Fundos de pensões da banca vão ter de esperar até três meses por reembolso do “bónus” de outubro

Fundos de pensões terão de adiantar suplemento extraordinário aos reformados da banca e pedir depois o reembolso ao Estado, que demorará até três meses a fazer a transferência.

Os bancários reformados também vão receber o suplemento extraordinário prometido pelo Governo, estando o pagamento a cargo dos fundos de pensões. Estes, depois, terão de pedir o reembolso à Direção-Geral do Tesouro e das Finanças (DGTF), mas terão de esperar até três meses por essa transferência, de acordo com uma portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República.

O decreto-lei que o Governo fez publicar no final de agosto já deixava claro que, no caso dos bancários reformados, o suplemento extraordinário será pago não pela Segurança Social, mas pelos fundos de pensões que, mês após mês, asseguram a pensão a cada beneficiário.

Já a portaria divulgada esta manhã explica que esses fundos, após o pagamento, devem solicitar à DGTF o reembolso dos montantes adiantados, sendo que cada pedido será verificado (incluindo, “a existência de erros de cálculo”) pela Inspeção-Geral das Finanças (IGF).

Essa verificação demorará, no máximo, 70 dias, em condições normais e, após a validação do IGF, a Direção-Geral terá, então, de pagar aos fundos de pensão no prazo de 20 dias.

Ou seja, entre a verificação da IGF e o prazo dado à DGTF, os fundos de pensões terão de esperar três meses pelo reembolso dos valores despendidos com o suplemento extraordinário.

Estes pensionistas só têm direito a este suplemento porque a sua caixa de previdência foi integrada na Segurança Social em 2012. Já s dos advogados e solicitadores mantém-se autónoma, pelo que estes não terão direito ao “bónus” que será pago em outubro, conforme avançou o ECO em primeira mão.

No total, este suplemento, que varia entre 100 euros e 200 euros, chegará a 2,4 milhões de pensionistas e terá um custo de 422 milhões de euros.

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“Preços da eletricidade vão descer” com renováveis e armazenamento, antecipa presidente da ERSE

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos antecipa uma tendência de queda dos preços com crescimento do peso da energia renovável. Apela à eletrificação da indústria.

Pedro Verdelho, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) antecipa uma descida dos preços da eletricidade a médio e longo prazo com o aumento da produção de energia renovável e o armazenamento. Evolução permitirá “desligar” formação dos preços do custo dos combustíveis fósseis.

Os preços vão descer. É o que o cenário mostra“, afirmou Pedro Vermelho na Conferência Energy 2024, organizada pelo ECO, que está a decorrer esta quinta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. “Em 20 anos duplicámos a energia renovável”, assinalou, acrescentando que até 2050 o peso deverá subir para 85%, permitindo aos consumidores beneficiarem do custo mais baixo deste tipo de energia.

Pedro Verdelho, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)Hugo Amaral/ECO

Um crescimento que permitirá “desligar” a fixação do preço da eletricidade aos consumidores do custo da produção através de combustíveis fósseis. “O aumento da geração renovável promove o desacoplamento entre preços do gás natural e a eletricidade”, representando uma ” alteração profunda da estrutura e evolução ao longo do tempo dos preços de eletricidade”, afirmou o presidente da ERSE.

Para a redução dos preços irá também contribuir a armazenagem, com a utilização de baterias que permitam garantir o fornecimento à noite. “Renováveis com armazenamento de quatro horas permitirão substituir os combustíveis fósseis, de forma custo-eficaz”, garantiu Pedro Verdelho.

Portugal está “muito avançado” na descarbonização, como assinalou o presidente da ERSE, mas é necessário ir mais longe. “Temos de descarbonizar o setor do gás para fornecer soluções à indústria para se descarbonizar a preços eficazes e resolver a segurança do abastecimento e ligar com a variabilidade hidráulica”, defendeu. Salientou ainda que a “Península Ibérica ainda tem um longo caminho a percorrer no biometano e gases renováveis”. A segurança energética passará ainda pelo hidrogénio, mas que ainda é caro e necessita de elevados investimentos.

