação do serviço militar na economia em geral, uma vez que implicaria um aumento considerável da despesa pública e poderia levar a aumentos de impostos para manter os programas de defesa.

Por outro lado, a análise salienta que a formação militar poderia promover a resiliência da força de trabalho a longo prazo e dotar as pessoas de competências que poderiam ser úteis em situações de crise, bem como criar novas oportunidades de emprego através da criação de postos de trabalho nas indústrias militares e conexas, o que poderia compensar parcialmente o impacto negativo noutros setores.

Num cenário de conflito, a saúde mental e o bem-estar emocional das pessoas podem ser afetados, aumentando a necessidade de profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras e coaches. Além disso, na atual era digital, a guerra assimétrica através de táticas de guerra psicológica e do ciberterrorismo é uma realidade e os ataques a infraestruturas fundamentais, como as empresas de energia, podem ter efeitos devastadores. A consciencialização e a preparação para estes riscos são fundamentais, tanto para a população em geral como para as empresas, tornando a gestão de crises uma competência essencial.

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Hoje nas notícias: autarquias, rendas e estradas

  • ECO
  • 2 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As novas regras para transformar terrenos rústicos em urbanos, aprovadas na semana passada em Conselho de Ministros, deixam essa decisão apenas nas mãos das autarquias. Quase 33 mil inquilinos ficaram com dívidas à Segurança Social por terem recebido prestações do apoio à renda por erro, tratando-se, na maioria dos casos, de falhas do fisco. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Mudar solos rústicos para urbanos fica só nas mãos das câmaras

Na semana passada, o Governo aprovou o diploma que simplifica a reclassificação de terrenos rústicos para urbanos, com o objetivo de libertar mais terrenos para construção. A decisão vai passar a estar nas mãos apenas das câmaras municipais, deixando de ser necessário o parecer de entidades como as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) ou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), mesmo que estejam em causa terras que integram a Reserva Agrícola Nacional (RAN) e a Reserva Ecológica Nacional (REN). Aprovada a conversão, os solos em causa só poderão ser usados para construir habitação e, desta, uma fatia de 70% terá de ser para casas a custos controlados ou com “preços moderados”, com tetos máximos por metro quadrado fixados em função da mediana das vendas por metro quadrado de alojamentos familiares, apurados pelo INE.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Beneficiários do apoio à renda devem 12 milhões ao Estado por falhas do fisco

A Segurança Social pagou indevidamente mais de 12 milhões de euros em prestações do apoio extraordinário à renda a 32.918 beneficiários deste subsídio. Na maioria dos casos, a responsabilidade dos erros é da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que tarda em comunicar a cessação de contratos de arrendamento à Segurança Social, mas também há casos em que são os senhorios a não fazer essa comunicação. Qualquer que seja o caso, a lei em vigor refere que, existindo prestações do apoio pagas indevidamente, os beneficiários são obrigados a devolver esses valores. Segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cerca de 3,6 milhões de euros do total de mais de 12 milhões já estavam regularizados e outros 2,35 milhões são contabilizados como “mensalidades futuras” de planos prestacionais de pagamento, que serão recebidas pela Segurança Social.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Estradas ganham 2 milhões por dia com taxa declarada ilegal

A contribuição de serviço rodoviário (CSR) foi declarada ilegal pelo Tribunal da Justiça da União Europeia (TJUE) em 2022, mas continua a ser paga pelos consumidores finais de combustíveis — só este ano, a receita total está estimada em 675,3 milhões de euros, cerca de quase dois milhões por dia. Para contornar a decisão do TJUE, a CSR foi incorporada no imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), que se agravou depois de a contribuição deixar de ser cobrada autonomamente, no início de 2023. Esta alteração permitiu salvaguardar o Estado das ações das gasolineiras e particulares que, apoiados pela decisão do tribunal arbitral, têm exigido na Justiça o reembolso do valor pago pela CSR. Para os consumidores de combustíveis, o destino da taxa continua a ser financiar a Infraestruturas de Portugal (IP), tal como está inscrito no Orçamento do Estado de 2023 e 2024 e, agora, também no de 2025.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Mudanças na rede de carregamentos elétricos ameaçam investimentos

O Governo está a preparar mudanças nas regras da rede de carregamento de veículos elétricos. A secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, tem vindo a realizar reuniões com vários atores do setor da mobilidade elétrica, em que tem partilhado a intenção de acabar com a separação entre a operação do posto de carregamento (Operadores de Pontos de Carregamento (OPC)) e o fornecimento de eletricidade (Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME)). No entanto, as empresas receiam que as alterações ameacem os contratos atuais e futuros investimentos.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Biden em Angola com mega investimentos no bolso que beneficiam Mota-Engil