Pedro Verdelho realçou também a importância da integração das redes europeias e de haver um mercado único de energia na Europa: “É muito difícil descarbonizar uma ilha, mas é fácil descarbonizar um continente”.

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Canadiana Lundin quer vender minas em Portugal no prazo máximo de um ano

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

CEO da mineira canadiana confirma que o processo de venda das minas de Neves Corvo e outra na Suécia atraiu “muitos interessados”. E espera fechar processo dentro de seis meses a um ano.

A Lundin espera fechar a venda das minas de Neves-Corvo e outra na Suécia no prazo de um ano. O CEO da mineira canadiana, Jack Lundin, não quer que o processo “se arraste, pois distrai e consome tempo”. E confirmou que há “muito interessados” a analisarem as operações.

“Não queremos que isto se arraste mais do que seis a 12 meses”, adiantou Jack Lundin numa entrevista a partir de Vancouver, no Canadá, citado pela agência Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Jack Lundin explicou que as duas minas foram colocadas à venda porque “deixaram de ser estratégicas” para a mineira canadiana. “Por isso estamos a conduzir um processo para ver se conseguimos obter mais valor da vendam”, afirmou, acrescentando que há “muitos interessados a olharem para os ativos europeus” da Lundin.

Em concreto, como adiantou o ECO, são quatro as companhias mineiras que estão neste momento na corrida: três australianas (incluindo a South32) e ainda uma sueca (a Boliden). Neste momento estará em curso o processo de due diligence, não apenas financeiro, mas também operacional, com vista a apresentação de propostas vinculativas.

Fonte próxima do processo – que está a ser conduzido diretamente a partir do Canadá pelo Banque de Montreal e uma equipa da Lundin — explicou que os canadianos terão privilegiado propostas pelas duas minas – a portuguesa Neves-Corvo, cuja concessão pertence à Somincor, e a sueca Zinkgruvan — na fase non binding.

As duas minas são os ativos mais antigos da Lundin e geraram cerca de 19% das receitas no ano passado, sendo que o processo de venda surge numa altura em que a mineira canadiana aponta baterias à América do Sul.

No final de julho anunciou uma parceria com a gigante BHP para avançar para a compra da Filo por cerca de três mil milhões de dólares, estando prevista a criação de uma joint venture para explorar os projetos de cobre na Argentina.

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Os conselhos pós-Cannes da Warc para uma publicidade bem-sucedida

Apostar em autenticidade e na representatividade , de forma a desencadear respostas emocionais, bem como num bom conhecimento do consumidor, são algumas das dicas da Warc.

No rescaldo dos Cannes Lions, a Warc revelou algumas das traves mestras necessárias ao desenvolvimento de uma estratégia de publicidade eficaz e com impacto.

Segundo as conclusões do relatório “Creative Impact unpacked: 11 effectiveness trends from Cannes Lions 2024“, a autenticidade é um fator central para a construção de marcas fortes que, através de campanhas que mostram genuinamente a essência da marca, conseguem conectar-se e conquistar a confiança do consumidor em maior medida. Esta ligação permite que a relação com o consumidor vá além de uma única compra, sendo que marcas fortes podem inclusive “cobrar mais”.

Isto é desde logo muito importante numa altura em que as “marcas sucumbem ao comum“, onde as tendências fazem com que “tudo comece a parecer igual, incluindo o marketing”, refere-se no relatório, que dá o rebranding do Burger King como exemplo de como as marcas se podem manter distintivas.

Depois, alerta, os formatos de curta duração dificultam a atenção, sendo que 85% dos anúncios não atingem o limiar de atenção de 2,5 segundos, o que significa um desperdício de investimento e uma maior dificuldade na memorização dos ativos.

Para conseguir vingar é também importante não perder de vista o cliente e apostar num bom trabalho de pesquisa que permita conhecer os consumidores. O objetivo deve passar por evitar “briefings saturados de insights pouco originais”, como os de que “a Geração Z prefere marcas éticas”, uma vez que esta geração “aspira” a fazê-lo mas não o faz propriamente, lê-se no relatório.

Por outro lado, as novas gerações também procuram representatividade na publicidade, pelo que é crucial para as marcas apostarem numa representação equitativa e inclusiva, seja na diversidade de géneros, culturas, identidades ou idades.

O estudo chama também a atenção para a importância de as campanhas conseguirem desencadear respostas emocionais por parte dos consumidores, sendo que os anúncios “com uma criatividade mais forte estão frequentemente relacionados com emoções positivas intensas”. As campanhas distinguidas pela sua eficácia costumam evocar inspiração, esperança e admiração, adianta a Warc.

As campanhas que fazem rir, chorar ou sentir empatia são também mais lembradas, quando as narrativas são bem construídas. Na verdade, as marcas que têm o humor enquanto base contam com um ROI (retorno sobre o investimento) 21% superior e garantem uma maior lembrança por parte do consumidor.

A sustentabilidade é também uma questão a ter em conta, sendo que já deixou de ser uma “tendência” para passar a ser um valor essencial. A falta de alinhamento com os valores associados à defesa ambiental pode ter consequências nefastas para as marcas, avisa a Warc. No entanto, é importante que as marcas rejeitem o greenwashing e as soluções “superficiais”.

É importante que as marcas consigam estar em constante atualização, fazendo uso das últimas tecnologias – como é o caso da inteligência artificial – as quais permitem criar experiências únicas e atrativas para captar a atenção do público.

Mas para além disso, ter a capacidade de apresentar consistência na estratégia criativa é também um fator capaz de maximizar a marca. Essa consistência exige coragem mas também pode dar o “direito” a uma marca de ser associada a um tema ou mensagem.

Por fim, a Warc recorda que a publicidade e construção de marca é um esforço para ser desenvolvido ao longo do tempo, muitas vezes através de pequenas e táticas contribuições.

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Euribor cai de novo a seis e a 12 meses para mínimos de mais de ano e meio

  • Lusa
  • 12 Setembro 2024

Esta quinta-feira, a taxa Euribor a seis meses caiu para 3,265%, enquanto no prazo de 12 meses baixou para 2,929%. Em sentido inverso, a Euribor a três meses avançou para 3,481%.

A taxa Euribor voltou esta quinta-feira a subir a três meses e a descer, pela quarta sessão consecutiva, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde 28 de março de 2023 e 15 de dezembro de 2022, respetivamente. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 3,481%, continuou acima da taxa a seis meses (3,265%) e da taxa a 12 meses (2,929%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, baixou para 3,265%, um novo mínimo desde 28 de março de 2023 e menos 0,011 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro do ano passado, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou, para 2,929%, um novo mínimo desde 15 de dezembro de 2022 e menos 0,031 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro de 2023.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,481%, mais 0,014 pontos, depois de ter subido para 4,002% em 19 de outubro de 2023, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.

Esta quinta-feira, na sequência da reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) deverá anunciar um corte de 25 pontos base das taxas de juro de referência. Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente, Christine Lagarde, não esclareceu o que iria acontecer na reunião desta quinta-feira, ao afirmar que tudo dependeria dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Estado vai pagar três euros às farmácias por cada vacina administrada contra a gripe e Covid-19

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Setembro 2024

Farmácias comunitárias vão receber 3 euros por dose administrada contra a Covid-19 e a gripe, mais 11 cêntimos extra caso haja um máximo de 1,5% de proporção de inutilização de doses de vacinas

O Estado vai pagar às farmácias comunitárias três euros por cada vacina administrada contra a Covid-19 e contra a gripe. Um valor ao qual acrescem 11 cêntimos caso seja inutilizada até 1,5% de uma dose, para compensar os custos com a gestão de resíduos. Os valores constam de uma portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República. Ambos os montantes estão isentos de IVA.

A farmácia é remunerada em três euros pelo serviço de administração de cada vacina, no âmbito da campanha de vacinação sazonal contra a gripe e contra a Covid-19 no outono-inverno de 2024-2025 — que, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS) começa em 20 de setembro. O valor a pagar é aferido a partir dos registos registo efetuados na Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação.