Na primeira visita de um Presidente norte-americano a Angola, Joe Biden leva três objetivos no bolso: alavancar “a liderança dos Estados Unidos no comércio, investimento e infraestruturas em África”, tentando contrariar o domínio da China; “destacar a liderança regional e a parceria global de Angola”, assim como “a notável evolução da relação EUA-Angola”. No campo do investimento, Biden vai visitar o corredor ferroviário do Lobito, o velho caminho-de-ferro de Benguela, com 1.289 quilómetros de extensão, que foi recuperado em 2015 por chineses, mas está agora concessionado a um consórcio liderado pela portuguesa Mota-Engil. O que significa que, se os norte-americanos financiarem a extensão e modernização deste corredor, a construtora portuguesa pode vir a ser beneficiada.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

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Gouveia e Melo lidera corrida a Belém. Centeno é o preferido à esquerda

  • ECO
  • 2 Dezembro 2024

Atual chefe do Estado-Maior da Armada venceria com larga margem sobre Pedro Passos Coelho, Luís Marques Mendes, André Ventura e Mário Centeno, aponta barómetro da Intercampus.

O almirante Gouveia e Melo, que já disse estar indisponível para continuar no cargo, é o preferido dos portugueses para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa na Presidência da República. Apesar de ainda haver muitos indecisos (15,3%), o atual chefe do Estado-Maior da Armada lidera a mais recente sondagem da Intercampus (23,2%) com larga margem para os potenciais candidatos que surgem a seguir: Passos Coelho (13,9%), Marques Mendes (9,8%) e André Ventura (6,6%).

Entre os nomes sugeridos aos inquiridos neste estudo de opinião realizado para o Correio da Manhã e para o Jornal de Negócios, o primeiro nome à esquerda a aparecer é o de Mário Centeno (6,4%). Na corrida ao Palácio de Belém, o governador do Banco de Portugal surge à frente de Ana Gomes (5,1%), que na última corrida a Belém ficou em segundo lugar, e também do antigo secretário-geral do PS António José Seguro (4,7%) e da ex-líder bloquista Catarina Martins (4%).

Os resultados do barómetro, publicados esta segunda-feira, simulam ainda vários cenários a dois para uma potencial segunda volta, mostrando que Gouveia e Melo derrota os principais oponentes e que, num duelo direto, Marques Mendes perderia também para Centeno, embora por margem curta. Certo é que, caso Marcelo pudesse concorrer novamente a chefe de Estado, 63% por portugueses recusariam votar no atual Presidente da República.

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Italianos compram negócio ao Banco Invest por 11,5 milhões

  • ECO
  • 2 Dezembro 2024

Crédito Económico Popular gere um carteira de crédito de 16 milhões de euros, quase totalmente garantidos por ouro. Negócio foi agora comprado pelos italianos da Kruso Capital.

A Kruso Kapital comprou as atividades de crédito sobre penhor ao Banco Invest em Portugal, que operava o negócio com a marca Crédito Económico Popular, num investimento que ascende a 11,55 milhões de euros, segundo anunciou a instituição italiana esta segunda-feira.

Para a empresa cotada na bolsa italiana e que integra o grupo Banca Sistema, a transação “dá continuidade ao plano de expansão da empresa em mercados internacionais de elevado potencial”, passando pela criação de uma nova entidade local, a Pignus – Crédito Económico Popular.

“Com um modelo de negócio fundamentado em empréstimos facilmente acessíveis, seguros para os clientes e em ativos de baixo risco, a Kruso Kapital procura revitalizar um dos instrumentos financeiros mais antigos do mundo”, referem os italianos num comunicado enviado às redações.

A Pignus – Crédito Económico Popular conta com uma equipa de 44 trabalhadores e uma rede de agências em todo o país, incluindo quatro em Lisboa e duas no Porto, gerindo uma carteira de créditos sobre penhor no montante aproximado de 16 milhões de euros, quase totalmente garantidos por ouro, o que corresponde a cerca de 15.000 contratos ativos e uma base de clientes superior a 32.000 pessoas.

“A combinação do Pignus – Crédito Económico Popular com a Kruso Kapital representa um passo significativo para nós, enquanto grupo pan-europeu líder no crédito sobre penhor, dando início a uma jornada emocionante e sustentável de crescimento conjunto” afirma Giuseppe Gentile, diretor-geral da Kruso Kapital, em comunicado.