A esse montante acresce a atribuição de “uma remuneração suplementar de 0,11 euros por administração” às farmácias comunitárias “em que, considerando todo o período de duração da campanha, se verifique, no máximo, 1,5% de proporção de inutilização de doses de vacinas”, tendo também como objetivo “reforçar a compensação pelos respetivos custos de gestão de resíduos”, indica a portaria, que acrescenta que “a devolução pela farmácia, dentro do prazo de validade, de vacinas não utilizadas, não é considerada inutilização de doses”.

Esta despesa é suportada pelas verbas inscritas no orçamento da Administração Central do Serviço de Saúde, que será responsável, por sua vez, pela transferência do dinheiro necessário para que as Unidades Locais de Saúde (ULS) efetuem o respetivo pagamento às farmácias comunitárias.

Na semana passada, uma outra portaria publicada em Diário da República calculava que o Governo vai gastar 7,6 milhões de euros com a campanha de vacinação deste outono-inverno contra a Covid-19 e a gripe nas farmácias.

No plano de vacinação para a campanha sazonal 2024/2025, destaca-se o alargamento da vacinação contra a gripe com uma dose reforçada, que tem uma quantidade de antigénios quatro vezes superior, a toda a população com 85 anos ou maisuma mudança que já tinha sido avançada pelo ECO no final de maio, antes do Conselho de Ministros que aprovou o plano de emergência para a Saúde. Esta vacina, que oferece uma proteção mais elevada, cingiu-se na campanha anterior apenas aos utentes dos lares.

“Com base na evidência, que nos informa da maior circulação de vírus respiratórios nos meses de inverno, pretende-se iniciar mais precocemente a Campanha de Vacinação Sazonal do Outono-Inverno de 2024-2025, e garantir que o maior número de pessoas elegíveis estará protegido até ao final de novembro, proporcionando uma proteção mais elevada durante o período de maior risco”, justifica o Governo.

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China trava crescimento da procura mundial de petróleo em 2024

O abrandamento da economia chinesa levou a Agência Internacional de Energia a cortar em 7,2% o crescimento da procura mundial de crude para este ano e a antecipar uma estabilização da procura em 2025.

A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou as suas previsões para o crescimento da procura mundial de petróleo em 2024, num sinal de que o mercado petrolífero poderá estar a caminhar para um excesso de oferta no próximo ano.

No último relatório mensal sobre o mercado petrolífero, divulgado esta quinta-feira, a AIE reduziu em 7,2% a sua previsão de crescimento da procura do ouro negro para este ano, dos anteriores 970 mil barris diários estimados no mês anterior para os atuais 900 mil barris diários. Para 2025, a agência manteve inalterada a sua previsão de um aumento de 950 mil barris diários.

A revisão em baixa deve-se sobretudo ao abrandamento económico na China, que tem sido o principal motor do crescimento da procura petrolífera nos últimos anos. A AIE prevê agora que a procura chinesa cresça apenas 180 mil barris por dia em 2024, um valor muito inferior ao registado em anos anteriores.

A recente desaceleração na China levou a que o seu consumo de petróleo tenha diminuído em termos homólogos pelo quarto mês consecutivo em julho, em 280 mil barris por dia”, refere o relatório da AIE.

Esta travagem do gigante asiático está a contribuir para uma rápida desaceleração do crescimento da procura global de petróleo nos últimos meses, tendência que a AIE acredita que irá continuar.

Com o aparente esgotamento do crescimento da procura de petróleo na China e apenas aumentos ou diminuições modestas na maioria dos outros países, as tendências atuais reforçam a nossa expectativa de que a procura global atingirá uma estabilização no final desta década.

Agência Internacional de Energia

Relatório mensal de setembro

O cenário traçado pela agência aponta para um possível excesso de oferta no mercado petrolífero em 2025, caso o grupo dos países da OPEP+ (que agrega os 13 grandes produtores de petróleo do mundo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais 10 outros países) avance com o seu plano de reverter os cortes de produção atualmente em vigor.