“O negócio do crédito sobre penhor em Portugal tem um forte potencial de crescimento e estamos confiantes que a identidade única do Crédito Económico Popular, impulsionada pela gestão portuguesa e pela nossa experiência noutros mercados europeus, onde desenvolvemos uma oferta distinta e pioneira, nos permitirão ampliar ainda mais o negócio e reforçar a oferta de crédito sobre penhor no país”, conclui.

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LaLiga e EA Sports colocam Luis Figo e Carles Puyol contra xBuyer e Spursito

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

Será uma competição única que colocará frente a frente lendas e jogadores num formato revolucionário: um jogo no videojogo EA Sports FC 25 e na realidade.

Na próxima sexta-feira, dia 13 de dezembro, como um dos pontos altos da Gamergy, o maior evento de esports, videojogos e entretenimento, a LaLiga e a EA Sports vão realizar o LaLiga EA Sports X FC 25 Rush, uma competição única que colocará frente a frente lendas e jogadores num formato revolucionário: um jogo no videojogo EA Sports FC 25 e na realidade. Os primeiros membros de ambas as equipas serão: Luis Figo e Carles Puyol, com xBuyer e Spursito.

De acordo com a LaLiga, a primeira parte do jogo será disputada no EA Sports FC 25 no modo Rush, e a segunda parte num campo de futebol da Gamergy concebido especialmente para a ocasião, com as medidas e regras do Rush, transferidas para o mundo real. O resto das lendas da LaLiga e os jogadores do EA Sports FC que irão compor as duas equipas serão progressivamente revelados a partir de hoje e até ao dia da competição através dos canais oficiais da LaLiga.

A experiência de jogo Rush, incluída no EA Sports FC 25, incorpora a experiência social do futebol urbano de cinco contra cinco, com um campo reduzido mas balizas de dimensões idênticas às do futebol de 11, e as suas próprias regras que criam jogos rápidos para promover o espetáculo. Um novo enfoque no coletivo e na comunidade que enriquece a experiência de jogo, tornando-a ideal para partilhar com os amigos e prolongar a diversão de todos os utilizadores.

LaLiga EA Sports X FC 25 Rush faz parte de Transforming The Game, a iniciativa que une LaLiga e EA Sports no seu compromisso de construir o futebol do futuro, um desporto mais inclusivo, inovador e conectado, onde as barreiras entre o futebol real e virtual são quebradas.

“A LaLiga e a EA Sports continuam a derrubar as barreiras entre o futebol real e o virtual”, afirmou Jorge de la Vega, Diretor-Geral de Negócios da LaLiga. “Este evento é o resultado do desejo da LaLiga e da EA Sports, que continuam a levar o futebol a novos horizontes e a inspirar as gerações futuras a desfrutar do desporto de formas inovadoras”.

Cristina Carranza, Diretora Global de Vendas da GGTech Entertainment, afirmou: “Estamos muito orgulhosos de receber a LaLiga e a EA Sports na Gamergy, que vêm ao evento para desenvolver uma das suas activações mais populares no modo Rush. Esta experiência enquadra-se perfeitamente na nossa estratégia de sportainment, onde os desportos tradicionais, como o futebol, se fundem com a cultura digital. Sem perder a sua essência de jogo, a Gamergy tornou-se um espaço de entretenimento para todos os gostos, acrescentando música, desporto, cinema e mais elementos que formam um evento de 360º”. “Esta atividade será um elemento decisivo para ultrapassar os 69.000 visitantes que estiveram presentes na Gamergy 2023”, afirmou Cristina Carranza.

O LaLiga Sports X FC 25 Rush pode ser seguido em direto nos canais oficiais da LaLiga, nas redes sociais dos criadores de conteúdos participantes e noutras plataformas digitais.

Para além do LaLiga EA Sports X FC 25 Rush, durante a Gamergy terá lugar a final da FC Pro SuperCup, no palco principal do pavilhão 4. O título será disputado por Atlético de Madrid (Andoni Payo) e Real Valladolid (Tundi) contra Sevilla FC (nicolas99fc) e Real Oviedo (Nacho Abella). Os árbitros da final serão Alex Gutiérrez e Andrea Segura.

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Joe Biden inicia visita a Angola com investimentos em carteira

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

A pouco mais de um mês de deixar a Casa Branca, Joe Biden tem como principal foco o Corredor do Lobito nesta viagem a Angola, que esteve prevista para outubro, mas que acabou por ser adiada.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, inicia esta segunda-feira uma visita de três dias a Angola, na qual deverá fazer vários anúncios sobre o corredor do Lobito, que envolve a construtora portuguesa Mota-Engil, mas também em áreas como saúde, segurança alimentar ou agronegócio. A viagem tem início um dia depois de o líder da Casa Branca conceder perdão presidencial ao filho Hunter.

“Um conjunto desses anúncios será sobre o Corredor do Lobito. Mobilizámos milhares de milhões de dólares para esse projeto até agora, podem imaginar que o Presidente vai envolver-se com vários componentes desse esforço de infraestrutura e os elevará”, disse aos jornalistas a assistente especial do Presidente e diretora de Assuntos Africanos no Conselho de Segurança Nacional norte-americano, Frances Brown, na semana passada durante um encontro com a imprensa para antecipar as prioridades da visita que decorre até quarta-feira.

O grande foco da viagem, que esteve prevista para outubro mas acabou por ser adiada para agora, estará no Corredor do Lobito, uma infraestrutura ferroviária que liga Angola às zonas de minérios da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia e na qual os Estados Unidos são “realmente um membro importante”, especialmente para a segunda fase do projeto, disse a coordenador da Parceria para Infraestrutura e Investimento Global (PGI) no Departamento de Estado norte-americano, Helaina Matza, no mesmo encontro com os jornalistas.

Esta fase inclui a construção de 800 novos quilómetros na linha ferroviária que atravessa Angola, Zâmbia e RDCongo, que se somarão aos 1.300 já existentes e que estão a ser renovados, lembrou Matza.

Biden deverá também fazer anúncios relacionados com a segurança global da saúde, segurança alimentar e agronegócio, e ainda um “anúncio importante sobre cooperação no setor de segurança” e “sobre a preservação da rica herança cultural de Angola”.

Em 2023, o comércio entre Estados Unidos e Angola totalizou aproximadamente 1,77 mil milhões de dólares (1,69 mil milhões de euros), o que tornou Angola no quarto maior parceiro comercial de Washington na África Subsaariana.

“Vemos Angola como um parceiro estratégico e um líder regional. O nosso relacionamento com Angola transformou-se completamente nos últimos 30 anos, e essa transformação ganhou ritmo nos últimos três anos”, assinalou Frances Brown.

Nesse sentido, a diretora de Assuntos Africanos resumiu a viagem de Biden a Angola a três objetivos: “elevar a liderança dos EUA em comércio, investimento e infraestrutura em África”; destacar a “liderança regional e a parceria global de Angola num espetro completo de questões urgentes, incluindo comércio, segurança e saúde”; e, por último, destacar a “notável evolução do relacionamento EUA-Angola”.

Do lado angolano, o Presidente João Lourenço salientou a importância da visita não só em termos de investimentos, mas também em investimentos fora do tradicional setor petrolífero.

“O Presidente Joe Biden vem abrir o caminho do investimento privado americano a Angola; até aqui, o que nós temos vindo a verificar ao longo de décadas é que o investimento americano em Angola está mais virado para o setor petrolífero e esperamos que com esta visita haja uma maior diversificação do investimento privado americano em Angola”, frisou numa entrevista ao The New York Times.

Questionado se a saída de Biden tira algum significado a esta visita, João Lourenço rejeitou esta tese, “porque até ao dia 20 de janeiro do próximo ano, o Presidente americano é o Presidente Joe Biden”, além de que “nas relações entre Estados pode haver mudanças das pedras no tabuleiro do xadrez, mas quando as relações são entre Estados elas têm, em princípio, a garantia de continuidade”.

“Não estamos preocupados com o facto de o Presidente Joe Biden estar em fim de missão”, disse, sublinhando que a partir de janeiro não apenas Angola, mas o resto do mundo vai ter que trabalhar com Donald Trump “se quiser manter relações com os Estados Unidos da América”, escusando-se a comentar a futura relação de Donald Trump com África e as suas políticas.

Biden indulta filho Hunter semanas antes de ser conhecida sentença

No domingo, o Presidente dos EUA anunciou que concedeu “perdão total e incondicional” ao seu filho, Hunter Biden, uma decisão que representa uma reviravolta face às promessas anteriores de Joe Biden de que não utilizaria os poderes da Presidência em benefício dos seus familiares.

Hoje, assinei um perdão para o meu filho Hunter. Desde o dia em que tomei posse, disse que não iria interferir na tomada de decisões do Departamento de Justiça e mantive a minha palavra, mesmo quando vi o meu filho ser seletiva e injustamente processado“, afirmou Biden, numa declaração citada pela Reuters.

A Casa Branca disse repetidamente que Biden não perdoaria Hunter Biden nem comutaria a pena após as condenações do filho em dois processos judiciais.