“Com o aparente esgotamento do crescimento da procura de petróleo na China e apenas aumentos ou diminuições modestas na maioria dos outros países, as tendências atuais reforçam a nossa expectativa de que a procura global atingirá uma estabilização no final desta década”, sublinha a AIE no relatório.

Este abrandamento estrutural da procura petrolífera deve-se a fatores como o aumento da eficiência energética, a eletrificação dos transportes e a transição para energias mais limpas em vários setores da economia.

Para já, a AIE mantém a sua previsão de que a procura mundial de petróleo atingirá os 103 milhões de barris por dia em 2024. Mas o ritmo de crescimento está claramente a abrandar face aos 2,3 milhões de barris diários registados em 2023.

Do lado da oferta, a agência prevê que a produção fora da OPEP+ aumente 1,5 milhões de barris por dia este ano e no próximo, enquanto a produção do cartel poderá cair 810 mil barris diários em 2024, caso os cortes voluntários se mantenham.

O relatório de setembro da AIE vem reforçar os sinais de que o mercado petrolífero poderá estar a caminhar para um novo equilíbrio nos próximos anos, com implicações potencialmente significativas para os preços do crude a médio prazo.

Este ano, o Brent, que serve de referência para o mercado europeu, acumula uma desvalorização de 7% em euros, estando atualmente a negociar no mercado abaixo dos 65 euros por barril (cerca de 71,5 dólares). Em 2022, o Brent encerrou o ano a cair 13%.

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Iniciativa da Vodafone dá competências digitais a mais 18.500 crianças

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

Plataforma DigitALL pretende desenvolver digitalmente crianças por todo o país do primeiro e segundo ciclo através de conteúdos semanais. Vai chegar a 700 turmas de 140 escolas nesta edição.

A Fundação Vodafone vai voltar a lançar a iniciativa DigitALL, um programa que vai chegar a 18.500 crianças com idades entre os 6 e os 12 anos, mais 46% do que na edição anterior.

No total vão ser abrangidas cerca de 700 turmas de 140 escolas, localizadas em 28 municípios, referiu em comunicado esta quinta-feira. O programa pretende desenvolver aptidões digitais e de literacia nas crianças desde o início da formação escolar.

A plataforma conta com aulas de 50 minutos semanais com áreas de aprendizagem como Modelação, Inteligência Espacial, Construções, Artes Gráficas, Animação, Robótica, Programação e Pensamento Computacional. O programa tenciona implementar competências como pensamento critico, criatividade e colaboração alinhando com as ferramentas digitais. A aprendizagem pode ser feita também de forma autónoma e remota com a DigitALL em Casa.

A iniciativa conta com mil professores, alguns das áreas de ensino STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), e 20 monitores, que vão assistir as crianças na transmissão dos conteúdos. O DigitALL é apoiado pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação com a parceria institucional da Direção-Geral da Educação, e com protocolos com os municípios e agrupamentos de escolas.

O programa foi vencedor dos World Summit Awards na categoria de educação e ficou classificado a nível mundial em 8º lugar na mesma premiação em 2022. Recebeu também o prémio “Reconhecimento de Práticas em Responsabilidade Social e Sustentabilidade” da Associação Portuguesa de Ética Empresarial, na Categoria de “Comunidade”.

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BYD vai contornar tarifas europeias com produção na Hungria

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

Vice-presidente da fabricante chinesa de veículos elétricos assume não estar preocupada com a aplicação de taxas aduaneiras adicionais pela UE tendo em conta a nova unidade que vai abrir na Hungria.

A vice-presidente da BYD, Stella Li, disse, em declarações ao Jornal de Negócios, que não está preocupada com a imposição por Bruxelas de taxas adicionais às importações de veículos elétricos fabricados na China, porque a empresa “já vai começar a produzir na Hungria” a partir de setembro do próximo ano. Significa que o maior investimento da BYD na Europa vai ser impulsionado a partir de um país da própria União Europeia (UE), cujo primeiro-ministro Viktor Orbán tem estado frequentemente desalinhado com as posições dos restantes Estados-membros, em particular em matéria de política externa.