Em junho, Hunter Biden foi condenado no tribunal federal de Delaware por três crimes pela aquisição de uma arma em 2018, após, segundo os procuradores, ter mentido num formulário federal ao alegar que não consumia drogas ou estava viciado.

No processo que decorre na Califórnia e cujo julgamento estava previsto para setembro, o filho de Biden concordou em declarar-se culpado das acusações de que não pagou pelo menos 1,4 milhões de dólares (cerca de 1,3 milhões de euros à taxa de câmbio atual) em impostos.

“Nenhuma pessoa razoável que analise os factos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer outra conclusão que Hunter foi discriminado apenas porque é meu filho”, disse ainda o Presidente norte-americano, no comunicado divulgado pouco antes de partir para a visita a Angola.

O indulto a Hunter Biden diz respeito a quaisquer crimes cometidos entre 1 de janeiro de 2014 e 1 de dezembro de 2024.

(Notícia atualizada às 10h09 com informação do indulto concedido por Biden ao filho Hunter)

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Whitelane Research destaca a T-Systems pela satisfação do cliente na transformação digital

  • Servimedia
  • 2 Dezembro 2024

A Whitelane Research avaliou a satisfação dos clientes com os principais fornecedores de serviços de TI do país.

A Whitelane Research destaca a T-Systems, a divisão de serviços de digitalização do Grupo Deutsche Telekom para empresas e administração pública, pela satisfação do cliente na transformação digital, colocando-a no “top 3” do ranking nesta categoria, com 83% de satisfação.

Isto de acordo com o relatório “IT Services Sourcing Study” da empresa de investigação Whitelane Research, que avalia a satisfação dos clientes com os principais fornecedores de serviços de TI do país. Este relatório, realizado em colaboração com a empresa de consultoria Eraneos, é uma referência na análise da satisfação e do desempenho dos fornecedores e plataformas de TI na região.

Com uma metodologia baseada no feedback dos clientes, o estudo da empresa de investigação consolidou a T-Systems como um dos três principais intervenientes no domínio da transformação digital em Espanha. A posição da T-Systems neste ranking reflecte o seu firme compromisso com a transformação digital e o desenvolvimento de serviços de TI abrangentes, o que se traduz no facto de a empresa ter a taxa de renovação de clientes mais elevada. De facto, 100% dos clientes de Transformação Digital tencionam renovar e 86% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços da empresa.

“O reconhecimento da Whitelane é um reflexo do compromisso da T-Systems com os nossos clientes e da nossa capacidade de impulsionar a mudança transformacional nas suas organizações. A nossa missão é fornecer soluções tecnológicas que não só satisfaçam as necessidades actuais, como também antecipem as tendências futuras. Estar entre os três principais fornecedores de transformação digital deixa-nos orgulhosos e motiva-nos a continuar a elevar os padrões da indústria”, afirmou Osmar Polo, diretor-geral da T-Systems Iberia.

A T-Systems afirmou que fornece um conjunto abrangente de soluções de TI e redes interconectadas para impulsionar a transformação digital. A sua oferta inclui, para além de serviços de nuvem pública e privada, inovações digitais como a Indústria 4.0, inteligência artificial, realidade virtual e blockchain. A empresa oferece soluções digitais personalizadas para processos empresariais, permitindo que as organizações explorem plenamente o potencial da digitalização.

Como parte do processo de criação de soluções em alguns sectores-chave, a T-Systems desenvolve provas de conceito (PoC) para validar a viabilidade de soluções inovadoras. Por exemplo, na indústria transformadora, implementou sistemas de alerta em tempo real baseados em inteligência artificial para prever falhas e otimizar a produção, demonstrando o seu compromisso com a inovação e a eficiência operacional.

Além disso, a T-Systems destaca que é pioneira na criação de espaços de dados, oferecendo soluções que garantem a soberania dos dados e promovem a interoperabilidade entre sistemas. Neste sentido, a empresa tem sido um parceiro-chave na criação e desenvolvimento do Catena-X, o primeiro ecossistema de dados colaborativo e aberto para a indústria automóvel, que liga todos os actores ao longo da cadeia de valor. Nesta linha, desenvolveu serviços e produtos abrangentes para este espaço de dados, incluindo workshops de estratégia e conceito, bem como soluções técnicas para a integração de sistemas empresariais no ecossistema.

Em termos de transformação digital, a empresa também se destaca na aplicação da metodologia ágil, com foco na estreita colaboração com os clientes, permitindo uma resposta rápida à mudança e entrega contínua de valor. Ao aplicar princípios ágeis, a T-Systems facilita o feedback constante e a melhoria contínua dos produtos, garantindo que as soluções estão alinhadas com as necessidades e expectativas dos clientes.

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