Desde 2017 que a BYD tem uma unidade de fabrico de autocarros na Hungria e, no verão passado, instalou no país uma fábrica de produção de baterias. “A BYD é uma empresa de longo prazo, uma visionária. Já decidimos fabricar na Europa, vamos investir mais na Europa, tornando-nos num dos fabricantes locais europeus“, justificou a vice-presidente executiva da fabricante chinesa a nível global e CEO para as Américas, acerca da fábrica que vai abrir no próximo ano naquele país, falando à margem da inauguração de um novo concessionário em Lisboa, em parceria com a Salvador Caetano.

Para Stella Li, a decisão da União Europeia de aplicar taxas aduaneiras adicionais aos fabricantes chineses de veículos elétricos — que, no caso da BYD, serão de 17% — só vai ter custos internamente. “Acho que deviam reduzir a maior parte das tarifas, porque estão a prejudicar o consumidor europeu. No fim de contas, é o consumidor que tem de pagar por isso. Não é uma decisão correta“, acredita a responsável, que considera que os fabricantes de automóveis tradicionais têm de ter uma “mentalidade aberta” para lidar com a nova concorrência asiática.

Ministro chinês vem à Europa discutir taxas

O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, vai deslocar-se na próxima semana à Europa para discutir as tarifas impostas por Bruxelas sobre veículos elétricos provenientes da China, após uma investigação aos subsídios concedidos por Pequim aos fabricantes. O porta-voz do ministério, He Yongqian, disse em conferência de imprensa que Wang vai encontrar-se com Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, no dia 19 de setembro, para discutir a questão.

A tensão comercial entre China e União Europeia (UE) tem vindo a aumentar. No mês passado, a China anunciou a abertura de uma investigação sobre os subsídios atribuídos pela UE aos produtores de laticínios. A decisão surgiu um dia após a UE ter fixado a taxa de importação de veículos elétricos chineses em 36,3%. Bruxelas considera que os preços dos veículos chineses são artificialmente baixos devido a subsídios estatais que distorcem o mercado e prejudicam a competitividade dos fabricantes europeus.

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Governo aposta em encontro a “meio caminho” com PS sobre IRC e IRS

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, diz que o Governo está a conduzir as negociações do OE2025 "com humildade", alertando, em entrevista, que o país fica pior com duodécimos.

O ministro dos Assuntos Parlamentares afirma que o Executivo ainda não percebeu “qual a margem de manobra que o PS tem ou quer ter relativamente” ao IRC e o IRS Jovem, mas defende que “deve haver a humildade suficiente de ambas as partes” para se poderem encontrar “a meio do caminho”. Em entrevista conjunta ao Público e Rádio Renascença, Pedro Duarte não revela se têm havido conversas entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, como avançou o Observador, mas sublinha que é fundamental tentar ir ao encontro dos diferentes partidos da oposição.

“Há um nível de conversas que são, naturalmente, privadas e não são públicas. E, como são privadas, eu próprio não as conheço e, se conhecesse, não as poderia divulgar. E, portanto, não posso comentar isso. Mas posso fazer um apelo para que haja humildade por parte de todos os protagonistas. O Governo tem-no demonstrado. Não tem uma maioria absoluta no Parlamento e, portanto, tem tentado ir ao encontro dos diferentes partidos da oposição, mostrando abertura para recolher contributos e encontrar a melhor solução para o país“, disse o governante.

Perante a possibilidade de o Chega só estar disponível para negociar o Orçamento se o PS ficar de fora das negociações, Pedro Duarte diz que o Governo não terá “uma atitude excludente” e que é necessário “ir para uma discussão do Orçamento do Estado com um espírito construtivo e positivo”. “Se todos os protagonistas olharem para o interesse nacional, vamos ter um Orçamento do Estado aprovado. Uma crise seria péssima para o país”, alerta. Remetendo para o Presidente da República a decisão de haver ou não eleições antecipadas caso o OE seja chumbado, o ministro alerta que o país ficará “pior” com duodécimos se o documento não for viabilizado e garante que estão “a pôr todas as fichas na aprovação” deste documento.

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Hoje nas notícias: BYD, OE2025 e pensões

  • ECO
  • 12 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A vice-presidente da BYD diz que, face à produção de veículos que vai arrancar na Hungria no próximo ano, não está preocupada com as taxas adicionais impostas por Bruxelas às importações de carros elétricos da China. O ministro dos Assuntos Parlamentares pede que haja “humildade suficiente” do Governo e do PS para que se possam encontrar “a meio do caminho” em matéria do IRC e do IRS Jovem. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

BYD vai contornar tarifas da UE com ajuda da Hungria

A vice-presidente da BYD, Stella Li, diz que não está preocupada com a imposição de taxas adicionais por Bruxelas às importações de veículos elétricos fabricados na China, porque a empresa “já vai começar a produzir na Hungria” a partir de setembro do próximo ano. Significa que o maior investimento da BYD na Europa vai ser impulsionado a partir de um país da própria União Europeia, cujo primeiro-ministro Viktor Orbán tem estado frequentemente desalinhado com as posições dos restantes Estados-membros, em particular em matéria de política externa.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo aposta em encontro a “meio caminho” com PS sobre IRC e IRS

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, diz que o Governo está a conduzir as negociações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) “com humildade”, alertando, em entrevista, que o país ficará “pior” com duodécimos se o documento não for viabilizado. Sobre o IRC e o IRS Jovem, Pedro Duarte afirma que o Executivo ainda não percebeu “qual a margem de manobra que o PS tem ou quer ter relativamente a essas duas matérias em concreto”. “Deve haver a humildade suficiente de ambas as partes para podermos encontrar-nos eventualmente a meio do caminho”, defende.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado) e Rádio Renascença (acesso livre)

Bónus a reformados alimenta “pedinchice” ao Estado, diz Ricardo Reis

O economista Ricardo Reis alerta que o bónus anunciado pelo Governo para os reformados cria uma relação do cidadão com o Estado em que todos os anos está “de mão estendida a pedir se [lhe] dá um bocadinho mais ou um bocadinho menos”. Em entrevista, o também professor na London School of Economics critica uma medida que leva a “esta atitude de pedinchice das pessoas em relação ao Estado”, apontando que conduz a política económica “para um sentido discricionário, no sentido de dependência e subserviência das pessoas em relação ao Estado e num sentido de evitar reformas, evitar estruturas, regras, que criem um sistema em que os reformados sejam mais bem tratados”.

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Parque de estacionamento que ardeu e destruiu mais de 200 carros no Prior Velho não tinha licença para operar

O parque de estacionamento no Prior Velho, em Lisboa, onde em agosto ocorreu um incêndio que destruiu mais de 200 carros, estava licenciado apenas para armazém e não para estacionamento. Aliás, a licença de utilização do edifício proibia mesmo que o piso superior fosse usado para estacionar viaturas. O Correio da Manhã dá conta ainda de que a empresa tinha cinco contraordenações da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Autarca do Seixal defende transferência do depósito de munições da NATO

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, defende que o depósito de munições da NATO situado em Fernão Ferro, que foi ameaçado pelo incêndio que atingiu o concelho na quarta-feira, seja transferido para Tancos ou Santa Margarida, locais onde existem outros depósitos. O autarca alerta que “o depósito de munições [ali localizado] constitui um perigo sempre iminente em caso de alguma catástrofe, como é o caso deste incêndio, que esteve muito próximo [do depósito]”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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A Bluewave Alliance e o Studio 46 promovem a proteção do Mediterrâneo na America’s Cup 2024 com a exposição Art Med

  • Servimedia
  • 12 Setembro 2024

10% das vendas reverterão a favor de projetos de conservação marinha promovidos pela Bluewave Alliance, uma organização impulsionada pela ISDIN.

A Bluewave Alliance, impulsionada pelo laboratório ISDIN, e o Studio 46 Barcelona Atelier & Private Galery, fundado pelo artista barcelonês Joan Barbarà, uniram-se para promover a proteção do Mediterrâneo para a America’s Cup 2024 com a exposição Art Med.

A exposição, que coincide com a 37.ª edição da America’s Cup, funde o poder da arte com uma mensagem urgente de conservação do ambiente. Através das obras de artistas internacionais, a Art Med procura inspirar o público a assumir um papel ativo na proteção de um dos ecossistemas marinhos mais valiosos do mundo.

A exposição Art Med foi comissariada por Martin Sky, Diretor de Arte do Studio 46 Barcelona Atelier & Private Gallery, e apresenta artistas de renome como Lorenzo Quinn, Juliana Piexxo, Om Barbarà, Cecilia Morales, JJ Walker, Lourdes Figuera Vidal, Mario Pasqualotto, Joan Barbarà, Ümit Sural, Tano Pisano e Joaquim Falco. Cada um deles oferece uma interpretação única da beleza e da fragilidade do Mediterrâneo, sublinhando a urgência de conservar os seus recifes e a vida marinha.

Esta proposta artística vai para além do visual, convidando o público a refletir sobre a ligação entre a arte e a natureza. O objetivo é mobilizar um público diversificado, promovendo uma maior sensibilização e apreciação do valor ecológico do Mediterrâneo.

SENSIBILIZAÇÃO

A colaboração entre a Bluewave Alliance e o Studio 46 tem como objetivo fazer do Art Med não só uma celebração artística, mas também um esforço concreto para a sustentabilidade. A Bluewave Alliance, promovida pela ISDIN, é uma organização sem fins lucrativos que reúne empresas empenhadas, empresários da sustentabilidade e a comunidade científica para restaurar a saúde do Mar Mediterrâneo.

Através de projetos de conservação e recuperação, combate a degradação deste ecossistema vital, promovendo simultaneamente a sensibilização do público. “Com o projeto SEASPORE, que combina ciência, arte e tecnologia para gerar vida marinha, já vimos que a arte é um excelente veículo para sensibilizar o público para a necessidade de preservar o Mediterrâneo. Agora, demos um passo em frente com esta exposição, onde artistas de renome reinterpretaram a fragilidade deste mar para continuar a sensibilizar as pessoas”, explicou Juan Naya, Diretor Executivo do ISDIN, a força motriz da Bluewave Alliance.

Ao longo dos 50 anos de história do Studio 46, artistas de renome como Picasso, Miró, Tàpies e Dalí trabalharam neste espaço sob a tutela do mestre gravador Joan Barbarà. Atualmente, o seu legado continua com o seu filho e neto, Virgili e Om Barbarà, que continuam a acolher talentosos artistas internacionais e locais.

Como resultado desta colaboração, 10% das receitas das obras vendidas durante a exposição serão doadas à Bluewave Alliance. Esta contribuição direta financiará projectos inovadores de conservação marinha, dando um contributo tangível para a luta contra as alterações climáticas e a degradação do Mediterrâneo. A exposição é apoiada tecnologicamente pela Art Tech da Suíça, uma empresa líder em soluções de certificação digital através da sua plataforma Smart Stamp.

TRÊS ESPAÇOS

A Art Med estará patente até outubro e decorrerá em três espaços de Barcelona: o Studio 46, sede do atelier de arte situado no bairro de Gracia, estará aberto aos visitantes apenas com marcação prévia; a hospitalidade do Porto de Barcelona (Tinglados: Moll Oriental, 3), que acolherá os visitantes com entrada prévia; e a Galeria de Arte BF4, este espaço situado no Born (Carrer de la Barra de Ferro, 4), abrirá as suas portas a 12 de setembro.

A America’s Cup 2024, que se realizará em Barcelona de 22 de agosto a 27 de outubro, atrairá 2,5 milhões de turistas à capital catalã e terá um impacto económico estimado em 1.115 milhões de euros.

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